Eleição presidencial na Argentina em 2015 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Eleição presidencial na Argentina em 2015
  2011 ← Argentina → 2019
22 de novembro
Segundo turno
Candidato Mauricio Macri Daniel Scioli
Partido PRO (Mudemos) PJ (FpV)
Natural de Cidade de Buenos Aires Província de Buenos Aires
Companheiro de chapa Gabriela Michetti Carlos Zannini
Vencedor em 8 + CABA 15
Votos 12.988.349 12.309.575
Porcentagem 51,34% 48,66%

Mapa dos resultados por províncias.

O segundo turno da eleição presidencial na Argentina em 2015 foi realizado em 22 de novembro, em uma disputa entre o prefeito Mauricio Macri e o governador Daniel Scioli. O primeiro turno ocorreu em 25 de outubro, simultaneamente com as eleições legislativas e provinciais. Os candidatos classificados para o primeiro turno foram escolhidos nas primárias, realizadas em 9 de agosto.

A presidente Cristina Kirchner era inelegível para concorrer a um terceiro mandato por determinação da Constituição. O governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, garantiu a indicação da coligação governista, a Frente para a Vitória, sem oposição. Mauricio Macri, prefeito da cidade de Buenos Aires, ganhou a indicação da coligação de centro-direita Mudemos após derrotar Ernesto Sanz e Elisa Carrió nas primárias. Sergio Massa, peronista dissidente, foi o candidato da aliança Uma Nova Alternativa. Além deles, Margarita Stolbizer, Nicolás del Caño e Adolfo Rodríguez Saá também alcançaram o número necessário de votos para disputarem o primeiro turno.

Durante boa parte da campanha, as pesquisas de opinião indicaram Scioli na liderança, com chances de vencer ainda no primeiro turno. No entanto, Scioli e Macri receberam no primeiro turno uma votação bastante próxima. Como nenhum presidenciável alcançou mais de 45% dos votos válidos ou 40% e uma vantagem de 10% em relação ao segundo candidato, a Argentina realizou o seu primeiro segundo turno da história. Na nova etapa da campanha, Macri passou a ser o favorito de acordo com as pesquisas e acabou sendo eleito presidente com 51,34% dos votos.

Contexto político[editar | editar código-fonte]

Néstor e Cristina Kirchner comemorando os resultados eleitorais da eleição de 2007

Nos últimos doze anos, Néstor Kirchner (2003–2007) e Cristina Kirchner (2007–2015) governaram o país — um período que ficou conhecido como kirchnerismo.[1] Desde que o casal comandava o país, a pobreza diminuiu de 57% para 25%, o desemprego caiu de 21% para 7% e muitos números macroeconômicos apresentaram melhorias (como o PIB e o PIB per capita, cujo valor mais que dobrou).[2][3][4] Por outro lado, a inflação atingiu no início de 2015 um recorde do governo Kirchner, a economia encontrava-se estagnada e alguns indicadores do bem-estar apresentaram leve piora, como a qualidade da educação e o índice de desigualdade.[3][5][6]

A presidente incumbente integrava o Partido Justicialista (PJ) e foi reeleita na eleição de 2011 com 54% dos votos.[7][8] Iniciado em dezembro de 2011, o segundo mandato de Cristina aumentou a polarização política no país, especialmente pelo estilo confrontador da presidente e por divergências na condução da política econômica, como as restrições para a compra de dólares e a inflação.[9][10] A presidente defendia seu legado citando os baixos níveis de desemprego, o baixo índice de endividamento externo e o que considerava como avanços na política externa.[11]

Como a Constituição estabelecia um limite de dois mandatos consecutivos para presidente, vários políticos da coalizão governista Frente para a Vitória (FPV) propuseram uma alteração na Constituição para permitir reeleições ilimitadas.[12] A proposta foi fortemente rejeitada pelos partidos da oposição, e o FPV não conseguiu alcançar a maioria de dois terços no Congresso necessários para a aprovação. Com o governo longe de obter uma maioria de dois terços como resultado das eleições de meio de mandato de 2013, a coalizão desistiu da ideia de apresentar a proposta que permitiria que Cristina concorresse a um terceiro mandato em 2015.[13][14]

No final de junho de 2015, nas últimas semanas para registros de candidaturas, Kirchner anunciou que não concorreria a nenhum cargo eletivo nas eleições daquele ano. O seu filho, Máximo Kirchner, candidatou-se e foi eleito deputado por Santa Cruz, berço político da família.[15][16] A decisão de não concorrer a nenhum cargo surpreendeu analistas políticos, que acreditavam que ela tentaria uma vaga no Parlamento do Mercosul para ganhar o foro privilegiado.[17][18] De acordo com pesquisas realizadas em 2015, Cristina chegou ao fim de seu mandato com um apoio popular de cerca de 40%, algo inédito na história política do país, onde a maioria dos presidentes deixavam o cargo com baixos índices de aprovação.[1][19] Na visão da Agence France-Presse, dos três principais candidatos (Macri, Scioli e Massa), "nenhum se iguala em carisma, paixão e verborragia à atual chefe de Estado."[20]

Processo eleitoral[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Eleições na Argentina
Kirchner votando nas eleições gerais de 2011

Pela legislação eleitoral vigente no país, para ser eleito presidente no primeiro turno o candidato deveria obter pelo menos 45% dos votos válidos ou 40% e uma vantagem de 10% em relação ao segundo colocado.[21][22] O segundo turno foi marcado para ser realizado no dia 22 de novembro, um domingo. A posse do presidente eleito estava programada para o dia 10 de dezembro.[23][24] Simultaneamente com a eleição presidencial, os eleitores elegeram pouco mais da metade dos assentos da Câmara dos Deputados, um terço do Senado, dezenove vagas no Parlamento do Mercosul e onze governos provinciais. Além disso, ao longo do ano de 2015, também ocorreram as eleições para o governo de outras doze províncias e o da capital federal Buenos Aires.[25][26]

