Lista do Patrimônio Mundial no Equador – Wikipédia, a enciclopédia livre

Localização dos Sítios do Patrimônio Mundial no Equador. Equador

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção aos bens culturais do mundo, através do Comité sobre a Proteção do Património Mundial Cultural e Natural, aprovado em 1972.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Mundial existente no Equador, especificamente classificada pela UNESCO e elaborada de acordo com dez principais critérios cujos pontos são julgados por especialistas na área. O Equador, que atualmente ocupa uma região de efervescência cultural e política na era pré-colombiana influenciada principalmente pela expansão do Império Inca, ratificou a convenção em 16 de junho de 1975, tornando seus locais históricos elegíveis para inclusão na lista.[2]

Ilhas Galápagos e a Cidade de Quito - respectivamente um bem natural e um bem cultural de alta relevância - foram os primeiros sítios do Equador inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, na ocasião da 1ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada em Washington, D.C., em 1978.[3] Desde a mais recente inclusão em 2014, o Equador abriga 5 sítios listados como Patrimônio Mundial, sendo 3 de interesse cultural e 2 deles de interesse natural.

Bens culturais e naturais[editar | editar código-fonte]

O Equador conta atualmente com os seguintes sítios declarados como Patrimônio Mundial pela UNESCO:

Ilhas Galápagos
Bem natural inscrito em 1978, com extensão em 2001.
Localização: Galápagos
Situados no Pacífico, a cerca de mil quilômetros do subcontinente sul-americano, estas distintas ilhas de origem vulcânica e sua reserva marinha são um museu e laboratório sobreviventes da evolução, únicos no mundo. As ilhas estão situadas na confluência de três correntes oceânicas e concentram uma grande variedade de espécies marinhas. Sua atividade sísmica e vulcânica ilustra os processos de sua formação geológica. Tais processos, somados ao extremo isolamento do arquipélago, deram origem ao desenvolvimento de uma singular fauna com espécies como a iguana terrestre, a tartaruga gigante e inúmeras espécies de tentilhões, cujo estudo inspirou Darwin a teoria da evolução por seleção natural, após sua viagem a essas ilhas em 1835. (UNESCO/BPI)[4]
Cidade de Quito
Bem cultural inscrito em 1978.
Localização: Pichincha
Fundada no século XVI nas ruínas de uma antiga cidade inca empoleirada a uma altitude de 2.850 metros, a capital do Equador tem o centro histórico mais bem preservado e menos alterado de toda a América Latina, apesar do terremoto que a abalou em 1917. Suntuosamente ornamentados no interior, os mosteiros de São Francisco e Santo Domingo, bem como a igreja e a escola da Companhia de Jesus, são um exemplo da arte da escola barroca de Quito, na qual as influências estéticas espanhola, italiana, mudejar, flamenga e indígena se fundem. (UNESCO/BPI)[5]
Parque Nacional Sangay
Bem natural inscrito em 1983.
Localização: Morona Santiago/Chimborazo/Tungurahua
Este parque de extraordinária beleza natural tem dois vulcões ativos e tem toda a gama vertical de ecossistemas, desde florestas tropicais úmidas até geleiras. Suas paisagens oferecem contrastes marcantes entre picos cobertos de neve e selvas simples. Por outro lado, seu isolamento facilita a proteção de espécies ameaçadas que a povoam, como a anta da montanha e o condor dos Andes. (UNESCO/BPI)[6]
Centro Histórico de Santa Ana de los Ríos de Cuenca
Bem cultural inscrito em 1999.
Localização: Azuay
Santa Ana de los Ríos de Cuenca está aninhada em um vale na cordilheira dos Andes, no sul do Equador. Esta cidade colonial "interior" – que hoje é a terceira maior do país – foi fundada em 1557, seguindo as rígidas regulamentações urbanas promulgadas trinta anos antes pelo imperador Carlos V. O traçado urbano da cidade continua de acordo com o plano ortogonal estabelecido há 400 anos. Cuenca é agora um centro agrícola e administrativo regional, onde a população local tem se misturado com sucessivas gerações de imigrantes. A maioria de seus edifícios data do século XVIII, mas a arquitetura urbana se modernizou com a prosperidade econômica da qual a cidade se beneficiou no século XIX, quando se tornou um grande centro de exportação de chapéus de quinino, jipijapa e outros produtos. (UNESCO/BPI)[7]
Qhapaq Ñan, Caminhos Incas
Bem cultural inscrito em 2014.
Localização: Nariño
Este bem é compartilhado com  Argentina,  Bolívia,  Chile,  Colômbia e  Peru.
Constitui uma vasta rede viária de cerca de 30.000 quilômetros construída ao longo de vários séculos pelos incas - aproveitando em parte infraestruturas pré-incaicas já existentes - visando facilitar a comunicação, o transporte e o comércio e também com finalidade defensiva. Este extraordinário sistema de estradas se estende por uma das zonas geográficas mais contrastantes do mundo, desde os picos nevados dos Andes que se erguem a mais de 6.000 metros de altitude até a Costa do Pacífico, passando por florestas tropicais úmidas, vales férteis e desertos absolutos. (UNESCO/BPI)[8]

Lista Indicativa[editar | editar código-fonte]

Em adição aos sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, os Estados-membros podem manter uma lista de sítios que pretendam nomear para a Lista de Patrimônio Mundial, sendo somente aceitas as candidaturas de locais que já constarem desta lista.[9] Desde 2016, o Equador possui 5 locais na sua Lista Indicativa.[10]

Sítio Imagem Localização Ano Dados UNESCO Descrição
Floresta petrificada de Puyango El Oro/Loja 1998 Natural: (viii)(ix)
Parque Nacional Machalilla Manabí 1998 Natural
Itinerário Cultural da Ferrovia Transandina do Equador Chimborazo/Guayas 2016 Cultural: (ii)(iv)(v)
Mayo Chinchipe - Paisagem arqueológica de Marañón Zamora 2016 Cultural: (iii)(v)
Zaruma, cidade mineira El Oro 2016 Cultural: (iv)(v)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências