Trem das Onze – Wikipédia, a enciclopédia livre

"O Trem das Onze"
Trem das Onze
Canção de Adoniran Barbosa
Publicação 1964
Lançamento 1964
Gravação 1964
Gênero(s) Samba
Duração 3:05
Letra Adoniran Barbosa
Composição Adoniran Barbosa

Trem das Onze é o samba-canção mais famoso do compositor paulista Adoniran Barbosa, popularizada pelo grupo Demônios da Garoa, gravada em 1964.

No ano seguinte, a música foi premiada no carnaval de 1965 do Rio de Janeiro, gravada pelo grupo paulista Demônios da Garoa, sendo vencedora do Prêmio de Músicas Carnavalescas do IV Centenário do Rio de Janeiro.[1]

A canção foi classificada na décima quinta posição entre "as 100 maiores músicas brasileiras de todos os tempos", pela revista Rolling Stone Brasil.[1][2] No ano 2000, a Rede Globo lançou uma enquete para eleger os maiores sucessos da música popular brasileira de todos os tempos, e o samba foi classificado entre os 10 primeiros colocados.[3]

Estrutura Musical[editar | editar código-fonte]

Letra e Harmonia[editar | editar código-fonte]

O samba foi gravado originalmente em ré menor em 1964 pelo grupo Demônios da Garoa, sendo transposto para lá menor em 1974 para o LP de Adoniran.

PARTE A

[Introdução]

Gm G#º Dm

Zaaam zaaam zam zam zam zam

Dm/C E7 A7

Paiscalingundum, paiscalingundum

D7

Paiscalingundum

[Início]

Dm

Não posso ficar

Nem mais um minuto com você

Sinto muito amor

Bb7 A7 Eb7 D7

Mas não pode ser

Gm A7 Dm

Moro em Jaçanã

Bb7

Se eu perder esse trem

A7

Que sai agora às onze horas

Dm

Só amanhã de manhã.

PARTE B

D7

Além disso mulher

Gm

Tem outra coisas

Bb7

Minha mãe não dorme

A7

Enquanto eu não chegar

Gm G#º Dm Dm/C

Sou filho único

E7 A7 Dm

Tenho minha casa pra olhar

Eb7(9)

Não posso ficar... [início][4]

Análise[editar | editar código-fonte]

Locomotiva a vapor da Estrada de Ferro Cantareira (c.1949).

Em sua letra, faz referências ao extinto Tramway da Cantareira (que originou o título da canção), ou "Estrada de Ferro da Cantareira", e ao bairro do Jaçanã, situado na zona norte da cidade de São Paulo, onde o compositor trabalhava nos estúdios da Cinematográfica Maristela, atuando em seus filmes.[5] O trem operou de 1894 até 1965, quando foi a linha foi desativada. Na ramificação que saía do Mercado Municipal, no centro, o ramal foi considerado o maior em extensão, com cerca de 20,7 km de trilhos, cortando os bairros do Jaçanã, Parada Inglesa, Tucuruvi, Vila Galvão, até adentrar o município de Guarulhos.

Embora morasse no município de Santo André na época, o compositor preferiu escrever Jaçanã, pois rimava melhor com a palavra "manhã".

Em 1974, Adoniran finalmente grava seu primeiro LP e inclui "Trem das Onze" no repertório, consagrando, em definitivo, a canção com sua própria voz e seu sotaque “ítalo-paulista”.[6]

Outras gravações desta música[editar | editar código-fonte]

Trilha Sonora[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. «Demônios da Garoa - Dados artísticos» 
  2. «Sintonia Musical - As 100 maiores músicas brasileiras». Gazeta do Povo. 26 de outubro de 2009. Consultado em 15 de fevereiro de 2024 
  3. «Canto Da MPB - Trem das Onze». Canto da MPB. Consultado em 9 de março de 2024 
  4. «Letras, Trem das Onze, Adoniran Barbosa.» 
  5. «Jornal SP Norte - Jaçanã: do cinema a Adoniran, bairro comemora o 145º aniversário». Jornal SP Norte. 11 de setembro de 2015. Consultado em 25 de maio de 2023 
  6. «Trem das Onze – Adoniran Barbosa». Canto da MPB. Consultado em 15 de fevereiro de 2024 
  7. «BETH CARVALHO CANTA O SAMBA DE SÃO PAULO - Discos do Brasil». discografia.discosdobrasil.com.br. Consultado em 25 de maio de 2023 
  8. «CASA DE SAMBA - Discos do Brasil». discografia.discosdobrasil.com.br. Consultado em 25 de maio de 2023 
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