Pompônio Mamiliano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pompônio Mamiliano
Cônsul do Império Romano
Consulado 100 d.C.

Pompônio Mamiliano (em latim: Pomponius Mamilianus) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de maio a junho de 100 com Lúcio Herênio Saturnino.[1] É conhecido principalmente através de inscrições e por ter sido correspondente de Plínio, o Jovem. Seu nome completo era Tito Pompônio Mamiliano Rufo Antistiano Funisulano Vetoniano (em latim: Titus Pomponius Mamilianus Rufus Antistianus Funisulanus Vettonianus).

Nome[editar | editar código-fonte]

Seu nome completo era 'Pomponius T.f. Gal. Mamilianus Rufus Antistianus Funisulanus Vettonianus, como atesta uma inscrição recuperada em Deva Victrix,[2] mas as fontes discordam sobre seu prenome. Os Fastos Ostienses apresentam "Lúcio", mas um diploma militar mostra "Tito.[3] Como a inscrição de Deva acima está danificada neste ponto, ela não consegue resolver a questão. Sobre o último elemento de seu nome, "Funisulano Vetoniano", os estudiosos concordam que ela indica alguma relação com o general e cônsul sufecto em 78 Lúcio Funisulano Vetoniano, mas discordam sobre que relação seria esta. Alguns defendem que ele seria filho adotivo testamentário dele enquanto que outros argumentam que Mamiliano era filho ou sobrinho dele que depois foi adotado por um Pompônio. Olli Salomies concorda com Ronald Syme e interpreta o nome de Mamiliano como evidência de que o pai ou o avô dele se casou com uma Funisulana parente de Funisulano Vetoniano.[4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

A carreira política de Mamiliano é apenas parcialmente conhecida. A inscrição de Deva atesta que ele foi comandante da legião estacionada no forte romano no local, que na época era a Legio XX Valeria Victrix.[5] Anthony Birley nota que ele estava "com trinta e poucos anos" quando comandou a legião, afirma que ele a comandou no início da década de 90 e nota que Mamiliano "devia sua nomeação ao imperador Domiciano".[5]

Cópias de duas cartas que Plínio escreveu para ele sobreviveram, datadas entre 107 e 108. Uma, escrita enquanto Plínio estava ocupado com uma vindima, menciona o amor de Mamiliano pela caça.[6] A outra alude à vida militar de Mamiliano,[7] o que já foi interpretado como evidência de que ele era governador de uma província militar, o que implica numa província imperial.[8]

Segundo Birley, Tito Pompônio Antistiano Funisulano Vetoniano, cônsul sufecto em 121, era "presumivelmente" seu filho.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Aulo Cornélio Palma Frontoniano

com Quinto Sósio Senécio
com Públio Sulpício Lucrécio Barba (suf.)
com Senécio Mêmio Áfer (suf.)
com Quinto Fábio Bárbaro Valério Magno Juliano (suf.)
com Aulo Cecílio Faustino (suf.)
com Tibério Júlio Ferox (suf.)

Trajano III
100

com Sexto Júlio Frontino III
com Lúcio Júlio Urso III (suf.)
com Marco Márcio Mácer (suf.)
com Caio Cílnio Próculo (suf.)
com Lúcio Herênio Saturnino (suf.)
com Pompônio Mamiliano (suf.)
com Quinto Acúcio Nerva (suf.)
com Lúcio Fábio Tusco (suf.)
com Caio Júlio Cornuto Tértulo (suf.)
com Caio Plínio Cecílio Segundo (suf.)
com Lúcio Róscio Eliano Mécio Céler (suf.)
com Tibério Cláudio Sacerdos Juliano (suf.)

Sucedido por:
Trajano IV

com Quinto Articuleio Peto II
com Sexto Ácio Suburano Emiliano (suf.)
com Caio Sertório Broco Quinto Serveu Inocente (suf.)
com Marco Mécio Céler (suf.)
com Lúcio Arrúncio Estela (suf.)
com Lúcio Júlio Marino Cecílio Simplex (suf.)


Referências

  1. Alison E. Cooley, The Cambridge Manual of Latin Epigraphy (Camrbidge: University Press, 2012), p. 466ss
  2. CIL VII, 164
  3. CIL XVI, 46
  4. Salomies, Adoptive and polyonymous nomenclature in the Roman Empire, (Helsinski: Societas Scientiarum Fenica, 1992), pp. 88, 133f
  5. a b c Birley, The Fasti of Roman Britain (Oxford: Clarendon Press, 1981), p. 235
  6. Plínio, o Jovem, Epístolas IX.16
  7. Plínio, o Jovem, Epístolas IX.25
  8. Birley, Fasti of Roman Britain, p. 235; C.P. Jones, "A New Commentary on the Letters of Pliny", Phoenix, 22 (1968), p. 127

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Der Neue Pauly. Stuttgart 1999. T. 10. c. 123.