Vargem Grande do Sul – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vargem Grande do Sul
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Vargem Grande do Sul
Bandeira
Brasão de armas de Vargem Grande do Sul
Brasão de armas
Hino
Lema Ergo, possvm
"Portanto, nosso"
Gentílico sul-vargem-grandense
Localização
Localização de Vargem Grande do Sul em São Paulo
Localização de Vargem Grande do Sul em São Paulo
Localização de Vargem Grande do Sul em São Paulo
Vargem Grande do Sul está localizado em: Brasil
Vargem Grande do Sul
Localização de Vargem Grande do Sul no Brasil
Mapa
Mapa de Vargem Grande do Sul
Coordenadas 21° 49′ 55″ S, 46° 53′ 38″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Casa Branca, Aguaí, São João da Boa Vista, São Sebastião da Grama, Itobi e Águas da Prata .[1]
Distância até a capital 235 km[2]
História
Fundação 26 de setembro de 1874 (150 anos)
Administração
Prefeito(a) Amarildo Duzi Moraes (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 266,530 km²
População total (Censo IBGE/2010[4]) 50,000 hab.
Densidade 0,2 hab./km²
Clima tropical de altitude
Altitude 721 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[5]) 0,802 muito alto
PIB (IBGE/2009[6]) R$ 435 659,000 mil
PIB per capita (IBGE/2009[6]) R$ 11 125,14
Sítio www.vgsul.sp.gov.br (Prefeitura)

Vargem Grande do Sul é um município brasileiro do Estado de São Paulo. Localiza-se na região Nordeste do estado, a uma latitude 21º49'56" sul e a uma longitude 46º53'37" oeste, estando a uma altitude de 721 metros. Sua população estimada em 2021 era de 50.000 habitantes. O acesso ao município é feito pelas rodovias SP-344 e SP-215.

A maior parte da população de Vargem Grande do Sul é composta por descendentes de imigrantes, principalmente vindos da Itália. Ainda hoje, a maior parte dos sobrenomes verificados no município são italianos. É crescente o número de afro descendentes miscigenados.

No começo do século XX, algumas dessas famílias, dentre outras, fundaram a "Societá de Mutuo Soccorso", onde os imigrantes e seus descendentes ajudavam-se mutuamente e, dentre outras coisas, ofereciam serviços médicos gratuitos e caixões funerários a associados. Os moradores de Vargem Grande do Sul ainda hoje se encontram em jantares e bailes no clube, atualmente sob o nome de "Sociedade Beneficente Brasileira", forçosamente adotado durante a Segunda Guerra Mundial a mando do governo de Getúlio Vargas, que proibiu o uso do italiano e de outras línguas, como o alemão. Mais ainda, os moradores sempre foram, em sua maioria, de classe média, a segregação social era inexpressiva e a cidade assumia um perfil pacato.

Desde final do século XX, assim como ocorre em várias outras cidades do Sul e Sudeste em que a agricultura é um dos principais eixos da economia local, e em especial naquelas em que há cultivo da cana de açúcar, Vargem Grande do Sul recebe muitos migrantes em épocas de safra, principalmente das regiões Norte e Nordeste do país. Embora alguns migrantes retornem aos seus estados de origem no período entressafras, outros acabam fixando residência na cidade, o que pode explicar o aumento na estimativa populacional local nas décadas de 1990 e 2000.

  • 1992: 31.946
  • 1995: 34.615
  • 1998: 35.355
  • 2001: 37.229
  • 2004: 39.047
  • 2007: 38.925
  • 2010: 39.266
  • 2014: 41.547

Variação linguística

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Especialmente no decorrer do século XIX, o português brasileiro sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório que cada uma recebeu. De acordo com a classificação de Antenor Nascentes, de 1922 e ainda hoje estudada, Vargem Grande do Sul enquadra-se na isoglossa referente ao "Dialeto Sulista". Segundo classificação mais específica feita por Amadeu Amaral em 1976, o município pertence a região em que é falada uma variante do "Dialeto caipira".

Verifica-se no município ainda a utilização dos seguintes fenômenos de pronúncia: ensurdecimento e queda do "r" final, que ocorre também em francês, provençal, andaluz, entre outros; "ieísmo" (e. g. "muier" em vez de "mulher", "pivor" em vez de pivô ou "trabaio" em vez de "trabalho"), que ocorre no francês e em espanhol, no galego; e redução de "nd" a "n" nos gerúndios (e. g. "andano" em vez de "andando"), observado no italiano, no catalão antigo, aragonês.

Há também regionalismos típicos da região Mogiana (Serra da Mantiqueira paulista) e do sul de Minas Gerais (e.g. "pousar" em vez de "dormir" ou "catar" em vez de "pegar") e palavras e expressões italianas ou derivadas do italiano (e.g. "fetta" ou "feta" em vez de "pedaço"), ainda que muitas tendam hoje ao desuso.

Comunicações

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A cidade era atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP)[7], que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[8], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[9] para suas operações de telefonia fixa.


Referências

  1. https://web.archive.org/web/20120801122644/http://mapas.ibge.gov.br/divisao/viewer.htm. Arquivado do original em 1 de agosto de 2012  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. «Distâncias entre a cidade de São Paulo e todas as cidades do interior paulista». Consultado em 28 de fevereiro de 2011 
  3. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  4. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2005-2009». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 14 dez. 2011 
  7. «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada) 
  8. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  9. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas

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