A Argentina não possuía uma Justiça Eleitoral, e as eleições eram conduzidas pela Câmara Nacional Eleitoral (CNE), um órgão pertencente ao Ministério do Interior. Os candidatos ocupantes de cargos públicos não precisavam se desvincular para concorrer nas eleições, e era comum propagandas eleitorais em prédios oficiais e repartições públicas.[27] Para as eleições de 2015, a CNE determinou, pela primeira vez, que os candidatos explicassem seus gastos de campanha através de uma lista detalhada dos gastos e da origem do dinheiro. O financiamento público de campanhas era escasso, e a maior parte dos recursos das campanhas eram provenientes de empresários simpatizantes dos candidatos. O limite de gastos para uma campanha presidencial era de 254 milhões de pesos argentinos. De acordo com o jornal La Nación, os gastos com as campanhas anteriores podem ter alcançado 1 bilhão de pesos.[28]

O sistema eleitoral argentino permitia que os partidos formassem coligações. Cada coligação poderia apresentar mais do que uma chapa presidencial, mas apenas a que obtivesse mais votos na primária prosseguiria para o primeiro turno. As Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO) foram criadas em 2009 e entraram em vigor pela primeira vez nas eleições gerais de 2011. Para ser candidato no primeiro turno, um candidato, ou sua coligação, deve obter pelo menos 1,50% dos votos válidos.[29] As primárias servem para reduzir o número de candidatos ao primeiro turno, que, historicamente, era alto, sendo este um reflexo de um sistema partidário fragmentado.[3]

A compra de votos era uma ferramenta comumente utilizada nas eleições argentinas. Para esta eleição, o diretor do Centro de Pesquisa e Ação Social, Rodrigo Zarazaga, afirmou: "As estratégias de compra de votos provavelmente influenciarão de 5% a 12% dos eleitores argentinos no domingo" (primeiro turno). Um exemplo de compra de votos ocorreu em Buenos Aires, onde eleitores que se comprometeram a votar em determinado candidato receberam "sacos recheados com garrafas de óleo de cozinha, macarrão e farinha." Segundo especialistas entrevistados pelo The New York Times, a prática não era considerada ilegal.[30]

Segundo a Câmara Nacional Eleitoral, estavam habilitados para votar 32 064 323 eleitores. Com 11,8 milhões de eleitores (ou 37% do total), a província de Buenos Aires era o colégio eleitoral mais importante, seguido pelas províncias de Córdoba e Santa Fé.[31] Os cidadãos residentes no exterior inscritos, estimados em cerca de quarenta mil, também estavam aptos a votar em seções eleitorais distribuídas em setenta países.[32] No país, o voto era obrigatório dos dezoito aos setenta anos, e facultativo a partir dos setenta e dos dezesseis aos dezoito anos de idade.[33][34] Ainda, a eleição presidencial de 2015 foi a primeira em que os jovens entre 16 e 17 anos puderam votar.[35][36]

Candidaturas[editar | editar código-fonte]

Definição das coligações e pré-candidatos[editar | editar código-fonte]

Propaganda de Florencio Randazzo, que desistiu antes da eleição primária[37]

A coligação Frente para a Vitória, fundada nas eleições de 2003, manteve sua aliança para 2015. Além do maior partido político do país, o Justicialista, também era composta por outras doze agremiações.[38] [39] Inicialmente, era esperado que o ministro Florencio Randazzo, o favorito da presidente, pleiteasse a indicação à presidência. Em meados de junho, o governador e ex-vice-presidente Daniel Scioli anunciou que Carlos Zanini, um dos colaboradores governistas mais próximos de Cristina Kirchner, seria seu candidato à vice-presidência.[40][41][42] A escolha de Zanini fez com que Scioli, considerado um peronista moderado e não kirchnerista, mas próximo ao governo cessante, ganhasse mais apoio dentro da coligação.[43][44][45] Poucos dias depois, Randazzo, a pedido da própria Cristina, anunciou sua desistência das primárias, bem como que não concorreria a governador de Buenos Aires.[46][47]

No lado oposicionista, algumas lideranças partidárias, como Macri, Massa, o senador Ernesto Sanz, a deputada Margarita Stolbizer e o governador Hermes Binner, fizeram reuniões acerca da possibilidade de formarem uma ampla aliança que enfrentaria o candidato governista escolhido.[48] Entretanto, Macri acabou rejeitando formar uma aliança com Massa antes do primeiro turno, afirmando que ele era "uma alternativa dentro do Partido Justicialista, e pensamos em algo diferente."[49][50]

Em março de 2015, o congresso da União Cívica Radical (UCR) aprovou integrar uma aliança com o partido de centro-direita Proposta Republicana (PRO).[51] A UCR era o partido mais antigo do país e tinha mais de trezentos prefeitos espalhados por todo o território nacional, dando ao eventual candidato da coligação, Macri, presença nacional, decisiva para sua eventual vitória.[52][53] Com a saída da UCR, foi desfeita a coligação Frente Ampla Unen, formada por partidos de viés socialistas-democratas e liberalistas-sociais como a Coalizão Cívica e a Geração para um Encontro Nacional.[54] Em junho, o PRO, a UCR, a Coalizão Cívica e outros três partidos formalizaram uma coligação, que recebeu o nome "Mudemos" ("Cambiemos", em espanhol).[39][55][56] Além de Macri, a Mudemos apresentou outros dois candidatos à presidência: Sanz e a deputada Elisa Carrió.[57]

