Listas do Património Cultural Imaterial da Humanidade – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mapa com a distribuição das Obras-primas do Património Oral e Imaterial por estados signatários em 2014.
As propriedades transfronteiriças estão assinaladas uma vez em cada país.

As Listas do Património Cultural Imaterial da Humanidade foram estabelecidas pela UNESCO para garantir a melhor protecção dos importantes patrimónios culturais intangíveis em todo o mundo e a consciência da sua importância. Através de um compêndio dos diferentes tesouros orais e imateriais da humanidade em todo o mundo, o programa tem como objectivo chamar a atenção para a importância da salvaguarda do património intangível, que foi identificado pela UNESCO como um componente essencial e um repositório de diversidade cultural e da expressão criativa.

O programa tem actualmente duas listas. A maior, Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, junta "práticas e expressões [que] ajudam a demonstrar a diversidade desse património e aumentar a consciencialização sobre a sua importância." A mais pequena, Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade com Necessidade Urgente de Salvaguarda, é composta por elementos culturais que causa preocupação às comunidades e aos países que consideram necessárias medidas urgentes para mantê-los vivos.

Em 2013, foram inscritos quatro elementos na Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade com Necessidade Urgente de Salvaguarda, o que ajuda os Estados Membros a mobilizar a cooperação e a assistência internacional para assegurar a transmissão desse património, com a participação das comunidades em causa.

Objectivos[editar | editar código-fonte]

Este programa foi estabelecido para:[1]

  • Levar o público a reconhecer, salvaguardar e revitalizar o património imaterial;
  • Avaliar e inventariar a herança cultural intangível em todo o mundo;
  • Incentivar os Estados a estabelecer inventários nacionais e tomarem medidas legais e administrativas relevantes;
  • Encorajar os portadores do conhecimento a identificar, revitalizar e salvaguardar a sua herança.

Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade[editar | editar código-fonte]

A Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade contém elementos patrimoniais culturais intangíveis que "ajudam a demonstrar a diversidade do património [cultural] e consciencializam sobre a sua importância".[2]

Member state Elemento[A] Ano de proclamação[B] Ano de Inscrição[C] Região[D] Referência
 Albânia Iso-polifonia folclórica albanesa 2005 2008 ENA [3]
 Argélia Ahellil de Gourara 2005 2008 AST [4]
Rituais e artesanato associado à tradição de vestuário dos casamentos de Tremecém 2012 AST [5]
Peregrinação anual ao mausoléu de Sidi 'Abd el-Qader Ben Mohammed (Sidi Cheikh) 2013 AST [6]
Ritual e cerimónias de Sebeïba no oásis de Djanet, Argélia 2014 AST [7]
Sbuâ, peregrinação anual ao zawiya de Sidi El Hadj Belkacem em Gourara 2015 AST [8]
 Argélia
 Mali
 Níger
Práticas e conhecimento ligados ao Imzad das comunidades Tuareg da Argélia, Mali e Níger 2013 AFR, AST [9]
 Andorra
 Espanha
 França
Festivais de fogo do solstício de Verão]] nos Pirenéus 2015 ENA [10]
 Argentina Filete porteño em Buenos Aires, uma técnica tradicional de pintura 2015 LAC [11]
 Argentina
 Uruguai
Tango 2009 LAC [12]
 Arménia Duduk e a sua música 2005 2008 ENA [13]
Khachkar arménios. Simbolismo e artesanato de Khachkar 2010 ENA [14]
Desempenho do épico arménio de Temerários de Sassoun ou 'David de Sassoun' 2012 ENA [15]
Lavash, the preparation, meaning and appearance of traditional bread as an expression of culture in Armenia 2014 ENA [16]
Kochari, traditional group dance 2017 ENA [17]
 Austria Schemenlaufen, o carnaval de Imst 2012 ENA [18]
Classical horsemanship and the High School of the Escola Espanhola de Equitação 2015 ENA [19]
 Azerbaijan Azerbaijani Mugham 2003 2008 APA [20]
Art of Azerbaijani Ashiq 2009 APA [21]
Traditional art of Azerbaijani carpet weaving in the Republic of Azerbaijan 2010 APA [22]
Craftsmanship and performance art of the Tar, a long-necked string musical instrument 2012 APA [23]
Traditional art and symbolism of Kelaghayi, making and wearing women's silk headscarves 2014 APA [24]
Copper craftsmanship of Lahij 2015 APA [25]
Dolma making and sharing tradition, a marker of cultural identity 2017 APA [26]
 Azerbaijan
 Iran
Art of crafting and playing with Kamantcheh/Kamancha, a bowed string musical instrument 2017 APA [27]
 Afghanistan
 Azerbaijan
 India
 Iran
 Iraq
 Kazakhstan
 Kyrgyzstan
 Pakistan
 Tajikistan
 Turkey
 Turkmenistan
 Uzbekistan
Nawrouz, Novruz, Nowrouz, Nowrouz, Nawrouz, Nauryz, Nooruz, Nowruz, Navruz, Nevruz, Nowruz, Navruz 2016 APA [28]
 Bangladesh Baul songs 2005 2008 APA [29]
Traditional art of Jamdani weaving 2013 APA [30]
Mangal Shobhajatra on Pahela Baishakh 2016 APA [31]
Traditional art of Shital Pati weaving of Sylhet 2017 APA [32]
 United Arab Emirates
 Austria
 Belgium
 Czech Republic
 Germany
 France
 Hungary
 Italy
 Kazakhstan
Coreia do Sul Coreia do Sul
 Mongolia
 Morocco
 Pakistan
 Portugal
 Qatar
 Saudi Arabia
 Spain
 Syrian Arab Republic
Falcoaria, um património humano vivo 2010 AFR, APA, AST, ENA [33]
 United Arab Emirates
 Saudi Arabia
 Oman
 Qatar
Majlis, a cultural and social space 2015 2015 ARB [34]
Arabic coffee, a symbol of generosity 2015 2015 ARB [35]
 Belgium Carnival of Binche 2003 2008 ENA [36]
Procession of the Holy Blood in Bruges 2009 ENA [37]
Aalst carnival 2010 ENA [38]
Houtem Jaarmarkt, annual winter fair and livestock market at Sint-Lievens-Houtem 2010 ENA [39]
Krakelingen and Tonnekensbrand, end-of-winter bread and fire feast at Geraardsbergen 2010 ENA [40]
Leuven age set ritual repertoire 2011 ENA [41]
Marches of Entre-Sambre-et-Meuse 2012 ENA [42]
Shrimp fishing on horseback in Oostduinkerke 2013 ENA [43]
Beer culture in Belgium 2016 ENA [44]
 Belgium
 France
Processional giants and dragons in Belgium and France 2005 2008 ENA [45]
 Belize
 Guatemala
 Honduras
 Nicaragua
Language, dance and music of the Garifuna 2001 2008 LAC [46]
 Benim
 Nigeria
 Togo
Oral heritage of Guelede 2001 2008 AFR [47]
 Bhutan Mask dance of the drums from Drametse 2005 2008 APA [48]
 Bolivia Andean cosmovision of the Kallawaya 2003 2008 LAC [49]
Carnival of Oruro 2001 2008 LAC [50]
Ichapekene Piesta, the biggest festival of San Ignacio de Moxos 2012 LAC [51]
Pujllay and Ayarichi, music and dances of the Yampara culture 2014 LAC [52]
Ritual journeys in La Paz during Alasita 2017 LAC [53]
 Bosnia and Herzegovina Zmijanje embroidery 2014 ENA [54]
Konjic woodcarving 2017 ENA [55]
 Brasil Oral and graphic expressions of the Wajapi 2003 2008 LAC [56]
Samba de Roda do Recôncavo da Bahia 2005 2008 LAC [57]
Frevo, artes performáticas do Carnaval de Recife 2012 LAC [58]
Círio de Nazaré (The Taper of Our Lady of Nazareth) na cidade de Belém, Pará 2013 LAC [59]
Roda de Capoeira 2014 LAC [60]
 Bulgaria Bistritsa Babi, archaic polyphony, dances and rituals from the Shoplouk region 2005 2008 ENA [61]
Nestinarstvo, messages from the past: the Panagyr of Saints Constantine and Helena in the village of Bulgari 2009 ENA [62]
The tradition of carpet-making in Chiprovtsi 2014 ENA [63]
Surva folk feast in Pernik region 2015 ENA [64]
 Bulgaria
 Macedonia
 Moldova
 Romania
Tradições culturais associadas ao 1 de Março 2017 ENA [65]
 Burkina Faso
 Mali
 Côte d'Ivoire
Cultural practices and expressions linked to the balafon of the Senufo communities of Mali, Burkina Faso and Côte d'Ivoire 2012 AFR [66]
 Burundi Ritual dance of the royal drum 2014 AFR [67]
 Cambodia Royal ballet of Cambodia 2003 2008 APA [68]
Sbek Thom, Khmer shadow theatre 2005 2008 APA [69]
 Cambodia
 Philippines
Coreia do Sul Coreia do Sul
 Viet Nam
Tugging rituals and games 2015 APA [70]
 Central African Republic Polyphonic singing of the Aka Pygmies of Central Africa 2003 2008 AFR [71]
 Chile Baile Chino 2014 LAC [72]
 China Kun Qu opera 2001 2008 APA [73]
Guqin and its music 2003 2008 APA [74]
Uyghur Muqam of Xinjiang 2005 2008 APA [75]
Art of Chinese seal engraving 2009 APA [76]
China engraved block printing technique 2009 APA [77]
Chinese calligraphy 2009 APA [78]
Chinese paper-cut 2009 APA [79]
Chinese traditional architectural craftsmanship for timber-framed structures 2009 APA [80]
Craftsmanship of Nanjing Yunjin brocade 2009 APA [81]
Dragon Boat festival 2009 APA [82]
Farmers' dance of China’s Korean ethnic group 2009 APA [83]
Gesar epic tradition 2009 APA [84]
Grand song of the Dong ethnic group 2009 APA [85]
Hua'er 2009 APA [86]
Manas 2009 APA [87]
Mazu belief and customs 2009 APA [88]
Nanyin 2009 APA [89]
Regong arts 2009 APA [90]
Sericulture and silk craftsmanship of China 2009 APA [91]
Tibetan opera 2009 APA [92]
Traditional firing technology of Longquan celadon 2009 APA [93]
Traditional handicrafts of making Xuan paper 2009 APA [94]
Xi'an wind and percussion ensemble 2009 APA [95]
Yueju opera 2009 APA [96]
Acupuncture and moxibustion of traditional Chinese medicine 2010 APA [97]
Peking opera 2010 APA [98]
Chinese shadow puppetry 2011 APA [99]
Chinese Zhusuan, knowledge and practices of mathematical calculation through the abacus 2013 APA [100]
The Twenty-Four Solar Terms, knowledge of time and practices developed in China through observation of the sun’s annual motion 2016 APA [101]
 China
 Mongolia
Mongolian Urtiin Duu – Traditional Folk Long Song 2005 2008 APA [102]
Mongolian art of singing: Khoomei 2010 APA
 Colombia Carnival of Barranquilla 2003 2008 LAC [103]
Cultural space of Palenque de San Basilio 2005 2008 LAC [104]
Carnaval de Negros y Blancos 2009 LAC [105]
Holy Week processions in Popayán 2009 LAC [106]
Wayuu normative system, applied by the Pütchipü’üi (palabrero) 2010 LAC [107]
Traditional knowledge of the jaguar shamans of Yuruparí 2011 LAC [108]
Festival of Saint Francis of Assisi, Quibdó 2012 LAC [109]
 Colombia
 Ecuador
Marimba music, traditional chants and dances from the Colombia South Pacific region and Esmeraldas Province of Ecuador 2015 LAC [110]
 Costa Rica Oxherding and oxcart traditions in Costa Rica 2005 2008 LAC [111]
 Côte d'Ivoire Gbofe of Afounkaha, the music of the transverse trumps of the Tagbana community 2001 2008 AFR [112]
Zaouli, popular music and dance of the Guro communities in Côte d'Ivoire 2017 AFR [113]
 Croatia Annual carnival bell ringers' pageant from the Kastav area 2009 ENA [114]
Festivity of Saint Blaise, the patron of Dubrovnik 2009 ENA [115]
Lacemaking in Croatia 2009 ENA [116]
Procession Za Krizen ('following the cross') on the island of Hvar 2009 ENA [117]
Spring procession of Ljelje/Kraljice (queens) from Gorjani 2009 ENA [118]
Traditional manufacturing of children’s wooden toys in Hrvatsko Zagorje 2009 ENA [119]
Two-part singing and playing in the Istrian scale 2009 ENA [120]
Gingerbread craft from Northern Croatia 2010 ENA [121]
Sinjska alka, a knights’ tournament in Sinj 2010 ENA [122]
Bećarac singing and playing from Eastern Croatia 2011 ENA [123]
Nijemo Kolo, silent circle dance of the Dalmatian hinterland 2011 ENA [124]
Klapa multipart singing of Dalmatia, southern Croatia 2012 ENA [125]
 Cuba La Tumba Francesa 2003 2008 LAC [126]
Punto 2017 LAC [127]
 Cyprus Lefkara laces or Lefkaritika 2009 ENA [128]
Tsiattista poetic duelling 2011 ENA [129]
 Czech Republic Slovácko Verbuňk, recruit dances 2005 2008 ENA [130]
Shrovetide door-to-door processions and masks in the villages of the Hlinecko area 2010 ENA [131]
Ride of the Kings in the south-east of the Czech Republic 2011 ENA [132]
 Czech Republic
 Slovakia
Puppetry in Slovakia and Czechia 2016 ENA [133]
Coreia do Norte Arirang folk song in the Democratic People's Republic of Korea 2014 APA [134]
Tradition of kimchi-making in the Democratic People's Republic of Korea 2015 APA [135]
 Dominican Republic Cultural Space of the Brotherhood of the Holy Spirit of the Congos of Villa Mella 2001 2008 LAC [136]
Cocolo Dance Drama Tradition 2005 2008 LAC [137]
 Ecuador Traditional weaving of the Ecuadorian toquilla straw hat 2012 LAC [138]
 Ecuador
 Peru
Oral heritage and cultural manifestations of the Zápara people 2001 2008 LAC [139]
 Egypt The Al-Sirah Al-Hilaliyyah Epic 2003 2008 AST [140]
Tahteeb, stick game 2016 [141]
 Estonia Kihnu cultural space 2003 2008 ENA [142]
Seto Leelo, Seto polyphonic singing tradition 2009 ENA [143]
Smoke sauna tradition in Võromaa 2014 ENA [144]
 Estonia
 Latvia
 Lithuania
Baltic (Estonian, Latvian and Lithuanian) song and dance celebrations 2003 2008 ENA [145]
 Ethiopia Commemoration feast of the finding of the True Holy Cross of Christ 2013 AFR [146]
Fichee-Chambalaalla, New Year festival of the Sidama people 2015 AFR [147]
Gada system, an indigenous democratic socio-political system of the Oromo 2016 AFR [148]
 France Aubusson tapestry 2009 ENA [149]
Maloya 2009 ENA [150]
Scribing tradition in French timber framing 2009 ENA [151]
Compagnonnage, network for on-the-job transmission of knowledge and identities 2010 ENA [152]
Craftsmanship of Alençon needle lace-making 2010 ENA [153]
Gastronomic meal of the French 2010 ENA [154]
Equitation in the French tradition 2011 ENA [155]
Fest-Noz, festive gathering based on the collective practice of traditional dances of Brittany 2012 ENA [156]
Limousin septennial ostensions 2013 ENA [157]
Gwoka: music, song, dance and cultural practice representative of Guadeloupean identity 2014 ENA [158]
 Gambia
 Senegal
Kankurang, Manding initiatory rite 2005 2008 AFR [159]
 Georgia Georgian polyphonic singing 2001 2008 ENA [160]
Ancient Georgian traditional Qvevri wine-making method 2013 ENA [161]
Living culture of three writing systems of the Georgian alphabet 2016 ENA [162]
 Germany Idea and practice of organizing shared interests in cooperatives 2016 ENA [163]
Organ craftsmanship and music 2017 ENA [164]
 Greece Know-how of cultivating mastic on the ilha de Quio 2014 ENA [165]
Tinian marble craftsmanship 2015 ENA [166]
Momoeria, New Year's celebration in eight villages of Kozani area, West Macedonia, Greece 2016 ENA [167]
Rebetiko 2017 ENA [168]
 Greece
 Italy
 Spain
 Morocco
 Portugal
 Croatia
 Cyprus
Dieta Mediterrânica

