Eleições estaduais no Amazonas em 1986 – Wikipédia, a enciclopédia livre

1982 Brasil 1990
Eleições estaduais no  Amazonas em 1986
15 de novembro de 1986
(Turno único)
Candidato Amazonino Mendes Arthur Virgílio Neto
Partido PMDB PSB
Natural de Eirunepé, AM Manaus, AM
Vice Vivaldo Frota Serafim Corrêa
Votos 270.875 209.716
Porcentagem 54,28% 42,02%

As eleições estaduais no Amazonas em 1986 ocorreram em 15 de novembro, como parte das eleições no Distrito Federal, em 23 estados e nos territórios federais do Amapá e Roraima.[nota 1][1][2] Foram eleitos o governador Amazonino Mendes, o vice-governador Vivaldo Frota e os senadores Fábio Lucena e Carlos Alberto de Carli, além de oito deputados federais e vinte e quatro estaduais. Quatro nomes disputaram o pleito, mas a vitória foi de Amazonino Mendes, candidato apoiado pelo governador Gilberto Mestrinho.[3][nota 2]

Nascido em Eirunepé, o advogado Amazonino Mendes graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Amazonas em 1969 e trabalhou no escritório de Ary Franco.[4] Embora tenha participado do movimento estudantil, estabeleceu-se como empresário da construção civil antes de ingressar na vida pública.[4] Foi diretor-auxiliar do Departamento de Estradas de Rodagem durante o primeiro governo Gilberto Mestrinho, que em sua segunda passagem pelo Palácio Rio Negro o nomeou prefeito de Manaus em 1983, elegendo-se governador do Amazonas em 1986.[5]

Nascido em Boca do Acre, o advogado Vivaldo Frota diplomou-se em 1953 na Universidade Federal do Amazonas. Professor, consultor jurídico na Comissão de Estradas de Rodagem do estado e funcionário do Departamento de Polícia, tornou-se delegado de Ordem Política e Social, chefe de polícia e exerceu os cargos de chefe da Casa Civil e secretário de Justiça no primeiro governo Gilberto Mestrinho.[6] Quando Plínio Coelho assumiu o cargo de governador pela segunda vez, Vivaldo Frota tornou-se auditor do Tribunal de Contas do Estado em 1963.[7] Presidente da seccional amazonense da Ordem dos Advogados do Brasil entre 1967 e 1969,[6] ingressou na ARENA e figurou na primeira suplência de deputado federal em 1974, elegendo-se para o cargo em 1978.[8][9] Quando o pluripartidarismo retornou, em 1980, escolheu o PDS foi reeleito em 1982.[10] Mesmo votando contra a Emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985,[11][12] elegeu-se vice-governador do Amazonas via PFL em 1986,[13] e assumiu o poder quando Amazonino Mendes renunciou a fim de eleger-se senador em 1990.[14]

Resultado das eleições para governador[editar | editar código-fonte]

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas contabiliza 499.027 votos nominais (88,28%), 46.237 votos em branco (8,18%) e 20.019 votos nulos (3,54%) resultando no comparecimento de 565.283 eleitores.

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Amazonino Mendes
PMDB
Vivaldo Frota
PFL
15
Aliança Democrática
(PMDB, PFL, PTB, PL, PCB, PMB, PH)
270.875
54,28%
Arthur Virgílio Neto
PSB
Serafim Corrêa
PDT
40
Muda Amazonas
(PSB, PDT, PDC, PCdoB, PTR, PPB)
209.716
42,03%
Marcus Barros
PT
Mário Serrão
PT
13
PT (sem coligação)
15.942
3,19%
Djalma Passos
PDS
Domingos Ramos de Lima
PDS
11
PDS (sem coligação)
2.494
0,50%
Fontes:[3]
  Eleito

Biografia dos senadores eleitos[editar | editar código-fonte]

Fábio Lucena[editar | editar código-fonte]