No final de abril de 2015, Massa e o governador de Córdoba, José Manuel de la Sota, formalizaram um acordo para a criação de uma coligação que representasse uma opção de oposição peronista.[58] A coligação foi intitulada de Unidos por Uma Nova Alternativa, e teve em sua composição um total de sete partidos.[39][57] O senador Adolfo Rodríguez Saá também foi convidado a integrar a aliança, mas ele preferiu continuar na Compromisso Federal, que o indicou como candidato único a presidente.[39][57]

A Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT), formada em abril de 2011, manteve seu acordo para as eleições de 2015.[59][60] Outras duas coligações formadas por partidos de esquerda apresentaram candidatos: a Novo MÁS e a MST - Nova Esquerda.[39] Com posicionamentos de centro-esquerda, foi criada a coligação Progressistas, constituída por quatro partidos, que apresentou Stolbizer como sua única candidata.[61][62]

Lista dos candidatos[editar | editar código-fonte]

Os candidatos incluídos na tabela abaixo foram classificados para o primeiro turno, e estão ordenados de acordo com as votações recebidas, em ambos os turnos, em ordem crescente.

Candidato, idade, partido político e vice Cargo Logo de campanha Detalhes
Mauricio Macri (56)
Mudemos
Vice: Gabriela Michetti[63]
Mauricio Macri Prefeito de Buenos Aires
(desde 2007)
Macri iniciou sua carreira na iniciativa privada, trabalhando nas empresas do pai. Iniciou sua vida pública em 1995 ao ser eleito presidente do Boca Juniors. Em 2005, elegeu-se deputado nacional e em 2007 foi eleito prefeito de Buenos Aires.[64][65][66] Em 2011, cogitou disputar a presidência da República contra Kirchner, mas optou pela candidatura à reeleição, a qual venceu no segundo turno.[67][68] De centro-direita e único candidato não-peronista viável, candidatou-se à presidência em 2015 apresentando um discurso de mudança e propondo liberalizar a economia.[69][70][71]
Daniel Scioli (58)
Frente para a Vitória
Vice: Carlos Zannini[72]
Daniel Scioli Governador da Província de Buenos Aires
(desde 2007)
Ex-esportista e empresário, Scioli entrou para a política em 1997 como deputado nacional.[73][74] Foi o vice-presidente durante o governo de Néstor, mantendo relações tensas com o casal.[73][74][75] Em 2007, deixou a vice-presidência para se tornar governador de Buenos Aires, reelegendo-se em 2011 com uma votação expressiva.[73] Scioli concorreu à presidência em 2015 propondo uma "continuidade com mudanças."[76][77][78][79] Cristina optou por apoiá-lo pois Scioli era considerado o candidato governista com mais chances de vitória.[80][81][82]
Sergio Massa (43)
Unidos por uma Nova Alternativa
Vice: Gustavo Sáenz[83]
Sergio Massa Deputado Nacional pela Província de Buenos Aires
(desde 2013)[83]
Advogado, Massa foi eleito deputado provincial aos 27 anos de idade.[84] Foi chefe de gabinete de Cristina (2008-2009) e prefeito de Tigre.[85] Em 2010, rompeu com o kirchneirismo e foi um dos fundadores da Frente Renovadora, criada para contrapor o kirchnerismo dentro do campo peronista. Em 2013, elegeu-se deputado nacional.[86][87] Sua candidatura à presidência em 2015 foi apresentada como uma alternativa ao kirchnerismo, ala mais radical do peronismo. Assim, amealhou votos tanto de eleitores peronistas quanto dos que desejavam uma mudança.[88][89]
Nicolás Del Caño (35)
Frente de Esquerda e dos Trabalhadores
Vice: Myriam Bregman[90]
Nicolás Del Caño Deputado Nacional por Mendoza
(desde 2013)[90]
O mais jovem dos candidatos à presidência, Del Caño representava uma opção de extrema-esquerda.[91][92][93] Desde a adolescência militava no Partido Socialista dos Trabalhadores e participou ativamente do movimento estudantil em sua época como universitário.[94] Concorreu, sem sucesso, a governador de Mendoza em 2011.[95] Em 2013, ganhou notoriedade nacional ao ser um dos três deputados nacionais eleitos pela Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, recebendo 14% dos votos em Mendoza.[94] Em junho de 2015, obteve 17% dos votos na disputa pela prefeitura de Mendoza, alcançando o segundo lugar.[96]
Margarita Stolbizer (60)
Progressistas
Vice: Miguel Ángel Olaviaga[97]
Margarita Stolbizer Deputada Nacional por Buenos Aires
(desde 2009)[97]
Egressa da União Cívica Radical, seu primeiro cargo eletivo foi o de vereadora.[98][99] Após a queda de Fernando de la Rúa, Stolbizer, de opiniões sociais-democratas, deixou o partido e organizou o grupo Intransigência Radical.[94] Concorreu à governadora de Buenos Aires em 2003, 2007 e 2011; seu melhor desempenho foi em 2007, com pouco mais de um milhão de votos, superada apenas por Scioli.[100][101] Em 2013, foi empossada para seu quarto mandato como deputada nacional.[94] Na câmara baixa, manteve uma postura crítica ao governo Kirchner, denunciando práticas que considerava corruptas.[102][103][104]
Adolfo Saá (68)
Compromisso Federal
Vice: Liliana Negre de Alonso[105]
Adolfo Saá Senador por San Luis
(desde 2005)[105]
O único candidato a já ter sido presidente da República, Saá sucedeu de la Rúa após este renunciar. Eleito pelo Congresso da Nação, ocupou o cargo por apenas alguns dias, também renunciando, alegando falta de apoio político.[94][106][107] Integrante de uma tradicional família política, foi governador da pequena província de San Luis por cinco mandatos consecutivos entre 1983 e 2001. Elegeu-se deputado em 2003 e senador em 2005, sendo reeleito em 2011. Em 2003, concorreu à presidência, terminando na quarta colocação com 14% dos votos.[108][109][110]

Candidatos derrotados nas primárias[editar | editar código-fonte]

Os candidatos listados abaixo foram alguns dos derrotados nas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO).

