Proposta Republicana – Wikipédia, a enciclopédia livre

Proposta Republicana
Propuesta Republicana
Proposta Republicana
Líder Mauricio Macri
Presidente Patricia Bullrich
Secretário-geral Pablo Walter
Fundador Mauricio Macri
Fundação 23 de agosto de 2005
como coligação política
03 de junho de 2010
como partido político.
Sede Buenos Aires, Argentina
Ideologia Conservadorismo[1]
Liberalismo econômico
Fações:
Ultraconservadorismo
Populismo de direita
Desenvolvimentismo
Espectro político Direita[2][3][4]
Facções:
Centro-direita[5] a extrema direita[6][7][8]
Ala de juventude Jovens PRO
Membros (2012) 157.297[9]
País  Argentina
Afiliação nacional Juntos por el Cambio
Afiliação internacional União Democrática Internacional
Governadores
1 / 24
Deputados[10]
53 / 257
Senadores[11]
8 / 72
Cores Amarelo
Preto
Slogan En todo estás vos.
PT-BR: Em tudo está você.
Página oficial
www.pro.com.ar
Política da Argentina


Eleições

A Proposta Republicana (em castelhano: Propuesta Republicana) é um partido político argentino de direita,[12] defensor do Conservadorismo, Conservadorismo liberal e do Liberalismo econômico,[13][14][15] fundado em 2005 por Mauricio Macri, que foi eleito presidente da Argentina em 22 de novembro de 2015.[16]

Historia[editar | editar código-fonte]

A Proposta Republicana, ou PRO, como é popularmente conhecido na Argentina, nasceu no contexto das eleições legislativas de 2005 no país. Naquele momento, o então presidente do clube de futebol Boca Juniors, Mauricio Macri, obteve um assento na Câmara de Deputados da Nação Argentina.

Os principais partidos desta coligação foram:

Após Macri ganhar, em 2007, no segundo turno, as eleições à Prefeitura de Buenos Aires, o PRO ganhou mais participação na política argentina. Em abril de 2008, o partido mudou de nombe de: Compromiso para el Câmbio para Propuesta Republicana[17]

Desde 2015, faz parte da coligação Cambiemos (em português: Mudemos) junto à histórica União Cívica Radical e a Coligação Cívica ARI, com a qual Mauricio Macri venceu as eleições à presidência da Nação Argentina para o período 2015-2019.[16]

Eleições de 2007[editar | editar código-fonte]

Nas eleições do 3 de junho de 2007 para escolher o Chefe de governo da Cidade de Buenos Aires, vice-prefeiro e 30 legisladores da cidade, a fórmula de Mauricio Macri e Gabriela Michetti obteve o primeiro lugar com um 45,6 % dos votos, no segundo lugar ficou o peronista Daniel Filmus con um 23,8 % e, o também peronista, Jorge Telerman, no terceiro lugar com um 20,7 %. Mesmo assim, a lei eleitoral da Cidade de Buenos Aires, estabelece que para uma força política ganhar, ela tem que ter a metade mais um dos votos, por essa razão, Macri e Filmus forma à segunda volta no dia 24 de junho, onde Mauricio Macri e Gabriela Michetti conquistaram o primeiro lugar, desta vez com um 60,96 % dos votos. Tomando posse no dia 10 de dezembro daquele ano.[18]

Nesse mesmo ano, nas eleições gerais, o PRO não levou, nem apoiou nenhum candidato à Presidência da Nação. O partido sim levou o seu candidato à governação da Província de Buenos Aires, com uma coligação chamada União-PRO com Francisco De Nárvaez como governador e o primo de Mauricio Macri, Jorge Macri, como vice-governador, ficando em terceiro lugar com um 14,96% dos votos.[19]

Eleições de 2009[editar | editar código-fonte]

Nas eleições legislativas do 28 de junho de 2009, a Proposta Republicana, apresentou-se com uma lista própria na Cidade de Buenos Aires e com uma coligação na Província de Buenos Aires.

