Botafogo de Futebol e Regatas – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros clubes homônimos, veja Botafogo (desambiguação).
Botafogo
Botafogo de Futebol e Regatas
Nome Botafogo de Futebol e Regatas
Alcunhas Fogo / Fogão
Glorioso
Estrela Solitária
Bota
Alvinegro carioca
Alvinegro do Rio
O Mais Tradicional[1]
Torcedor(a)/Adepto(a) Botafoguense
Alvinegro
Mascote Cachorro (Biriba)[2]
Manequinho
Pato Donald
Principal rival Flamengo
Fluminense
Vasco da Gama[3][4]
Fundação Regatas:
1 de julho de 1894; há 129 anos
Futebol:
12 de agosto de 1904; há 119 anos
Estádio Nilton Santos
Capacidade 46,831 pessoas[5]
Localização Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Presidente Durcésio Mello[6]
Treinador(a) vago
Patrocinador(a) Parimatch
Material (d)esportivo Reebok
Competição Campeonato Carioca - Série A
Campeonato Brasileiro - Série A
Copa do Brasil
Copa Libertadores da América
Ranking nacional Baixa 18.º lugar, 8 376 pontos[7]
Website botafogo.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

O Botafogo de Futebol e Regatas, ou simplesmente Botafogo, é uma agremiação poliesportiva brasileira, com sede no bairro homônimo ao clube, na cidade do Rio de Janeiro. Nascido da fusão do Club de Regatas Botafogo (fundado para o remo em 1894) com o Botafogo Football Club (formado para o futebol em 1904), é um dos principais clubes do Brasil.[8] Suas maiores glórias esportivas vêm principalmente do futebol, especialmente entre as décadas de 1950 e de 1960, considerada sua era de ouro.

Entre os clubes brasileiros em atividade, o Botafogo é o clube poliesportivo mais antigo e o 7º a praticar ininterruptamente futebol.[9] Em 2006, com a conquista do Campeonato Carioca de Futebol, tornou-se o único clube brasileiro campeão em três séculos.[10] O Club de Regatas Botafogo foi o primeiro clube carioca campeão brasileiro de Remo.[11]

Conhecido pela estrela de cinco pontas em seu distintivo, que lhe dá a alcunha de clube da Estrela Solitária, o Botafogo tem como suas cores oficiais o preto e o branco. Desde 2007, manda seus jogos de futebol no Estádio Nilton Santos, antes chamado de Engenhão. Um dos clubes mais populares do Brasil,[12][13] tem como seus principais rivais o Flamengo, o Fluminense e o Vasco da Gama.[14][15][16]

Foi indicado pela FIFA ao seleto grupo dos maiores clubes do século XX.[17][18][19] Dentre seus principais títulos no futebol estão: 21 Campeonatos Cariocas (único tetracampeão sem edição com título dividido: 1932 a 1935),[20] quatro Torneios Rio-São Paulo (carioca com mais títulos), dois Campeonatos Brasileiros (primeiro carioca campeão brasileiro,[21] em 1968) e uma Copa CONMEBOL (ao vencer a precursora da atual Copa Sul-Americana, tornou-se o primeiro carioca campeão continental dentro do Maracanã, em 1993).[22][23][24][25][26]

Além disso, o clube detém alguns dos principais recordes do futebol brasileiro, como o de maior número de partidas de invencibilidade: 52 jogos entre os anos de 1977 e 1978;[27][28] o recorde de partidas invictas em jogos do Campeonato Brasileiro: 42, também entre 1977 e 1978;[29][30] É um dos maiores recordistas numa mesma edição de Campeonato Brasileiro: 24 jogos invictos em 1978 [31]. O maior número de participações de jogadores em partidas totais da Seleção Brasileira (considerando jogos oficiais e não oficiais): 1103 participações;[carece de fontes?] e o maior número de jogadores cedidos à Seleção Brasileira para Copas do Mundo.[32] O clube ainda é o responsável pela maior vitória já registrada no futebol brasileiro: 24–0 sobre o Sport Club Mangueira no Campeonato Carioca de 1909.[33]

História

Vista aérea do bairro de Botafogo.
Ver artigo principal: História do Botafogo de Futebol e Regatas para dados mais detalhados

Em 1891, contando em sua gênese com a participação de membros egressos do Clube Guanabarense, criado em 1874, o Grupo de Regatas Botafogo foi fundado pelo remador Luiz Caldas, conhecido como Almirante. Após a prisão de Caldas, por consequências do episódio conhecido como Revolta da Armada, e sua posterior morte, os sócios remanescentes do grupo se reuniram para regulamentar a criação do clube. Com quarenta sócios, em 1 de julho de 1894, era fundado o Club de Regatas Botafogo.[34]

A sede ficava em um casarão, atualmente demolido, no sul da praia de Botafogo, encostado ao Morro do Pasmado, onde hoje termina a avenida Pasteur. A embarcação botafoguense Diva, surgida em 1899, tornou-se uma lenda nas águas da Baía de Guanabara ao vencer todas as 22 regatas que disputou, sagrando o clube como campeão carioca daquele ano.[8] O Club de Regatas Botafogo foi a primeira agremiação da cidade campeã brasileira de alguma modalidade esportiva, em outubro de 1902, após a vitória do atleta Antônio Mendes de Oliveira Castro, que anos mais tarde viria a se tornar presidente do clube.[35]

