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STS-32
Informações da missão
Operadora NASA
Ônibus espacial Columbia
Astronautas Daniel Brandenstein
James Wetherbee
Bonnie Dunbar
Marsha Ivins
David Low
Base de lançamento Plataforma 39A, Centro
Espacial John F. Kennedy
Lançamento 9 de janeiro de 1990
12h35min00s UTC
Cabo Canaveral, Flórida,
Estados Unidos
Aterrissagem 20 de janeiro de 1990
9h35min37s UTC
Base Aérea de Edwards,
Califórnia, Estados Unidos
Órbitas 172
Duração 10 dias, 21 horas,
36 segundos
Altitude orbital 361 km
Inclinação orbital 28,5 graus
Distância percorrida 7 258 096 km
Imagem da tripulação
Em sentido horário, do topo: Low, Dunbar, Wetherbee, Brandenstein e Ivins
Em sentido horário, do topo: Low, Dunbar, Wetherbee, Brandenstein e Ivins
Navegação
STS-33
STS-36

A STS-32 foi a trigésima-terceira missão a utilizar um ônibus espacial e o nono lançamento do Columbia. Realizou a quarta aterrissagem noturna.[1][2][3]

Tripulação[editar | editar código-fonte]

[1][2][3]

Posição Astronautas
Comandante Estados Unidos Daniel Brandenstein
Piloto Estados Unidos James Wetherbee
Especialista de missão 1 Estados Unidos Bonnie Dunbar
Especialista de missão 2 Estados Unidos David Low
Especialista de missão 3 Estados Unidos Marsha Ivins

Parâmetros da missão[editar | editar código-fonte]

[1][2][3]

Hora de acordar[editar | editar código-fonte]

Devido a problemas com os receptores na STS-28, os tripulantes não puderam ouvir músicas pois os mesmos receptores ainda estavam em manutenção técnica.

Principais fatos[editar | editar código-fonte]

[1][2][3]

A decolagem ocorreu em 9 de janeiro de 1990, às 7:35:00 a.m. EST. O lançamento havia sido agendado para 18 de dezembro de 1989, adiado para completar e verificar as modificações no Pad A, que seria utilizado pela primeira vez desde janeiro de 1986. O lançamento em 8 de janeiro de 1990 foi cancelado devido às condições climáticas.

Os objetivos primários da missão eram o lançamento do satélite de comunicações SYNCOM IV-F5 e a recuperação da Instalação de Exposição de Longa Duração (LDEF) da NASA. O SYNCOM IV-F5 (também conhecido como LEASAT 5) foi lançado com sucesso e utilizou o primeiro e terceiro estágios do foguete Minnuteman em seu perigeu para poder atingir a órbita geossíncrona. O LDEF foi recuperado no quarto dia de voo com a utilização do Sistema de Manipulação Remota pelo grupo.

As cargas no meio do veículo incluíam: Characterization of Neurospora Circadian Rhythms (CNCR); Crescimento de Cristais de Proteína (PCG); Aparado de Experimentos com Fluidos (FEA); American Flight Echocardiograph (AFE); Localizador de Latitude/Longitude Locator (L3); Mesoscale Lightning Experiment (MLE); câmera IMAX; e o experimento Air Force Maui Optical Site (AMOS)

A missão marcou a primeira vez em que o Pad A no complexo 39 do Kennedy Space Center foi utilizado como um local de lançamento desde a missão 61-C em 12 de Janeiro de 1986. Ele marcou também a primeira utilização da Plataforma de Lançamento Móvel No. 3 (MLP-3) no programa de ônibus espaciais.

A STS-32 foi o nono voo do ônibus espacial Columbia, e a trigésima-terceira missão a utilizar um ônibus espacial. Foi a missão com uma das durações mais longas do programa de ônibus espaciais, com dez dias. Houve apenas uma missão com uma duração desta magnitude, a STS-9 em 1983, a primeira missão do Spacelab, tendo está também utilizado o Columbia.

A NASA planejou uma missão estendida para adquirir dados sobre a exposição dos membros do grupo em longos períodos sob um ambiente de microgravidade e seu efeitos, na aterrissagem do veículo. Um kit estava sendo desenvolvido para permitir a atuação dos astronautas na órbita terrestre por até 16 dias.

