Cabau – Wikipédia, a enciclopédia livre

Cabau
Cabau
Arquitrave de granito vermelho com nome de Cabau.
Faraó do Egito
Reinado 1 775–1 772 a.C. (Ryholt); 1–2 anos (Baker); 1 752–1 746 a.C. (Schneider)
Antecessor(a) Hor I
Sucessor(a) Jedequepereu
 
Pai Hor I (?)
Mãe Nubetepti I (?)
Irmão(ã) Jedequepereu (?)
Titularia
Nome Desconhecido, talvez "Sobeque"
Trono Sequenrecutaui
Sḫm-Rˁ-ḫwj-t3wj
Poderoso , aquele que protege as duas terras
M23
t
L2
t
<
rasxmD43
N19
>
Hórus Cabau
Ḫˁj-b3w
A aparição do Bás<br
G5<
xa
a
G30
>
Duas Senhoras Ueendijede
WHM-DD
Renovação permanente
wHmDdDd
Hórus de Ouro Anquerempute
ˁnḫ-rnpwt
Vivendo muitos anos
anxM4M4M4
Título

Sequenrecutaui Cabau foi um faraó egípcio do início da XIII dinastia durante o Segundo Período Intermediário. Segundo o egiptólogo Kim Ryholt, ele foi o décimo sexto rei da dinastia, reinando por três anos, de 1 775 até 1 772 a.C..[1] Thomas Schneider, por outro lado, situa seu reinado de 1 752 até 1 746 a.C..[2] Alternativamente, Jürgen von Beckerath o vê como o terceiro rei da dinastia.[3][4][5] Como governante do início da 13ª dinastia, Cabau teria governado de Mênfis ao Assuão e possivelmente sobre o oeste do Delta do Nilo.[6]

Cânone de Turim[editar | editar código-fonte]

O nome de Cabau não é mencionado no cânone de Turim, e nem em outras listas de reis antigos. Kim Ryholt afirma que o nome de Cabau foi perdido em uma lacuna wsf (lit. "ausente") do cânone de Turim relatado na coluna 7, linha 17 do documento. O redator dessa lista de reis, que foi escrita no início do período Raméssida, escreveu wsf quando o documento mais antigo do qual ele estava copiando a lista tinha uma lacuna.[7]

Família[editar | editar código-fonte]

Uma arquitrave descoberta em Tânis mostra o nome de Cabau junto a de Hor I, o que pode comprovar para Kim Ryholt e Darrel Baker que eles são filho e pai, o que prova que Cabau era co-regente de Hor.[6][8] Outra descoberta foi a irmandade entre Cabau e seu sucessor Jedequepereu, deduzida por Ryholt, já que tinha uma filiação com Auibré Hor.[9]

Atestados[editar | editar código-fonte]

Selo cilíndrico de Cabau fotografada por Flinders Petrie, atualmente no Museu Petrie (UC 11527).[10][11]

Ryholt e Baker acreditam que as arquitraves do nome e prenome de Cabau e sua relação familiar com Hor não se originaram da região do Delta, mas de Mênfis. As arquitraves podem ter vindo a seus locais de descoberta após a queda da XIII dinastia, quando os hicsos moveram um grande número de monumentos de Mênfis para Aváris e outras cidades do Delta do Nilo, como Bubástis e Tânis.[6] Alternativamente, os arquitraves podem ter permanecido em Aváris até o reinado de Ramessés II, quando este rei construiu sua capital em Pi-Ramessés usando material de Aváris. Pi-Ramessés foi posteriormente desmontado durante a XXI dinastia e seus monumentos espalhados na região do Delta.[8][nota 1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. Veja uma situação semelhante para os colossos de Imiremexau.

Referências

  1. Ryholt 1997, p. 321.
  2. Schneider 2002, pp. 255 e 259.
  3. Beckerath 1964.
  4. Beckerath 1997.
  5. Beckerath 1999, pp. 90-91.
  6. a b c Baker 2008, pp. 289-290.
  7. Ryholt 1997, p. 218.
  8. a b Ryholt 1997, p. 216.
  9. Ryholt 1997, p. 322.
  10. Petrie, W. M. Flinders (William Matthew Flinders) (1917). Scarabs and cylinders with names : illustrated by the Egyptian collection in University College, London. Institute of Fine Arts Library New York University. Londres: School of Archaeology in Egypt 
  11. «Seal of Khabaw» (em inglês) 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ryholt, K. S. B. (1997). The Political Situation in Egypt During the Second Intermediate Period, C. 1800–1550 B.C. Copenhague: Museum Tusculanum Press. ISBN 87-7289-421-0 
  • Schneider, Thomas (2002). Lexikon der Pharaonen. Dusseldórfia: Albatros. ISBN 978-3491960534 
  • Beckerath, Jürgen von (1964). Untersuchungen zur politischen Geschichte der Zweiten Zwischenzeit in Ägypten. [S.l.]: Glückstadt. ISBN 3-8053-2591-6 
  • Beckerath, Jürgen von (1997). Chronologie des pharaonischen Ägyptens. [S.l.]: Mainz am Rhein 
  • Beckerath, Jürgen von (1999). Handbuch der ägyptischen Königsnamen, Münchner ägyptologische Studien. Mainz: P. von Zabern. ISBN 3-8053-2591-6 
  • Baker, Darrell D. (2008). The Encyclopedia of the Pharaohs: Volume I - Predynastic to the Twentieth Dynasty 3300–1069 BC. [S.l.]: Stacey Internacional