Estudos de gênero – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vários símbolos de identidade de gênero estilizados como anéis olímpicos

Estudos de gênero é um campo de estudo interdisciplinar dedicado à identidade de gênero e à representação de gênero como categorias centrais de análise. Esse campo inclui estudos sobre as mulheres (sobre mulheres, feminismo, gênero e política), estudos sobre os homens e estudos queer.[1] Às vezes, estudos de gênero são definidos como conjunto ao estudo da sexualidade humana. Essas disciplinas estudam gênero e sexualidade nos campos da literatura, língua, geografia, história, ciência política, sociologia, antropologia, mídia,[2] desenvolvimento humano, direito, saúde pública e medicina.[3] Elas também analisam como raça, etnia, localização, classe, nacionalidade e deficiência se cruzam com as categorias de gênero e sexualidade.[4][5]

Em relação ao gênero, Simone de Beauvoir disse: "Não se nasce mulher, se torna uma".[6] Essa visão propõe que, nos estudos de gênero, o termo "gênero" deve ser usado para se referir às construções sociais e culturais das masculinidades e feminilidades e não ao estado de ser homem ou mulher em sua totalidade.[7] No entanto, essa visão não é mantida por todos os teóricos de gênero. A visão de Beauvoir é a que muitos sociólogos apoiam, embora haja muitos outros contribuintes para o campo dos estudos de gênero com diferentes origens e pontos de vista opostos, como o psicanalista Jacques Lacan e feministas como Judith Butler.

O gênero é pertinente a muitas disciplinas, como a teoria literária, os estudos de teatro e do cinema, a história da arte contemporânea, a antropologia, a sociologia, a sociolinguística e a psicologia. No entanto, essas disciplinas às vezes diferem em suas abordagens sobre como e por que o gênero é estudado. Por exemplo, na antropologia, na sociologia e na psicologia, o gênero é frequentemente estudado como uma prática, enquanto nos estudos culturais as representações de gênero são mais frequentemente examinadas. Na política, o gênero pode ser visto como um discurso fundamental que os atores políticos empregam para posicionar-se em uma variedade de questões.[8] Os estudos de gênero também são uma disciplina em si, incorporando métodos e abordagens de uma ampla gama de disciplinas.[9]

Cada campo passou a considerar o "gênero" como uma prática, às vezes referida como algo que é performativo. A teoria feminista da psicanálise, articulada principalmente por Julia Kristeva[10] (a "semiótica" e "abjeção") e Bracha L. Ettinger[11] (o "eros matricial feminino-prematerno-materno",[12] a "trans-subjetividade matricial" e as "fantasias maternais primitivas"),[13] e informadas por Freud, Lacan e pela teoria da relação de objetos, é muito influente nos estudos de gênero. De acordo com Sam Killermann, o gênero também pode ser dividido em três categorias, identidade de gênero, expressão de gênero e sexo biológico.[14]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Ainda no século XIX, a questão do estudo de gênero foi abordada em diversas obras como dicionários e revistas através de críticas ao modelo tradicional masculino. Por exemplo, em "Mulheres influentes e seu povo", a feminista alemã Louise Otto-Peters critica os métodos de seleção de biografias da época caracterizados pela união aos homens e não por feitos próprios. Neste contexto, inclui-se também o papel da mulher na revolução francesa no qual também lutaram por igualdades de direitos, seguidos a reivindicações por direitos políticos e sociais principalmente no que se refere a maternidade e posteriormente à questão profissional e do lar.[15]

Brasil[editar | editar código-fonte]

Embora o movimento feminista no Brasil tenha se intensificado a partir dos anos 1970, foi mais tardia a introdução do tema no mundo acadêmico.[16] Foucault se popularizou entre os acadêmicos brasileiros a partir do fim da década de 1980, e a partir de então surgem os primeiros estudos sobre a condição feminina no Brasil baseados nas premissas do debate teórico iniciado nos EUA.

A introdução dos estudos de gênero no Brasil se deu através de iniciativas coordenadas nas áreas de história e sociologia a partir dos anos 1990. Nessa mesma época foi criado na UNICAMP o Grupo de Estudos de Gênero Pagu, sob a liderança de Margareth Rago, Adriana Piscitelli, Elisabeth Lobo e Mariza Corrêa,[17] grupo esse responsável pela edição do periódico Cadernos Pagu,[18] hoje referência na área.

