Placas de Vindolanda – Wikipédia, a enciclopédia livre

Placa 343: carta de Octavius a Candidus sobre abastecimento de trigo, peles e tendões.

As Placas de Vindolanda representam os documentos mais antigos escritos à mão do Reino Unido. Poderão, também, ser a melhor fonte de informação sobre o modo de vida na Muralha de Adriano.[1][2] Escritas em finos fragmentos de madeira do tamanho de postais, com tinta contendo carbono, as placas datam do século I ou II d.C. (aproximadamente contemporâneas da Muralha de Adriano). Embora se tivesse conhecimento de registos semelhantes em papiro, no Império Romano, placas de madeira escritas com tinta só foram descobertas em 1973, quando o arqueólogo Robin Birley as descobriu num forte romano em Vindolanda, na região Norte de Inglaterra.[1][3]

Estes documentos registam assuntos militares oficiais, assim como mensagens mensagens pessoais de, e para, membros da guarnição de Vindolanda, suas famílias e seus escravos. Um assunto que se destacam é o convite para um aniversário, que terá ocorrido no ano 100 d.C. (que talvez seja o documento mais antigo sobrevivente escrito em latim por uma mulher). Expostos no Museu Britânico, os textos das 752 placas foram transcritas, traduzidas e publicadas em 2010.[4]

Referências

  1. a b «Our Top Ten British Treasures: The Vindolanda tablets». British Museum. 24 de janeiro de 2011. Consultado em 13 de maio de 2013. Arquivado do original em 5 de setembro de 2011 
  2. Philip Howard (10 de abril de 1974). «Lime-wood records of Agricola's soldiers». The Times. p. 20. Mas a descoberta mais significativa foi um quarto cheio de placas escritas. Destas, oito ou nove, eram placas normais, escritas com um estilete. As restantes são únicas: placas muito finas de madeira de tília, escritas com tinta contendo carbono que podem ser lidas com a utilização de fotografia de infravermelhos. Representam o primeiro sinal de literacia deste período da história britânica, equivalente aos registos dos exércitos romanos, em papiro, encontrados no Egipto e na Síria. 
  3. Susan M. Blackshaw (Nov. 1974), «The Conservation of the Wooden Writing-Tablets from Vindolanda Roman Fort, Northumberland», International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works, Studies in Conservation, 19, No. 4: 244–246, JSTOR 1505731 
  4. Bowman, A.K.; Thomas, J.D.; Tomlin, R.S.O. (2010), «The Vindolanda Writing-Tablets (Tabulae Vindolandenses IV, Part 1)», Sociedade para a Promoção de Estudos Romanos, Britannia, 41: 187–224, doi:10.1017/S0068113X10000176 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Birley, Anthony (2002), Garrison Life at Vindolanda, ISBN 978-0-7524-1950-3, Stroud 
  • Birley, Robin (2005), Vindolanda: extraordinary records of daily life on the northern frontier, ISBN 978-1-873136-97-3, Roman Army Museum Publications 
  • Bowman, Alan K; Thomas, J David (1974), The Vindolanda writing tablets, ISBN 978-0-85983-096-6, Northern history booklet, no. 47., Graham 
  • Bowman, Alan K (1994a), Life and letters on the Roman frontier : Vindolanda and its people, ISBN 978-0-7141-1389-0, British Museum Press 
  • Bowman, Alan K (1994b), The Vindolanda writing tablets/ 2, ISBN 978-0-7141-2300-4, British Museum Press 
  • Bowman, Alan K (2003), The Vindolanda writing tablets/ 3, ISBN 978-0-7141-2249-6, British Museum Press 

LIgações externas[editar | editar código-fonte]

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