(Em 2010, Itália, Espanha, Grécia e Marrocos foram os primeiros a serem reconhecidos, mas a 4 de Dezembro de 2013, Portugal, Chipre e Croácia foram também reconhecidos pela UNESCO.)

2013 ENA, AFR [169]
 Guatemala Rabinal Achí dance drama tradition 2005 2008 LAC [170]
 Guinea Cultural space of Sosso-Bala 2001 2008 AFR [171]
 Hungary Busó festivities at Mohács: masked end-of-winter carnival custom 2009 ENA [172]
Folk art of the Matyó, embroidery of a traditional community 2012 ENA [173]
 India Koodiyattam, Sanskrit Theatre, Kerala 2001 2008 APA [174]
Mudiyett: a ritual theatre of Kerala 2010 APA [175]
The Tradition of Vedic Chanting 2003 2008 APA [176]
Ramlila – the Traditional Performance of the Ramayana 2005 2008 APA [177]
Ramman: religious festival and ritual theatre of the Garhwal Himalayas 2009 APA [178]
Kalbelia: folk songs and dances of Rajasthan 2010 APA [179]
Chhau dance: a tradition from eastern India 2010 APA
Buddhist chanting of Ladakh: recitation of sacred Buddhist texts in the trans-Himalayan Ladakh region, Jammu and Kashmir, India 2012 APA [180]
Sankirtana, ritual singing, drumming and dancing of Manipur 2013 APA [181]
Traditional brass and copper craft of utensil making among the Thatheras of Jandiala Guru, Punjab 2014 APA [182]
Yoga 2016 APA [183]
Kumbh Mela 2017 APA [184]
 Indonesia Wayang Puppet Theatre 2003 2008 APA [185]
Keris 2005 2008 APA [186]
Indonesian Batik 2009 APA [187]
Angklung 2010 APA [188]
Noken traditional woven bag of Papua 2012 APA
Pinisi, art of boatbuilding in South Sulawesi 2017 APA [189]
 Iran Radif of Iranian music 2009 APA [190]
Habilidades tradicionais de tapeçaria em Caxã 2010 APA [191]
Traditional skills of carpet weaving in Fars 2010 APA [192]
Ritual dramatic art of Ta‘zīye 2010 APA [193]
Pahlevani and Zoorkhanei rituals 2010 APA [194]
Music of the Bakhshis of Khorasan 2010 APA [195]
Qālišuyān rituals of Mašhad-e Ardehāl em Caxã 2012 APA [196]
Chogān, a horse-riding game accompanied by music and storytelling 2017 APA [197]
 Iraq The Iraqi Maqam 2003 2008 AST [198]
 Ireland Uilleann piping 2017 ENA [199]
 Italy Opera dei Pupi, Sicilian Puppet Theatre 2001 2008 ENA [200]
Canto a tenore, Sardinian Pastoral Songs 2005 2008 ENA [201]
Traditional violin craftsmanship in Cremona 2012 ENA [202]
Celebrations of big shoulder-borne processional structures 2013 ENA [203]
Traditional agricultural practice of cultivating the "vite ad alberello" (head-trained bush vines) of the community of Pantelleria 2014 ENA [204]
Art of Neapolitan ‘Pizzaiuolo’ 2017 ENA [205]
Celebração do Perdão Celestino 2019 ENA [206]
 Jamaica The Maroon Heritage of Moore Town 2003 2008 LAC [207]
 Japan Nôgaku Theatre 2001 2008 APA [208]
Ningyo Johruri Bunraku Puppet Theatre 2003 2008 APA [209]
Kabuki Theatre 2005 2008 APA [210]
Akiu no Taue Odori 2009 APA [211]
Chakkirako 2009 APA [212]
Daimokutate 2009 APA [213]
Dainichido Bugaku 2009 APA [214]
Gagaku 2009 APA [215]
Hayachine Kagura 2009 APA [216]
Hitachi Furyumono 2009 APA [217]
Koshikijima no Toshidon 2009 APA [218]
Ojiya-chijimi, Echigo jofu: techniques of making ramie fabric in Uonuma region, Niigata Prefecture 2009 APA [219]
Oku-noto no Aenokoto 2009 APA [220]
Traditional Ainu dance 2009 APA [221]
Yamahoko, the float ceremony of the Kyoto Gion festival 2009 APA [222]
Kumiodori, traditional Okinawan musical theatre 2010 APA [223]
Yuki tsumugi, silk fabric production technique 2010 APA [224]
Mibu no Hana Taue, ritual of transplanting rice in Mibu, Hiroshima 2011 APA [225]
Sada Shin Noh, sacred dancing at Sada shrine, Shimane 2011 APA [226]
Nachi no Dengaku, a religious performing art held at the Nachi fire festival 2012 APA [227]
Washoku, traditional dietary cultures of the Japanese, notably for the celebration of New Year 2013 APA [228]
Washi, craftsmanship of traditional Japanese hand-made paper[229] 2014 APA [230]
 Jordan The Cultural Space of the Bedu in Petra and Wadi Rum 2005 2008 AST [231]
 Kazakhstan Kazakh traditional Assyk games 2017 APA [232]
 Kyrgyzstan The Art of Akyns, Kyrgyz Epic Tellers 2003 2008 APA [233]
Kok boru, traditional horse game 2017 APA [234]
 Laos Khaen music of the Lao people 2017 APA [235]
 Lebanon Zajal, recited or sung poetry 2003 2014 APA [236]
 Lithuania Cross-crafting and its Symbolism 2001 2008 ENA [237]
Sutartinės, Lithuanian multipart songs 2010 ENA [238]
 Luxembourg Hopping procession of Echternach 2010 ENA [239]
 Macedonia Feast of the Holy Forty Martyrs in Štip 2013 ENA [240]
Kopachkata, a social dance from the village of Dramche, Pijanec 2014 ENA [241]
 Macedonia
 Turkey
Spring celebration, Hıdrellez 2017 ENA [242]
 Madagascar The Woodcrafting Knowledge of the Zafimaniry 2003 2008 AFR [243]
 Malawi The Vimbuza Healing Dance 2005 2008 AFR [244]
Tchopa, dança sacrificial dos lhomués do sul do Maláui 2014 AFR [244]
Nsima, tradição culinária od Maláui 2017 AFR [245]
 Malawi
 Mozambique
 Zambia
The Gule Wamkulu 2005 2008 AFR [246]
 Malaysia Mak Yong Theatre 2005 2008 APA [247]
 Mali The Cultural Space of the Yaaral and Degal 2003 2008 AFR [248]
The Manden Charter, proclaimed in Kurukan Fuga 2009 AFR
The septennial re-roofing ceremony of the Kamablon, sacred house of Kangaba 2009 AFR
Coming forth of the masks and puppets in Markala 2014 AFR
 Mexico The Indigenous Festivity dedicated to the Dead 2003 2008 LAC [249]
Places of memory and living traditions of the Otomí-Chichimecas people of Tolimán: the Peña de Bernal, guardian of a sacred territory 2009 LAC [250]
Ritual ceremony of the Voladores: Papantla, El Tajín 2009 LAC [251]
Traditional Mexican cuisine – ancestral, ongoing community culture, the Michoacán paradigm 2010 LAC [252]