Nos anos 2010, pessoas trans brasileiras têm se destacado com aportes substanciais aos estudos de gênero desde a perspectiva transfeminista. Dentre elas, destacam-se Neon Chunha, Jota Mombaça, Dodi Leal, Jaqueline Gomes de Jesus, Amara Moira e Laerte Coutinho.[19]

Diferença entre sexo e gênero[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Diferença entre sexo e gênero

Os conceitos de gênero e sexo biológico embora possam parecer sinônimos foram utilizados separadamente para enfatizar a distinção entre a condição biológica determinante do sexo e as construções sociais que envolvem as relações entre gêneros.[15] Segundo Soihet (op cit., págs. 266 e 267), "gênero" abrange o aspecto relacional entre as mulheres e os homens, onde nenhum dos dois podem ser compreendidos em estudos que os considere em separado. Soihet (op cit., pág. 267) frisa ainda que o termo "gênero" foi proposto em defesa de que "a pesquisa sobre as mulheres transformaria fundamentalmente os paradigmas da disciplina; acrescentaria não só os novos temas, como também imporia uma reavaliação crítica das premissas e critérios do trabalho científico" e que implicaria não apenas em "uma nova história das mulheres, mas uma nova história"[20]

Ideologia de gênero[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Teoria de gênero

Nos estudos de gênero, ideologia de gênero é a expressão usada para descrever as crenças normativas sobre os papéis sociais apropriados e as naturezas fundamentais de mulheres e homens, sejam essas pessoas cisgênero ou transgênero, nas sociedades humanas. A distinção entre sexo e gênero é central para o conceito, visto que as diferenças biológicas entre homens e mulheres, ou suas diferenças sexuais, são usadas como base para a atribuição de gênero e a construção cultural de identidades de gênero. As pessoas são atribuídas a um gênero em todas as sociedades, mas os sistemas de gênero e as ideologias de gênero que são pensados para ajudar a sustentá-los são culturalmente variáveis.[21][22] Por esta ótica, não existe apenas o gênero masculino e feminino, mas um espectro que pode ser muito mais amplo do que a identificação binária.[23]

A ideologia de gênero é o sistema de crenças pelas quais as pessoas explicam, responsabilizam e justificam seu comportamento e interpretam e avaliam o dos outros. Em suma, é o conjunto de crenças que governam a participação das pessoas na ordem de gênero e pelo qual explicam e justificam essa participação.[24] O conceito é frequentemente usado, mas raramente questionado, em contraste a outros, como a identidade de gênero. Suspeita-se que a flexibilidade das definições e os múltiplos significados associados à ideologia, em geral, sejam a fonte de seu uso comum e de sua desconsideração conceitual. Em “terminologia de reorganização” (Gerring 1997: 960), a ideologia de gênero é frequentemente usada como sinônimo de conceitos como atitudes de gênero, normas de gênero, poder de gênero, relações de gênero, estruturas de gênero e dinâmicas de gênero.[25]

Do ponto de vista acadêmico, ideologia de gênero é um conceito considerado uma "falácia construída".[26] Tal falácia tem sido utilizada como instrumento político para despertar uma paranoia a respeito de eventuais políticas públicas que possam ser utilizadas. Tal paranoia é responsável pela fantasia de que propostas inexistentes de políticas públicas, como iniciação à prática sexual e a instituição de banheiros unissex mesmo na educação infantil, sejam noticiadas em tom de alarme, quando nenhum ator político sequer as tenha sugerido. Tantas notícias fantasiosas impedem que uma agenda efetivamente voltada para os direitos humanos, que compreende o respeito às crianças, à tolerância em relação à orientação sexual de adolescentes tenham êxito. Neste sentido, as pessoas que defendem a tolerância e o respeito a crianças e adolescentes, levando em conta a proteção, e jamais a exploração, de sua sexualidade são vistas como “uma força do mal, no inimigo a ser combatido a qualquer custo”.[27] Esse embate tem movimentado a política brasileira.[28] Nesse contexto, os denunciantes "a ideologia de gênero" podem ser responsabilizados por desrespeitar os direitos humanos e expor crianças e adolescentes de forma violenta e abjeta. Portanto, a pretensa cruzada contra a ideologia de gênero se reforça como instrumento para ocultar a ação daqueles que perpetuam as opressões, principalmente sexuais, contra as mulheres, e não para promover a proteção de direitos e o respeito a crianças e adolescentes.