Na Cidade de Buenos Aires, Gabriela Michetti renunciou como vice-chefa da prefeitura para fazer parte da lista dos candidatos para deputados nacionais.

  • Deputados nacionais: O PRO ganhou com um 31,1 % dos votos e obtendo assim cinco deputados: Gabriela Michetti, Esteban Bullrich, Paula Bertol, Jorge Alberto Triaca e Laura Alonso. O resultado superou ampliamente o obtido na eleição de 2007, na qual o PRO saiu no terceiro lugar, com um 13,4 % e só dois deputados.
  • Deputados da Cidade de Buenos Aires: O PRO também ganhou as eleições para deputados da capital, com um 31,2%, ganhando 11 deputados eleitos. O resultado foi inferior ao conquistado na eleição para deputados da Cidade em 2007, na qual o PRO saiu no 1º lugar, con 44,3 % con 15 deputados eleitos.[20]

Na Província de Buenos Aires a Proposta Republicana fez uma coligação chamada União PRO, com o peronismo opositor ao kirchnerismo junto ao empresário Francisco De Narváez, do partido Unión Celeste y Blanco e o ex governador Felipe Solá.

  • Deputados nacionais: O PRO conseguiu o 34,6 % dos votos, ganhando assim 13 deputados: Francisco De Narváez, Felipe Solá, Gladys González, Claudia Rucci, Gustavo Ferrari, Roberto Mouilleron, Silvia Majdalani, Julio Ledesma, Alfredo Atanasof, Natalia Gambaro, Raúl Rivara, Eduardo Amadeo e Soledad Martínez. O resultado foi considerado muito satisfatório, já que assim a aliança venceu ao kirchnerismo que obteve o 32,1 % e tinha que renovar três deputados.[21]

Eleições de 2011[editar | editar código-fonte]

Em 2011, Macri foi reeleito como prefeito de Buenos Aires em conjunto com María Eugenia Vidal como vice-chefa da prefeitura.

No dia 10 de julho de 2011, no primeiro turno, o PRO obteve na Cidade de Buenos Aires um 46,1% do eleitorado. No segundo turno, o dia 31 de julho, conquistou a victoria e re-eleccião de Macri como Chefe do Governo da capital ao obter um 64,3 % dos votos.[22] Também Jorge Macri, primo de Mauricio, ganhou a intendência municipal de Vicente López no dia 23 de outubro de 2011.[23]

Na Província de Santa Fe, no dia 24 de julho de 2011, a fórmula União PRO Federal, com Miguel del Sel conseguiu 615,368 votos (35,2%), ficando com menos de 60,000 votos em comparação com Bonfatti, quem obteve 676,800 (38,7%), mas ganhando do kirchnerista Agustín Rossi, com 388,231 (22,2%).[24]

Eleições de 2013[editar | editar código-fonte]

Na votação de outubro de 2013, obteve legisladores em Córdoba, Entre Ríos, La Pampa, Salta, San Juan, Santa Fe e Buenos Aires. Na província de Buenos Aires não levou um candidato próprio.[25]

Eleições de 2015[editar | editar código-fonte]