Eleições primárias[editar | editar código-fonte]

As eleições primárias, ocorridas em 9 de agosto, habilitaram seis chapas para disputarem o primeiro turno.[115] Destas, três eram encabeçadas por candidatos com trajetórias políticas no campo peronista (Scioli, Massa e Saá).[116] Fragmentado, os peronistas apresentavam mais do que um candidato a presidente desde a eleição de 2003.[117] Scioli foi o candidato mais votado, com 8,4 milhões de votos. Macri venceu a indicação da Mudemos com 80,7% dos votos destinados à coligação, derrotando Sanz e Carrió. A aliança Uma Nova Alternativa foi a terceira mais votada, com 4,5 milhões de votos (20,6%), e sua primária foi vencida por Massa, que derrotou o governador cordobense de la Sota por 69–31%. Também foram classificados para o primeiro turno Stolbizer e del Caño.[118]

A vitória de del Caño contra Jorge Altamira representou uma renovação geracional no campo da esquerda.[119] De modo geral, na avaliação de analistas, os resultados das primárias deixaram possível qualquer cenário, tanto que a eleição terminasse no primeiro turno quanto prosseguisse para o segundo. Tais conclusões deram-se graças a votação de Scioli, bastante próxima dos 40% exigidos. As inundações ocorridas no dia das primárias na província de Buenos Aires, o berço político de Scioli, podem ter afetado sua votação.[120]

Resultados[editar | editar código-fonte]

Partido ou aliança Pré-candidato a presidente Pré-candidato a vice Votos ao candidato % Votos totais %
(de votos válidos)
Frente para a Vitória Daniel Scioli Carlos Zannini 8 720 573 100 8 720 573 38,69
Mudemos Mauricio Macri Gabriela Michetti 5 523 413 81,33 6 791 278 28,57
Ernesto Sanz Lucas Llach 753 825 11,10
Elisa Carrió Héctor Flores 514 040 7,57
Unidos por uma Nova Alternativa Sergio Massa Gustavo Sáenz 3 230 887 69,64 4 639 405 19,52
José Manuel de la Sota Claudia Rucci 1 408 518 30,36
Progresistas Margarita Stolbizer Miguel Ángel Olaviaga 781 472 100 781 472 3,29
Frente de Esquerda e dos Trabalhadores Nicolás del Caño Myriam Bregman 375 874 51,29 732 851 3,08
Jorge Altamira Juan Carlos Giordano 356 977 48,71
Compromisso Federal Adolfo Rodríguez Saá Liliana Negre de Alonso 472 341 100 472 341 1,99
Frente Popular Víctor De Gennaro Evangelina Codoni 106 324 100 106 324 0,45
Movimento ao Socialismo Manuela Castañeira Jorge Ayala 103 742 100 103 742 0,44
MST - Nova Esquerda Alejandro Bodart Vilma Ripoll 95 780 100 95 780 0,40
Partido Popular Mauricio Yattah María Moretta 67 798 100 67 798 0,29
Movimiento de Acción Vecinal Raúl Albarracín Gastón Dib 39 512 100 39 512 0,17
Votos válidos 22 551 076 93,88
Votos em branco 1 216 634 5,06
Votos nulos 254 106 1,06
Participação 24 021 816 74,91
Abstenções 8 045 825 25,09
Eleitores aptos 32 067 641 100
Fonte: Governo da Argentina[121]

Primeiro turno[editar | editar código-fonte]

Daniel Scioli encontrando-se com a presidente brasileira Dilma Rousseff, em 13 de outubro de 2015

Em meados de agosto, inundações atingiram cerca de dez mil pessoas em várias cidades da província de Buenos Aires, o que se tornou um tema de campanha. Naquele momento, Scioli estava de viagem à Itália para fazer um tratamento médico Ele acabou cancelando sua agenda no país europeu e retornou à Argentina. Massa classificou a viagem como "importuna" e Macri considerou as inundações um resultado do mau planejamento urbano do governo provincial de Scioli, e comparou-a com a falta de inundações durante a mesma tempestade na cidade de Buenos Aires, que tinha passado por obras de prevenção de inundações durante seu mandato.[122][123]

Em 9 de setembro, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participou de um ato de campanha de Scioli, declarando seu apoio ao candidato governista.[124] Um mês depois, Scioli visitou a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.[125] O governo Dilma, embora discretamente, torcia pela vitória de Scioli,[126] assim como outros presidentes de países da América Latina, como Evo Morales (Bolívia), Tabaré Vázquez (Uruguai), Michelle Bachelet (Chile), Raúl Castro (Cuba) e Rafael Correa (Equador).[127][128]

No início de outubro, foi realizado o primeiro debate presidencial desde 1983. A Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires sediou o evento, que foi conduzido pela organização não governamental Argentina Debate. Um dos principais assuntos discutido foi a ausência de Scioli, que declarou que "os debates assumem muitas vezes um tom de agressão e isso não corresponde ao espírito do que as pessoas esperam." Também foram debatidos propostas nas áreas de economia, educação e segurança.[129][130] Nos dias que antecederam a votação do primeiro turno, as pesquisas de opinião indicavam uma vantagem de Scioli, com possibilidade dele vencer na primeira votação.[131] Cerca de 30% dos votos eram considerados voláteis na última semana de campanha (15% de indecisos e 15% que poderiam mudar de voto), o que poderia alterar os resultados finais.[132]

Pesquisas de opinião[editar | editar código-fonte]