Outros significados[editar | editar código-fonte]

O termo ideologia de gênero no significado literal é encontrado em publicações e estudos sobre vários temas:

  • Em arqueologia, o termo é usado para tentar explicar as dinâmicas de gênero das sociedades, por exemplo no livro In Pursuit of Gender: Worldwide Archaeological Approaches, a definição de Hays-Gilpin e Whitley é que a ideologia de gênero são os significados e valores atribuídos às categorias de gênero em uma dada cultura e atribuição de gênero a fenômenos ou ideias como sol/lua, terra/céu, macio/duro etc.[29]
  • Nos estudos de linguística, quando pesquisado as relações, as interseções e tensões entre linguagem e gênero.[30]
  • Em história, por exemplo as origens da desigualdade entre homens e mulheres que se estabeleceu na Era Vitoriana.[31] A manutenção dos papeis de gênero durante o comunismo na Europa nomeada como "ideologia de gênero neotradicional"[32] e também após o colapso do regime.[33]
  • Em sociologia, o termo é encontrado em discussões sobre a exclusão social baseada em gênero por exemplo no trabalho e esfera pública,[34] no serviço militar,[35] nos esportes[36] etc.
  • Em pedagogia, por exemplo ao estudar a associação entre a ideologia de gênero precoce e simultânea dos pais e os comportamentos de gênero e as atitudes de gênero dos filhos ,[37]
  • Em livros sobre religião, como sobre as demandas no programa de catolicismo nacional de Francisco Franco conflitantes com o desenvolvimento econômico patrocinado pelo Estado que pretendia uma sociedade de consumo moderna,[38] estudo e publicação sobre uma "personalização" do catolicismo em Gana.[39] Livro de Susan Starr Sered, Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women que descreve e analisa religiões, espalhadas por todo o mundo, em que as mulheres são a maioria dos líderes e a maioria dos participantes.[40]

Críticas[editar | editar código-fonte]

O historiador e teórico Bryan Palmer argumenta que a atual dependência dos estudos de gênero no pós-estruturalismo - com sua reificação do discurso e evitação das estruturas de opressão e lutas de resistência - obscurece as origens, significados e consequências de eventos e processos históricos. Palmer procura combater as tendências atuais nos estudos de gênero com um argumento para a necessidade de analisar as experiências vividas e as estruturas de subordinação e poder.[41]

A teórica feminista Rosi Braidotti (1994) criticou os estudos de gênero como "a tomada da agenda feminista pelos estudos sobre masculinidade, o que resulta na transferência de financiamento de cargos feministas para outros tipos de cargos. Houve casos de cargos anunciados como 'estudos de gênero' que foram entregues a 'garotos inteligentes'. Algumas das tomadas competitivas têm a ver com estudos sobre homossexuais. De especial significado nesta discussão é o papel da editora Routledge, que, em nossa opinião, é responsável por promover o gênero como uma forma de desradicalizar a agenda feminista, revender a masculinidade e a identidade masculina gay".[42] Calvin Thomas respondeu que, "como Joseph Allen Boone ressalta, 'muitos dos homens da academia que são os 'aliados' feministas mais solidários são gays'" e que é "falso" ignorar as maneiras pelas quais editoras importantes, como a Routledge, promoveram teóricas feministas.[43]

