Leonor de Gonzaga-Nevers – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Leonor Gonzaga (desambiguação).
Leonor Gonzaga
Princesa de Mântua e Monferrato
Arquiduquesa da Áustria
Leonor de Gonzaga-Nevers
Retrato de Leonor de Gonzaga-Nevers, por Frans Luyckx
Imperatriz Consorte do
Sacro Império Romano-Germânico
Reinado 30 de abril de 1651 a 2 de abril de 1657
Antecessor(a) Maria Leopoldina da Áustria-Tirol
Sucessor(a) Margarida Teresa de Habsburgo
 
Nascimento 18 de novembro de 1630
  Mântua, Ducado de Mântua
Morte 6 de dezembro de 1686 (56 anos)
  Viena, Arquiducado da Áustria
Cônjuge Fernando III do Sacro Império Romano-Germânico
Descendência Leonor da Áustria
Maria Ana da Áustria
Casa Gonzaga-Nevers (por nascimento)
Habsburgo (por casamento)
Pai Carlos de Gonzaga-Nevers
Mãe Maria de Mântua

Leonor Gonzaga (em italiano: Eleonora Gonzaga; 18 de novembro de 16306 de dezembro de 1686), foi uma princesa italiana, Imperatriz consorte do Sacro Império Romano-Germânico, casada com o imperador Fernando III do Sacro Império Romano-Germânico.

Foi também conhecida por Leonor de Gonzaga-Nevers, por pertencer ao ramo dito de Nevers da família Gonzaga.

Família[editar | editar código-fonte]

Leonor era filha de Carlos de Gonzaga-Nevers (1609–1631) e da sua prima Maria de Mântua, herdeira dos Ducados de Mântua e de Monferrato.

Seu pai era filho de Carlos I de Mântua tendo morrido antes do próprio pai.[1] A sua avó paterna foi Catarina de Mayenne. Os avós maternos foram Francisco IV Gonzaga, duque de Mântua e de Monferrato, e Margarida de Saboia, Vice-rainha de Portugal.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Em 30 de abril de 1651 casou em Viena, com o imperador Fernando III de Habsburgo , tornando-se imperatriz consorte. Faleceu em Viena, sobrevivendo 29 anos ao seu marido.

Deste casamento nasceram quatro filhos, dos quais apenas duas meninas atingiram a idade adulta:

Imperatriz[editar | editar código-fonte]

Leonor é descrita como uma mulher culta e religiosa. Protegeu e desenvolveu instituições culturais em Viena. Escreveu poemas em italiano, fundou uma academia literária e apesar do seu estrito catolicismo, nunca descriminou escritores protestantes. Manteve um importante papel na corte de Viena mesmo como Imperatriz viúva após 1657, sendo ativa como patrono da cultura, organizando espetáculos de dança e festivais. Expandiu ainda o palácio imperial, o Hofburg.

A nível religioso fundou vários conventos, como o das Ursulinas em Viena (1663), bem como as Ordens Sklavinnen der Tugend (Escravas da Virtude), para senhoras nobres (1662), e a Sternkreuzorden, Ordem da Cruz Estrelada (1668), da qual foi Kaiserin,[2] ou seja, Grã-Mestre.

Ascendência[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Ana de Tirol

Imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico
Rainha da Germânia, Boêmia e Hungria

30 de abril de 16512 de abril de 1657
Sucedido por
Margarida Teresa de Habsburgo

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. segundo alguns autores, terá sido co-governante com Carlos I
  2. em alemão “imperatriz”

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brigitte Hamann, Die Habsburger, pág. 79, 1988.
  • Giuseppe Coniglio, I Gonzaga, Varese, Dall'Oglio, 1967
  • Adelaide Murgia, I Gonzaga, Mondadori, Milano, 1972
  • Giancarlo Malacarne Gonzaga, Genealogie di una dinastia, Modena, Il Bulino, 2010 - ISBN=978-88-86251-89-1
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