Os institutos de pesquisas começaram a divulgar pesquisas com os potenciais candidatos – Scioli, Macri e Massa – no segundo semestre de 2013.[133] De acordo com a legislação eleitoral vigente no país, as pesquisas de opinião deveriam ser registradas na Câmara Nacional Eleitoral (CNE).[134]

Legenda:
  Venceria no primeiro turno
  Iria para o segundo turno
Instituto Período
da pesquisa
Margem
de erro
Daniel
Scioli
Mauricio
Macri
Sergio
Massa
Nicolás
Del Caño
Margarita
Stolbizer
Adolfo
Rodríguez
Branco
Nulo
Indecisos
CEOP[135] 18/10/2015 40,7% 28,2% 21,9% 3,8% 4,4% 1,1%
CCESPT[136] 17/10/2015 39,1% 26,9% 20,2% 4,9% 3,6% 1,2%
Giacobbe y asociados[137] 17/10/2015 40,3% 28,7% 20,1% 4,4% 4,7% 1,8% 7,7%
Raúl Aragón[138] 10-17/10/2015 ±1,6% 38,8% 27,9% 22,6% 3,5% 5,1% 2,1%
Raúl Aragón[139] 8-13/10/2015 ±2% 38,3% 29,2% 21% 2,9% 4,8% 2% 0,4% 1,4%
Consultora Dicen[140] 7-10/10/2015 40,9% 25,8% 23,3% 5,6% 2,9% 1,5%
IPSOS[141] 7-10/10/2015 ±2,81% 42% 28% 23% 2,6% 3,4% 0,9%
Raúl Aragón[142] 12/10/2015 ±1,8% 39,9% 26,8% 23,9% 3,1% 4,8% 1,5%
Rouvier & Asociados[143] 7-10/10/2015 ±2,81% 41,3% 30,5% 20,6%
González y Valladares[144] 06/10/2015 ±1,8% 35,4% 25,3% 26,3% 3,9% 7% 2%
Aurelio[145] 05/10/2015 41% 30% 20%
Rouvier[146] 01/10/2015 41,3% 30,5% 20,6%
Management & Fit[147] 04/10/2015 38,6% 27,9% 21,5% 2,2% 6% 2,2%
Elypsis[148] 24/08-20/09/2015 39,7% 31,1% 18,2% 4,9%
Raúl Aragón[148] 14-19/09/2015 ±1,8% 39,8% 27,5% 23,1% 3,1% 4,6% 1,9%
CEOP[149] Setembro/2015 41,6% 29,2% 20,2% 2,7% 4,3% 2%
Rouvier[150] Setembro/2015 41,2% 31,1% 19,9%
IPSOS[151] 20/09/2015 42,6% 28,1% 19%
Poliarquía[152] 20/09/2015 40,8% 29,5% 20,1%
Aresco[153] 08-09/09/2015 40,6% 29,4% 18,1% 3,6% 5,4% 2,8%

Resultados[editar | editar código-fonte]

Autoridades eleitorais argentinas divulgam os primeiros resultados do primeiro turno das eleições de 2015
Resultados do primeiro turno por departamentos

Em 25 de outubro, a votação transcorreu com regularidade, mas a apuração foi bastante demorada.[154] Com a totalidade dos votos apurados, Scioli recebeu 37% e Macri 34,1%.[155] Massa permaneceu na terceira colocação, mas bastante atrás dos dois mais votados.[156] Nicolás del Caño superou Margarita Stolbizer, que havia ficado em quarto nas primárias, e Rodríguez permaneceu na sexta colocação.[157] Em relação aos desempenhos dos candidatos nas províncias, Scioli venceu na província de Buenos Aires, mas sua votação caiu em comparação com as primárias, enquanto que a de Macri, ajudado pelo desempenho de sua aliada María Eugenia Vidal, eleita governadora, subiu.[157][158][159][160] Os candidatos oposicionistas obtiveram os melhores resultados em províncias mais desenvolvidas e menos dependentes do governo federal. Scioli venceu em 17 das 23 províncias, recebendo forte votação em províncias localizadas nos extremos do país.[161][158][162][163]

Candidato a
presidente
Candidato a
vicepresidente
Aliança Votos %
Daniel Scioli Carlos Zannini Frente para a Vitória 9 338 490 37,08
Mauricio Macri Gabriela Michetti Mudemos 8 601 131 34,15
Sergio Massa Gustavo Sáenz Unidos por uma Nova Alternativa 5 386 977 21,39
Nicolás del Caño Myriam Bregman Frente de Esquerda e dos Trabalhadores 812 530 3,23
Margarita Stolbizer Miguel Ángel Olaviaga Progresistas 632 551 2,51
Adolfo Rodríguez Saá Liliana Negre de Alonso Compromisso Federal 412 578 1,64
Votos válidos 25 184 257 96,68
Votos em branco 664 740 2,55
Votos nulos 199 449 0,77
Participação 26 048 446 81,07
Abstenções 6 082 407 18,93
Eleitores aptos 32 130 853 100
Fonte: Governo da Argentina[164]

Resultados por províncias[editar | editar código-fonte]

Os resultados a seguir foram divulgados pelo Governo da Argentina.[164]