Entre grupos religiosos e conservadores, desde o início do século XXI, o termo tem sido apropriado sem respaldo científico para distorcer aspectos dos estudos de gênero com o objetivo de criar um tipo de pânico moral e alimentar teorias conspiratórias sobre um conluio mundial para "destruir os valores familiares" e voltar a opinião pública contra políticas sociais direcionadas para as mulheres e a população LGBT, uma estratégia conhecida como falácia do espantalho.[44][45] A Igreja Católica tem usado o termo a partir da década de 90,[46] pelo menos desde 1998, ano de publicação de uma nota da Conferência Episcopal do Peru, intitulada "A ideologia de gênero: seus perigos e alcances".[47] O Papa Francisco falou sobre "colonização ideológica",[48] e em 2019, a Congregação para a Educação Católica publicou o documento denominado "Homem e mulher os criou" cujo subtítulo é “Para uma via de diálogo sobre a questão do gender na educação.”[49] A França foi um dos primeiros países em que essa alegação se espalhou quando movimentos católicos marcharam nas ruas de Paris contra a lei sobre casamento e adoção de homossexuais.[50] Bruno Perreau mostrou que esse medo tem profundas raízes históricas.[51] Ele argumenta que a rejeição dos estudos de gênero e da teoria queer expressa ansiedades sobre a identidade nacional e as políticas voltadas para minorias. Jayson Harsin estudou os aspectos do movimento da teoria anti-estudos de gênero francês e descobriu que ele partilha qualidades com a política populista de direita do pós-verdade.[52]