Paralelamente, no ano de 1904, surgia em um casarão situado no Largo dos Leões, no bairro do Humaitá, um novo clube de futebol, o Electro Club. A associação surgiu a partir da ideia de Flávio Ramos e Emmanuel Sodré, que estudavam juntos no colégio Alfredo Gomes.[8] A fundação oficial aconteceu em 12 de agosto e, pouco mais de um mês depois, o nome do clube foi mudado para Botafogo Football Club, por influência de Dona Chiquitota, avó materna de Flávio.[34] O primeiro amistoso ocorreu no dia 2 de outubro, contra o Football and Athletic Club, na Tijuca. Na ocasião, o Botafogo saiu derrotado por 3–0. A primeira vitória viria no segundo jogo, em maio de 1905, sobre o Petropolitano: 1–0, gol de Flávio Ramos.[8]

Após 38 anos de coexistência entre o Club de Regatas e o Football Club, as agremiações se uniram oficialmente no dia 8 de dezembro de 1942.[36][37] A união, contudo, foi motivada por conta de uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942, o clube de regatas e o de futebol se enfrentavam em uma partida de basquete, válida pelo Campeonato Carioca. O atleta Armando Albano, um dos principais jogadores do Botafogo Football Club e da Seleção Brasileira, saiu atrasado do trabalho e chegou à quadra com o jogo já em andamento, no final do primeiro tempo. Durante o intervalo, Armando se abaixou para pegar uma bola e caiu desfalecido na quadra. Prontamente o jogador foi levado ao vestiário e a partida recomeçou. Porém, após alguns minutos tentando trazê-lo de volta à vida, a notícia de sua morte interrompeu o confronto quando o placar marcava 23–21 para o clube de futebol. A decisão de parar o jogo foi tomada pelo Botafogo de Regatas, que abdicou da disputa para que Albano tivesse como homenagem uma última vitória. Envolvidos em uma profunda atmosfera de comoção, os dirigentes das duas agremiações optaram pela união dos clubes, criando assim o Botafogo de Futebol e Regatas.[38][39]

Sedes e estádios

Voluntários da Pátria

Em 1908, Campo da Rua Voluntários da Pátria foi o primeiro campo de jogo do clube, construído com uma pequena tribuna de madeira para acomodar o público. Em 1912, o proprietário do terreno resolveu vendê-lo para a Prefeitura do Rio de Janeiro, que mais tarde abriu ali a Rua General Dionísio.[carece de fontes?]

General Severiano

Entrada da sede de General Severiano, em 2007.
Sede social

General Severiano é um palacete erguido em um terreno cedido pela prefeitura em 1912 para ser a sede do Botafogo. Construído como um amplo casarão em estilo eclético, pintado de cor salmão, foi inaugurado com um baile de gala para a alta sociedade do Rio de Janeiro. Novas obras da sede social na avenida Venceslau Brás foram iniciadas em 1927 e o casarão foi inaugurado definitivamente no ano seguinte.

Piscinas da sede social.

Em 1976, presidido por Charles Macedo Borer, o clube vendeu a sede para a Companhia Vale do Rio Doce. Assim, o Botafogo mudou-se para o Mourisco Mar e para Marechal Hermes, onde ficou de 1977 até 1992. Em 1994, na gestão do presidente Carlos Augusto Montenegro, o alvinegro retornou ao palacete. Parte da área original, entretanto, se perdeu devido à construção de um shopping center, atualmente chamado Rio Plaza, em parte do antigo terreno e no sub-solo do clube.

Além da parte esportiva, a sede concentra também a diretoria do clube, bem como sua parte administrativa.[40]

Estádio
Ver artigo principal: Estádio de General Severiano

O campo do antigo estádio do clube foi inaugurado na primeira partida do Campeonato Carioca de 1913, em jogo contra o rival Flamengo, vencido pelo Botafogo por 1–0. Em 1937, iniciou-se a implantação de arquibancadas de concreto no estádio, obra concluída e inaugurada em 1938. Na partida de reinauguração, vitória por 3–2, dessa vez sobre o Fluminense. Contudo, o estádio foi demolido quando o clube perdeu a posse do terreno na década de 1970 e nunca mais foi reconstruído.[41]

CT João Saldanha
Campo do Centro de Treinamento.

Em 2004, ano do centenário do futebol do clube, foi inaugurado o centro de treinamentos da equipe profissional. O Centro de Treinamento João Saldanha concentra o alojamento do time principal, espaço para treinos, vestiários, refeitório e salas de lazer, além de um campo de grama natural e outro de grama sintética. O CT ainda conta com a moderna sala de imprensa Armando Nogueira.[40]

Em 2010, em ranking feito pelo canal SporTV em parceria com o curso de Especialização em Futebol da Universidade Federal de Viçosa, o CT João Saldanha ficou entre os dez melhores centros de treinamento do país, sendo considerado o melhor do Rio de Janeiro.[42]

Complexo Sócio Esportivo Paulo Azeredo

O complexo esportivo de General Severiano possui ampla estrutura de lazer, com três piscinas (duas recreativas e uma semiolímpica), um ginásio poliesportivo, duas quadras, churrasqueira e sauna. O espaço abriga os treinamentos das equipes de vôlei e basquete, além de escolinhas de vários esportes, como natação, futsal e futebol society.[40]

