Bomba voadora – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Bomba voadora (desambiguação).
Bomba voadora
Avião
Bomba voadora
Bomba voadora kamikaze com
propulsão de foguete Yokosuka MXY-7 Ohka.[1]
Descrição

Uma bomba voadora é um veículo aéreo não tripulado ou pequena aeronave que carrega uma grande carga de explosivos, precursora dos mísseis de cruzeiro contemporâneos. Diferentemente de um bombardeiro, o qual foi projetado para liberar suas bombas e depois retornar à base para ser reutilizado, uma bomba voadora impacta contra o alvo e, por conseguinte, é ela mesma destruída no ataque.

A expressão "bomba voadora" é associada mais frequentemente com armas específicas da Segunda Guerra Mundial, as alemãs V-1[2] e Fieseler Fi 103R (Reichenberg) e a Yokosuka MXY-7 Ohka[1] japonesa. A primeira não era pilotada, enquanto que as demais eram guiadas por pilotos em missões suicidas.

Talvez por conta destas vinculações com as forças do Eixo, a expressão "míssil de cruzeiro" é muito mais utilizada em inglês e português para definir munições modernas que poderiam ser encaixadas sem maiores problemas na definição de bomba voadora.

Histórico[editar | editar código-fonte]

A primeira tentativa de se construir uma bomba voadora (também denominada "torpedo aéreo" na Marinha dos Estados Unidos), o Hewitt-Sperry Automatic Airplane foi levada a cabo por Elmer Sperry em 1916 e era baseada num hidroplano Curtiss N-9. Isto levou a um projeto específico da Curtiss, a Bomba Voadora Curtiss-Sperry, que foi um quase completo fracasso. O Exército dos Estados Unidos também tentou desenvolver uma bomba voadora na Primeira Guerra Mundial, a Kettering Bug, mas o conflito acabou antes do programa estar concluído. O exemplo mais famoso de uma bomba voadora é a V-1 da Alemanha Nazista, muitas das quais atingiram Londres durante a II Guerra Mundial.[2]

A bomba voadora V-1, fabricada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.

Tipos[editar | editar código-fonte]

Bombas voadoras podem ter ou não propulsão, serem ou não pilotadas, embora bombas voadoras sem propulsão tais como as alemãs Hagelkorn ("Granizo") e Fritz X, projetadas durante a II Guerra Mundial, eram geralmente classificadas como bombas planadoras. Bombas voadoras diferem de mísseis pelo fato de que uma bomba voadora é equipada com asas para prover sustentação ao longo de um grande percurso, enquanto que mísseis são lançados em trajetórias balísticas e não necessitam de sustentação aerodinâmica para atingirem o alvo.

Uso recente[editar | editar código-fonte]

Aviões comerciais pilotados como armas terroristas com o intuito de impactar contra um alvo, como nos ataques de 11 de setembro, são frequentemente citados como "bombas voadoras" na mídia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Dan Alex, JR Potts (27 de março de 2017). «Yokosuka MXY7-K1 Ohka (Cherry Blossom)». Military Factory (em inglês). Consultado em 10 de junho de 2020 
  2. a b «Buzz Kill – 13 Remarkable Facts about the V-1 Flying Bomb» (em inglês). MilitaryHistoryNow.com. 6 de fevereiro de 2015. Consultado em 10 de maio de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre mísseis é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.