Monumenta Germaniae Historica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Monumenta Germaniae Historica.

A Monumenta Germaniae Historica (por vezes abreviada para MGH (em bibliografias e listas de fontes) é um conjunto cuidadosamente editado e publicado de fontes primárias tanto de crónicas como de arquivo, para o estudo da História da Alemanha (de uma forma geral) desde o fim do Império Romano até 1500.[1] Apesar do nome, o conjunto de volumes que compõe a obra cobre fontes importantes da história de muitos países para além da Alemanha, pois a Sociedade para a Publicação de Fontes dos Assuntos Germânicos da Idade Média incluiu documentos de muitas outras regiões sujeitas à influências das tribos ou chefes germânicos (Reino Unido, Checoslováquia, Polónia, Áustria, França, Países Baixos, Itália, Espanha, etc.).

História[editar | editar código-fonte]

A MGH foi criada em Hanôver como sociedade privada de publicações de textos pelo reformador prussiano Heinrich Friedrich Karl Freiherr vom Stein em 1819. O primeiro volume surgiu em 1826. O editor de 1826 a 1874 foi Georg Heinrich Pertz (1795–1876); em 1875 sucedeu-lhe Georg Waitz (1813-1886). Foram muitos os medievalistas da Alemanha e de outros países, que se juntaram ao projecto de procura e comparação de manuscritos, e produzir edições académicas. O lema escolhido, Sanctus amor patriae dat animum ("O sagrado amor pela Pátria faz o espírito") é explicado como juntar o nacionalismo romântico com o conhecimento académico.

Em 1875, a MGH passou a ser uma instituição mais formal com a sua sede em Berlim. Foi assumida pelo Estado 1935 mudando de designação para Reichsinstitut für ältere deutsche Geschichtskunde (Instituto do Reich para a Antiga História Germânica). Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, o instituto foi abolido, mas foi, de novo, instituído com o seu nome original com o apoio de instituições alemãs e da Academia Austríaca de Ciências.[2]

O Instituto Monumenta Germaniae Historica está situado em Munique desde 1949 e possui uma biblioteca de grande dimensão especializada em história medieval da Alemanha e Europa, incluindo história religiosa, com 130 000 monografias e cerca de 150 000 escritos dependentes[3] Mudou-se para suas instalações atuais no prédio da Biblioteca Estadual da Baviera em 1967. É um esforço significativo de conhecimento histórico, continua no século XXI. Em 2004, a MGH, com o apoio da Deutsche Forschungsgemeinschaft, colocou on-line as suas publicações em formato digital, via ligação na página da MGH.

Divisões[editar | editar código-fonte]

A obra está organizada em cinco divisões principais: Antiquitates, Diplomata, Epistolae, Leges e Scriptores, com uma pequena divisão adicional para Necrologia. Várias séries adicionais foram criadas, incluindo um conjunto mais compacto de volumes para utilização escolar (Scriptores in usum scholarum) e estudos especiais (MGH Schriften).

Notas

Referências

  1. Arthur William Holland (1910), «Germany: Bibliography of German History», Encyclopædia Britannica 11th ed. , New York, OCLC 14782424 
  2. Knowles 1960.
  3. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 26 de julho de 2017. Arquivado do original (PDF) em 21 de julho de 2011  (em alemão)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Knowles, M. D. (1960). «Presidential Address: Great Historical Enterprises III. The Monumenta Germaniae Historica». Transactions of the Royal Historical Society. 5th ser. 10: 129–150. JSTOR 3678777. doi:10.2307/3678777  Reprinted in Knowles, David (1963). Great Historical Enterprises: problems in monastic history. London: Nelson. pp. 63–97 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]