Mourisco Mar

Inaugurado em 1969, o Mourisco Mar fica situado na Praia de Botafogo e é a sede de esportes aquáticos do clube. O local, onde treinam as equipes de natação e polo aquático do Glorioso, dispõe de uma piscina olímpica e arquibancada coberta para 1.200 pessoas, além de salas especializadas para as alas médica e nutricional, palestras, fisiologia e musculação.[40]

Sacopã

Sede náutica do Botafogo na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Situada na Lagoa Rodrigo de Freitas, a sede do Botafogo de remo, conhecida pelo nome de Sacopã, concentra o departamento de regatas do clube. O local é destinado para os treinamentos dos atletas profissionais e para a escolinha de remo. O espaço conta com uma garagem para cinquenta barcos, tanque em solo com capacidade para oito remadores, sala de musculação e alongamento, alojamentos e uma pequena oficina.[40]

Marechal Hermes

Em 1977, ao perder sua sede de General Severiano, o Botafogo transferiu as atividades do futebol para o bairro de Marechal Hermes, na zona norte do Rio de Janeiro. A mudança aconteceu no dia do aniversário de 73 anos de fundação do Botafogo Football Club. O estádio, chamado Mané Garrincha, só foi utilizado oficialmente pela primeira vez em 22 de outubro de 1978, com vitória de 2–1 sobre a Portuguesa-RJ, pelo Campeonato Estadual.[43]

Nos anos 1990, o Botafogo voltou à sua sede tradicional na zona sul da cidade. A partir de então, a sede de Marechal Hermes passou a abrigar as categorias de base do clube. Atualmente, o local encontra-se abandonado, com um projeto pausado para a construção de um Centro de Treinamento para as categorias de base.[44]

Caio Martins

Ver artigo principal: Estádio Caio Martins

Localizado na cidade de Niterói, no complexo esportivo Caio Martins, o estádio recebeu muitos jogos do Botafogo da década de 1980 até 2004. Inaugurado em 1941 pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi construído, originalmente, para ser utilizado pelo Canto do Rio, mas está sob concessão ao Botafogo.

No início dos anos 2000, seu nome sofreu alteração pela Câmara de Vereadores da cidade, passando a se chamar Mestre Ziza, em homenagem ao ex-jogador niteroiense Zizinho. Entretanto, alteração não foi de agrado da maioria do torcedores alvinegros, já que Zizinho fez sua carreira jogando pelo rival Flamengo. O nome original ainda continua para o complexo esportivo administrado pela SUDERJ e homenageia o escoteiro Caio Vianna Martins.[45]

Em 2003, o estádio foi reformado e sua capacidade aumentou para 15 mil espectadores. A partir de 2005, porém, as obras foram desfeitas e o Botafogo deixou de utilizar o estádio para jogos e treinos de sua equipe profissional. Atualmente, o local recebe partidas e treinos dos juniores e juvenis do clube.[40]

Estádio Nilton Santos

Ver artigo principal: Estádio Olímpico Nilton Santos
Primeiro jogo do Botafogo como gestor do estádio, em 2007.

Construído pela prefeitura para os Jogos Pan-Americanos de 2007 no bairro do Engenho de Dentro, é oficialmente denominado Estádio Nilton Santos, porém conhecido popularmente como Engenhão.[46] Foi arrendado pelo Botafogo em 2007 pelo prazo de vinte anos. O estádio possui capacidade para cerca de 45 mil espectadores e é o local onde a equipe manda suas partidas. A arena conta ainda com uma pista de atletismo dentro dos padrões internacionais e um campo de aquecimento no exterior do estádio, onde o time profissional também treina.[47]

O Botafogo participou do jogo de abertura, contra o Fluminense, no dia 30 de junho de 2007, vencendo por 2–1. No dia 19 de setembro do mesmo ano, o clube fez seu primeiro jogo como gestor do local, contra o River Plate, em confronto válido pela Copa Sul-Americana, ganhando a partida por 1–0.[48][49]

Símbolos

Estrela Solitária

A Estrela Solitária.

A Estrela Solitária, presente no escudo, na bandeira e na flâmula do clube, era o símbolo máximo do Club de Regatas Botafogo. Originalmente, possuía um formato diferente: tinha em cada ponta uma tonalidade, dividindo-as em preto e branco, dando efeito de sombra. Contudo, foi substituída nos primeiros anos pelo famoso modelo da estrela de cinco pontas branca em um fundo preto.

A Estrela Solitária representa a Estrela D'Alva e foi adotada porque os remadores do clube, que cedo madrugavam na Enseada de Botafogo, frequentemente viam o planeta Vênus brilhando no céu. Com a fusão dos dois clubes, a estrela apontada para o Zênite também foi adotada como símbolo do futebol. O Botafogo de Futebol e Regatas recebeu como um dos apelidos "clube da Estrela Solitária".[50]

Escudo do Botafogo na sede do clube.

Escudo

O Club de Regatas Botafogo não possuía um escudo oficial. Havia, porém, um escudo usado popularmente que continha a Estrela Solitária, remos e o monograma do clube, com as iniciais CRB. No uniforme, o clube usava apenas um monograma com a estrela no topo. Em 1919, a estrela se sobrepôs às iniciais, que passaram para dentro dela.

Já o escudo do Botafogo Football Club foi desenhado a nanquim por um de seus fundadores, Basílio Viana Júnior. Era um escudo branco no estilo suíço, com o contorno em preto. Ao centro, as iniciais do clube BFC, entrelaçadas em preto.