Scioli Macri Massa Del Caño Stolbizer Saá Total
Província Votos % Votos % Votos % Votos % Votos % Votos % Votos
Buenos Aires 3 563 089 37,28% 3 134 779 32,80% 2 143 827 22,43% 351 786 3,68% 272 801 2,85% 90 448 0,95% 9 556 730
Capital Federal 476 632 24,09% 1 001 379 50,61% 302 065 15,27% 84 238 4,26% 100 462 5,08% 13 856 0,70% 1 978 632
Catamarca 98 831 44,84% 78 958 35,82% 35 046 15,90% 3 447 1,56% 2 419 1,10% 1 718 0,78% 220 419
Chaco 352 304 53,69% 185 563 28,28% 97 469 14,85% 9 315 1,42% 6 990 1,07% 4 509 0,69% 656 150
Chubut 121 314 41,67% 62 142 21,34% 86 026 29,55% 10 439 3,59% 8 466 2,91% 2 749 0,94% 291 136
Córdoba 418 221 19,26% 1 155 333 53,22% 443 204 20,41% 69 051 3,18% 38 998 1,80% 46 235 2,13% 2 171 042
Corrientes 313 292 50,26% 198 241 31,81% 95 106 15,26% 6 824 1,09% 6 487 1,04% 3 342 0,54% 623 292
Entre Ríos 313 022 37,64% 314 057 37,76% 164 799 19,81% 14 420 1,73% 17 501 2,10% 7 925 0,95% 831 724
Formosa 217 026 66,98% 48 742 15,04% 53 817 16,61% 2 615 0,81% 1 116 0,34% 696 0,21% 324 012
Jujuy 152 345 37,58% 69 882 17,24% 168 571 41,59% 9 564 2,36% 3 144 0,78% 1 846 0,46% 405 352
La Pampa 79 963 37,94% 70 783 33,59% 45 465 21,57% 5 332 2,53% 5 509 2,61% 3 704 1,76% 210 756
La Rioja 73 527 36,32% 64 106 31,67% 52 492 25,93% 3 403 1,68% 2 199 1,09% 6 706 3,31% 202 433
Mendoza 341 163 31,36% 443 913 40,81% 156 503 14,39% 82 734 7,61% 15 698 1,44% 47 874 4,40% 1 087 885
Misiones 403 671 61,11% 149 940 22,70% 90 464 13,70% 5 809 0,88% 8 244 1,25% 2 392 0,36% 660 520
Neuquén 132 691 35,74% 103 860 27,97% 98 061 26,41% 20 055 5,40% 9 883 2,66% 6 745 1,82% 371 295
Río Negro 179 872 45,20% 89 103 22,39% 96 769 24,32% 15 506 3,90% 11 119 2,79% 5 604 1,41% 397 973
Salta 292 699 40,98% 146 875 20,56% 242 704 33,98% 19 036 2,66% 7 506 1,05% 5 498 0,77% 714 318
San Juan 192 377 45,96% 86 920 20,76% 111 444 26,62% 6 127 1,46% 7 264 1,74% 14 470 3,46% 418 602
San Luis 43 442 15,58% 86 225 30,93% 37 810 13,56% 4 947 1,77% 3 702 1,33% 102 684 36,83% 278 810
Santa Cruz 82 595 47,06% 44 880 25,57% 39 626 22,58% 5 533 3,15% 2 064 1,18% 794 0,45% 175 492
Santa Fe 640 924 31,77% 712 100 35,29% 500 897 24,83% 53 801 2,67% 79 721 3,95% 30 168 1,50% 2 017 611
Santiago del Estero 351 388 63,13% 81 825 14,70% 107 427 19,30% 8 099 1,46% 5 268 0,95% 2 595 0,47% 556 602
Tierra Del Fuego 42 049 45,52% 20 226 21,90% 21 601 23,39% 4 055 4,39% 2 978 3,22% 1 458 1,58% 92 367
Tucumán 456 053 48,46% 251 299 26,70% 195 784 20,80% 16 394 1,74% 13 012 1,38% 8 562 0,91% 941 104
Resultado 9 338 490 37,08% 8 601 131 34,15% 5 386 977 21,39% 812 530 3,23% 632 551 2,51% 412 578 1,64% 25 184 257

Reações[editar | editar código-fonte]

Os resultados, considerados por analistas e pela imprensa como uma derrota para o peronismo e o kirchnerismo,[165][166] fizeram com que a Argentina realizasse seu primeiro segundo turno da história.[167] A votação de Macri, que em pesquisas recentes aparecia com até mais de 10% de desvantagem, foi vista como "surpreendente" [168] Entre as explicações dadas para o desempenho de Scioli, foram citadas falhas ou deficiências, como fracassos de sua gestão no governo de Buenos Aires[169] e sua "capacidade" de absorver o desprezo público sofrido pela presidente.[170][171][172]

Nas eleições legislativas, o Partido Justicialista perdeu o controle da Câmara dos Deputados, mas, com 117 de 254 deputados, elegeu a maior bancada.[173] A União Cívica Radical (UCR) e a Coalizão Cívica (ARI) conseguiram juntas 51 deputados, e a Proposta Republicana (PRO) alcançou a terceira maior bancada (41 deputados), totalizando 91 deputados para a coligação Mudemos.[174] No Senado, o Partido Justicialista e seus aliados elegeram uma ampla maioria de 42 senadores, em um total de 72.[174]

Segundo turno[editar | editar código-fonte]

Macri durante a campanha eleitoral de 2015

A campanha eleitoral ganhou um tom mais agressivo durante o segundo turno.[175] Scioli assinalou que a vitória de Macri representaria um "perigo", pois levaria o país para a "era das privatizações dos anos 1990" e que ele geraria uma ingovernabilidade. Cristina Kirchner reforçou a estratégia e comparou Macri ao ex-presidente Fernando de la Rúa.[176][177] Ainda, Scioli também afirmou que Macri era o candidato do mercado financeiro, que ele promoveria um ajuste fiscal prejudicial ao país e sugeriu que descontinuaria alguns programas do kirchneirismo, como os programas sociais.[178][179][180] Militantes da coligação, como o Lá Cámpora, a ala jovem do kirchnerismo, fizeram pichações contra Macri e distribuíram panfletos afirmando que o opositor pioraria áreas como a saúde, educação e o emprego.[181] A campanha de Scioli foi comparada com a de Dilma Rousseff em 2014, e houve rumores de que João Santana poderia ter sido contratado pela campanha de Scioli,[182][183] o que foi negado pelo candidato e por Santana.[184][185]