[253]

Parachicos in the traditional January feast of Chiapa de Corzo 2010 LAC [254]
Pirekua, canção tradicional dos Purépecha 2010 LAC [255]
Mariachi, string music, song and trumpet 2011 LAC [256]
Charrería, tradição equestre no México 2016 LAC [257]
 Moldova Canções de Natal da horda masculina (conjuntamente com a Roménia) 2013 ENA
 Mongolia The Traditional Music of the Morin Khuur 2003 2008 APA [258][259]
Traditional epic poem 2009
Tsuur end-blown flute 2009
The Traditional Naadam festival 2010 APA [260]
Falconry 2012 [261][262]
Traditional craftsmanship of the Mongol Ger and its associated customs 2013 [258]
Mongolian knuckle-bone shooting 2014 APA [260]
 Morocco The Cultural Space of Jemaa el-Fna Square 2001 2008 AST [263]
The Moussem of Tan-Tan 2005 2008 AST [264]
Argan, practices and know-how concerning the argan tree 2014 AST [264]
Cherry festival in Sefrou 2014 AST [265]
 Mozambique The Chopi Timbila 2005 2008 AFR [266]
 Mauritius Traditional Mauritian Sega 2014 AFR [267]
Bhojpuri folk songs in Mauritius, Geet-Gawai 2016 AFR [268]
Tambor Sega da ilha Rodrigues 2017 AFR [269]
 Namibia Oshituthi shomagongo, festival do fruto da marula 2015 AFR [270]
 Netherlands Craft of the miller operating windmills and watermills 2017 ENA [271]
 Niger Practices and expressions of joking relationships in Niger 2014 AFR [272]
 Nicaragua El Güegüense 2005 2008 LAC [272]
 Nigeria The Ifá Divination System 2005 2008 AFR [273]
Ijele masquerade 2009 AFR [274]
The Argungu international fishing and cultural festival 2016 AFR [275]
 Palestine O Hikaye da Palestina 2005 2008 AST [276]
 Panama Artisanal processes and plant fibers techniques for talcos, crinejas and pintas weaving of the pinta’o hat 2017 LAC [277]
 Peru Taquile and its Textile Art 2005 2008 LAC [278]
Huaconada, ritual dance of Mito 2010 LAC [279]
The scissors dance 2010 LAC [280]
Pilgrimage to the sanctuary of the Lord of Qoyllurit'i 2011 LAC [281]
Virgen de la Candelaria, Harákmbut sung prayers of Peru's Huachipaire people 2014 LAC [282]
Traditional system of Corongo’s water judges 2017 LAC [283]
 Philippines The Hudhud Chants of the Ifugao 2001 2008 APA [284]
The Darangen Epic of the Maranao People of Lake Lanao 2005 2008 APA [285]
 Portugal Fado, música popular de Portugal, género performativo com poesia amplamente praticado no país e nas comunidades emigrantes 2011 ENA [286]
Cante Alentejano, cantoria polifónica do Alentejo, no sul de Portugal 2014 ENA [287]
Artesanato de Estremoz 2017 ENA [288]
Coreia do Sul Coreia do Sul Royal Ancestral Ritual in the Jongmyo Shrine and its Music 2001 2008 APA [289]
Canto épico Pansori 2003 2008 APA [290]
Gangneung Danoje Festival 2005 2008 APA [291]
Cheoyongmu 2009 APA [292]
Ganggangsullae 2009 APA [293]
Jeju Chilmeoridang Yeongdeunggut 2009 APA [294]
Namsadang Nori 2009 APA [295]
Yeongsanjae 2009 APA [296]
Daemokjang, traditional wooden architecture 2010 APA [297]
Gagok, lyric song cycles accompanied by an orchestra 2010 APA [298]
Jultagi, tightrope walking 2011 APA [299]
Taekkyeon, a traditional Korean martial art 2011 APA [300]
Weaving of Mosi (fine ramie) in the Hansan region 2011 APA [301]
Arirang, lyrical folk song in the Republic of Korea 2012 APA [302]
Kimjang, making and sharing Kimchi in the Republic of Korea 2013 APA [303]
Nongak, community band music, dance and rituals in the Republic of Korea 2014 APA [304]
Culture of Jeju Haenyeo (women divers) 2014 2016 APA [305]
 Romania Tradição do Căluș 2005 2008 ENA [306]
Música tradicional Doina 2009 ENA
Cerâmica de Horezu 2012 ENA
Canções de Natal na horda masculina (conjuntamente com a Moldávia) 2013 ENA
Danças de rapazes 2015 ENA [307][308]
 Russia The Cultural Space and Oral Culture of the Semeiskie 2001 2008 ENA [309]
The Olonkho, Yakut Heroic Epos 2005 2008 ENA [310]
 Saudi Arabia Alardah Alnajdiyah, dance, drumming and poetry in Saudi Arabia 2015 2015 ARB [311]
Almezmar, drumming and dancing with sticks 2016 2016 ARB [312]
Al-Qatt Al-Asiri, female traditional interior wall decoration in Asir, Saudi Arabia 2017 ARB [313]
 Senegal Xooy, a divination ceremony among the Serer of Senegal 2008 [314]
 Serbia Slava, celebration of family saint patron’s day 2014 ENA [315]
Kolo, traditional folk dance 2017 ENA [316]
 Slovakia Fujara and its music 2005 2008 ENA [317]
Music of Terchová 2013 ENA [318]
Bagpipe culture 2015 ENA [319]
Multipart singing of Horehronie 2017 ENA [320]
 Slovenia Škofja Loka passion play 2016 ENA [321]
Door-to-door rounds of Kurenti 2017 ENA [322]
 Spain The Mystery Play of Elche 2001 2008 ENA [323]
The Patum of Berga 2005 2008 ENA [324]
Irrigators' tribunals of the Spanish Mediterranean coast: the Council of Wise Men of the plain of Murcia and the Water Tribunal of the plain of Valencia 2009 ENA
Whistled language of the island of La Gomera 2009 ENA
Human towers [castells] 2010 ENA
Flamenco 2010 ENA
The chant of the Sybil on Majorca 2010 ENA
Festivity of 'la Mare de Déu de la Salut' of Algemesí 2011 ENA [325]
Falles of Valencia, festivity that mixes fireworks, regional music and art and burns giant monuments all around the city the night of Saint Joseph. 2016 2016 ENA
  Switzerland Winegrowers’ Festival in Vevey 2016 ENA [326]
Basel Carnival 2017 ENA [327]
 Tonga The Lakalaka, Dances and Sung Speeches of Tonga 2003 2008 APA [328]
 Turkey The Arts of the Meddah, Public Storytellers 2003 2008 ENA [329]
The Mevlevi Sema Ceremony 2005 2008 ENA [330]
Karagöz and Hacivat 2009 ENA [331]
Âşıklık tradition 2009 ENA [332]
Traditional Sohbet meetings 2010 ENA [333]
Kırkpınar oil wrestling festival 2010 ENA [334]
Semah, Alevi-Bektaşi ritual 2010 ENA [335]
Ceremonial Keşkek tradition 2011 ENA [336]
Mesir Macunu festival 2012 ENA [337]
Turkish coffee culture and tradition 2013 ENA [338]
Ebru, Turkish art of marbling 2014 ENA [339]
Flatbread making and sharing culture: Lavash, Katyrma, Jupka, Yufka 2016 ENA [340]
Traditional craftsmanship of Çini-making 2016 ENA [341]
 Turkmenistan Epic art of Gorogly 2015 APA [342]
Kushtdepdi rite of singing and dancing 2017 APA [343]
 Uganda Barkcloth Making in Uganda 2005 2008 AFR [344]
 Ukraine Petrykivka decorative painting as a phenomenon of the Ukrainian ornamental folk art 2013 ENA [345]
Cossack’s songs of Dnipropetrovsk Region 2016 ENA [346]
 Uruguay The Candombe and its socio-cultural space: a community practice 2009 LAC [347]
 Uzbekistan The Cultural Space of the Boysun District 2001 2008 APA [348]
Shashmaqom Music 2003 2008 APA [349]
Katta Ashula 2009 APA
 Vanuatu Vanuatu Sand Drawings 2003 2008 APA [350]
 Venezuela Diabos Dançantes da Venezuela 2012 2012 LAC [351]
Parranda de San Pedro de Guarenas e Guatire 2013 2013 LAC [352]
Conhecimentos e técnicas tradicionais relacionados ao cultivo e processamento da Curagua 2015 2015 LAC [353]
O Carnaval de El Callao: representação festiva de uma memória e identidade cultural 2016 2016 LAC [354]
Ciclo festivo em torno da veneração e adoração de São João Baptista 2021 2021 LAC [355]
 Vietnam Space of gong culture 2005 2008 APA [356]
Nha Nhac, Vietnamese court music 2003 2008 APA [357]
Quan Họ Bắc Ninh folk songs 2009 APA [358]
Gióng Festival of Phù Đổng and Sóc Temples 2010 APA [359]
Worship of Hùng Kings in Phú Thọ 2012 APA [360]
Art of Đờn ca tài tử music and song in southern Việt Nam 2013 APA [361]
Ví and Giặm folk songs of Nghệ Tĩnh 2014 APA [362]
Practices related to the Viet beliefs in the Mother Goddesses of Three Realms 2016 APA [363]
The art of Bài Chòi in Central Viet Nam 2017 APA [364]
 Iémen Song of Sana'a 2003 2008 AST [365]
 Zâmbia The Makishi Masquerade 2005 2008 AFR [366]
 Zimbabué The Mbende Jerusarema Dance 2005 2008 AFR [367]

Obras-primas[editar | editar código-fonte]

As Listas de Património Cultural Imaterial foram estabelecidas em 2008, quando a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial entrou em vigor. Antes disso, um projeto conhecido como Obras-primas do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade atuou no reconhecimento do valor dos bens intangíveis, como a tradição, os espaços personalizados e culturais e os atores locais que sustentam essas formas de expressões culturais através de uma Proclamação. A identificação das Obras-primas também implica o compromisso dos Estados de promover e proteger esses tesouros, enquanto a UNESCO financia os planos para a sua conservação. Iniciou-se em 2001 e realizou-se até o ano de 2005, ocorrendo um total de três Proclamações, abrangendo 90 formas de património intangível de todo o mundo.

As 90 obras-primas anteriormente proclamadas foram incorporadas na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade como suas primeiras entradas a serem conhecidas como elementos. Os elementos subsequentes foram adicionados na sequência da avaliação das indicações apresentadas pelos governos nacionais que aderiram à Convenção da UNESCO, denominados por Estados membros, a quem cada um pode apresentar um único arquivo de candidatura, além de candidaturas multinacionais. Um painel de especialistas em património imaterial e um órgão nomeado, conhecido como o Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, examina cada uma das nomeações antes de inscrever oficialmente os candidatos como elementos na Lista.

Categorias[editar | editar código-fonte]

Cada obra está classificada em pelo menos umas das seguintes categorias:

  • Espaços culturais
  • Saber tradicional
  • Tradição oral
  • Artes cénicas
  • Rituais e festas

Lista de obras-primas[editar | editar código-fonte]

Cada item pode ser nomeado por um ou mais países, ou nomeado por um país mas apoiado por outros.

Continente Países
signatários
Países com
obras-primas
Obras-primas
África 17 17 18
América 18 14 17
Ásia 17 20 34
Europa 23 16 19
Oceania 0 2 2
Total 75 69 90

Segue-se a lista de obras-primas aprovadas.

África[editar | editar código-fonte]

Argélia

Ahellil de Gourara[368]- 2005

O Ahellil é um género poético e musical usado pelos Zenete de Gourara durante as suas cerimónias colectivas. Esta região do sudoeste da Argélia engloba cerca de cem oásis, povoados por mais de 50 mil habitantes de origem berbere, árabe e sudanesa. O Ahellil, específico da região de Gourara de língua berbere, é executado regularmente em festas religiosas, peregrinações, casamentos e eventos comunitários.

Maláui

Dança de Cura Vimbuza - 2005

Vimbuza, uma dança de cura popular entre os tumbucas do norte do Maláui, é uma manifestação importante dos ingomas, um conjunto de práticas de cura existente em toda a África bantu. Os ingomas (que significa “tambores da aflição”) têm grande profundidade histórica, e apesar de diversas tentativas para os suprimir, continuam sendo parte integrante dos sistemas de cura indígenas.

Dança Mbende-JerusaremaZimbábue • 2005

A dança mbende-Jerusarema[369] praticada pelos XiChona do Zimbabué oriental. É caracterizada por movimentos sensuais e acrobáticos das mulheres em sintonia com os homens, acompanhada por percussão, palmas, gritos e assobios. A dança dos homens inclui a imitação da toupeira (“mbende”), símbolo da fertilidade, sexualidade e da família. Após tentativas dos missionários cristãos de banirem esta dança explicitamente sexual, o nome foi mudado para Jerusarema, uma adaptação XiChona da palavra Jerusalém.

Épico Al-Sirah al-HilaliyyaEgito • 2003

O épico Hilali é um poema antigo que conta a história da tribo beduína Bani Hilal, que migrou da península Arábica para o Norte de África no século X. É o único épico deste género que continua a ser representado na sua forma tradicional: os poetas cantam enquanto tocam percussão ou o rabab, uma rabeca de duas cordas, par celebrar cerimónias de circuncisão, casamentos e outras ocasiões especiais.
Jamaa el Fna

Espaço Cultural da Praça Jamaa el-FnaMarrocos • 2001

Jamaa el Fna é uma grande praça em Marrakesh, um símbolo da cidade desde a sua fundação no século XI. A Praça é o local de representação para diversos artistas, entre os quais músicos, dançarinos, comedores de vidro, encantadores de serpentes, contadores de histórias típicos marroquinos, e também local de outras actividades como restaurantes, tatuadores com hena, médicos tradicionais, pregadores.

Espaço Cultural do Sosso-Bala em NiagassolaGuiné • 2001

O Sosso-Bala é um instrumento sagrado dos mandingas, e tem sido um importante símbolo da sua cultura desde o Império do Mali no século XIII. O Sossa-Bala é um tipo de balafon estreitamente associado com o Dökala de Nyagassola. O balatigui (o patriarca da família) toca o Sosso-Bala em ocasiões especiais e ensina as crianças a tocá-lo. O instrumento acompanha antigos poemas épicos dedicados a heróis malianos da antiguidade, como Soundiata Keita e Soumaoro Kantè.

Espaço Cultural do Yaaral e do DegalMali • 2005

Este espaço cultural corresponde às imensas pastagens dos fulas do delta do Níger. O yaaral e o degal são duas festas que marcam a passagem do rio (em Diafarabe e Dialloube, respectivamente) por manadas de gado que pastam durante parte do ano no Sael árido, e na restante nas planícies inundadas do rio Níger. As festas têm lugar a um Sábado, dia auspicioso na crença fula, e dão lugar a expressões culturais extremamente variadas: concursos da manada mais bem decorada; música e dança; poesia pastoral; o uso das mais belas roupas e joias; e a decoração meticulosa das residências.

Gbofe de Afounkaha: Música das Trombetas Transversais da Comunidade TagbanaCosta do Marfim • 2001

Entre o povo tagbana, gbofe designa um tipo de trombeta transversal, bem como as performances que os utilizam. Estas actuações usam seis trombetas de comprimento variável, música e danças. Para além das trombetas, existe igualmente uma secção de percussão gbofe que é usada em diversas cerimónias e rituais.

Gule WamkuluMalawi, Moçambique, Zâmbia • 2005

Gule Wamkulu é o nome de uma religião secreta e de uma dança ritual praticada entre o povo chewa que habita no Malawi, Moçambique e Zâmbia. É executada por membros da irmandade Nyau, uma espécie de sociedade secreta masculina. Dentro da sociedade chewa, tradicionalmente matriarcal, os maridos detêm um papel bastante acessório, e assim o Nyau oferece uma forma de contra-peso e de solidariedade entre os homens das diferentes aldeias. Os membros do Nyau são responsáveis por iniciar os jovens na idade adulta, cujo rito de passagem termina com a cerimónia do Gule Wamkulu.

Kankurang, Rito Iniciático MandingaGâmbia, Senegal • 2005

O kankurang é um rito iniciático praticado na região de Casamance do Senegal e da Gâmbia. Segundo a tradição oral, o kankurang tem raízes no Komo, uma sociedade secreta de caçadores cuja organização e práticas esotéricas contribuíram para a emergência do mandinga.

Mascarada do Makishi • Zâmbia • 2005

A mascarada do Makishi é representada no final do mukanda, um rito iniciático para rapazes entre os oito e os doze anos, celebrado por comunidades dos povos luvale, chokwe, luchazi e mbunda do noroeste e oeste da Zâmbia. No início da estação seca, os rapazes deixam as suas casas para viverem entre um e três meses num acampamento no mato. Esta separação do mundo exterior marca a morte simbólica da infância. O mukanda envolve a circuncisão dos iniciados, provas de coragem e lições sobre o seu futuro papel como homens e maridos. A cada iniciado é atribuído um personagem mascarado, que estará com ele durante todo o processo. O Makishi é um desses mascarados, e representa o espírito de um antepassado falecido que regressa ao mundo dos vivos para ajudar os rapazes.