Em 1942, com o surgimento do Botafogo de Futebol e Regatas, manteve-se o formato do escudo do Botafogo Football Club, com a Estrela Solitária branca, do Club de Regatas Botafogo, no lugar das letras, em um fundo preto. Além disso, o escudo recebeu dois contornos: o de dentro branco e o de fora negro.[51]

Em 2008, a revista japonesa T Sports Magazine elegeu os 100 escudos de futebol mais bonitos do mundo e o símbolo do Botafogo foi escolhido como o primeiro colocado.[52] No ano seguinte, foi novamente considerado o escudo mais bonito do mundo, dessa vez pelo site Esporte Info, atual Esporte Final. O time de jurados consistiu de jornalistas, uma designer gráfica e um historiador brasileiros.[53][54] Em 2013, o site norte-americano Bleacher Report também incluiu o escudo alvinegro entre os 20 mais bonitos do mundo.[55]

Estrelas
As estrelas acima do escudo.

Entre 1981 e 2003, acima do escudo oficial do Botafogo havia quatro estrelas menores, que representavam o tetracampeonato carioca conquistado entre os anos de 1932 e 1935. Atualmente, porém, o clube não utiliza mais essas estrelas complementares, fazendo jus ao apelido de Estrela Solitária.[8][56]

Bandeira

Bandeira do Botafogo.

A bandeira do Botafogo de Futebol e Regatas surgiu após a fusão do Botafogo Football Club com o Club de Regatas Botafogo. O clube de futebol possuía uma bandeira com faixas horizontais pretas e brancas, com o escudo do clube ao centro. Foi bordada pela primeira vez pelas irmãs do ex-presidente Edwin Elkin Hime Júnior: Ruth, Hilda, May, Leah e Miriam.[57] Já a bandeira do clube de regatas era branca, com um quadrilátero preto no canto superior esquerdo e a tradicional Estrela Solitária em branco. Com a fusão, em 1942, permaneceram as faixas horizontais e o quadrilátero preto, com a Estrela Solitária branca no canto superior esquerdo.

O formato oficial da bandeira é de 1,28 metro de largura e 90 centímetros de altura. As listras horizontais têm 10 centímetros de largura cada. São cinco listras pretas e quatro brancas. O retângulo preto, que contém a Estrela Solitária, mede 56 x 40 cm.

Camisa 7

Camisa 7 alvinegra.

A camisa 7 é considerada a mais importante da história do Botafogo. Diversos jogadores do clube se destacaram tanto pelo alvinegro quanto pela Seleção Brasileira vestindo o número místico nas costas. A história de sucesso começou com o atacante Paraguaio, em 1948. O jogador foi um dos grandes responsáveis pelo título carioca daquele ano, conquistado após uma vitória sobre o Expresso da Vitória vascaíno.[51]

Nos anos 1960, a camisa 7 vestiu Garrincha, um dos maiores ídolos do clube e da Seleção Brasileira. Com diversos títulos conquistados pelo alvinegro, além de duas Copas do Mundo com a Seleção, o jogador consagrou de vez o número. A partir de então, a camisa sempre foi reservada ao jogador considerado de maior qualidade do time. Na década de 1970, Jairzinho, Rogério e Zequinha mantiveram a mística do 7.[58] A camisa ainda voltaria a ter destaque em 1989: após 21 anos sem vencer o Campeonato Carioca, o atacante Maurício, vestindo o número mágico, fez o gol do título por 1–0 sobre o rival Flamengo.[51]

Nos anos 1990, foi a vez de Túlio Maravilha fazer sucesso com a camisa. Em 1995, com o patrocínio da marca de refrigerante Seven Up, o atacante deixou de lado o número 9 e passou a vestir a camisa 7, graças a uma ação de marketing.[59] Como resultado, a conquista do Campeonato Brasileiro daquele ano, com Túlio sendo o artilheiro da competição.[60] Nos anos 2000, o jogador de maior relevância a usar o número 7 foi o atacante Dodô. Após vestir a camisa 10 nas passagens anteriores pelo clube, trocou de número justamente em 2007. Mesmo sem conquistar títulos naquele ano e após um polêmico caso de doping, a camisa do jogador foi a mais vendida da temporada.[61][62]

Em 2021, o Botafogo nomeou o seu novo programa de sócio-torcedor como "Camisa 7", em referência à história de ídolos do clube com o número.[63] O nome foi escolhido por meio de uma votação online entre torcedores da equipe.[64]

Hinos

Hino popular

O hino mais difundindo na mídia e no conhecimento popular, apesar de não ser o oficial, foi composto por Lamartine Babo em 1942. Os versos iniciais "Botafogo, Botafogo campeão desde 1910" estão na cabeça dos torcedores, sendo frequentemente cantado nos jogos do time.[65]

Há uma polêmica na letra. Como foi composta na década de 1940, seu registro traz "Campeão desde 1910". Contudo, o primeiro título oficial do Botafogo foi o Campeonato Carioca de 1907, que, devido a divergências entre Botafogo e Fluminense, só foi oficializado em 1996, com a divisão do título pelos dois clubes. Por conta disso, é comum ouvir torcedores cantando uma versão modificada: "Botafogo, Botafogo campeão desde 1907".[66] Neste hino, encontra-se também dois dos principais lemas do clube. São eles: "Foste herói em cada jogo" e "Não podes perder, perder pra ninguém".

