Drogas do sertão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Castanha-do-pará, uma das "drogas do sertão" buscada por colonizadores europeus na Amazônia.

Drogas do sertão é um termo que se refere a determinadas especiarias extraídas do chamado sertão brasileiro na época das entradas e das bandeiras.

O sertão brasileiro era, segundo pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, o modo como era conhecida a floresta no Brasil.[1]

As "drogas" eram produtos nativos do Brasil, que não existiam na Europa e, por isso, atraíam o interesse dos europeus que as consideravam como novas especiarias.

A foz do rio Amazonas era uma região onde se praticava intenso contrabando. Ingleses, franceses, holandeses e irlandeses possuíam interesses nos produtos típicos da região, como ervas aromáticas, plantas medicinais, cacau, castanha-do-pará e guaraná. Esses produtos recebiam o nome de drogas do sertão e eram considerados especiarias na Europa, alcançando excelentes preços nesse período. Para combater o contrabando, em 1616, Francisco Caldeira Castelo Branco fundou, na foz do rio Amazonas, o forte do Presépio, dando origem à atual cidade de Belém.

Em 1637, partiu de Belém uma expedição comandada por Pedro Teixeira. Durante dois anos, a expedição subiu o rio Amazonas, chegando até Quito, no Equador.

Após a viagem de Pedro Teixeira, os jesuítas estabeleceram missões na região e passaram a coletar drogas do sertão, utilizando mão de obra indígena. Tempos depois, a coleta passou a ser feita também por colonos, o que gerou conflitos e combates constantes com os jesuítas, provocados quase sempre pela questão indígena.

As drogas do sertão eram:

Referências

  1. Globo Amazônia. (25 de dezembro de 2010). Obras de Belo Monte devem passar em área com árvore em extinção, diz estudo Arquivado em 28 de dezembro de 2010, no Wayback Machine., acesso em 27 de dezembro de 2010

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