Esfinge de Taraca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Esfinge de Tahargo
Esfinge de Taraca
Autor desconhecido
Data 680 d.C.
Género Escultura
Técnica Granito Gneiss
Altura 40,6 (h) x 93 (c) x 14,5 (l)
Localização Museu Britânico, Londres

A Esfinge de Taraca é uma estátua de esfinge feita gneisse granítico arenoso e que tem a face de Taraca, um rei núbio que foi um dos governantes da XXV dinastia egípcia (747-656 a.C.) e do Reino de Cuxe. Hoje a estátua está no Museu Britânico em Londres.[1]

A esfinge de Taraca é significativamente pequena, tendo 73 centímetros de comprimento), 100 vezes menor do que a Esfinge de Giza. Ela é, porém, notável por seus proeminentes elementos egípcios e cuxitas misturados. O leão retratado na esfinge é feito no estilo egípcio clássico, enquanto o rosto da Esfinge é claramente o de Taraca, um núbio cuxita. Uma inscrição em hieróglifos na estátua explica que se trata um retrato do grande Rei Taraca, o quarto faraó que dominou sobre os reinos combinados de Cuxe e do Antigo Egito durante o Terceiro Período Intermediário.

Taraca[editar | editar código-fonte]

Taraca foi o último rei nubiano que governou o Egito. Ele foi derrotado pelos reis assírios Assaradão e Assurbanípal.[2] Seu reinado durou de 690, quando conquistou Xabataca, até sua morte em 664. Era de Piiê e Abar e o pai, Amenirdis II.[2] Taraca foi um dos governantes de Cuxe que dominou o Egito como Vigésima quinta dinastia.[3] Foi um importante governante do Egito antigo, iniciando uma idade de ouro para o seu novo reino. Embora Taraca não fosse de descendência egípcia, ele adorava o deus egípcio Amon, fez construir pirâmides e templos no modelo egípcio e fazia com que seus funcionários escrevessem em hieróglifos egípcios.[4]

Estátua[editar | editar código-fonte]

A estátua é uma esfinge, representando assim aqui o imenso poder de um faraó egípcio e cuxita, Taraca, cujo rosto é mostrado com sua coroa com dois uraus, os símbolos da realeza, e o nome de Taraca aparece em um cartuchio no peito da esfinge. A estátua é considerada "uma obra-prima da arte Cuxita."[5]

A estátua foi escavada no Templo T, na área a leste da parte sudeste do Templo de Ámon em Kawa (hoje Gematon), em Núbia (agora Sudão), durante as escavações da Missão Arqueológica da Universidade de Oxford durante a década de 1930. A construção desse templo foi iniciada em 683 a.C. por Taraca.

A estátua é um objeto de especial destaque no Museu Britânico [1] e foi selecionada como o 22º objeto do na série Uma História do Mundo em 100 Objetos apresentada pelo diretor do Museu Britânico Neil MacGregor e transmitida na BBC Radio 4 em 2010.

Referências

  1. a b «Sphinx of Taharqo». British Museum. Consultado em 16 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2011 
  2. a b «Taharqo - Livius». www.livius.org. Consultado em 28 de setembro de 2015 
  3. «Sphinx of Taharqo». British Museum. Consultado em 28 de setembro de 2015. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2011 
  4. «BBC - A History of the World - About: Transcripts - Episode 22 - Sphinx of Taharqo». Consultado em 28 de setembro de 2015 
  5. «A History of the World - Object : Sphinx of Taharqo». BBC. 11 de junho de 2011. Consultado em 16 de dezembro de 2011 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Caygill, M. The British Museum A-Z Companion London: The British Museum Press, 1999
  • Hochfield, S. and Riefstahl, E. (eds.) Africa in Antiquity Brooklyn, N.Y.: Brooklyn Museum, 1978, pp. 50–51, 168
  • James, T.G.H. and Davies, W.V. Egyptian sculpture London: The British Museum Press, 1983
  • Laming Macadam, M.F. The Temples of Kawa Oxford: 1949 (vol. I), 1955 (vol. II)
  • Mysliwiec, Karol Royal Portraiture of the Dynasties XXI-XXX 1988: pp. 33, 40
  • Nicholson and Shaw, Ancient Egyptian Materials and Technology Cambridge, 2000, p. 34
  • Phillips, T. (ed.), Africa London, 1995, p. 49 [fig. 5)
  • Strudwick, N. Masterpieces of Ancient Egypt London, 2006, pp. 262–3.
  • Taylor, J.H. Egypt and Nubia London: The British Museum Press, 1991
  • Welsby, D. A. The Kingdom of Kush. The Napatan and Meroitic Empires London: The British Museum Press, 1996

Ligações externas[editar | editar código-fonte]