Hino oficial do futebol

O hino oficial do Botafogo Football Club, com letra de Octacílio Gomes e música de Eduardo Souto, não é muito difundido entre a mídia e os torcedores.[65] Isto se deve ao fato de a canção de Lamartine Babo ter sido criada no ano da fusão dos dois clubes e possui, também, um vocabulário menos complexo do que o oficial. Além disso, os hinos oficiais dos outros clubes cariocas também são ofuscados pelas canções de Lamartine, que compôs músicas para, além do Botafogo, America, Flamengo, Fluminense, Vasco, Bangu, Olaria, São Cristóvão, Madureira, Bonsucesso e Canto do Rio.[67]

Hino oficial do remo

O hino do antigo Club de Regatas Botafogo foi escrito por Alberto Ruiz, que foi presidente do clube em 1930.[65]

Mascotes

Manequinho
Ver artigo principal: Manequinho
Estátua do Manequinho em frente à sede do clube.

Atualmente, em frente à sede de General Severiano, há uma estátua apelidada de "Manequinho", que faz parte do folclore alvinegro. Tombada em 2002 como patrimônio cultural, representa, de maneira bem-humorada, um menino urinando. É uma reprodução da estátua Manneken Pis, da Praça de Bruxelas, na Bélgica. Com um metro de altura, foi esculpida originalmente por Belmiro de Almeida, em 1908, e esteve instalada na Praça Marechal Floriano, no Rio de Janeiro, até 1927. Nessa ocasião, foi transferida, por ser considerada um desrespeito aos bons costumes, para a Praia de Botafogo, próxima ao Mourisco Mar.

A imagem passou a ser associada ao Glorioso quando, na comemoração do Campeonato Carioca de 1957, um torcedor vestiu a escultura com a camisa do Botafogo. Os alvinegros, então, passaram a considerá-la um símbolo do clube. Em todas as conquistas de títulos, o Manequinho recebe carinhosamente um uniforme do time.

Em 1990, vândalos roubaram e destruíram o monumento. Uma réplica, de autoria de Amadeu Zani, foi instalada no local para substituí-lo. No ano de 1994, a estátua foi transferida para a praça em frente à sede de General Severiano. Em 2008, após novo ato de vandalismo, o Manequinho teve a peça de seu pênis roubada. A estátua novamente foi restaurada e, no início de novembro desse mesmo ano, o Botafogo assumiu a posse e guarda oficial do monumento.[51]

Pato Donald

Lorenzo Mollas, chargista argentino que trabalhou no Rio de Janeiro nas décadas de 1940 e 50, vestiu o Pato Donald com a camisa do Botafogo nos anos 1940. Logo, a personagem de desenhos da Walt Disney foi adotada como mascote pela torcida. Mollas escolheu o Pato Donald porque ele reclama seus direitos, luta, briga e se defende, como eram os dirigentes alvinegros da época, e, ainda, sem perder a sua elegância ao deslizar pelas águas, aludindo à prática do remo. Apesar do carisma, o mascote nunca foi oficializado por causa dos direitos autorais.[68]

Cachorro "Biriba"
Biriba, mascote lançado em 2008, em homenagem ao eterno amuleto da sorte do clube.

No final dos anos 1940, o supersticioso presidente Carlito Rocha transformou o cachorro Biriba, que pertencia ao zagueiro Macaé, em mascote do clube. Em partida contra o Madureira, válida pelo Campeonato Carioca de 1948, o vira-lata invadiu o gramado no momento da comemoração de um gol alvinegro. A partir de então, Rocha passou a levar o animal em todas as partidas do clube, acreditando que trazia sorte.[69] Em certa ocasião, a diretoria do Vasco da Gama tentou barrar a entrada de Biriba em São Januário, mas Carlito Rocha colocou o cachorro debaixo do braço e desafiou os rivais, permitindo a entrada do animal. Com a presença de Biriba, em 19 jogos, o Botafogo venceu 17 partidas e empatou duas, sagrando-se campeão estadual daquele ano.[70] O simpático mascote botafoguense morreu aos 12 anos, em 1958.[71]

Com a popularidade de Biriba, a figura do cachorro foi adotada como mascote não oficial do clube. A torcida Fúria Jovem, inclusive, tem o animal como símbolo e divide seus grupos por "canis".[72] Em 2008, a tradição do cachorro como mascote alvinegro foi revivida quando o cão Perivaldo (nomeado em homenagem ao ex-jogador do clube nos anos 1970) entrou junto com o time em uma partida da Copa do Brasil. Em suas costas negras, o beagle trazia uma marca de nascença em formato de estrela na cor branca, remetendo ao símbolo máximo do clube, a Estrela Solitária.[69] mas os donos moravam em João Pessoa, o que dificultou do mascote ser adotado oficialmente pelo clube,[73], apesar das coincidências com o glorioso e da sorte trazida pelo animal, quando ele aparecia na mídia.[74][75]

Uniformes

Garrincha na vitória de 2-0 sobre o Barcelona pela Copa Iberoamericana de 1964. O clube usava meiões cinzas havia sete anos.

O Club de Regatas Botafogo dispunha, inicialmente, de dois uniformes diferentes. O primeiro, com camisetas e calções inteiramente negros, era utilizado para as competições em si. O segundo, com camisa alvinegra listrada na horizontal e calções negros, era utilizado somente nos treinamentos. Posteriormente, o clube passou a utilizar como segundo uniforme o traje inteiramente branco.