O ensino de certos aspectos da teoria de gênero foi banido nas escolas públicas de Nova Gales do Sul, na Austrália, após uma revisão independente sobre como o Estado ensina educação sexual.[53] Na Europa Central e Oriental, os movimentos "anti-estudos de gênero" estão em ascensão, especialmente na Polônia, na Rússia[54][55] e na Hungria, onde chegaram a ser proibidos em outubro de 2018.[56]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Gender Studies». Whitman College. Consultado em 1 de maio de 2012. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2012 
  2. Krijnen, Tonny; van Bauwel, Sofie (2015). Gender And Media: Representing, Producing, Consuming. New York: Routledge. ISBN 978-0-415-69540-4 
  3. «About – Center for the Study of Gender and Sexuality (CSGS)». The University of Chicago. Consultado em 1 de maio de 2012 
  4. Healey, J. F. (2003). Race, Ethnicity, Gender and Class: the Sociology of Group Conflict and Change.
  5. «Department of Gender Studies». Indiana University (IU Bloomington). Consultado em 1 de maio de 2012 
  6. de Beauvoir, S. (1949, 1989). "The Second Sex".
  7. Garrett, S. (1992). "Gender", p. vii.
  8. Salime, Zakia. Between Feminism and Islam: Human Rights and Sharia Law in Morocco. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2011.
  9. Essed, Philomena; Goldberg, David Theo; Kobayashi, Audrey (2009). A Companion to Gender Studies. [S.l.]: Wiley-Blackwell. ISBN 978-1-4051-8808-1. Consultado em 7 de novembro de 2011 
  10. Anne-Marie Smith, Julia Kristeva: Speaking the Unspeakable (Pluto Press, 1988).
  11. Griselda Pollock, "Inscriptions in the Feminine" and "Introduction" to "The With-In-Visible Screen", in: Inside the Visible edited by Catherine de Zegher. MIT Press, 1996.
  12. Ettinger, Bracha L. (2007). «Diotima and the Matrixial Transference: Psychoanalytical Encounter-Event as Pregnancy in Beauty». In: Van der Merwe, Chris N.; Viljoen, Hein. Across the Threshold. NY: Peter Lang 
  13. Ettinger, Bracha L. (2010). «(M)Other Re-spect: Maternal Subjectivity, the Ready-made mother-monster and The Ethics of Respecting». Studies in the Maternal. 2 (1–2). doi:10.16995/sim.150. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2013 
  14. Understanding the Complexities of Gender: Sam Killermann at TEDxUofIChicago. YouTube (Notas de mídia). 3 de maio de 2013. Consultado em 26 de julho de 2015 
  15. a b Soihet, R. História das Mulheres. In: Cardoso, C.F.; Vainfas, R. (Orgs.) Domínios da História. 2a Ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011:263-283
  16. Silva, Susana Veleda da. (15 de novembro de 2000). «Os estudos de gênero no Brasil: algumas considerações.» (PDF) 262 ed. Universidad de Barcelona. Biblio 3W. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales. [ligação inativa]
  17. Rago, M. Descobrindo historicamente o gênero. Cadernos Pagu, 11 (1998), p. 89.
  18. Revista Cadernos Pagu - SciELO
  19. «Mulheres trans superam rótulos e abrem as portas da política e das universidades no Brasil». Entrevista de Beatriz Bagagli, Dodi Leal e Amara Moira ao painél de Cidades do Portal R7. 21 de novembro de 2016. Consultado em 12 de junho de 2020 
  20. apud Scott, J. Gênero uma categoria útil de análise histórica. Recife: SOS Corpo,1991
  21. S.U. Philips (2001). International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences, ed. «Gender Ideology: Cross-cultural Aspects». Consultado em 15 de junho de 2019 
  22. Sarah M. Nelson (2002). «In Pursuit of Gender: Worldwide Archaeological Approaches». Consultado em 15 de junho de 2019 
  23. Ideologia de gênero - esboço da palestra por Ewerton B. Tokashiki (2018)
  24. Penelope Eckert; Eckert Penelope; Sally McConnell-Ginet (9 de janeiro de 2003). Language and Gender (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 35–36. ISBN 978-0-521-65426-5 
  25. Duerst-Lahti, G. (2008). Gender ideology: Masculinism and feminalism. In G. Goertz & A. Mazur (Eds.), Politics, Gender, and Concepts: Theory and Methodology (pp. 159-192). Cambridge: Cambridge University Press. doi:10.1017/CBO9780511755910.008 (em inglês)
  26. Reis, Toni; Eggert, Edla (janeiro–março de 2017). «IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA FALÁCIA CONSTRUÍDA SOBRE OS PLANOS DE EDUCAÇÃO BRASILEIROS». Educação & Sociedade: 09–26. ISSN 1678-4626. doi:10.1590/ES0101-73302017165522. Consultado em 18 de outubro de 2022 
  27. Reis, Toni; Eggert, Edla (janeiro–março de 2017). «IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA FALÁCIA CONSTRUÍDA SOBRE OS PLANOS DE EDUCAÇÃO BRASILEIROS». Educação & Sociedade: 09–26. ISSN 1678-4626. doi:10.1590/ES0101-73302017165522. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  28. Morais, Pâmela (23 de novembro de 2018). «Ideologia de gênero: o que é e qual a polêmica por trás dela? | Politize!». Consultado em 18 de outubro de 2022 
  29. Sarah M. Nelson; Myriam Rosen-Ayalon (2002). In Pursuit of Gender: Worldwide Archaeological Approaches (em inglês). [S.l.]: Rowman Altamira. p. 9. ISBN 978-0-7591-0087-9 
  30. Susan Ehrlich; Miriam Meyerhoff; Janet Holmes (19 de março de 2014). The Handbook of Language, Gender, and Sexuality. [S.l.]: Wiley. p. 517". ISBN 978-1-118-58433-0 