Macri permaneceu durante o segundo turno com um discurso menos agressivo do que o de Scioli. Sua campanha ressaltou a mudança, a alegria e o crescimento econômico que, segundo eles, a vitória e um eventual governo da oposição representaria.[186] Assim como no primeiro turno, continuou apresentando-se como a "verdadeira mudança" e defendeu a união, a manutenção de benefícios sociais, a pobreza zero e a execução de um "histórico" plano de infraestrutura.[187][188] De centro-direita, para ampliar sua base eleitoral, Macri manteve um discurso mais centrista, defendendo a permanência da empresa petrolífera como domínio estatal e a igualdade de gênero e os direitos humanos.[189]

No decorrer do segundo turno, os candidatos derrotados nas fases iniciais declararam suas posições. Massa descartou declarar apoio a Scioli e pediu uma "mudança";[190] embora não declarou formalmente, sua posição foi vista como um apoio implícito a Macri.[191][192] O governador José De La Sota e o Partido Justicialista cordobense liberaram seus eleitores a votarem em quem quisessem.[193] Del Caño declarou que votaria em branco e fez campanha para que seus eleitores fizessem o mesmo.[194] Stolbizer e o Partido Socialista também não formalizaram apoio a nenhum candidato.[195][196]

Em 26 de outubro, Scioli convidou Macri a debater, mas não esclareceu o que motivou sua mudança de opinião em relação aos debates.[197] Macri aceitou o convite e o evento foi realizado em 16 de novembro, sendo o único debate do segundo turno, que também foi organizado pela ONG Argentina Debate.[198] No encontro, ambos os candidatos atacaram-se com o propósito de ganhar o apoio de cerca de 11% dos eleitores que estavam indecisos e 16% que poderiam mudar de voto.[199] O debate obteve 53 pontos de audiência na televisão, sendo ultrapassado apenas pela final da Copa do Mundo de 2014 entre a Alemanha e a Argentina, que recebeu dois pontos a mais.[200]

Pesquisas de opinião[editar | editar código-fonte]

Macri liderou a maioria das pesquisas realizadas no segundo turno, bem como as de boca de urna.[201][202] Poucos dias depois do primeiro turno, o instituto González & Valladares divulgou uma pesquisa questionando em quem votariam os eleitores dos candidatos derrotados. De acordo com essa pesquisa, 45% dos eleitores de Massa pretendiam votar em Macri e 22,3% preferiam Scioli. Em relação aos eleitores de Del Caño, 54,5% afirmaram que votariam em branco, 15,2% votariam em Scioli e 5,2% em Macri. A maioria dos eleitores de Stolbizer (39,2%) declararam apoio a Macri, enquanto que 9,4% votariam em Scioli. Com 36,1% das preferências, Macri também liderava entre os eleitores de Saá, e 31,6% preferiam Scioli.[203]

Instituto Período
da pesquisa
Margem
de erro
Daniel
Scioli
Mauricio
Macri
Branco
Nulo
Indecisos
González y Valladares[204] 19/11/2015 43,6% 56,1%
Elypsis[205] 18/11/2015 45,6% 54,4%
Quorus[206] 18/11/2015 ±3,5% 45,98% 47,05% 7%
Univ. de San Martín[207] 14/11/2015 45,55% 42,55% 4,6% 7,41%
Giacobbe & Asociados[208] 31/10-13/11/2015 ±2,58% 42,1% 49%
González y Valladares[209] 12-13/11/2015 ±2,89% 41,1% 51,2% 3,2% 4,5%
Management & Fit[210] 09-12/11/2015 43,7% 52% 4,3%
FUNDITRA[211] 12/11/2015 43,56% 41,79% 4,96% 9,69%
Poliarquía[212] 09-10/11/2015 ±3,5% 40,2% 48,7% 4,7% 6,9%
Univ. de San Martín[211] 27/10-08/11/2015 47,04% 40,24%
Ipsos[213] 05-06/11/2015 40,3% 51,6% 3,8% 4,3%
Hugo Haime[214] 07/11/2015 40,4% 44,2% 4,3% 11,1%
González y Valladares[215] 06/11/2015 43,9% 56,1%
Management & Fit[216] 01-05/11/2015 43,6% 51,8% 4,5%
Hugo Haime[214] 01/11/2015 39,4% 46,7% 3,8% 10,1%
Ipsos[213] 31/10-01/10/2015 39,9% 51,2% 2,5% 5,4%
Polldata[217] 28-30/10/2015 39,7% 50,3% 5,7% 4,3%
Elypsis[218] 28/10/2015 37,2% 47,8% 5,5% 9,5%
Gonzalez y Valladares[219] 27/10/2015 41,5% 45,6% 4,1% 8,8%

Resultados[editar | editar código-fonte]

Em 22 de novembro, Macri foi eleito presidente da Argentina. Os padrões de votação foram semelhantes ao primeiro turno, com Macri vencendo na região central do país, onde localizavam-se as províncias mais ricas (Córdoba, Cidade de Buenos Aires, Mendoza, San Luís, Santa Fé, Entre Ríos e La Pampa), e Scioli recebendo mais votos em províncias localizadas nos extremos, mais pobres e dependentes do governo federal.[220][221] Na Província de Buenos Aires, que representou 37,7% dos votos válidos totais registrados a nível nacional, Scioli derrotou Macri por 51,15-48,85%.[222]