Já o Botafogo Football Club, em seus primeiros anos, usava camisas e calções brancos, com meias cor de abóbora, antes de trocar para as meias pretas.[76] Somente em 1906 a equipe adotaria a tradicional camisa listrada, encomendadas junto à Benetfink & Company, de Londres.[77] A inspiração para as cores veio da Juventus, tradicional equipe da Itália, onde um dos fundadores do Botafogo, Itamar Tavares, havia estudado.[78]

Mesmo com a fusão entre os dois clubes e a formação do Botafogo de Futebol e Regatas, cada esporte manteve seu uniforme: o remo continuou a vestir negro e o futebol usava camisa listrada com calções e meias pretos. Porém, em 1948, o Botafogo passou a utilizar calções e meias brancos, fato que durou sete anos. De 1954 a 1956, devido ao suicídio do presidente do Brasil Getúlio Vargas, o Botafogo usou novamente calção e meias negros. Em 1956, voltou a usar os dois equipamentos inferiores em branco novamente, por um curto período de tempo. Em 1957, passou a usar também meiões na cor cinza.[79]

Estatuto

A camisa do Botafogo deve possuir nove listras verticais de igual tamanho, conforme o estatuto do clube.[80][81] Normalmente, a listra central é da cor preta, porém, em algumas oportunidades, foram utilizadas na cor branca.[82] Detalhes nas mangas e na altura do ombro também são aceitos para facilitar a diversidade ano a ano. De acordo com o estatuto, o uniforme deve ser nas cores alvinegras. Portanto, suas camisas reservas são predominantemente brancas ou pretas, tal qual são as cores dos calções e das meias. O uniforme de goleiro não precisa seguir o regulamento do clube.[81]

Títulos

HONRARIAS
Honraria Títulos Temporadas
Campeão de Terra, Mar e Ar (COI)[83][84][85] 1 1962
Tríplice Coroa 1 1968
12º Maior Clube do Século XX da FIFA 1 1901–2000
4º Maior Clube da América do Sul pelo Século XX da FIFA[86] 1 1901-2000
3º Maior Clube do Brasil pelo Século XX da FIFA[87] 1 1901-2000
10° Melhor Clube Brasileiro do Século XX[88] 1 1901–2000
Clube Clássico FIFA[89] 1 2008
CONTINENTAIS
Competição Títulos Temporadas
Copa CONMEBOL 1 1993
NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Brasileiro 2 1968 e 1995
Campeonato Brasileiro - Série B 2 2015 e 2021
INTERESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Torneio Rio-São Paulo 4 1962, 1964, 1966 e 1998
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Carioca 21 1907, 1910, 1912 (AFRJ), 1930, 1932, 1933 (AMEA), 1934 (AMEA), 1935 (FMD), 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968, 1989, 1990, 1997, 2006, 2010, 2013 e 2018
Torneio Início 8 1934, 1938, 1947, 1961, 1962, 1963, 1967 e 1977
Torneio Municipal(1) 1 1951
Torneio Extra[90](1) 1 1958
Taça Guanabara 2 1967, 1968
MUNICIPAIS
Competição Títulos Temporadas
Torneio da Capital 1 1995
Taça Cidade Maravilhosa 1 1996
TOTAL
Conquistas Títulos Categorias
Títulos Oficiais 44 1 Continental, 4 Nacionais, 4 Interestaduais, 33 Estaduais e 2 Municipais
Taça do Brasileiro de 1968.

(1) O Rio de Janeiro, na época, possuía status de Distrito Federal, equivalente ao de estado.

Outras conquistas internacionais

Legenda:
Campeão invicto
Campeão (vencendo os dois turnos)
Campeão direto (vencendo os dois turnos)
Torneio independente do Campeonato Carioca

Estatísticas

Participações

Participações em 2024
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Rio de Janeiro Campeonato Carioca 120 Campeão (21 vezes) 1906 2024
Brasil Campeonato Brasileiro 59 Campeão (1968 e 1995) 1962 2024 3
Série B 3 Campeão (2015 e 2021) 2003 2021 3
Copa do Brasil 31 Vice-campeão (1999) 1990 2024
Copa Libertadores da América 6 Semifinal (1963 e 1973) 1963 2024
Copa Sul-Americana 9 Quartas de final (2008, 2009 e 2023) 2006 2023
Recopa Sul-Americana 1 Vice-campeão (1994) 1994

Campanhas de destaque

Botafogo de Futebol e Regatas
Torneio Campeão Vice-campeão Terceiro colocado Quarto colocado
Recopa Sul-Americana 0 (não possui) 1 (1994)
Copa Libertadores da América 0 (não possui) 0 (não possui) 1 (1963) 0 (não possui)
Copa CONMEBOL 1 (1993) 0 (não possui) 0 (não possui) 0 (não possui)
Copa Master da Conmebol 0 (não possui) 0 (não possui) 0 (não possui) 1 (1996)
Brasil Campeonato Brasileiro 2 (1968, 1995) 3 (1962, 1972, 1992) 2 (1963, 1971) 4 (1969, 1981, 1989, 2013)
Brasil Copa do Brasil 0 (não possui) 1 (1999) 1 (2007) 2 (2008, 2017)
Brasil Campeonato Brasileiro – Série B 2 (2015, 2021) 1 (2003) 0 (não possui) 0 (não possui)
Rio de Janeiro São Paulo Torneio Rio-São Paulo 4 (1962, 1964, 1966, 1998) 4 (1960, 1961, 1965, 2001) 1 (1955) 4 (1953, 1963, 1999, 2000)
Rio de Janeiro Campeonato Carioca 21 vezes 21 vezes 21 vezes 26 vezes

Partidas históricas

Jogadores

Elenco atual

Última atualização: 22 de março de 2024.