Moussem de Tan-Tan • Marrocos • 2005

O Moussem é um acontecimento económico, cultural e social que tem lugar em Tan-Tan todos os anos. Originalmente uma manifestação espontânea, tomou forma organizada em 1963. Ali se reúnem mais de trinta tribos nómadas do noroeste de África para convívio, comprar, vender e trocar todo o tipo de artigos, competições de criação de camelos e cavalos, celebrar casamentos, consultar ervanários, cantar, declamar poesia, e participar em outras tradições orais e jogos.
Jogo de iquim no Opom-Ifá

Sistema de Divinação Ifa na NigériaNigéria • 2005

Ifá ou Orunmilá é a divindade da sabedoria e desenvolvimento intelectual dos iorubás. Ao contrário de outras formas de adivinhação da região, o sistema Ifa não depende dos poderes mediúnicos ou oraculares de uma pessoa, mas sim de um sistema de sinais interpretados pelo sacerdote Ifa. O sistema de divinação Ifa é aplicado sempre que se tenha que fazer uma decisão importante, individual ou colectiva.

Tecelagem em Casca de Árvore do UgandaUganda • 2005

O fabrico de roupas com casa de árvore é um saber antigo do povo baganda, do reino Buganda do sul do Uganda. O interior da casca da árvore Mutuba (Ficus natalensis) é colhido durante a estação das chuvas, e submetido a um longo processo em que é batido com diferentes tipos de marretas de madeira de forma a suavizar a sua textura e dar-lhe uma coloração uniforme de terracota. A roupa de casca, em forma de toga, é usada por homens e mulheres principalmente durante cerimónias de coroação e de cura, funerais e acontecimentos culturais, mas também é usada para fabricar cortinas, redes mosquiteiras, lençóis e sacos.

Timbila XiChopeMoçambique • 2005

Os XiChope do sul de Inhambane são famosos pela sua música orquestral. As suas orquestras consistem num grupo de cinco a trinta xilofones de diferentes timbres chamados timbila. Os timbila são cuidadosamente fabricados e afinados, e a madeira de excelente qualidade sonora provém da árvore mwenje. A música é transmitida de mestre para mestre. Os ritmos são extremamente elaborados, sendo que muitas vezes um mesmo executante toca em simultâneo ritmos diferentes com a mão esquerda e com a direita.

Trabalhos em Madeira dos ZafimaniryMadagáscar • 2003

Os zafimaniry são a última comunidade em Madagáscar que retém o conhecimento tradicional de trabalho com madeira. Estas tradições incluem o uso de mais de vinte espécies vegetais, cada uma com o seu uso específico, para fazer bancos, paredes, caixilhos de janelas e ferramentas, sem recorres a pregos ou a outros objectos de metal. As esculturas dos zafimaniry são decoradas segundo um estilo definido, que no entanto dá margem à expressão artística individualizada e ao simbolismo.
Máscaras Guelede

Tradição oral do GueledeBenim, Nigéria, Togo • 2001

O Guelede é um festival anual que celebra a sabedoria das mães e das anciãs dos iorubás. O festival inclui o uso de adereço de cabeças pelos homens, disfarçando-se assim de mulheres de forma a aplacar a ira das anciãs da tribo. A dança e a música são parte integrante da cerimónia, que incorpora canto e percussão elaborados.

Tradições Orais dos Pigmeus Aka da África CentralRepública Centro-Africana • 2003

A tribo pigmeia Aka da África Central têm uma tradição musical que em muito difere dos seus vizinhos. É executada por todos os membros da comunidade, e caracteriza-se pela polifonia e improviso em contraponto. A música Aka faz parte de numerosos rituais relacionados com a caça, funerais e outras ocasiões, e é acompanhada por uma variedade de instrumentos, escolhidos de acordo com a cerimónia em questão.

América[editar | editar código-fonte]

Carnaval de BarranquillaColômbia • 2003

Barranquilla é uma das cidades da Colômbia com maior diversidade cultural e comércio, já desde o século XIX. O Carnaval de Barranquilla tem lugar nos últimos quatro dias antes da Quaresma, e inclui danças como o paloteo espanhol, o congo africano e os mico y micas nativas. São executados muitos estilos colombianos de música, principalmente a cúmbia.
Llamerada, Carnaval de Oruro

Carnaval de OruroBolívia • 2001

Oruro foi um local cerimonial na era pré-colombiana, e foi refundado pelos espanhóis em 1606. Foi o local do festival Ito, banido pelos espanhóis no século XVII, mas continuado sob a fachada de celebração cristã: os antigos deuses andinos foram remoldados como santos. Foi associada com o Natal, e era celebrada a 2 de Fevereiro. Actualmente celebra-se antes da Quaresma e dura dez dias. O evento mais importante é a entrada, uma procissão de mais de 28 mil dançarinos e 10 mil músicos, que marcham durante vinte horas.

Complexo do Bumba-meu-boi do MaranhãoBrasil • 2019

O bumba-meu-boi é um rito cultural que faz parte das festividades juninas do Maranhão, resgatando o contexto das relações sociais e econômicas da região durante o período colonial, marcadas pela monocultura, criação extensiva de gado e escravidão, mesclando a cultura europeia, africana e indígena. envolvendo um conjunto canções, ritmos, coreografias, sátiras, figurinos e bordados. [370]

Cosmovisão Andina dos Kallawaya • Bolívia • 2003

Os Kallawaya são um povo indígena boliviano da região de Bautista Saavedra. São conhecidos pelas suas técnicas médicas tradicionais, que incluem uma série de cerimónias que formam a base da economia e cultura locais. Os médicos-sacerdotes Kallawaya, exclusivamente homens, difundem o seu conhecimento por toda a América do Sul.

El GüegüenseNicarágua • 2005

Espaço Cultural da Irmandade do Espírito Santo dos Congos de Villa MellaRepública Dominicana • 2001

A Irmandade do Espírito Santo dos Congos de Villa Mella é uma organização composta de músicos especializados nas congas. Teve início no século XVI, e tornou-se parte essencial da cultura Dominicana. Os músicos actuam em festas religiosas, funerais e outras ocasiões, como a Festa do Espírito Santo e a cerimónia Banko, que ocorre três anos após a morte de um indivíduo.

Espaço Cultural de Palenque de San BasilioColômbia • 2005

Expressões Orais e Gráficas dos WajãpiBrasil • 2003

Festas Indígenas Dedicadas aos MortosMéxico • 2003

Frevo • Brasil • 2012[371]

Herança Maroon de Moore TownJamaica • 2003

Herança Oral e Manifestações Culturais do Povo ZáparaEquador e Peru • 2001

Os zápara são um dos povos mais antigos da Amazónia. A sua cultura oral inclui grande compreensão da vida natural da floresta de chuva, bem como complexas práticas mitológicas e artísticas.

La Tumba Francesa, Música da Irmandade do OrienteCuba • 2003

A província cubana de Oriente é afro-haitiana e é muito conhecida pela tumba francesa, uma fusão da música africana ocidental do Daomé e musica de origem francesa. Os haitianos chegaram à região no início da década de 1790 e formaram sociedades urbanas nos séculos seguintes. A tumba francesa tem um cantor líder (composé), e acompanhamento musical por catá e tambores tumba e coros femininos. As danças tradicionais masón e yubá, associadas à tumba francesa, são lideradas pelo Mayor de Plaza.

Língua, dança e música dos garifunaBelize, Honduras, Nicarágua • 2001

Os garifuna são um povo descendente de escravos nigerianos naufragados na ilha de São Vicente miscigenados com nativos caribes. Mais tarde, os garifuna mudaram-se para a América Central, e são mais numerosos no Belize. A música e dança dos garifuna combina elementos africanos e indígenas; a língua é considerada do grupo arawak.

Rabinal Achí, Dança TeatralGuatemala • 2005

O Rabinal Achí é um drama dinástico maia do século XV – um raro exemplo das tradições pré-Hispânicas. Inclui mitos cosmogónicos e aborda assuntos populares e políticos dos habitantes da região de Rabinal, expressados através de danças mascaradas, teatro e música.

Samba de Roda do Recôncavo BaianoBrasil • 2005

Taquile e sua Arte Têxtil • Peru • 2005

Tradição do Teatro Dançado CocoloRepública Dominicana • 2005

Tradições Pastorais e Carros de Bois da Costa RicaCosta Rica • 2005

Ásia[editar | editar código-fonte]

Akyns, Contadores de Épicos QuirguizesQuirguistão • 2003

Os akyns são contadores de épicos dos quirguizes, performances de canção e poesia de raízes ancestrais. As técnicas dos akyns são transmitidas oralmente, e incluem a trilogia Manas (Manas, Semetey e Seitek) com mais de um milénio de existência. Muitos dos épicos são semi-históricos, e são acompanhados por um alaúde de três cordas chamado komuz.

Ballet Real do CambojaCamboja • 2003

A dança clássica khmer faz parte das tradições cambojanas há mais de um milénio, e tem celebrado coroações, funerais e casamentos reais. O ballet usa quatro personagens principais: o macaco Sva, o gigante Yeak, a mulher Neang e o homem Neayrong, que podem ser distinguidos pelas suas máscaras, trajes e gestos.

Cantos BaulBangladesh • 2005

Os Bauls são trovadores místicos do Bangladesh rural e do Bengala Ocidental, na Índia. O movimento Baul atingiu o clímax no século XIX e início do século XX. A sua música e estilo de vida influenciaram uma larga camada da cultura bengali. Os Bauls ganham a vida cantando acompanhados pela ektara, um instrumento de uma corda, e por um tambor chamado dubki. Os Bauls pertencem a uma tradição devocional pouco ortodoxa, influenciada pelo hinduísmo, budismo, vasinavismo bengali e sufismo. Os Bauls não se identificam com nenhuma religião organizada nem com o sistema de castas, e são admirados tanto pela sua música e poesia, como por esta liberdade pessoal. A poesia, música, canto e dança dos Baul têm como alvo encontrar o relacionamento do homem com Deus e a libertação espiritual.