A primeira visita internacional de Macri, como presidente eleito, foi ao Brasil, onde foi recebido pela presidente Dilma Rousseff.
  • Presidenciais: Nas eleições de outubro de 2015, Mauricio Macri foi o candidato à presidência na coligação Cambiemos, após vencer Elisa Carrió e ao candidato da UCR, Ernesto Sanz, nas PASO de agosto.[26] Nesta votação, Macri tirou uma diferença não esperada com o candidato governista, Daniel Scioli, o que levou para uma, até o momento, inédita segunda volta eleitoral[27] No dia 22 de novembro, Macri obteve o 51,34% dos votos enquanto o peronista Scioli obteve o 48,66%, ganhando assim as eleições sendo o primeiro presidente, desde a volta da democrácia no país, que não é nem peronista nem radical.
  • Na Província de Buenos Aires, O PRO candidatou a vice-chefa do governo portenho, María Eugenia Vidal, também na coligação Cambiemos. Vidal, quem tinha como principal adversário o candidato kirchnerista, Aníbal Fernández, ganhou a governação da província, conseguindo vitórias em vários municípios da Grande Buenos Aires, como Lanús, Quilmes e Avellaneda, territórios onde o peronismo sempre foi a primeira força política.[28] Com esse triunfo, a Proposta Republicana conseguiu acabar com 28 anos de peronismo na província e colocando pela primeira vez, uma mulher como governadora desse distrito, com um resultado final de 40% para María Eugenia e um 35% para Fernández.[29] Também com esta eleição, na Grande Buenos Aires acabou-se, parcialmente, com o fenómeno dos Barões do Conurbano,[30] prefeitos peronistas que estavam no poder há mais de dez anos, vários há mais de 20, e alguns foram reeplazados por intendentes do PRO, assim como Hugo Curto, em Tres de Febrero quem perdeu para Diego Valenzuela, Francisco Gutiérrez em Quilmes quem perdeu para Martiniano Molina, em Lanús, Darío Díaz Pérez, quem perdeu para Néstor Grindetti, entre outros.
Horacio Rodríguez Larreta, atual prefeito da capital argentina
  • Na Cidade de Buenos Aires, na eleição interna do PRO para chefe de governo da capital, no dia 26 de abril entre Gabriela Michetti e Horacio Rodríguez Larreta, Rodríguez Larreta ganha com o 60%. No dia 5 de julho estreou-se o voto eletrônico[31] em toda a cidade para escolher o novo prefeito. Nesta eleição, o PRO obteve o 45,6% dos votos, o que não evitou um segundo turno com o candidato de ECO, Martín Lousteau, quem conseguiu o 25,5%.[32] No dia 19 de julho, Larreta ganhou com o 51,6%, enquanto Lousteu ficou com o 48,4%.[33]

Jóvenes PRO[editar | editar código-fonte]

Os Jóvenes PRO (em português: Jóvens PRO) são a ala jovem dentro deste partido político com uma ideologia baseada no liberalismo económico e medidas consideradas progressistas.[34] Os Jóvenes PRO são parte da International Young Democrat Union.[35]

Durante muitos anos, a ala jovem deste partido foi liderada por Marcos Peña[36] um dos maiores referentes do PRO. Os Jóvenes PRO estão ligados à Juventud Radical, a ala jovem da UCR, já que são militantes na coligação Cambiemos.

Histórico eleitoral[editar | editar código-fonte]

Eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]

Ano Chapa 1.ª Turno 2.ª Turno Coalizão
Presidente Vice-presidente CI. Votos % CI. Votos %
2015 Mauricio Macri Gabriela Michetti 2.º 8 601 063
34,2 / 100,0
1.º 12 997 938
51,3 / 100,0
Cambiemos
2019 Mauricio Macri Miguel Á. Pichetto (PJ) 2.º 10 811 345
40,3 / 100,0
Juntos por el Cambio
2023 Patricia Bullrich Luis Petri (UCR) 3.º 6 379 023
23,8 / 100,0
Juntos por el Cambio

