Botafogo de Futebol e Regatas na Copa Libertadores da América – Wikipédia, a enciclopédia livre

Este artigo lista as participações do Botafogo de Futebol e Regatas na Copa Libertadores da América.

Ao todo, a equipe alvinegra participou de seis edições da principal competição continental de clubes da América do Sul. A melhor campanha foi na estreia no torneio, em 1963, quando foi eliminado na semifinal e terminou na 3.ª colocação. Atualmente, o clube disputa a edição de 2024.

Participações[editar | editar código-fonte]

Copa Libertadores
Participações: 6
Ano Fase máxima Posição Pts J V E D GP GC SG
1963 Semifinal 3.º 7 5 3 1 1 6 6 0
1969 [nota 1]
1973 Semifinal 6.º 13 10 6 1 3 25 18 +7
1996 Oitavas de final 14.º 8 8 2 2 4 11 13 –2
2014 Fase de grupos 19.º 10 8 3 1 4 9 8 +1
2017 Quartas de final 5.º 24 14 7 3 4 13 9 +4
2024 Em disputa
Total 62 45 21 8 16 64 54 +10

1963[editar | editar código-fonte]

O Botafogo participou pela primeira vez da Libertadores em 1963, após ter sido vice-campeão da Taça Brasil de 1962. A primeira fase consistia em três grupos, dos quais o primeiro colocado de cada chave se classificaria para a semifinal, juntamente com o Santos, vencedor da edição anterior.[2]

O esquadrão alvinegro contava com ídolos como Nilton Santos, Jairzinho e Garrincha, mas este último já enfrentava sérios problemas no joelho direito, desfalcando a equipe na maioria dos jogos. Mesmo assim, o Glorioso avançou sem problemas em seu grupo, com 100% de aproveitamento (incluindo a partida contra o Millonarios, que não ocorreu devido à desistência do time colombiano).[3] Na semifinal contra o Santos, empatou a partida de ida no Pacaembu, mas perdeu o jogo de volta no Maracanã após uma partida extraordinária de Pelé, que marcou três gols.[4]

Fase de grupos[editar | editar código-fonte]

Grupo 1
Equipe Pts J V E D GP GC SG
Brasil Botafogo[nota 2] 6 3 3 0 0 5 1 +4
Peru Alianza Lima 3 4 1 1 2 2 3 –1
Colômbia Millonarios[nota 2] 1 3 0 1 2 0 3 –3

     Classificado à fase final
     Eliminados

Partidas

Fase final[editar | editar código-fonte]

Partidas

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Gols Jogador
1 Brasil Antoninho
Brasil Élton
Brasil Jair Bala
Brasil Jairzinho
Brasil Nilton Santos
Brasil Rildo

1973[editar | editar código-fonte]

Vice-campeão do Brasileirão de 1972, o Botafogo conquistou o direito de disputar pela segunda vez a Libertadores no ano seguinte. O esquadrão Glorioso gozava de imensa reputação internacional, com três jogadores campeões mundiais em 1970, Jairzinho, Roberto Miranda e Brito, além de outros craques como Dirceu, Fischer, Marinho Chagas, Scala e Wendell. Na fase de grupos, a equipe comandada por Sebastião Leônidas terminou na primeira colocação, superando Peñarol, Nacional e Palmeiras.[7]

Entretanto, o regulamento à época não previa critérios de desempate. Como Botafogo e Palmeiras terminaram a chave com o mesmo número de pontos e apenas um time poderia seguir na competição, foi preciso um jogo extra para definir quem avançaria para o triangular semifinal. Diante de quase 90 mil pessoas no Maracanã, o time carioca superou o paulista mais uma vez.[8] Na fase seguinte, o alvinegro não foi páreo em um grupo com Colo-Colo e Cerro Porteño: com apenas um empate e duas derrotas nas três primeiras partidas, o clube foi eliminado antes mesmo do último jogo, quando finalmente saiu vitorioso, mas sem ter o que comemorar.[7]

Fase de grupos[editar | editar código-fonte]

Grupo 2
Equipe Pts J V E D GP GC SG
Brasil Botafogo 9 6 4 1 1 15 9 +6
Brasil Palmeiras 9 6 4 1 1 10 6 +4
Uruguai Nacional 4 6 1 2 3 8 9 –1
Uruguai Peñarol 2 6 0 2 4 4 13 –9

     Disputam jogo do desempate
     Eliminados

Partidas

Jogo do desempate[editar | editar código-fonte]

Partida

Fase semifinal[editar | editar código-fonte]