Canções de SanaaIémene • 2003

A música tradicional do Iémene data do século XIV. Deriva da poesia clássica e é parte importante das actividades sociais, rituais e cerimónias iemenitas. O cantor é acompanhado por um qanbus (alaúde) e um sahn nuhasi, um tabuleiro de cobre equilibrado nos polegares e percutido com os restantes dedos. A música corresponde a diversas melodias típicas; é no entanto ricamente embelezada através do improviso.

Canto Épico PansoriCoreia do Sul • 2003

O pansori é uma performance que usa contadores-trovadores acompanhados por um tambor. Uma actuação pode durar mais de oito horas. Esta tradição teve origem no sudoeste da Coreia no século XVII, espalhando-se através da gente comum até alcançar a popularidade junto da população urbana sofisticada em finais do século XIX. Certos elementos narrativos do pansori datam já do período Joseon, e incluem temas como o amor, o luto e a família.

Cantos Hudhud dos IfugaoFilipinas • 2001

A comunidade ifugao é conhecida pelos cantos hudhud, que datam pelo menos do século VII. Há mais de duzentos cantos, cada um composto por 40 episódios; todos os versos hudhud partilham uma única melodia. O cantor principal é uma mulher, e o seu irmão tem um papel de maior destaque que o marido. Estes cantos empregam técnicas literárias complexas, como a onomatopeia, a metáfora e a metonímia.

Dança da Máscara dos Tambores de DrametseButão • 2005

A Ngacham (“dança da máscara”) de Drametse é uma dança religiosa e cultural executada em honra do guru budista Padmasambhava durante o Festival de Drametse. Tem lugar duas vezes no ano, nos meses quinto e décimo do calendário butanês, no Mosteiro Ogyen Tegchok Namdroel Choeling (distrito de Mongar, Butão Oriental). A dança, executada há séculos neste lugar, compõe-se de dezasseis dançarinos em traje monástico e máscaras de madeira imitando animais reais e míticos, acompanhados por uma orquestra de dez músicos dirigidos por um tocador de címbalos. A dança tem uma parte calma e contemplativa, que representa os deuses pacíficos, e uma parte rápida e atlética, em que os dançarinos simbolizam deuses irados. Com o tempo, a Ngacham passou de um evento para Drametse e aldeias vizinhas, para uma representação da identidade de toda a nação butanesa.

Épico Darangen do Povo Maranao do Lago Lanao • Filipinas • 2005

O darangen (língua maranao: “narrar em canção”) é um antigo canto épico rico em conhecimentos sobre o povo maranao, que vive na região do lago Lanao da ilha de Mindanao. Em 17 ciclos e 72 mil linhas, celebra passagens da história dos maranao e tribulações dos seus heróis míticos, explorando ainda os temas da vida e da morte, namoro, política, amor e estética através de simbologia, metáfora, ironia e sátira. O darangen também codifica leis, padrões sociais e ética, e é usado como referência pelos anciãos na aplicação da lei. É um testemunho da cultura pré-islâmica do povo maranao.

Espaço Cultural dos GongosVietname • 2005

O espaço cultural dos gongos nas montanhas centrais do Vietname cobre diversas províncias, e praticamente dezassete grupos étnicos minoritários, pertencentes aos grupos linguísticos austro-asiático e austronésio. Estas populações praticam agricultura de subsistência e desenvolveram as suas próprias tradições, estilos decorativos e tipos de habitação. As suas crenças incluem o culto dos antepassados, xamanismo e animismo. Intimamente ligadas ao dia-a-dia e ao ciclo das estações, estas crenças formam um mundo místico onde os gongos intervêm como a linguagem privilegiada de comunicação entre os homens, as divindades e o sobrenatural. Por trás de cada gongo oculta-se um deus ou deusa, que é tão mais poderoso quanto mais velho seja o gongo. Cada família detém pelo menos um gongo, que indica a riqueza, autoridade e prestígio da família, assegurando a sua protecção. O gongo está presente em todos os rituais da vida comunitária como o principal instrumento cerimonial.

Espaço Cultural dos Bedu de Petra e Wadi RumJordânia • 2005

Os beduínos (Bedu) são um povo pastoral semi-nómada que habita no sul da Jordânia, particularmente perto de Petra e de Wadi Rum, uma região de deserto e de planaltos semi-áridos. Estas condições têm possibilitado a co-existência de comunidades nómadas e sedentárias, que mantém um relacionamento complementar, e permitiram aos Bedu preservar conhecimentos específicos sobre a flora e a fauna da região, medicinas tradicionais, criação de camelos, fabrico de tendas, rastreio de animais e escalada, e rituais relacionados com a arte de fazer café e com a hospitalidade. Os Bedu desenvolveram um profundo conhecimento do seu ambiente, grande criatividade cultural, e um código social e moral complexo – tudo isso transmitido oralmente.

Espaço Cultural e Cultura Oral dos SemeiskieFederação Russa • 2001

Os Semeiskie são uma comunidade de “Velhos Crentes” separados da Igreja Ortodoxa nas reformas do século XVI, residentes na região Transbaikal. Relocalizaram-se ali sob Catarina, a Grande e retiveram muitos elementos arcaicos da sua cultura, incluindo o dialecto russo do sul. Os corais Semeiskie derivam da música litúrgica russa da Idade Média, e incluem canto polifónico.

Espaço Cultural do Distrito de BoysunUzbequistão • 2001

Boysun é uma região do Uzbequistão, habitada desde tempos imemoriais. Há muito parte de uma encruzilhada cultural, Boysun conta com uma quantidade de religiões como o islão, budismo, zoroastrianismo, xamanismo, e rituais como o festival de Navruz na Primavera, que invoca o deus da chuva, e o rito familiar 40 dias após o nascimento da criança para afugentar espíritos malignos. São comuns os cânticos tradicionais, usando temas dos épicos nacionais, acompanhados por instrumentos de sopro e cordas.

Festival Gangneung Danoje • Coreia do Sul • 2005

O Festival Gangneung Danoje tem lugar na cidade e arredores de Gangneung, a leste da cordilheira dos montes Taebaek na península da Coreia, em honra do deus da montanha e dos deuses e deusas secundárias. O ritual xamanístico ocorre no monte Daegwallyeong, e engloba música tradicional e canções populares Odokddegi, o teatro mascarado Gwanno, poesia narrativa oral e diversos passatempos populares. Na feira de Nanjang, o maior mercado ao ar livre da Coreia e actualmente parte do festival, são vendidos produtos e artesanato local, e têm lugar concursos, jogos e actuações de circo.

Hikaye PalestinianaPalestina • 2005

A Hikaye palestiniana é uma forma narrativa contada por mulheres a outras mulheres ou crianças. Os contos são fictícios, mas lidam com questões reais das famílias e da sociedade árabe do Médio Oriente; assim, a Hikaye mostra um ponto de vista crítico feminino relativamente à sociedade. A maioria dos conflitos narrados nos contos descrevem mulheres divididas entre o dever e o desejo. O poder da narrativa está no uso de linguagem particular, ênfase, ritmo e inflexão vocal de forma a capturar a atenção dos ouvintes, e assim imergi-los num mundo de imaginação e fantasia.

KabukiJapão • 2005

Kabuki é uma forma de teatro japonês, conhecida pela estilização do drama e pela elaborada maquiagem usada por seus atores. O significado individual de cada ideograma é canto (ka), dança (bu) e habilidade (ki), e por isso a palavra kabuki é às vezes traduzida como “a arte de cantar e dançar”. Sua origem remonta ao início do século XVII.
Kris

Kris IndonésioIndonésia • 2005

O kris ou keris é um punhal assimétrico da Indonésia. Ao mesmo tempo arma e objecto espiritual, são-lhe muitas vezes atribuídos poderes mágicos. Os krises mais antigos datam de 1360, e o seu uso espalhou-se a partir dali para todo o Sudeste Asiático.
Kutiyattam

Kutiyattam, Teatro SânscritoÍndia • 2001

O Kutiyattam é a mais antiga tradição teatral da Índia. Tem origem sânscrita e encontra-se no estado de Kerala. É apresentado em teatros existentes dentro dos templos hindus, chamados Kuttampalams. Esta tradição tem já dois mil anos. De origem sagrada e estritamente controlada, o Kutiyattam é hoje mais acessível embora se mantenham os elementos espirituais, como a purificação dos actores e uma lamparina acesa durante toda a representação para simbolizar a presença divina. As técnicas altamente estilizadas são regidas por regras rigorosas, que até há pouco tempo estavam registadas em manuais guardados secretamente por famílias específicas.

Mak YongMalásia • 2005

Esta antiga forma teatral criada pelas comunidades malaias da Malásia combina actuação, música vocal e instrumental, gestos e trajes elaborados. Específico das aldeias de Kelantan no noroeste do país, onde a tradição tem origem, o Mak Yong é representado principalmente como entretenimento ou como ritual de cura.

Maqam do IraqueIraque • 2003

Maqam é a música clássica do Iraque – uma antiga tradição que tem raíz comum no Irão, Uzbequistão e Azerbaijão. O maqam usa técnicas complexas de improvisação dirigidas pelo qari (vocalista) acompanhado pela tshalghi (orquestra), composta por dumbak (tambor de mão), daff (tamborim), santur (dulcimer com baquetas) e jawzah (rabeca). O repertório maqam tem origem na poesia árabe clássica.

Muqam Uigur de XinjiangChina • 2005

A comunidade uigur é uma das maiores minorias étnicas da República Popular da China. A região de Xinjiang tem sido marcada ao longo dos séculos por um elevado grau de intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente, particularmente pela sua localização na Rota da Seda. O muqam uigur de Xinjiang é uma amálgama de canções, danças, música popular e clássica, de grande diversidade de conteúdo e estilos. As canções variam em rima e métrica, e são representadas a solo ou em grupo. As letras incluem tanto baladas populares, como poemas dos mestres clássicos uigures. Assim, as canções abrangem uma variedade de estilos, tais como poesia, provérbios, narrativa popular, e tópicos populares tais como o elogio ao amor e a contemplação da vida, e reflectem tanto a história como a vida quotidiana da sociedade uigur.

Música Guqin • China • 2003

O guqin é um instrumento semelhante a uma cítara com cerca de três mil anos de existência. As técnicas instrumentais tornaram-se parte integrante da cultura intelectual chinesa particularmente durante a Dinastia Han: os intelectuais deveriam aprender guqin, go, pintura chinesa e caligrafia. O próprio instrumento é bastante complexo: para o tocar são necessárias mais de cinquenta técnicas de dedilhação.

