Pessoal navegante comercial – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pessoal navegante comercial
Avião
Pessoal navegante comercial
Aeromoça da
Imperial Japanese Airways (c. 1940).
Descrição

Na aviação comercial, o Pessoal Navegante Comercial (PNC) ou Pessoal de Cabine (PC) constitui o grupo de profissionais que atua nas cabines de passageiros das aeronaves, assistindo-os, garantindo seu o conforto e zelando pela sua segurança.

Juntamente como o pessoal navegante técnico (pilotos, navegadores e técnicos de voo), o PNC constitui a tripulação de uma aeronave comercial.

Os profissionais do PNC são, genericamente, designados "comissários de bordo", "comissários de voo" ou, simplesmente, "comissários". Quando do sexo feminino, o profissional é, formalmente, designado "comissária" no Brasil e "assistente" em Portugal (ou, na forma popular, respetivamente: "aeromoça" e "hospedeira do ar"). Nos restantes territórios e países de língua portuguesa, estes profissionais são, genericamente, designados como em Portugal.

Funções[editar | editar código-fonte]

A partir do momento em que o passageiro entra no avião, a sua segurança e conforto são de responsabilidade do comissário de bordo.

O comissário demonstrará os procedimentos de emergência adotados pela empresa, fará o serviço de bordo e cuidará dos passageiros durante toda a viagem. De fato, terá que lidar com a rotina e o inesperado. Além disso, o comissário deverá estar preparado para trabalhar em horários incomuns. Pelas razões acima, conclui-se que a profissão de comissário de bordo requer um conjunto de características pessoais, físicas e psicológicas diferenciadas.

Formação e categorias[editar | editar código-fonte]

A formação do pessoal navegante comercial era, antigamente, feita pelas próprias companhias aéreas. Hoje em dia, a formação pode ser feita em escolas independentes, que oferecem cursos certificados pelas autoridades de aviação civil (por exemplo, INAC em Portugal e ANAC no Brasil). No Brasil, os requisitos para formação de comissários são estabelecidos no RBHA 63.[1]

Os cursos de formação para comissários de bordo, normalmente, incluem matérias como segurança no voo, emergências, navegação aérea, meteorologia, sobrevivência, legislação e regulamentação da aviação civil, primeiros socorros, língua inglesa.

Em Portugal, a carreira de PNC inclui as categorias de comissário de bordo/assistente de bordo, chefe de cabine e supervisor de cabine.

No Brasil, a carreira inclui as categorias de comissário auxiliar, chefe de cabine, comissário internacional, supervisor de cabine e chefe de equipe internacional.

História[editar | editar código-fonte]

A profissão de comissário de bordo ou aeromoça para mulheres, surgiu em 1930 por reivindicação de uma mulher, Ellen Church, pois apaixonada por aviação e não poder pilotar uma aeronave por ser mulher, a enfermeira sugeriu à Boeing Air Transport que colocasse enfermeiras a bordo dos aviões para cuidar da saúde e segurança dos passageiros durante o voo.

As primeiras moças contratadas deveriam ser solteiras, não terem filhos, obedecer a um padrão de peso e altura, porém possuíam salários muito baixos. A ideia fez muito sucesso, pois as mulheres a bordo passavam segurança aos passageiros, já que a mulher era considerada uma figura de fragilidade, e tendo mulheres trabalhando a bordo passava a ideia aos viajantes de que o avião não era tão perigoso quanto pensavam.

Devido a Segunda Guerra Mundial, as enfermeiras foram convocadas para os campos de batalha, as companhias aéreas então começaram a colocar mulheres de nível superior a bordo, contudo sem perder o charme e a elegância, já que essa profissional representaria a empresa. A profissão popularizou-se, e perdeu o símbolo sensual que possuía, foi então que surgiu o "aeromoço", já que as funções do comissário aumentaram devido ao aumento do fluxo de passageiros, o que exigia mais do profissional.

Uma comissária numa aeronave Embraer ERJ-145 da PBair
Hospedeira do Ar, no final da década de 1940, à porta de um Boeing 377 da American Overseas Airlines.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «RBHA 63» (PDF)