Candidato a
presidente
Candidato a
vice-presidente
Aliança Votos %
Mauricio Macri Gabriela Michetti Mudemos 12 988 349 51,34
Daniel Scioli Carlos Zannini Frente para a Vitória 12 309 575 48,66
Votos válidos 25 297 924 97,54
Votos em branco 306 471 1,18
Votos nulos 330 848 1,28
Participação 25 935 243 80,77
Abstenções 6 173 266 19,23
Eleitores aptos 32 108 509 100
Fonte: Governo da Argentina[223]

Resultados por províncias[editar | editar código-fonte]

Os resultados a seguir foram divulgados pelo Governo da Argentina.[223]

Macri Scioli Diferença Total
Provincia Votos % Votos % Votos % % sobre o
total nacional
Votos %
Buenos Aires 4 662 935 48,85% 4 882 082 51,15% -219 147 -2,30% -0,9% 9 545 017 37,7%
Capital Federal 1 258 151 64,80% 683 545 35,20% 574 606 29,60% 2,3% 1 941 696 7,7%
Catamarca 102 440 46,86% 116 158 53,14% -13 718 -6,28% -0,1% 218 598 0,9%
Chaco 278 001 40,81% 403 280 59,19% -125 279 -18,38% -0,5% 681 281 2,7%
Chubut 130 163 41,15% 186 155 58,85% -55 992 -17,70% -0,2% 316 318 1,2%
Córdoba 1 546 831 71,52% 616 002 28,48% 930 829 43,04% 3,7% 2 162 833 8,5%
Corrientes 286 345 44,64% 355 119 55,36% -68 774 -10,72% -0,3% 641 464 2,5%
Entre Ríos 453 149 53,86% 388 219 46,14% 64 930 7,72% 0,3% 841 368 3,3%
Formosa 116 725 36,08% 206 762 63,92% -90 037 -27,84% -0,4% 323 487 1,3%
Jujuy 214 429 52,89% 190 959 47,11% 23 470 5,78% 0,1% 405 388 1,6%
La Pampa 108 543 51,03% 104 169 48,97% 4 374 2,06% 0,0% 212 712 0,8%
La Rioja 114 963 56,50% 88 502 43,50% 16 461 13,00% 0,1% 203 465 0,8%
Mendoza 625 983 57,53% 462 186 42,47% 163 797 15,06% 0,6% 1 088 169 4,3%
Misiones 280 762 41,93% 388 910 58,07% -108 148 -16,14% -0,4% 669 672 2,6%
Neuquén 177 935 47,15% 199 425 52,85% -21 490 -5,70% -0,1% 377 360 1,5%
Río Negro 148 087 37,14% 250 621 62,86% -102 534 -25,72% -0,4% 398 708 1,6%
Salta 323 818 44,77% 399 518 55,23% -75 700 -10,46% -0,3% 723 336 2,9%
San Juan 175 377 40,20% 260 937 59,80% -85 560 -19,60% -0,3% 463 314 1,8%
San Luis 178 156 64,13% 99 667 35,87% 78 489 28,26% 0,3% 277 823 1,1%
Santa Cruz 72 876 41,67% 102 003 58,33% -29 127 -16,66% -0,1% 174 879 0,7%
Santa Fe 1 141 121 55,72% 906 826 44,28% 234 295 11,44% 0,9% 2 047 947 8,1%
Santiago del Estero 154 955 27,91% 400 331 72,09% -245 376 -44,18% -1,0% 555 286 2,2%
Tierra Del Fuego 38 407 41,34% 54 503 58,66% -16 096 -17,32% -0,1% 92 910 0,4%
Tucumán 398 197 41,40% 563 696 58,60% -165 499 -17,20% -0,7% 961 893 3,8%
Resultado 12 988 349 51,34% 12 309 575 48,66% 678 774 2,68% 2,6% 25 297 924 100%

Reações[editar | editar código-fonte]

Macri foi empossado presidente em 10 de dezembro de 2015[224]

Considerado favorito, Macri confirmou os prognósticos dos institutos de pesquisas, que previam sua vitória, mas por margem maior.[225][226][227] A estratégia mais agressiva de Scioli ajudou-o a diminuir a vantagem de Macri, sendo derrotado por apenas 680 mil votos (2,68%). Ainda assim, a eleição de Macri converteu-o no primeiro presidente desde o retorno da democracia, no início da década de 1980, a não integrar nem o PJ nem a UCR, bem como a primeira vez que um líder da direita liberal chegou ao poder por meio de eleições livres.[228][229][230]

Macri foi felicitado por diversos dignatários estrangeiros, incluindo líderes da Alemanha,[231] Brasil,[232] Chile,[233] Colômbia,[234] Espanha,[235] Estados Unidos,[236] Equador,[237] França,[238] Israel,[239] Itália,[240] México,[241] Peru,[242] Reino Unido,[243] e Rússia.[244] A oposição venezuelana saudou sua vitória como um golpe para os "esquerdistas" na América Latina,[245] enquanto que Diosdado Cabello chamou Macri de "fascista", e pediu-lhe para ficar longe dos assuntos internos de seu país, criticando a proposta do presidente eleito de remover a Venezuela do Mercosul por conta do tratamento dado para Leopoldo López e outros presos políticos.[246]

Nas quatro semanas que antecederam o segundo turno, o Merval teve um recorde de aumento de 28%, em grande parte atribuída a potencial vitória de Macri, embora este índice caiu 3% no dia seguinte a eleição.[247] A JPMorgan reduziu o índice de risco da Argentina em 16% no dia seguinte à eleição, para níveis não vistos desde 2011.[248] De forma similar, a Moody's alterou as perspectivas do país de "estáveis" para "positivas" após a eleição.[249]

Referências

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  11. Alcántara, Buquet & Tagina 2018, p. 23
  12. Emily Stewart (27 de maio de 2015). «Argentina´s Elections Spell New Hope For Investment and Global Openness». Nearshore Americas. Consultado em 11 de agosto de 2015 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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