História da ecologia – Wikipédia, a enciclopédia livre

A História da Ecologia remonta ao século IX. Alguns dos primeiros escritos ecológicos que sobreviveram pertencem provavelmente à Aristóteles ou talvez seu aluno, Teofrasto, ambos tinham interesse em variadas espécies de animais e plantas. Teofrastos descrevia relações entre animais e seu ambiente tão cedo quanto o quarto século antes de cristo.[1] A ecologia se desenvolveu substancialmente nos séculos XVIII e XIX. Surgiu com os trabalhos de Carl Linnaeus sobre a economia da natureza[2] Logo depois veio Alexander von Humboldt e sua geografia botânica.[3] Alexander von Humboldt e Karl Möbius contribuiram então com a noção de biocenose. O trabalho de Eugenius Warming com a geografia ecológica das plantas levou à fundação da ecologia enquanto disciplina.[4] A obra deCharles Darwin também contribuiu com a ciência da ecologia, e Darwin é frequentemente reconhecido por ter feito avançar a disciplina mais do que qualquer outro pesquisador nesse periodo de origem. O pensamento ecológico se expandiu ainda mais no início do século XX.[5] Contribuições maiores incluiram: o trabalho de Eduard Suess e Vladimir Vernadsky sobre a biosfera, o desenvolvimento do conceito de ecosistema com Arthur George Tansley, os trabalhos sobre ecologia animal de Charles Elton], e o conceito de sucessão ecológica por Henry Cowles.[6]

A ecologia influenciou profundamente as ciências sociais e humanas. A ecologia humana surgiu no início do século XX e reconhecia o humano enquanto um fator ecológico. Mais tarde James Lovelock avançou suas visões sobre a terra enquanto um macro-organismo com a Hipótese Gaia[7][8]

Referências

  1. Ramalay, F. (1940). «The growth of a science». University of Colorado Studies. 26: 3–14 
  2. Reid, Gordon Mcgregor (fevereiro de 2009). «Carolus Linnaeus (1707-1778): His Life, Philosophy and Science and Its Relationship to Modern Biology and Medicine». Taxon. 58 (1): 18–31. doi:10.1002/tax.581005 
  3. Silvertown, J.; Poulton, P.; Johnston, E.; Edwards, G.; Heard, M.; Biss, P. M. (2006). «The Park Grass Experiment 1856–2006: its contribution to ecology». Journal of Ecology. 94 (4): 801–814. doi:10.1111/j.1365-2745.2006.01145.xAcessível livremente 
  4. Coleman, W. (1986). «Evolution into ecology? The strategy of Warming's ecological plant geography». Journal of the History of Biology. 19 (2): 181–196. PMID 11611989. doi:10.1007/BF00138875 
  5. Acot, P. (1997). «The Lamarckian Cradle of Scientific Ecology». Acta Biotheoretica. 45 (3/4): 185–193. doi:10.1023/A:1000631103244 
  6. Cowles, H. C. (1911). «The causes of vegetational cycles». Annals of the Association of American Geographers. 1 (1): 3–20. JSTOR 2560843. doi:10.2307/2560843 
  7. Egerton, F. N. (1973). «Changing Concepts of the Balance of Nature». Quarterly Review of Biology. 48 (2): 322–50. doi:10.1086/407594 
  8. Egerton, F. N. (2001). «A History of the Ecological Sciences, Part 1: Early Greek Origins» (PDF). Bulletin of the Ecological Society of America. 82: 93–97