Música ShashmaqomTajiquistão e Uzbequistão • 2003

Shashmaqom é um tipo de música clássica da Ásia Central que usa uma variedade de técnicas literárias, melodias e ritmos, e estilos tanto vocais, como instrumentais. As actuações podem ser por um grupo de cantores, por apenas um indivíduo, ou por uma orquestra de instrumentos de sopro, percussão e cordas.

Música Tradicional do Morin KhuurMongólia • 2003

O morin khuur é uma rabeca de duas cordas que já faz parte da cultura da Mongólia pelo menos desde o império Mongol do século XIII. O instrumento é parte importante de cerimónias e é tocado segundo diversas técnicas, normalmente a solo, mas por vezes acompanhando canto longo, histórias ou danças. Algumas melodias morin khuur são usadas para domar animais.

Nha Nhac, Música de Corte VietnamitaVietname • 2003

Nha nhac é uma forma clássica de música e dança vietnamita bastante diversificada, desenvolvida desde a dinastia Le (século XV) e a dinastia Nguyen (século XX). A música é tocada para celebrar feriados, funerais, coroações e cerimónias importantes. As orquestras, com grande variedade de instrumentos de percussão bem como sopros e cordas, acompanham um grande número de cantores e bailarinos, todos eles vestindo trajes elaborados.

Olonkho, Epopeia Heróica YakutFederação Russa • 2005

O termo “Olonkho” designa os textos poéticos de numerosos épicos yakuts. O olonkho pertence às mais ancestrais artes épicas dos povos turco-mongóis. É representado na República de Sakha, situada no nordeste da Federação Russa. Este acervo literário diversificado (os contos variam de dimensão entre dez linhas e 50.000) é usado como forma de educação; descreve as crenças, valores e xamanismo, interpreta e explica diferentes aspectos da realidade, e consiste em numerosas lendas sobre os feitos dos booturs, os guerreiros da nação yakut.

Ópera Kunqu • China • 2001

A ópera kunqu será a mais antiga forma de ópera chinesa, do tempo da dinastia Ming (séculos XIV–XVII). Kunqu recorre a dois papéis principais, um masculino e um feminino, bem como um velho e diversos papéis cómicos. As performances incluem música e dança, e são acompanhadas por diversos instrumentos de cordas, sopro e percussão.

Ramlila: Representação Tradicional do Ramayana • Índia • 2005

Ramlila, literalmente “o teatro de Rama”, é uma performance do épico Ramayana sob a forma de uma sequência de cenas que incluem canção, narração, recital e diálogo. É representado em todo o norte da Índia durante o festival de Dussehra, que tem lugar todos os anos em Outubro ou Novembro, segundo o calendário ritual. As Ramlilas mais representativas são as de Ayodhya, Ramnagar e Benares, Vrindavan, Almora, Sattna e Madhubani.

Recitação Védica • Índia • 2003

Os Vedas (sânscrito: “o saber”) são uma antiga colecção de filosofia, mitologia e poesia sânscrita, desenvolvida há mais de 3.500 anos pelos arianos. Incluem o Rig Veda (uma colecção de hinos), o Sama Veda (acompanhamento musical), o Atharva Veda (feitiços e cerimónias) e o Yajur Veda (orações e rituais). Os versos dos Vedas são entoados de forma tradicional, e foram transmitidos principalmente de forma oral.
Jongmyo

Rito Real Ancestral e Música Ritual no Santuário de JongmyoCoreia do Sul • 2001

Jongmyo é um santuário confucionista em Seoul, local de um rito anual executado no primeiro Domingo de Maio pelos descendentes da família real coreana. O rito tem origem chinesa, embora já tenha sido extinto na China, e inclui uma oração pelos antepassados, música e dança. A forma moderna do ritual data do século XV. Começa com a oferta de manjares e libações pelos sacerdotes, seguida de música tocada com flautas, cítaras, sinos, gongos e alaúdes, e de uma dança por 64 dançarinos que apresentam uma alternância entre Yin e Yang.

Sbek Thom, Teatro de Sombras dos KhmerCamboja • 2005

O Sbek Thom é um teatro de sombras khmer que usa fantoches não articulados com dois metros de altura, feitos em couro. Anterior ao período angkoriano, o Sbek Thom é considerado sagrado, tal como o ballet real e o teatro de máscaras. As performances, dedicadas as divindades, tinham lugar apenas em algumas ocasiões específicas do ano, tal como o ano novo khmer, o aniversário do rei ou a veneração de pessoas famosas. O teatro de sombras foi enfraquecido após a queda de Angkor no século passado. Evoluiu no entanto de uma actividade cerimonial para uma forma de arte, embora retenha a sua dimensão ritualista.

Teatro de Marionetas Ningyo Jōruri BunrakuJapão • 2003

Ningyo Jōruri Bunraku é uma arte de palco que engloba marionetas, canto e acompanhamento musical. Surgiu no século XV da junção do teatro Jōruri com a manipulação de fantoches. As narrativas desta forma antiga de Ningyo Jōruri Bunraku derivaram do sewamono (teatro contemporâneo) e do jidaimono (peças históricas). O teatro atingiu a sua forma actual no final do século XIX the 19th century, em que três bonecreiros manipulam enormes fantoches enquanto um músico toca o shamisen e um narrador (tayu) descreve as acções e os personagens.

Teatro de Marionetas WayangIndonésia • 2003

O Wayang é um teatro de marionetas com origem na ilha de Java, hoje espalhado por toda a Indonésia. As marionetas podem ser feitas de madeira, ou serem silhuetas projectadas numa tela iluminada. A representação é acompanhada com instrumentos de bronze e gamelão. As tradições da narrativa Wayang têm origem não só no arquipélago indonésio, como na Índia e Pérsia.

Teatro Nōgaku • Japão • 2001

Iniciado com a importação do teatro Sangaku (Sarugaku) chinês no século VIII, o Nōgaku adquiriu a sua forma actual no século XIV e é a principal forma de teatro japonês. Existe em duas formas: o com um narrador sobrenatural e actores mascarados, e o Kyōgen, cómico e mais semelhante à tradição Sangaku. O texto do Nōgaku é falado na linguagem do povo entre os séculos XII e XVI.

Urtiin Duu, Cantos Longos Tradicionais MongóisMongólia, China • 2005

O urtiin duu, ou “canto longo”, é uma forma de expressão ritual que detém um lugar destacado na sociedade mongol. É executado em casamentos, na inauguração de uma nova casa, no nascimento de uma criança, na marcação dos bezerros, no naadam e em outras celebrações sociais e religiosas das comunidades nómadas da Mongólia. É um canto lírico em 32 versos com uma melodia extremamente elaborada louvando a beleza da estepe, montanhas e rios, o amor aos pais ou a amigos íntimos, expressando reflexão sobre o destino humano. Os urtiin duu encontram-se registados desde o século XIII, e pensa-se que tenham cerca de dois mil anos.

Europa[editar | editar código-fonte]

Arte ChocalheiraPortugal • 2015

Artes dos Meddah, Contadores de Histórias PúblicosTurquia • 2003

Bistritsa Babi (Avozinhas de Bistritsa) – Polifonia, Danças e Rituais Arcaicos da Região de ShoploukBulgária • 2005

CăluşRoménia • 2005

Cante AlentejanoPortugal • 2014

género musical tradicional do Alentejo, Portugal. O cante nunca foi a única expressão de música tradicional no Alentejo, sendo aliás mais próprio do Baixo Alentejo que do Alto. Com o cante coexistiram sempre formas instrumentais de música com adaptação de peças entre os géneros. A 27 de Novembro de 2014, durante a reunião do Comité em Paris, a UNESCO considerou o Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade.[372]

Canto A Tenore, Expressão da Cultura Pastoral da SardenhaItália • 2005

O canto A Tenore desenvolveu-se dentro da cultura pastoral da Sardenha. É uma forma muito específica de canto polifónico gutural executado por um grupo de quatro homens com quatro vozes diferentes: bassu, contra, boche e mesu boche. Os cantores formam um círculo de pé; o solista canta um excerto de prosa ou um poema, enquanto as outras vozes executam o acompanhamento. De forma a ouvir a sua própria voz e em simultâneo a dos outros cantores, e assim atingir perfeita harmonia, os cantores tapam um dos ouvidos com a mão.

Canto Polifónico GeorgianoGeórgia • 2001

O canto polifónico é uma antiga tradição da Geórgia, presente pelo menos desde o século IV, altura em que o Cristianismo se tornou religião oficial. Consiste em quatro tipos principais (polifonia monotónica, em contraponto, paralela e ostinato). A Suanécia, região montanhosa no noroeste, apresenta a polifonia paralela; a Geórgia ocidental tem o contraponto com yodel; a Caquécia na Geórgia oriental apresenta uma forma de canto em diálogo de solistas com um fundo de polifonia monotónica; e todas as regiões da Geórgia apresentam polifonia de tipo ostinato. Entre as tradições da Caquécia conta-se a melodia Chakrulo, perfeitamente sui generis.

Carnaval de BincheBélgica • 2003

Celebrações de Música e Dança do BálticoLetónia, Estónia e Lituânia • 2003

Escultura de Cruzes e o seu Simbolismo na Lituânia • Lituânia, Letónia • 2001

Espaço Cultural Kihnu • Estónia • 2003

As ilhas bálticas de Manija e Kihnu albergam um pequeno grupo tradicional de habitantes. Durante muitos anos, os homens de Kihnu foram buscar modo de vida no mar e as mulheres tornaram-se guardiãs do património cultural das ilhas - o que inclui artesanato, danças, jogos e música. A música é especialmente importante nas tradições das ilhas, e acompanha o artesanato, festas religiosas, e outras cerimónias. Antigas canções ao estilo runo são também importantes, tal como as vestes tradicionais com adornos e cores vivas e brilhantes que simbolizam antigas lendas e poemas.