  31. Aşkın Haluk Yildirim (2015). Victorian Gender Ideology and Literature. [S.l.]: Nova Science Publishers, Incorporated. ISBN 978-1-63482-618-1. Na época, as mulheres foram forçadas a levar uma existência passiva ditada pelas normas da ideologia de gênero vitoriana. 
  32. Janet Elise Johnson; Jean C. Robinson (12 de dezembro de 2006). Living Gender after Communism. [S.l.]: Indiana University Press. p. 11. ISBN 0-253-11229-X 
  33. V. Nikolic-Ristanovic (17 de abril de 2013). Social Change, Gender and Violence: Post-communist and war affected societies. [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 174. ISBN 978-94-015-9872-9. (...)O estabelecimento de uma economia capitalista em sociedades pós-comunistas também contribuíram para o reforço do patriarcado. A privatização e a economia de mercado levaram ao desenvolvimento de ambas ideologias de gênero e re-tradicionalização das estruturas de gênero. 
  34. Nanneke Redclift; M Thea Sinclair; M. Thea Sinclair (23 de setembro de 2005). Working Women: International Perspectives on Labour and Gender Ideology. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-1-134-97821-2 
  35. Saskia Stachowitsch (março de 2013). Gender Ideologies and Military Labor Markets in the U.S. [S.l.]: Routledge. p. 25. ISBN 978-1-136-64235-7 
  36. Michael F. Collins; Tess Kay (2 de julho de 2003). Sport and Social Exclusion. [S.l.]: Routledge. p. 97. ISBN 978-1-134-51173-0 
  37. Hillary Paul Halpern (2014). Parents' Gender Ideology and Gendered Behavior as Predictors of Children's Gender-role Attitudes: A Longitudinal Exploration. [S.l.]: University of Massachusetts Amherst 
  38. Aurora G. Morcillo (maio de 2008). True Catholic Womanhood: Gender Ideology in Franco's Spain. [S.l.]: Northern Illinois University Press. ISBN 978-0-87580-997-7 
  39. Brigid M. Sackey (2006). New Directions in Gender and Religion: The Changing Status of Women in African Independent Churches. [S.l.]: Lexington Books. ISBN 978-0-7391-1058-4 
  40. Susan Starr Sered (1996). Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 195–196. ISBN 978-0-19-510467-7. Capítulo intitulado "Ideologia de gênero" 
  41. Bryan Palmer, "Descent into Discourse: The Reification of Language and the Writing of Social History", Trent University (Peterborough, Canada)
  42. Butler, Judith (verão de 1994). «Feminism by any other name (Judith Butler interviews Rosi Braidotti)» (PDF). differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 6 (2–3): 44–45 
  43. Thomas, Calvin, ed., "Introduction: Identification, Appropriation, Proliferation", Straight with a Twist: Queer Theory and the Subject of Heterosexuality. University of Illinois Press, 2000.
  44. Duque, Tiago (2018). «Ninguém nasce Inês Brasil, torna-se Inês Brasil: artefato cultural, pânico moral e "ideologia de gênero" em Campo Grande (MS)». Momento - Diálogos em Educação. 27 (3): 227–247. ISSN 2316-3100. doi:10.14295/momento.v27i3.7787 
  45. Miskolci, Richard; Campana, Maximiliano (2017). «"Ideologia de gênero": notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo». Sociedade e Estado. 32 (3): 725–748. ISSN 1980-5462. doi:10.1590/s0102-69922017.3203008 
  46. Machado, Maria das Dores Campos (2018). «O discurso cristão sobre a "ideologia de gênero"». Revista Estudos Feministas. 26 (2). ISSN 0104-026X. doi:10.1590/1806-9584-2018v26n247463 
  47. Saldaña, Paulo (2018). «Saiba como surgiu o termo 'ideologia de gênero'». Folha de S.Paulo. Cópia arquivada em 15 de junho de 2019 
  48. Newsome, John (4 de outubro de 2016). «Pope warns of 'ideological colonization' in transgender teachings». CNN 
  49. «Homem e mulher os criou» (PDF). Congregação para a Educação Católica. 2 de fevereiro de 2019. Consultado em 2 de outubro de 2019 
  50. Harsin, Jayson (2018), «Tactical Connecting and (Im-)Mobilizing in the French Boycott School Day Campaign and Anti-Gender Theory Movement», Global Cultures of Contestation, ISBN 9783319639819, Palgrave Studies in Globalization, Culture and Society (em inglês), Palgrave Macmillan, Cham, pp. 193–214, doi:10.1007/978-3-319-63982-6_10 
  51. Bruno Perreau, Queer Theory: The French Response, Stanford University Press, 2016.
  52. Harsin, Jayson (1 de março de 2018). «Post-Truth Populism: The French Anti-Gender Theory Movement and Cross-Cultural Similarities». Communication, Culture and Critique (em inglês). 11 (1): 35–52. ISSN 1753-9129. doi:10.1093/ccc/tcx017 
  53. Urban, Rebecca (9 de fevereiro de 2017). «Gender theory banned in NSW classrooms». The Australian. Consultado em 2 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2017 
  54. Global, The Conversation (14 de outubro de 2016). «How Hungary and Poland have silenced women and stifled human rights». Huffington Post (em inglês). Consultado em 31 de outubro de 2018 
  55. «Anti-Gender Movements on the Rise?» (PDF). Publication Series on Democracy. 38 
  56. Oppenheim, Maya (24 de outubro de 2018). «Hungarian Prime Minister Viktor Orban bans gender studies programmes». The Independent (em inglês). Consultado em 17 de outubro de 2018 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]