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Vestidos de Espaço
Informação geral
Origem São Paulo, São Paulo
País Brasil
Gênero(s)
Período em atividade 1988-1989
Gravadora(s) Warner Music
Integrantes Paula Toller
Bruno Fortunato
George Israel
Branco Mello
Arnaldo Antunes
Paulo Miklos
Sérgio Britto
Tony Bellotto
Charles Gavin
Jorge Mautner

Vestidos de Espaço foi uma superbanda formada em 1988 pelos integrantes das bandas Titãs e Kid Abelha, junto com o cantor Jorge Mautner, sob a produção musical de Liminha.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1988, Titãs, Paula Toller e Jorge Mautner se uniram para lançar um projeto que chamaram de "uma banda descartável", que traria letras banais e apelativas, sob uma produção de mau gosto.[2] A intenção, segundo os artistas, era mostrar que "música ruim faz sucesso" e que as rádios estavam em decadência ao abrir espaço para músicas sem conteúdo, colocando de lado artistas bem produzidos.

O grupo era formado pelos “farsantes” Pepino Carnale (que assina as composições do disco), Lola, Zeno e Sebastian, todos nomes fictícios para deixar um ar de mistério diante do então novo fenômeno musical. O propósito era fazer com que o público acreditasse que fosse uma banda real. Outra estratégia era salvaguardar as identidades dos músicos de estúdio e dos verdadeiros letristas.[3] Porém, em 3 de dezembro de 1988, o repórter Mario Cesar Carvalho, da Folha de S.Paulo, descobriu a verdadeira identidade dos integrantes.[4]

A banda lançou apenas duas músicas, "Pipi Popô" e "A Marcha do Demo"[5], que foram gravadas no estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, entre setembro e outubro de 88. "A Marcha do Demo” foi feita em homenagem ao compositor popular Lamartine Babo. Elas foram lançadas para o Carnaval de 1989.[3] Ambas músicas fizeram relativo sucesso, porém o público não entendeu a ironia das letras, consumindo o projeto como algo sério.[6]

A versão original de "Marcha do Demo" foi lançada em 2000 pelos Titãs na série E-Collection.[7]

Em 2020, a produtora Porta dos Fundos lançou uma nova versão de "A Marcha do Demo" com Arnaldo Antunes nos vocais para promover seu especial de natal Teocracia em Vertigem.[7] A versão ganhou um clipe, com Arnaldo cantando em estúdio e os integrantes do Porta dos Fundos cantando em isolamento social. São mostradas também imagens do making-of do especial.[8]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Singles[editar | editar código-fonte]

Ano Canção Álbum
1988 "Pipi Popô" Não adicionado à nenhum álbum
"A Marcha do Demo"

Referências

  1. Dapieve, Arthur (1995). Brock: o rock brasileiro dos anos 80. [S.l.]: Editora 34 
  2. «Solta o som». VEJA RIO. Consultado em 29 de junho de 2023 
  3. a b «1988: Folha desmascara banda fake do hit 'Pipi Popô', idealizada pelos Titãs». Acervo Folha. Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  4. «Acervo Digital - Folha de S.Paulo». Acervo Digital - Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  5. «Cliquemusic : Disco : E-COLLECTION - TITÃS». web.archive.org. 29 de setembro de 2017. Consultado em 29 de junho de 2023 
  6. «Paula Toller aos 50». Quem. 24 de agosto de 2022. Consultado em 29 de junho de 2023 
  7. a b «Arnaldo Antunes e Porta dos Fundos dividem nova versão de Marcha do Demo». Discografia. 1 de dezembro de 2020. Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  8. «Porta dos Fundos promove especial de Natal com clipe para 'Marcha do Demo', dos Titãs». Rolling Stone Brasil. Grupo Perfil. 2 de dezembro de 2020. Consultado em 31 de janeiro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]