Natural de Barcelos, o bancário e jornalista Fábio Lucena elegeu-se vereador em Manaus pelo MDB em 1972. Em virtude de sua postura enquanto parlamentar, respondeu a um processo baseado na Lei de Segurança Nacional[15][16] por críticas ao prefeito manauara, Franklin Lima, e ao governador amazonense, João Walter de Andrade. Absolvido em 15 de julho de 1975, reelegeu-se vereador em 1976 e foi candidato a senador numa sublegenda do MDB, mas perdeu, por estreita margem, para a chapa da ARENA liderada por João Bosco de Lima.[17][nota 3] Com a criação do PMDB em 1980, ingressou no partido, foi eleito senador em 1982 e votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.[12]

No pleito de 1986, a disputa pelas vagas na Câmara Alta do Parlamento ficou marcada por um casuísmo, visto que embora Fábio Lucena tivesse o mandato em curso por ter sido eleito em 1982, ele resolveu disputar um novo mandato ainda com o antigo em curso e foi "reeleito" de modo extemporâneo.[18] A ideia original seria que ele e seus suplentes renunciassem, ocasionando uma eleição suplementar na qual Gilberto Mestrinho seria ungido senador. Entretanto, Leopoldo Peres não renunciou, fazendo com que os planos de eleger Mestrinho dessem errado.[19] Em 1º de fevereiro de 1987, Fábio Lucena renunciou ao mandato obtido em 1982 em favor de Leopoldo Peres para, em questão de minutos, assumir o mandato conquistado em 1986.[nota 4] Entretanto, a morte do mesmo em 14 de junho de 1987, resultou na efetivação de Áureo Melo.[20]

Carlos Alberto de Carli[editar | editar código-fonte]

Nascido em Campinas, o empresário Carlos Alberto de Carli, graduou-se em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas em 1961, exercendo sua atividade profissional no estado de São Paulo chegando, inclusive, a gerente de produção da Estrela.[21] Em 1973 iniciou o manejo sustentável de madeira na Região Amazônica, implantou a primeira destilaria de álcool e a primeira plantação extensiva de guaraná do Amazonas.[21] Sobrinho de Gileno de Carli e primo de João Carlos de Carli,[22][23] elegeu-se deputado federal pelo PMDB em 1982 e como tal votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.[24][12][nota 5] Nomeado secretário de Representação do Amazonas em São Paulo pelo governador Gilberto Mestrinho, deixou o cargo a tempo de eleger-se senador em 1986.[25] Assinou a Constituição de 1988 e afastou-se do mandato em favor de Gilberto Miranda para assumir o cargo de secretário para Promoção do Desenvolvimento por escolha do governador Vivaldo Frota, em 1990 e votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992. Candidato a primeiro suplente de senador na chapa de Francisco Garcia em 1994, não obteve êxito.

Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]

Como eram duas as vagas de senador em disputa o total de votos válidos corresponde ao dobro do verificado na eleição para governador, sendo que houve 175.484 votos em branco (15,52%) e 57.256 votos nulos (5,06%) calculados sobre o comparecimento de 1.130.566 eleitores com os 897.826 votos nominais assim distribuídos segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas.

Candidatos a senador da República
Candidatos a suplente de senador Número Coligação Votação Percentual
Fábio Lucena
PMDB
Áureo Melo
PMDB
Vitório Cestaro
PMDB
151
Aliança Democrática
(PMDB, PFL, PTB, PL, PCB, PMB, PH)
239.048
26,62%
Carlos Alberto de Carli
PMDB
Gilberto Miranda
PMDB
Carlos Antônio de Carli
PMDB
152
Aliança Democrática
(PMDB, PFL, PTB, PL, PCB, PMB, PH)
220.865
24,60%
Mário Frota
PSB
Saul Atahyde
PSB
Paulo Ramos Rezende
PSB
401
Muda Amazonas
(PSB, PDT, PDC, PCdoB, PTR, PPB)
199.084
22,17%
Raimundo Parente
PDT
Maria Júlia de Melo Rodrigues
PDT
Tancredo Soares
PDT
121
Muda Amazonas
(PSB, PDT, PDC, PCdoB, PTR, PPB)
160.691
17,90%
Marlene Ribeiro Pardo
PT
Selda Vale da Costa
PT
Vera Lúcia Soares Lima
PT
132
PT (sem coligação)
30.767
3,43%
Jacó Luís de Figueiredo
PDS
Miguel Sales da Silva
PDS
Raimundo Cosmo Vasconcelos
PDS
111
PDS (sem coligação)
24.787
2,76%
João Ricardo Bessa Freire
PT
Nilton Masulo
PT
José Corrêa de Araújo
PT
131
PT (sem coligação)
22.584
2,52%
Fontes:[3][nota 6]
  Eleitos

Deputados federais eleitos[editar | editar código-fonte]

São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.

Representação eleita

  PMDB: 3
  PFL: 3
  PDT: 1
  PSB: 1
Número Deputados federais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
1555 Bernardo Cabral[nota 7] PMDB 41.027 Manaus  Amazonas
2515 Ézio Ferreira PFL 37.466 Benjamin Constant  Amazonas
1540 José Dutra PMDB 25.565 Barreirinha  Amazonas
2525 Eunice Michiles PFL 24.003 São Paulo  São Paulo
1207 José Fernandes PDT 19.633 Careiro  Amazonas
4005 Beth Azize PSB 17.325 Manacapuru  Amazonas
2510 Sadie Hauache PFL 16.813 Itacoatiara  Amazonas
1550 Carrel Benevides PMDB 13.570 Manaus  Amazonas
Fontes:[3][26][27]

Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]

Relação elaborada a partir dos arquivos do Tribunal Superior Eleitoral, segundo os quais a coligação "Aliança Democrática" conquistou 75% das vagas contra 25% da coligação "Muda Amazonas".[28]

Representação eleita

  PMDB: 11
  PFL: 7
  PDT: 4
  PSB: 2
Número Deputados estaduais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
25115 Josué Filho PFL 17.257 3,45% Manaus  Amazonas
15130 Nonato Oliveira PMDB 16.761 3,35% Manaus  Amazonas
15119 Eduardo Braga PMDB 13.503 2,70% Belém Pará Pará
15129 Lupércio Ramos PMDB 11.442 2,29% Tonantins  Amazonas
25104 Enéas Gonçalves PFL 11.253 2,25% Parintins  Amazonas
15113 Betty Suely Lopes PMDB 10.660 2,13% Manaus  Amazonas
15102 João Thomé Mestrinho PMDB 10.515 2,10% Manaus  Amazonas
25120 Vinicius Gomes PFL 9.358 1,87% Eirunepé  Amazonas
25109 Átila Lins PFL 9.265 1,85% Fonte Boa  Amazonas
15112 Luzivaldo Santos PMDB 8.516 1,70% Autazes  Amazonas
15136 Luiz Fernando Nicolau PMDB 6.500 1,30% Paraíba do Sul  Rio de Janeiro
15121 Carlos Esteves PMDB 5.853 1,17% Maués  Amazonas
40115 Raimundo Ferreira PSB 5.827 1,16% Novo Airão  Amazonas
25111 Humberto Michiles PFL 5.620 1,12% São Paulo  São Paulo
15133 Simão Barros PMDB 5.342 1,07% Codajás  Amazonas
15126 Manoel Diz PMDB 5.256 1,05% Atalaia do Norte  Amazonas
25101 Hamilton Cidade PFL 5.152 1,03% Manicoré  Amazonas
25112 Manoel Maneca PFL 4.678 0,93% Manaus  Amazonas
15125 Raimundo Lopes PMDB 4.160 0,83% Manaus  Amazonas
12140 José Campos PDT 4.100 0,82% Guajará  Amazonas
12111 Jamil Seffair PDT 4.057 0,81% Manacapuru  Amazonas
12121 Sebastião da Silva Reis PDT 3.707 0,74% Parintins  Amazonas
40113 Abel Alves PSB 3.340 0,66% Tefé  Amazonas
12141 Alfredo Campos PDT 3.339 0,66% Caapiranga  Amazonas
Fontes:[3]

