Willibald Pirckheimer – Wikipédia, a enciclopédia livre

Willibald Pirckheimer
Willibald Pirckheimer
Nascimento 5 de dezembro de 1470
Eichstätt
Morte 22 de dezembro de 1530 (60 anos)
Nuremberga
Sepultamento Johannisfriedhof
Cidadania Sacro Império Romano-Germânico
Progenitores
  • Johannes Pirckheimer
Cônjuge Crescentia Rieter
Filho(a)(s) Caritas Pirckheimer die Jüngere, Katharina Pirkheimer, Felicitas Imhof, Barbara Straub, Crescentia Pirckheimer
Irmão(ã)(s) Euphemia Pirkheimer, Sabina Pirkheimer, Clara Pirkheimer, Caritas Pirckheimer, Katharina Pirkheimer, Walburga Pirckheimer, Juliana Geuder
Alma mater
Ocupação político, escritor, jurista
Movimento estético Renascimento na Alemanha

Willibald Pirckheimer (Eichstätt, 5 de dezembro de 1470 - Nuremberga, 22 de dezembro de 1530) foi um advogado renascentista, escritor e humanista renascentista, e uma personalidade rica e influente da Nuremberga do século XVI, membro do Conselho governante da cidade por dois períodos. Foi o amigo mais chegado do artista Albrecht Dürer,[1] que dele executou alguns retratos, bem como do grande humanista e teólogo Erasmo de Roterdão.

Nascido em Eichstätt, Baviera, filho do advogado Johannes Pirckheimer, formou-se em Itália, tendo estudado direito em Pádua e Pavia durante seteanos. Da sua esposa, de nome Cresencia, teve uma filha de nome Felicitas. A sua irmã mais velha, Caritas (1467-1532) foi Abadessa do Convento franciscano de Santa Clara em Nuremberga (que era também uma escola para raparigas destinada à classe superior da cidade) e foi também uma dotada escolástica; A série de xilogravuras dedicada à Vida da Virgem de Dürer foi-lhe dedicada.[2] Pirckheimer conheceu Dürer, provavelmente, em 1495.

Pertencia a um grupo de humanistas de Nuremberga que incluía nomes como os de Conrad Celtis, Sebald Schreyer, e Hartmann Schedel (autor da Crónica de Nuremberga). Era também consultado amiúde pelo Imperador Maximiliano I em questões de índole literária. Traduziu muitos textos clássicos para o alemão (bem como textos gregos para o latim), e defendia a tradução "pelo sentido" em detrimento do aspeto literário dos textos, questão então muito em voga. Entre outros trabalhos, editou e publicou uma edição da Geographia de Ptolomeu, em 1525.

Em 1499 Pirckheimer foi escolhido pelo Conselho da Cidade para comandar o seu contingente de tropas no exército imperial durante a Guerra dos Suabos contra os Suíços. No seu regresso, a cidade honrou-o com a oferta de uma taça de ouro da Cidade. Este acontecimento é referido na gravura Nemesis de Dürer, executada cerca de 1502.[3]

Já que Dürer não recebeu uma educação clássica, é costume presumir que muito dos conhecimentos clássicos e humanistas demonstrados nas suas obras, em especial as suas impressões, refletem as suas discussões com Pirckheimer. Um exemplo notável é Melancolia I. Pirckheimer emprestou a Dürer o dinheiro para a sua segunda viagem a Itália de 1506-1507, e dez cartas dele para Dürer, em Itália, demonstram a proximidade da sua relação. Depois da morte, em 1560 do último familiar imediato de Dürer, o neto de Pirckheimer, Willibald Imhoff comprou o que restava dos documentos e coleções do artista. Grande parte da própria biblioteca de Pirckheimer, famosa na época, foi vendida por outro descendente da família Imhoff a Conde de Arundel em 1636. Grande parte desta foi transferida para a Biblioteca Britânica através da coleção de Hans Sloane.

Tal como Dürer, foi sepultado no cemitério da Johannis-kirche em Nuremberga.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Corine Schleif (2010), “Albrecht Dürer between Agnes Frey and Willibald Pirckheimer,” The Essential Dürer, ed. Larry Silver and Jeffrey Chipps Smith, Philadelphia, 85-205.
  2. The German Wikipedia has a full life - link via Willibald
  3. http://www.bodkinprints.co.uk/product.php?id=20
  • Bartrum, Giulia (2002). Albrecht Dürer and his Legacy. [S.l.]: British Museum Press. ISBN 0-7141-2633-0