Batalha de Hipona – Wikipédia, a enciclopédia livre

Batalha de Hipona
Segunda Guerra Civil da República Romana
Data 46 a.C.
Local Hipo Régio, África
Coordenadas 36° 52' 59.6" N 7° 45' 6.8" E
Desfecho Vitória decisiva dos cesarianos
Beligerantes
República Romana Cesarianos República Romana Pompeianos
Comandantes
República Romana Públio Sítio Nocerino República Romana Metelo Cipião 
Hipo Régio está localizado em: Argélia
Hipo Régio
Localização de Hipo Régio no que é hoje a Argélia

Batalha de Hipona ou Batalha de Hipo Régio foi uma batalha naval travada em 46 a.C. durante a Segunda Guerra Civil da República Romana entre as forças cesarianas comandadas pelo mercenário Públio Sítio Nocerino e as pompeianas lideradas por Metelo Cipião. Completamente derrotado, Cipião matou-se logo após a batalha.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Depois da destruição do seu exército em África, na Batalha de Tapso, o comando pompeiano desintegrou-se. O comandante da guarnição de Útica, Catão, o Jovem, quando soube da aproximação de César, matou-se. O rei Juba I da Numídia e Marco Petreio combinaram um duelo até a morte no qual o vencedor depois se mataria[1].

Lúcio Afrânio e Fausto Cornélio Sula conseguiram fugir com 1 500 cavaleiros até o Reino da Mauritânia e dali pretendiam partir para a Hispânia, mas foram emboscados pelo mercenário Públio Sítio Nocerino. Aprisionados, os dois foram mortos dias depois, por ordem de César segundo alguns e por seus próprios homens segundo outros[2]. Sítio Nocerino era um aliado de Boco II da Mauritânia e tinha como missão tomar Cirta, a capital de Juba I, enquanto César desembarcava em Ruspina. Por sua causa, Juba foi obrigado a dividir suas forças, enviando o general Saburra para enfrentá-lo, o que facilitou a vitória em Tapso. Saburra foi morto em combate e o seu exército destruído por Sítio Nocerino e Boco II[3].

Finalmente, Metelo Cipião tentou fugir pelo mar até Útica para se juntar a Catão, mas o clima levou sua frota até Hipo Régio, onde foi obrigado a lutar com a frota de Sítio Nocerino. Em grande desvantagem numérica, a frota pompeiana foi completamente destruída. Sem esperança de fugir, Metelo Cipião apunhalou-se e atirou-se ao mar[4]. Apenas Tito Labieno, Públio Ácio Varo e os irmãos Sexto e Cneu Pompeu conseguiram chegar à Hispânia, onde seriam derrotados no ano seguinte na Batalha de Munda[1].

Referências

  1. a b Sheppard (2009), p. 89
  2. Smith (1872a), p. 55.
  3. Smith (1872b), p. 635.
  4. Smith (1872b), p. 1063

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Sheppard, Si (2009) [2006]. Ros, Eloy Carbó, ed. César contra Pompeyo. Farsalia (em espanhol). Barcelona: Osprey Publishing. ISBN 978-84-473-6379-7 
  • Smith, William (1872a). Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. Abaeus-Dysponteus (em inglês). I. Londres: John Murray 
  • Smith, William (1872b). Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. Earinus-Nyx (em inglês). II. Londres: John Murray