Batalha de Táuris – Wikipédia, a enciclopédia livre

Batalha de Táuris
Segunda Guerra Civil da República Romana
Data 47 a.C.
Local Táuris, Ilíria
Coordenadas 43° 05' N 16° 42' E
Desfecho Vitória dos cesarianos
Beligerantes
República Romana Pompeianos República Romana Cesarianos
Comandantes
República Romana Marco Otávio República Romana Públio Vatínio
Táuris está localizado em: Croácia
Táuris
Localização de Táuris no que é hoje o Croácia

A Batalha de Táuris[1] foi uma batalha naval travada em 47 a.C. durante a Segunda Guerra Civil da República Romana entre a frota pompeiana, comandada por Marco Otávio, e a frota cesariana, liderada por Públio Vatínio. Os cesarianos derrotaram completamente os pompeianos.

Contexto[editar | editar código-fonte]

O almirante pompeiano Marco Otávio havia sido apontado por Marco Calpúrnio Bíbulo para vigiar o mar Adriático e impedir a travessia de César para a Ilíria; em 49 a.C., Otávio capturou ali o cesariano Públio Cornélio Dolabela e sua frota de quarenta navios[2]. Caio Antônio tentou avançar com quinze coortes pela costa ilírica, mas, acossado pela frota pompeiana e pelas tribos ilírias em terra, acabou se rendendo em Curicta e teve seus homens incorporados ao exército de Pompeu[2]. No ano seguinte, Aulo Gabínio marchou com suas tropas para ajudar o questor Quinto Cornifício, o Jovem[3] pela mesma rota por ordem de César, que estava no Epiro[4].

Batalha[editar | editar código-fonte]

Depois da vitória de Júlio César na Batalha de Farsalos, Otávio sitiou Epidauro, onde estava a guarnição de Cornifício, por terra e pelo mar. Em resposta, o almirante cesariano Públio Vatínio o atacou em Táuris (moderna Šćedro, na Croácia), derrotando-o completamente. Otávio fugiu do Adriático e Epidauro foi libertada[5]. Vatínio foi saudado como imperator por seus homens, obteve a honra de um supplicatio do Senado Romano em 45 a.C.[6] e permaneceu no comando da província até o final da guerra.

Eventos posteriores[editar | editar código-fonte]

Cornifício foi nomeado governador da Síria em 45 a.C. e lutou contra Quinto Cecílio Basso[7]. Depois do assassinato de Júlio César, em 44 a.C., ele se desentendeu com Marco Antônio e acabou proscrito pelo Segundo Triunvirato. É provável que ele tenha morrido na Batalha de Filipos[8].

Otávio se refugiou na África e comandou a frota pompeiana na região até sua morte em 46 a.C.[9].

Referências

  1. Machado, José Pedro. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. 3.º N-Z 2.ª ed. [S.l.]: Livros Horizonte/Editorial Confluência. ISBN 972-24-0845-3 
  2. a b Sheppard, 2009: 37
  3. Sheppard, 2009: 40
  4. «Cornificio, Quinto (hijo)» (em espanhol). MCN biografías 
  5. Jaques (2007), pp. 1001
  6. Cícero, Epistulae ad Familiares V 9-11
  7. «Cornificio, Quinto» (em italiano). Treccani 
  8. «Quintus Cornificius» (em inglês). VRoma.org 
  9. Gundel (1972), pp. 233

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Gundel, Hans Georg (1972). «Octavius». Stuttgart. Der Kleine Pauly (KlP): Lexikon der Antike Tomo IV (em alemão). I (17) 
  • Jaques, Tony (2007). Dictionary of Battles and Sieges: P-Z (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 9780313335396 
  • Sheppard, Si (2009) [2006]. Ros, Eloy Carbó, ed. César contra Pompeyo. Farsalia (em espanhol). Barcelona: Osprey Publishing. ISBN 978-84-473-6379-7