O comandante do grupo de cinco astronautas era Daniel Brandenstein, que também comandou a STS 51-G em 1985 e pilotou a STS-8 em 1983. Ambas as missões incluíam o uso do Sistema de Manipulação Remota construído no Canadá, que também foi utilizado para recuperar o LDEF. James Wetherbee foi o piloto da STS-32, em seu primeiro voo em um ônibus espacial. Também em seus primeiros voos estavam os especialistas da missão Marsha Ivins e David Low. O terceiro especialista da missão, Bonnie Dunbar (Ph.D), estava em seu segundo voo, ele foi também especialista da missão na STS 61-A, em 1985.

Dunbar operou o braço-robô para recuperar o LDEF enquanto Ivins fotografava a estrutura de voo livre que continha 57 experimentos de ciência e tecnologia. O cilindro de doze lados, com o tamanho aproximado de um ônibus pequeno, foi então colocado no compartimento de carga do Columbia para ser então trazido de volta à Terra.

O LDEF tinha o objetivo de permanecer no espaço por aproximadamente um ano após seu lançamento, em 7 de Abril de 1984, na STS-41-C, tendo sido colocado em uma órbita terrestre quase circular, com um apogeu de 480 km e um perigeu de 475 km, As mudanças no planejamento e o acidente com a 51-L atrasaram esta recuperação.

Mais de cinco anos e meio depois, a LDEF era um importante repositório de dados técnicos e científicos.

A passagem do tempo da recuperação foi de importância crítica. Uma alta taxa de fluxo solar aumentou a densidade do ambiente orbital do LDEF e acelerou sua taxa de decaimento orbital. Os especialistas cuidadosamente monitoraram a estabilidade da órbita da embarcação, e anteciparam que ela poderia cair devido à atração gravitacional da Terra e ser destruída na reentrada em fevereiro de 1990.

A Columbia foi a primeira missão lançada do Pad A, no complexo 39, que havia sido recondicionado. O Pad A suportou as 24 primeiras missões com ônibus espaciais, da STS-1 em abril de 1981 até à STS-61-C em janeiro de 1986. Ambos os Pad A e Pad B foram modificados através do tempo.

As modificações incluíam melhoras no sistema de regresso do grupo de emergência e na sala de mudança de carga, proteção contra congelamento dos serviços de água, a instalação de proteção contra escombros durante o carregamento do combustível, a adição de mais dispositivos de proteção contra as condições climáticas e um umbilical para prover energia, instrumentação e controles aos aquecedores das juntas dos foguetes de combustível sólido.

MLP-3, a mais velha das três estruturas de lançamento da era Apollo, também passou por um extensivo remodelamento para ser utilizada com os ônibus espaciais. Estas modificações incluíam a remoção da torre umbilical, reconfiguração para três buracos de exaustão, e mudança nos sistemas de elétricos e mecânicos de suporte em terra. A MLP-3 suportou muitos lançamento históricos na década de 1960 e década de 1970, incluindo o primeiro lançamento da uma Apollo com o foguete Saturn V; a primeira missão lunar tripulada, a Apollo 8; a primeira missão lunar de aterrissagem, a Apollo 11; três lançamentos tripulados do Skylab; e a missão Apollo/Soyuz.

A aterrissagem ocorreu em 20 de janeiro de 1990, às 1:35:37 a.m. PST, na Runway 22 da Base da Força Aérea de Edwards, CA. Distância de rolagem: 10731 pés (3271 m), tempo de rolagem: 62 segundos. Foi o mais longo voo de um ônibus espacial documentado. O veículo retornou ao KSC em 26 de Janeiro de 1990. Peso na aterrissagem: 228,335 lb (103,571 kg).

Cargas no compartimento mediano[editar | editar código-fonte]

[1][2][3]

  • Characterization of Neurospora Circadian Rhythms (CNCR)
  • Crescimento de Cristais de Proteína (PCG)
  • Aparato de Experimento com Fluidos (FEA)
  • American Flight Echocardiograph (AFE)
  • Localizador de Latitude/Longitude (L3)
  • Mesoscale Lightning Experiment(MLE)
  • Câmera IMAX
  • Experimento Air Force Maui Optical Site (AMOS)

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e Mark Wade. «STS-32». Encyclopedia Astronautica. Consultado em 24 de julho de 2019 
  2. a b c d e Joachim Becker e Heinz Janssen (20 de abril de 2018). «STS-32». SPACEFACTS. Consultado em 24 de julho de 2019 
  3. a b c d e «STS-32». NASA. Consultado em 24 de julho de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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