Elenco atual do Botafogo de Futebol e Regatas[183][184]
N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome N.º Pos. Nome
1 G Paraguai Gatito Fernández 15 Z Angola Bastos 33 M Brasil Eduardo
2 LD Brasil Rafael 16 LE Brasil Hugo 38 Z Brasil Jefferson Maciel
3 Z Brasil Lucas Halter 17 V Brasil Marlon Freitas 39 A Brasil Janderson
4 LD Uruguai Mateo Ponte 18 A Brasil Emerson Urso 47 A Brasil Jeffinho
5 V Brasil Danilo Barbosa 20 Z Argentina Alexander Barboza 52 G Brasil Igo Gabriel
6 V Brasil Tchê Tchê 21 LE Brasil Marçal 57 V Brasil JP
7 M Paraguai Óscar Romero 22 LD Uruguai Damián Suárez 67 A Brasil Yarlen
8 V Brasil Patrick de Paula 23 Z Brasil Pablo 75 M Brasil Raí
9 A Brasil Tiquinho Soares 25 V Brasil Kauê 77 M Uruguai Diego Hernández
10 A Venezuela Jefferson Savarino 26 V Brasil Gregore 90 A Brasil Matheus Nascimento
11 A Brasil Júnior Santos 28 V Brasil Newton 97 G Brasil Raul
12 G Brasil John 30 G Brasil Lucas Barreto 99 A Brasil Luiz Henrique
14 V Brasil Breno 32 M Nicarágua Jacob Montes Z Equador Luis Segovia


Futebolistas históricos

Time do Século

Ao completar o centenário de seu futebol, em 2004, o Botafogo divulgou a lista com 13 jogadores do time do século com Zagallo como treinador.[185]

Goleiro

Defensores

Meias

Atacantes

Treinador


Muro dos Ídolos

Em 2008, a barra brava Loucos pelo Botafogo pintou um muro localizado em frente à calçada da sede de General Severiano com homenagens a diversos jogadores históricos considerados ídolos do clube.[186] O muro foi restaurado e repaginado em 2015,[187] e conta atualmente com homenagens aos seguintes jogadores:[188]

Jogadores que, no Mundo, só jogaram pelo Botafogo de Futebol e Regatas

Jogadores que, no Brasil, só jogaram pelo Botafogo de Futebol e Regatas

Jogadores que, no Estado do Rio de Janeiro, só jogaram pelo Botafogo de Futebol e Regatas

Goleiros
Brasil Adalberto
Brasil Jefferson
Brasil Manga
Brasil Wágner
Brasil William Bacana
Defensores
Brasil Carlos Alberto Torres
Brasil Gonçalves
Brasil Marinho Chagas
Brasil Mauro Galvão
Brasil Nilton Santos
Brasil Sandro
Brasil Sebastião Leônidas
Brasil Wilson Gottardo
Meias
Brasil Afonsinho
Brasil Alemão
Brasil Carlos Roberto
Brasil Didi
Brasil Gérson
Brasil Mendonça
Brasil Nei Conceição
Brasil Paulinho Criciúma
Brasil Paulo César Caju
Suriname Países Baixos Seedorf
Brasil Sérgio Manoel
Brasil Túlio Guerreiro
Atacantes
Brasil Amarildo
Brasil Carvalho Leite
Brasil Donizete
Brasil Flávio Ramos
Brasil Garrincha
Brasil Heleno de Freitas
Brasil Jairzinho
Uruguai Loco Abreu
Brasil Maurício
Brasil Mimi Sodré
Brasil Nílson Dias
Brasil Quarentinha
Brasil Roberto Miranda
Brasil Sinval
Brasil Túlio Maravilha
Brasil Zagallo

Jogadores campeões pela Seleção

Garrincha durante a Copa do Mundo de 1962.

Ao todo, o Botafogo cedeu 48 jogadores para a Copa do Mundo: 47 para a Seleção Brasileira e um para a Seleção UruguaiaLoco Abreu, em 2010.[32][189] Já na edição de 2014, o uruguaio Lodeiro participou oficialmente como atleta do clube, mas não é contabilizado, pois já estava com sua transferência acertada para o Corinthians antes mesmo do início do torneio.[190] Dentre eles, oito foram campeões da Copa do Mundo como atletas do Botafogo, somando 12 títulos no total: Didi, Garrincha e Nilton Santos venceram o Mundial duas vezes, em 1958 e 1962; Amarildo e Zagallo também foram campeões em 1962; enquanto Jairzinho, Paulo César Caju, Roberto Miranda e Rogério conquistaram o torneio em 1970.[191] Em 1962, o Botafogo teve também o artilheiro da competição: Garrincha, com quatro gols, ao lado de Flórián Albert, Valentin Ivanov, Dražan Jerković, Leonel Sánchez e Vavá.[192] Jairzinho, por sua vez, nunca foi artilheiro do Mundial, mas é o único ao lado do uruguaio Ghiggia, que marcou gols em todos os jogos de uma edição de Copa do Mundo, respectivamente em 1970 e 1950.[193][194] Didi em 1958, Garrincha em 1962 e Jairzinho em 1970 foram eleitos os melhores jogadores das competições.

