Plano SALTE – Wikipédia, a enciclopédia livre

Presidente Dutra, idealizador do plano.

O Plano SALTE (iniciais de Saúde, Alimentação, Transporte e Energia) foi um plano econômico lançado pelo Governo Eurico Gaspar Dutra. O objetivo do SALTE era estimular e melhorar o desenvolvimento de setores de saúde, alimentação, transporte e energia por todo o Brasil, assim ajudando e melhorando as condições de vida da população brasileira.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Foi apresentado ao Congresso por mensagem presidencial em 19 de maio de 1948,[2] porém foi aprovado apenas em 1950. Os recursos para sua execução vieram de empréstimos externos e da Receita federal.

Previa projetos para desenvolver o vale do Rio São Francisco e a região amazônica, e combater a seca do Nordeste. Na área da saúde pretendia elevar o nível sanitário da população, sobretudo a rural. Em transportes o plano delineava um programa baseado nos planos ferroviários e rodoviários já existentes, e contemplava ainda o reaparelhamento dos portos, a melhoria da navegabilidade dos rios, o aparelhamento da frota marítima e a construção de oleodutos. A parte dedicada à energia era a mais densa, iniciativas relacionadas com a exploração da energia elétrica seria financiada pelo capital privado. Foram adotadas as conclusões e recomendações gerais do Plano Nacional de Eletrificação. Quanto ao petróleo previa pesquisa intensiva, a aquisição de material à perfuração de poços, a aquisição e montagem de refinarias para a produção, ampliação da capacidade da refinaria de Mataripe, e a aquisição de 15 petroleiros, que viriam a constituir a Frota Nacional de Petroleiros (Fronape).[3]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Acabou sendo abandonado por não terem sido alcançados os objetivos pretendidos.[3] O plano como não foi implementado devido à sua inexequibilidade financeira e à inviabilidade técnica de muitos de seus projetos.[4]

Segundo o jornalista José Eduardo Macedo Soares, "o plano do "DASP espelha a mentalidade dos empregados públicos que o fizeram, quer dizer, emerge das dificuldades desta grande metrópole burocrática, que governa mas não constitui o Brasil fiel. Recheia-se da conclusa da ciência dos relatórios e pareceres, ignora a nossa geopolítica, mas exibe-se no manuseio de estatísticas duvidosas quando não inteiramente falsas".[5]

Referências

  1. «IBGE | Biblioteca | Detalhes | O Plano Salte / Departamento Administrativo do Serviço Público. -». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 9 de outubro de 2015 
  2. «4ª República (18.09.1946 - 09.04.1964)». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 24 de janeiro de 2023 
  3. a b Santiago, Emerson. «Plano SALTE - História do Brasil». InfoEscola. Consultado em 24 de janeiro de 2023 
  4. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «PLANO SALTE». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 24 de janeiro de 2023 
  5. «Introdução Sobre Plano "Salte"» (PDF). Diario Carioca. 25 de maio de 1948. Consultado em 19 de novembro de 2023 
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