Escola jônica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mapa da antiga Jônia, no lado oriental do mar Egeu.

A escola jônica foi uma escola localizada na cidade de Mileto, na Jônia, nos séculos VI e V a.C.. Embora a Jônia tenha sido o centro da filosofia ocidental, os filósofos que ela produziu, incluindo Tales, Anaximandro, Anaximenes, Heráclito, Anaxágoras, Arquelau e Diógenes de Apolônia,[1] tinham pontos de vista tão divergentes que não se pode dizer que tenham pertencido, stricto sensu, a uma escola filosófica específica. Aristóteles os chamou de physiologoi, significando "aqueles que discursavam sobre a natureza", porém jamais os classificou numa "escola jônica". A classificação foi feita pela primeira vez por Sócion, historiador da filosofia do século II. Por vezes são designados como cosmologistas, já que quase todos eram fisicalistas que tentavam explicar a natureza da matéria.

Enquanto alguns dos filósofos classificados nesta escola também são incluídos na escola milésia de filosofia, outros têm uma classificação mais problemática.

A maior parte dos cosmologistas acredita que embora a matéria possa mudar de uma forma para outra, toda a matéria tem algo em comum, inalterável. Não concordavam no que seria isto, partilhado por todas as coisas, e nem faziam experimentos para descobrir, mas utilizavam-se da racionalização abstrata, no lugar da religião ou da mitologia, para se explicar, tornando-se assim os primeiros filósofos da tradição ocidental.

Filósofos posteriores ampliaram seus estudos, incluindo outras áreas do pensamento. A escola eleática, por exemplo, também estudava a epistemologia; os jônicos, no entanto, foram o primeiro grupo de filósofos a se ter notícia, e daí vem sua importância histórica.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. American International Encyclopedia, J.J. Little Co., Nova York, 1954, vol. VIII

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Shields, Christopher (2012). Ancient Philosophy - A contemporary introduction (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0-415-89659-7 
  • Shields, Christopher, ed. (2003). The Blackwell Guide to Ancient Philosophy (em inglês). [S.l.]: Blackwell. ISBN 978-0-631-22215-6 
  • Ierodiakonou, Katerina, ed. (2002). Byzantine Philosophy and its Ancient Sources (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press 
  • Vesperini, Pierre (2019). La philosophie antique - Essai d'histoire (em francês). [S.l.]: Fayard. ISBN 978-2-213-68007-1 
  • Dumond, Jean-Paul (2012). La philosophie antique (em francês). [S.l.]: Presses Universitaires de France 
  • Mattéi, Jean-François (2015). La pensée antique (em francês). [S.l.]: Presses Universitaires de France 
  • Gill, Mary Louise; Pellegrin, Pierre, eds. (2006). A companion to ancient philosophy (em inglês). [S.l.]: Blackwell 
  • Johansen, Karsten Friis (1998). A history of ancient philosophy: from the beginnings to Augustine (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  • Warren, James; Sheffield, Frisbee, eds. (2014). Routledge companion to ancient philosophy (em inglês). [S.l.]: Routledge 
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