Grupo B
Equipe Pts J V E D GP GC SG
Chile Colo-Colo 5 4 2 1 1 10 9 +1
Paraguai Cerro Porteño 4 4 2 0 2 8 9 –1
Brasil Botafogo 3 4 1 1 2 8 8 0

     Classificado à final
     Eliminados

Partidas

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Gols Jogador
5 Brasil Dirceu
4 Argentina Fischer
Brasil Jairzinho
Brasil Marinho Chagas
Brasil Roberto Miranda
1 Brasil Ferretti
Brasil Tuca
Brasil Zequinha

1996[editar | editar código-fonte]

A classificação para a Libertadores de 1996, depois de 23 anos de ausência, foi obtida graças ao título do Campeonato Brasileiro de 1995.[9][10] O grupo do Botafogo era formado por equipes brasileiras e chilenas e os três primeiros colocados se classificavam às oitavas de final.[11]

Mesmo com uma campanha irregular, com mais derrotas do que vitórias, e com uma mudança de técnicos durante a competição – em abril, o jovem Ricardo Barreto assumiu no lugar de Marinho Perez – o alvinegro conseguiu terminar a primeira fase na terceira colocação da chave.[12][13][14] Nas oitavas de final, o adversário foi o Grêmio, equipe que entrou diretamente nessa fase por ter sido campeã do ano anterior. Após empatar no Maracanã, o Botafogo foi derrotado no jogo da volta em Porto Alegre por 2–0 e foi eliminado.[15][16]

Fase de grupos[editar | editar código-fonte]

Grupo 4
Equipe Pts J V E D GP GC SG
Brasil Corinthians 13 6 4 1 1 13 6 +7
Chile Universidad de Chile 10 6 3 1 2 7 7 0
Brasil Botafogo 7 6 2 1 3 10 10 0
Chile Universidad Católica 4 6 1 1 4 6 13 –7

     Classificados à fase final
     Eliminado

Partidas

Fase final[editar | editar código-fonte]

Partidas

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Gols Jogador
3 Brasil Bentinho
Brasil Dauri
2 Brasil Túlio
1 Brasil Jamir
Brasil Jefferson

2014[editar | editar código-fonte]

Depois de conquistar a quarta posição na Série A de 2013, o Botafogo voltou a disputar a Libertadores após 18 anos de ausência.[17][18] Na primeira fase, enfrentou o Deportivo Quito e saiu derrotado do primeiro confronto no Equador, mas aplicou uma goleada de 4–0 no Maracanã com três gols de Wallyson e avançou na competição.[19][20]

Na fase de grupos, estreou vencendo bem o San Lorenzo no Maracanã,[21] e chegou a ter a chance de garantir a classificação para as oitavas de final de forma antecipada.[22] No entanto, o ambiente no clube era muito ruim com salários atrasados desde a temporada anterior e protestos dos jogadores, além de um treinador inexperiente no comando – o ex-técnico do sub-20 Eduardo Hungaro.[23][24] Em meio à crise, o alvinegro saiu derrotado em casa diante do Unión Española na penúltima rodada e teve que decidir a vaga contra o San Lorenzo, em Buenos Aires.[25] No confronto final, o Botafogo foi eliminado melancolicamente após perder por 3–0, enquanto os argentinos conseguiram avançar de forma heroica e, posteriormente, ainda garantiram o título inédito do torneio.[26][27]

Fase preliminar[editar | editar código-fonte]

Partidas

Fase de grupos[editar | editar código-fonte]

Grupo 2
Equipe Pts J V E D GP GC SG
Chile Unión Española 9 6 2 3 1 10 9 +1
Argentina San Lorenzo 8 6 2 2 2 6 5 +1
Equador Independiente del Valle 8 6 2 2 2 10 10 0
Brasil Botafogo 7 6 2 1 3 5 7 –2

     Classificados à fase final
     Eliminados

Partidas

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Gols Jogador
4 Brasil Wallyson
3 Argentina Ferreyra
1 Brasil Bolívar
Brasil Henrique

2017[editar | editar código-fonte]

O Botafogo se classificou para a Libertadores de 2017 após terminar na quinta colocação da Série A de 2016.[28] Pela primeira vez, a competição contou com três eliminatórias preliminares antes da fase de grupos;[29] e o alvinegro entrou na segunda fase contra o Colo-Colo.[30] Após eliminar os chilenos com uma vitória e um empate,[31] encarou o Olimpia na terceira fase e se classificou nos pênaltis, após o goleiro Gatito Fernández defender três cobranças dos paraguaios.[32]