Além deles, outros jogadores também foram campeões por suas seleções durante a passagem pelo alvinegro. O Botafogo teve 8 atletas campeões, somando 9 títulos da Copa América: pela Seleção Brasileira, os campeões foram Palamone, em 1919 e 1922; Luís Menezes, em 1919; Nilton Santos, Octávio Moraes e Osvaldo, em 1949; Josimar e Mauro Galvão, em 1989;[carece de fontes?] e Gonçalves em 1997.[195] Em 2011, Loco Abreu foi campeão pela Seleção Uruguaia.[196][197] O Botafogo também teve dois jogadores que conquistaram o título da Copa das Confederações enquanto defendiam o clube: o zagueiro Gonçalves, em 1997,[195] e o goleiro Jefferson, em 2013.[198] Por fim, o zagueiro canadense Tony foi campeão da Copa Ouro da CONCACAF de 2000 pela Seleção do Canadá. O Botafogo ainda possui diversos jogadores campeões pela Seleção em torneios como o Superclássico das Américas e a Copa Rio Branco, além de outras competições amistosas.

Jogadores estrangeiros

A lista só considera jogadores que foram relacionados em partidas do time A do profissional e que entraram em campo, por terem seus nomes em súmulas. Jogadores que fizeram testes, base, Botafogo B ou que apenas treinaram no time A do profissional, não são considerados, porque muitos não tinham vínculo empregatício, principalmente no período pré-profissionalização do futebol brasileiro. Jogadores brasileiros sem atuação por uma seleção estrangeira, antes ou durante a sua passagem pelo Botafogo, não são listados como estrangeiros, independente da ascendência ou dupla nacionalidade, porque nasceram no Brasil. As regras foram aplicadas em todas as décadas.

Grandes treinadores

Nicolas Ladanyi foi duas vezes campeão carioca com o Botafogo.

O Botafogo já contou com uma enorme quantidade de técnicos em seu comando. O cargo foi exercido primeiramente por Octávio Werneck, em 1906, como chefe da comissão técnica. Até 1923, o clube não possuía um treinador que comandasse a equipe sozinho, mas sim uma comissão encabeçada por indivíduos pré-determinados. O primeiro técnico a dirigir o time individualmente foi o uruguaio Juan Carlos Bertone.

Jornalista e torcedor, João Saldanha foi chamado para o cargo em 1957.

Na década de 1930, o húngaro Nicolas Ladanyi foi o treinador botafoguense nas conquistas estaduais de 1930 e [[Campeonato Carioca de Futebol de 1932|1932]. O técnico Armindo Nobs ganhou os Campeonatos Carioca de 1933 e 1934, ano em que deixou o cargo. Quem assumiu seu lugar foi Carlito Rocha, que já havia sido líder de comissão técnica em 1917, ao lado de Oldemar Murtinho, e treinado a equipe em outras quatro ocasiões na década de 1920. Em 1935, dirigiu o time na conquista do quarto título seguido de campeão carioca, e também de 1936 a 1939. Carlito, que já havia sido jogador, ainda se tornaria presidente do Botafogo na década de 1940.[221]

Outro técnico que entrou para a história como um dos principais do Botafogo foi o jornalista João Saldanha, que foi o treinador campeão do Campeonato Carioca de 1957.[222] Na década de 1960, Marinho Rodrigues se destacou ao ser campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1962, além de garantir o bicampeonato carioca em 1961 e 1962. No mesmo período, Zagallo entrou para a história conquistando o Campeonato Brasileiro de 1968, o bicampeonato carioca de 1967 e 1968, e o tricampeonato do Troféu Triangular de Caracas, em 1967, 1968 e 1970, além de ter vencido a Copa do Mundo de 1970, enquanto ocupava o cargo de técnico do clube. Os treinadores não eram exclusivos da seleção nesse período.[136][140] Na década de 1970, o cargo também foi ocupado por uma série de ex-jogadores, assim como Zagallo. Paraguaio, técnico do Campeonato Brasileiro de 1971, quando o Botafogo foi o terceiro colocado,[carece de fontes?] e Sebastião Leônidas, treinador vice-campeão brasileiro de 1972[223] foram os nomes de maior destaque, mas a lista também conta com ex-jogadores como Carvalho Leite, Geninho, Martim Silveira, Sylvio Pirillo, Paulistinha, Joel Martins, Carlos Roberto, entre outros.

Paulo Autuori era o técnico do clube no Campeonato Brasileiro de 1995.

Em 1989, quando o Botafogo pôs fim a uma sequência de 21 anos sem vencer o Campeonato Carioca, Valdir Espinosa era o treinador.[224] Em outras conquistas importantes nos anos 1990, aponta-se Paulo Autuori, o técnico campeão brasileiro de 1995, e Carlos Alberto Torres, campeão da Copa CONMEBOL de 1993.[148][152] Torres também treinou a equipe alvinegra em situações ruins em três oportunidades, quando o time precisava escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, entre 1997 e 2002. Nesta última, não conseguiu evitar o descenso do time nos jogos finais.[162] Na