Referências

  1. «Argentina Debates Foreign Land Grabs». archive.globalpolicy.org. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  2. Souroujon, Gaston (2021). «El aborto: la manzana de la discordia de la nueva derecha. Los argumentos liberales y conservadores de los diputados de Propuesta Republicana (PRO) en el debate del proyecto de ley de interrupción voluntaria del embarazo en Argentina en 2018». Revista mexicana de ciencias políticas y sociales (em espanhol) (243): 141–162. Consultado em 14 de novembro de 2023 
    "Luego de la derrota electoral de PRO en el 2019 se pueden vislumbrar ciertos signos de fortalecimiento y de una mayor visibilidad de ciertos actores con particularidades más cercanas a la derecha radical que a la nueva derecha liberal conservadora"(em espanhol)
  3. Ansaldi², Waldo (janeiro de 2023). «Una derecha democrática es más rara que un japonés con rastas, aunque el problema es otro¹». Estudios - Centro de Estudios Avanzados. Universidad Nacional de Córdoba (49): 55–73. ISSN 1852-1568. Consultado em 28 de novembro de 2023 
  4. «Cópia arquivada». Consultado em 20 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2013 
  5. «Bloques». Cámara de Diputados de la Nación. Consultado em 17 de dezembro de 2019 
  6. «Bloques». Cámara de Senadores de la Nación. Consultado em 17 de dezembro de 2019 
  7. Santiago Fioriti (15 de agosto de 2010). «En el macrismo se muestran indiferentes». Clarín. Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  8. Sergio D. Morresi, Gabriel Vommaro (março de 2013). «How to construct a successful party of the center-right in contemporary Argentina?» (PDF). The difficulties of the partisian right in Argentina: The case of the PRO Party, página 13. Universidad de San Andrés. Consultado em 6 de outubro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016 
  9. Matt Moffett (1 de setembro de 2011). «Argentina Debates Foreign Land Grabs». Wall Street Journal (em inglês). Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  10. «Izquierda y conservadores logran entrar al Congreso argentino». El Universal. 30 de outubro de 2013. Consultado em 10 de janeiro de 2014 
  11. a b TÉLAM. «Sin el Frente Renovador, el PRO, la UCR y la Coalición Cívica cerraron 'Cambiemos', su alianza electoral». www.telam.com.ar. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  12. «Poder Judicial de la Nación». www.pjn.gov.ar. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  13. «Clarín: Macri volvió a arrasar y será jefe de Gobierno - 24 de junho de 2007». Consultado em 14 de setembro de 2023 
  14. «Junta Electoral de la Provincia de Buenos Aires». www.juntaelectoral.gba.gov.ar. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  15. «Elecciones 2009 Ciudad de Buenos Aires.». Consultado em 21 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 14 de abril de 2010 
  16. «De Narváez derrota a Kirchner y buena elección de Stolbizer». www.laprensa.com.ar. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  17. El jefe de gobierno fue reelecto por amplio margen
  18. «Jorge Macri venció en Vicente López». Consultado em 14 de setembro de 2023 
  19. «Reñida victoria de Bonfatti sobre Del Sel; el kirchnerismo, arrollado». Consultado em 14 de setembro de 2023 
  20. Clarín.com (28 de outubro de 2013). «El PRO consiguió 12 legisladores y Carrió ganó en seis Comunas». Clarín. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  21. «Cambiemos, el frente que anotaron Macri, Sanz y Carrió - Política». La Voz del Interior. 11 de junho de 2015. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  22. Artículo Arquivado em 24 de novembro de 2015, no Wayback Machine. del 3 de noviembre de 2015 en el diario Perfil (Buenos Aires).
  23. «María Eugenia Vidal, la primera gobernadora en la historia de Buenos Aires». infobae. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  24. [1] Cambiemos ganó La Plata, Mar del Plata, Pilar y otros municipios.
  25. «Cambiemos tiñó de amarillo la Provincia y expulsó a los barones». Consultado em 21 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 27 de outubro de 2015 
  26. [2]
  27. http://www.lanacion.com.ar/1807919-elecciones-portenas-2015-amplio-triunfo-de-horacio-rodriguez-larreta-pero-habria-ballottage-con-martin-lousteau
  28. TÉLAM. «Larreta se impuso en la Ciudad por solo 3 puntos, un resultado que complica la campaña nacional de Macri». www.telam.com.ar. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  29. ezequielfer (28 de julho de 2014). «La cara bonita de la nueva derecha». Revista Anfibia. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  30. http://www.iydu.org/member/propuesta-republicana-republican-proposal/
  31. http://m.lapoliticaonline.com/nota/76336/