Notas

  1. O Distrito Federal elegeu três senadores e oito deputados federais de acordo com a Emenda Constitucional n.º 25 de 15 de maio de 1985, enquanto os territórios federais elegeram quatro deputados federais cada de acordo com a Emenda Constitucional n.º 22 de 29 de junho de 1982, mas em Fernando de Noronha não houve escolha de representantes.
  2. Amazonino Mendes venceu também as eleições para o governo do Amazonas em 1994 e 1998 quando já não pertencia ao PMDB.
  3. Os 229.875 votos nominais da eleição para senador em 1978 foram assim distribuídos: 115.048 (50,05%) para amealhados pelo trio da ARENA formado por João Bosco de Lima, Eunice Michiles e Djalma Passos, enquanto a tríade do MDB, constituída por Fábio Lucena, Maria Júlia de Melo Rodrigues e Félix Valois Coelho Júnior, somaram 114.827 (49,95%) votos.
  4. Conforme o Diário do Congresso Nacional (Livro I, Seção II, de 02/02/1987, p. 02; 34).
  5. Licenciado para tratamento de saúde, Carlos Alberto de Carli foi substituído por Arlindo Porto na votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984, sendo que o mesmo foi convocado quando o titular estava no secretariado de Gilberto Mestrinho.
  6. Após a promulgação da Emenda Constitucional Número Um, a Constituição de 1967 dizia (Art. 41, § 2º) que cada senador seria eleito com o seu suplente. Em 1986 os candidatos ao Senado Federal concorriam ao lado de dois suplentes (exceto em casos de sublegenda), entretanto citamos aqui apenas o primeiro de cada chapa sem, contudo, deixar de referenciar o outro quando necessário.
  7. Durante sua passagem pelo Ministério da Justiça no Governo Collor, foi substituído por Antar Albuquerque.

Referências

  1. BRASIL. Presidência da República. «Emenda Constitucional n.º 25 de 15/05/1985». Consultado em 5 de junho de 2016 
  2. BRASIL. Presidência da República. «Emenda Constitucional n.º 22 de 29/06/1982». Consultado em 5 de junho de 2016 
  3. a b c d e BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  4. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Amazonino Mendes no CPDOC». Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  5. Redação (12 de fevereiro de 2023). «Amazonino Mendes, ex-governador do AM, morre aos 83 anos». g1.globo.com. G1 Amazonas. Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  6. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Vivaldo Frota no CPDOC». Consultado em 3 de março de 2024 
  7. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Vivaldo Frota». Consultado em 3 de março de 2024 
  8. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1974». Consultado em 3 de março de 2024 
  9. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1978». Consultado em 3 de março de 2024 
  10. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1982». Consultado em 3 de março de 2024 
  11. Clóvis Rossi (26 de abril de 1984). «A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de março de 2024 
  12. a b c Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de março de 2024 
  13. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1986». Consultado em 3 de março de 2024 
  14. Redação (16 de janeiro de 2015). «Ex-governador do Amazonas Vivaldo Frota morre aos 86 anos». g1.globo.com. G1 Amazonas. Consultado em 3 de março de 2024 
  15. BRASIL. Senado Federal. «Decreto-Lei n.º 314 de 13/03/1967». Consultado em 4 de março de 2024 
  16. BRASIL. Senado Federal. «Decreto-Lei n.º 898 de 29/09/1969». Consultado em 4 de março de 2024 
  17. BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Fábio Lucena no CPDOC». Consultado em 4 de março de 2024 
  18. Redação (30 de junho de 1986). «Lucena abre caminho para Mestrinho. Primeiro Caderno, Política – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  19. «Moção de Pesar pelo falecimento do ex-senador senhor Leopoldo Peres Sobrinho» (PDF). Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. 14 de março de 2018. Consultado em 7 de março de 2024 
  20. Redação (15 de junho de 1987). «Senador Fábio Lucena se suicida em Brasília com um tiro no ouvido. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de março de 2024 
  21. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Carlos Alberto de Carli no CPDOC». Consultado em 4 de março de 2024 
  22. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Gileno de Carli». Consultado em 4 de março de 2024 
  23. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado João Carlos de Carli». Consultado em 4 de março de 2024 
  24. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Carlos Alberto de Carli». Consultado em 4 de março de 2024 
  25. BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Carlos Alberto de Carli». Consultado em 4 de março de 2024 
  26. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  27. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 7 de agosto de 2015 
  28. Redação (17 de dezembro de 1986). «Candidatos eleitos serão diplomados hoje. Primeiro Caderno, Política – p. 03». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Commercio. Consultado em 13 de fevereiro de 2024