Joana Lina – Wikipédia, a enciclopédia livre

Joana Lina Ramos Baptista Cândido (Camabatela, 22 de setembro de 1957) é uma economista e política angolana.^[1] Filiada ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), foi deputada pelo partido no Círculo Nacional da Assembleia Nacional de 1992 a 2022.^[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Joana Lina nasceu em 22 de setembro de 1957 em Camabatela, na província do Cuanza Norte.^[4] É filha de José Coimbra Baptista e de Alexandrina Rodrigues Ramos da Cruz Baptista.^[4] De 1964 a 1968 estuda o ensino primário na Escola Primária de Camabatela.^[4]

Residiu em sua infância e adolescência em Nadalatando. Neste período, de 1969 a 1974, iniciou seu ensino secundário e liceal no Liceu Adriano Moreira de Nadalatando.^[4]

Antes de se mudar para Luanda, onde aderiu ao MPLA em 1974, chegou a trabalhar como coordenadora voluntária do sector de alfabetização do partido no Cuanza Norte. Em Luanda adere como militante da Organização da Mulher Angolana (OMA).^[4] Na capital angolana, de 1976 a 1978, ingressa nos cursos complementares nos liceus Paulo Dias de Novais e Salvador Correia.^[4]

Cursou economia entre 1978 e 1982 na Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto.^[4] Muitos anos mais tarde, em 2013, concluiu um mestrado em políticas económicas do desenvolvimento pela mesma universidade.^[1]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Na Angola independente, Joana Lina começou a trabalhar na sede do MPLA nas funções de secretária de gabinete do Comité Central para o Desenvolvimento Económico e Planificação, estando sob a chefia de José Eduardo dos Santos.^[5]

Com a mudança de designação do referido sector para Departamento para Política Económica e Social (DPES), passou ela a ser a directora, no ano de 1983, já com Roberto Francisco de Almeida como Secretario do Comité Central do DPES, a quem ela respondia.^[1] Passou a ter acento no Comité Nacional da OMA neste período.^[4]

Entre 1991 a 1997, exerceu a função de Secretária de Estado e Promoção e Desenvolvimento da Mulher, sendo Ministra da Família e Promoção da Mulher de 1997 a 1998 durante o Governo de Unidade e Reconciliação Nacional.^[1]

Paralelamente, em 1992, elege-se deputada pelo MPLA para a Assembleia Nacional, tornando-se, logo de início, Presidente da Comissão de Economia e Finanças da primeira legislatura multipartidária.^[4]

Após o período como ministra, voltou a trabalhar nas estruturas do MPLA, novamente como diretora do DPES. Porém, no congresso partidário de 2003, foi indicada como Secretária para a Administração e Finanças do MPLA. Reeleita deputada em 2008, passou a servir como 2ª Vice-Presidenta da Assembleia Nacional, e, de 2012 a 2017, como 1ª Vice-Presidenta da Assembleia Nacional.^[4]

A partir de 1996 tornou-se membro da Federação Angolana de Futebol (FAF), do Comité Olímpico Angolano, do Comité Paralímpico Angolano, do Comité da Mulher Rural, além de ter presidido a mesa da Assembleia da Associação dos Economistas.^[4] Fundou o Fundo Lwini, onde faz parte do seu conselho de administração, além de ter idênticas funções no Banco SOL.^[4]

Foi reeleita deputada em 2017^[4] e, de 2018 a 2020, foi governadora da província do Huambo,^[4] sendo movida para exercer, entre 2020 e 2021, o cargo de governadora da província de Luanda.^[6]

Foi inscrita na posição 100 na lista do MPLA para o círculo nacional nas eleições gerais de Angola de 2022.^[7] Somente 67 candidatos do partido se elegeram pelo círculo nacional. Assim, após muitos anos no parlamento, Joana Lina ficou na suplência e sem titularidade de uma cadeira legislativa.^[8]

Referências

• Portal das mulheres
• Portal da política
• Portal de Angola