Na fase de grupos, o Botafogo caiu em uma das chaves mais difíceis ao lado do Barcelona de Guayaquil, do Estudiantes e do atual campeão Atlético Nacional.[33][34] Ainda assim, o time comandado pelo técnico Jair Ventura ficou em primeiro lugar com três vitórias, um empate e duas derrotas.[35] Nas oitavas de final, o adversário foi o Nacional e o Glorioso avançou com duas vitórias.[36] Nas quartas de final, porém, a equipe não foi páreo para o Grêmio, que viria a ser o campeão desta edição, e foi eliminada.[37][38] Ao todo, o Botafogo enfrentou seis campeões da Libertadores em uma mesma edição e, de forma inédita, eliminou cinco deles – superando o recorde do Once Caldas que eliminou quatro campeões na Libertadores de 2004.[39][40] Com cinco gols no torneio, o atacante Rodrigo Pimpão igualou as marcas de Dirceu e Jairzinho, tornando-se o maior artilheiro do Botafogo na história das Libertadores.[41]

Fase preliminar[editar | editar código-fonte]

Partidas

Fase de grupos[editar | editar código-fonte]

Grupo 1
Equipe Pts J V E D GP GC SG
Brasil Botafogo 10 6 3 1 2 6 5 +1
Equador Barcelona de Guayaquil 10 6 3 1 2 8 8 0
Argentina Estudiantes 9 6 3 0 3 7 8 –1
Colômbia Atlético Nacional 6 6 2 0 4 8 8 0

     Classificados à fase final
     Transferido à segunda fase da Copa Sul-Americana
     Eliminado

Partidas

Fase final[editar | editar código-fonte]

Partidas

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Gols Jogador
5 Brasil Rodrigo Pimpão
1 Brasil Airton
Brasil Bruno Silva
Brasil Camilo
Brasil Guilherme
Brasil João Paulo
Brasil Roger
Brasil Sassá

2024[editar | editar código-fonte]

Fase preliminar[editar | editar código-fonte]

Partidas

Fase de grupos[editar | editar código-fonte]

Grupo D
Pos Equipe Pts J V E D GP GC SG Classificado Colômbia JUN Equador LDU Peru UNI Brasil BOT
1 Colômbia Junior de Barranquilla 5 3 1 2 0 5 3 +2 Fase final 1–1 1–1 28 mai
2 Equador LDU Quito 4 3 1 1 1 3 3 0 14 mai 28 mai 1–0
3 Peru Universitario 4 3 1 1 1 4 5 −1 Play-offs Sul-Americana 7 mai 2–1 16 mai
4 Brasil Botafogo 3 3 1 0 2 4 5 −1 1–3 8 mai 3–1
Atualizado até os jogos disputados em 24 de abril. Fonte: CONMEBOL
Regras para classificação: 1) Pontos / 2) Saldo de gols / 3) Gols marcados / 4) Gols marcados como visitante / 5) Ranking CONMEBOL.
Partidas

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

Gols Jogador
8 Brasil Júnior Santos
2 Brasil Eduardo
1 Brasil Hugo
Brasil Luiz Henrique
Venezuela Savarino
Brasil Tiquinho Soares

Retrospecto[editar | editar código-fonte]

Por país[editar | editar código-fonte]

País J V E D GP GC SG %
 Argentina 4 2 0 2 4 5 –1 50%
 Bolívia 2 1 1 0 7 1 +6 67%
 Brasil 13 3 5 5 12 19 –7 36%
 Chile 10 3 3 4 17 15 +2 40%
 Colômbia 4 3 0 1 6 3 +3 75%
Equador 7 2 1 4 7 7 0 33%
 Paraguai 4 2 0 2 5 4 +1 50%
 Peru 3 3 0 0 6 2 +4 100%
Uruguai 6 5 1 0 14 6 +8 89%

Artilharia geral[editar | editar código-fonte]

Maiores públicos[editar | editar código-fonte]

Como mandante[editar | editar código-fonte]

Estes são os dez maiores públicos presentes do Botafogo na Libertadores como mandante:

Público Mandante Placar Visitante Estádio Data Ano Ref.
1 88 290 Botafogo Brasil 2–1 Brasil Palmeiras Maracanã 29 de março 1973 [8]
2 51 541 Botafogo Brasil 1–2 Chile Colo-Colo Maracanã 6 de abril 1973 [43]
3 50 638 Botafogo Brasil 4–0 Equador Deportivo Quito Maracanã 5 de fevereiro 2014 [20]
4 49 999 Botafogo Brasil 2–0 Brasil Palmeiras Maracanã 12 de março 1973 [44]
5 44 232 Botafogo Brasil 0–4 Brasil Santos Maracanã 28 de agosto 1963 [45]
6 43 293 Botafogo Brasil 0–1