Fado, estilo musicalPortugal • 2011

O fado é um género musical português de tema e forma variados mas frequentemente acompanhado por guitarra portuguesa e viola. O reportório dos fadistas explora muitos temas, tanto melancólicos como a saudade, o amor não correspondido ou ausente, os ciúmes, a nostalgia do passado, as dificuldades da vida ou o exílio, como alegres como os episódios pitorescos da vida, o amor e cenas do quotidiano, por vezes com ironia. Há dois géneros principais: o fado de Coimbra e o fado de Lisboa.

Fujara e a sua MúsicaEslováquia • 2005

Fujara, uma flauta extremamente longa, com três orifícios para os dedos tocada por pastores eslovacos, é considerada parte integrante da cultura tradicional da Eslováquia Central.


Gigantes e Dragões Processionais da Bélgica e França • Bélgica, França • 2005

Iso-polifonia Popular AlbanesaAlbânia • 2005

Mistério de ElxEspanha • 2001

O Mistério de Elx é uma encenação teatral que recria a morte, assunção e coroação da Virgem Maria, e que tem sido levada a cena ininterruptamente na Basílica de Santa Maria de Elche desde meados do século XV. O drama é inteiramente cantado, sendo composto por dois atos em 14 e 15 de agosto. O texto é maioritariamente em língua valenciana, com alguns trechos em latim e é composto por secções solistas ao modo medieval que alteram com polifonia ao estilo barroco e renascentista.

Mugam do AzerbaijãoAzerbaijão • 2003

Música DudukArménia • 2005

O duduk, ou oboé arménio (também chamado tsiranapokh ou gaita do damasqueiro) é um instrumento de palheta simples ou dupla feito de madeira de alperce, com um timbre quente, suave e levemente anasalado. A cana usada para a palheta, chamada ghamish ou yegheg, é uma planta nativa que cresce nas margens do rio Arax. As raízes deste instrumento datam do reino de Tigran o Grande (95 a.C.-55 a.C.). O duduk acompanha músicas tradicionais arménias, e é tocado em eventos sociais tais como casamentos e funerais.

Opera dei Pupi, Teatro de Marionetas Siciliano • Itália • 2001

A Opera dei Pupi é um tipo de teatro de marionetas que surgiu no início do século XIX na Sicília. Nestas performances, são narrados contos de cavalaria, poemas italianos e histórias das vidas de santos e bandidos - com partes improvisadas pelos bonequeiros. As duas principais escolas da Opera dei Pupi são a da Catânia e a de Palermo, que se distinguem pelas características das marionetas e pelas técnicas de as manipular, além de diferenças no cenário. Estes métodos passaram de geração em geração muitas vezes em ambiente familiar, e hoje as marionetas são feitas por artesãos especializados.

Patum de Berga • Espanha • 2005

A Patum de Berga é uma festa religiosa popular que preservou as suas raízes pagãs, apesar de certos elementos terem sido reinterpretados pelo Catolicismo. Anteriormente consistiu num conjunto de representações teatrais e numa variedade de efígies o figuras colocadas nas ruas, e tem acompanhado as procissões do Corpo de Cristo desde a Idade Média. Actualmente, as figuras realizam uma série de danças na praça seguidas por uma multidão de pessoas, e usando o fogo profusamente. Entre as efígies contam-se turcos, cavalos, demónios, dragões, águias, anões de cabeças enormes, e gigantes; todas as figuras se reúnem na dança final, o Tirabol.[373]

Sema dos MevleviTurquia • 2005

Os Mevleviye são uma ordem sufi fundada em 1273 em Cônia, de onde se expandiu por todo o Império Otomano. Actualmente existem Mevleviye em comunidades turcas por todo o mundo, mas os de Cônia e Istambul são particularmente famosos. Os Mevleviye são famosos pelas suas danças rodopiantes, denominadas Sema.

Slovácko Verbuňk, a Dança dos RecrutasRepública Checa • 2005

Oceania[editar | editar código-fonte]

Desenhos na Areia de VanuatuVanuatu • 2003

Os desenhos na areia de Vanuatu são uma forma ritual de expressão produzida por especialistas, que usam um único dedo para compor padrões geométricos complexos, e no entanto produzidos com uma única linha. Os símbolos são usados para comunicar entre os diferentes povos de Vanuatu, bem como para registar rituais, história, canções e conhecimentos. Os desenhos na areia tipicamente executam diversas funções em simultâneo, podendo ser lidos ao mesmo tempo como arte, informação, mensagens, pensamentos contemplativos e ilustração narrativa.

Lakalaka, Danças e Discursos Cantados de TongaTonga • 2003

A tradição lakalaka de Tonga inclui música, dança e oratória, e é executada em celebrações importantes como coroações e o aniversário da constituição. O lakalaka tem raízes numa dança local chamada me'elaufola, e atingiu a forma moderna, no século XIX. As performances de grupos de centenas de indivíduos em filas, divididos por sexos, cada qual com o seu estilo. A tradição é liderada por um poeta, compositor e coreógrafo designado punake.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. UNESCO. Troisième Proclamation des chefs-d’oeuvre du patrimoine oral et immatériel de l’humanité. Press kit. Paris, 20-24 Nov 2005: UNESCO. Acedido em 22 Mar 2007.
  2. «Purpose of the Lists of Intangible Cultural Heritage and of the Register of Best Safeguarding Practices - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  3. «Albanian folk iso-polyphony - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  4. «Ahellil of Gourara - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  5. «Rites and craftsmanship associated with the wedding costume tradition of Tlemcen - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  6. «Annual pilgrimage to the mausoleum of Sidi 'Abd el-Qader Ben Mohammed (Sidi Cheikh) - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  7. «Ritual and ceremonies of Sebeïba in the oasis of Djanet, Algeria - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  8. «Sbuâ, annual pilgrimage to the zawiya of Sidi El Hadj Belkacem in Gourara - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  9. «Practices and knowledge linked to the Imzad of the Tuareg communities of Algeria, Mali and Niger - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  10. «Summer solstice fire festivals in the Pyrenees». unesco.org. Consultado em 24 de dezembro de 2015 
  11. «Filete porteño in Buenos Aires, a traditional painting technique». unesco.org. Consultado em 23 de dezembro de 2015 
  12. «Tango - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  13. «Duduk and its music - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  14. «Armenian cross-stones art. Symbolism and craftsmanship of Khachkars - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  15. «Performance of the Armenian epic of 'Daredevils of Sassoun' or 'David of Sassoun' - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  16. «Lavash, the preparation, meaning and appearance of traditional bread as an expression of culture in Armenia - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  17. «Kochari, traditional group dance». unesco.org. Consultado em 7 de dezembro de 2017 
  18. «Schemenlaufen, the carnival of Imst, Austria - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  19. «Classical horsemanship and the High School of the Spanish Riding School Vienna - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  20. «Azerbaijani Mugham - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  21. «Art of Azerbaijani Ashiq - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  22. «Traditional art of Azerbaijani carpet weaving in the Republic of Azerbaijan - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  23. «Craftsmanship and performance art of the Tar, a long-necked string musical instrument - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  24. «Traditional art and symbolism of Kelaghayi, making and wearing women's silk headscarves - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  25. «Copper craftsmanship of Lahij - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  26. «Dolma making and sharing tradition, a marker of cultural identity - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 6 de dezembro de 2017 
  27. «Art of crafting and playing with Kamantcheh/Kamancha, a bowed string musical instrument». unesco.org. Consultado em 7 de dezembro de 2017 
  28. «Nawrouz, Novruz, Nowrouz, Nowrouz, Nawrouz, Nauryz, Nooruz, Nowruz, Navruz, Nevruz, Nowruz, Navruz». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  29. «Baul songs - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  30. «Traditional art of Jamdani weaving - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  31. «Mangal Shobhajatra on Pahela Baishakh - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». www.unesco.org. Consultado em 4 de dezembro de 2016 
  32. «Traditional art of Shital Pati weaving of Sylhet». unesco.org. Consultado em 7 de dezembro de 2017 
  33. «Falconry, a living human heritage - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 1 de dezembro de 2016 
  34. «Majlis, a cultural and social space - intangible heritage - Culture Sector». unesco.org. Consultado em 23 de maio de 2017 
  35. «Arabic coffee, a symbol of generosity». unesco.org. Consultado em 23 de maio de 2017 
  36. «Carnival of Binche - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  37. «Procession of the Holy Blood in Bruges - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  38. «Aalst carnival - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  39. «Houtem Jaarmarkt, annual winter fair and livestock market at Sint-Lievens-Houtem - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  40. «Krakelingen and Tonnekensbrand, end-of-winter bread and fire feast at Geraardsbergen - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  41. «Leuven age set ritual repertoire - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  42. «Marches of Entre-Sambre-et-Meuse - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  43. «Shrimp fishing on horseback in Oostduinkerke - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  44. «Beer culture in Belgium». unesco.org. Consultado em 30 de novembro de 2016 
  45. «Processional giants and dragons in Belgium and France - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  46. «Language, dance and music of the Garifuna - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  47. «Oral heritage of Gelede - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  48. «Mask dance of the drums from Drametse - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  49. «Andean cosmovision of the Kallawaya - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  50. «Carnival of Oruro - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  51. «Ichapekene Piesta, the biggest festival of San Ignacio de Moxos - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  52. «Pujllay and Ayarichi, music and dances of the Yampara culture - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  53. «Ritual journeys in La Paz during Alasita». unesco.org. Consultado em 7 de dezembro de 2017 
  54. «Zmijanje embroidery - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  55. «Konjic woodcarving». unesco.org. Consultado em 7 de dezembro de 2017 
  56. «Oral and graphic expressions of the Wajapi - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  57. «Samba de Roda of the Recôncavo of Bahia - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  58. «Frevo, performing arts of the Carnival of Recife - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  59. «Círio de Nazaré (The Taper of Our Lady of Nazareth) in the city of Belém, Pará - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  60. «Capoeira circle - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  61. «Bistritsa Babi, archaic polyphony, dances and rituals from the Shoplouk region - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  62. «Nestinarstvo, messages from the past: the Panagyr of Saints Constantine and Helena in the village of Bulgari - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  63. «The tradition of carpet-making in Chiprovtsi - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  64. «Surva folk feast in Pernik region - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  65. «Cultural practices associated to the 1st of March». unesco.org. Consultado em 7 de dezembro de 2017 
  66. «Cultural practices and expressions linked to the balafon of the Senufo communities of Mali, Burkina Faso and Côte d'Ivoire». unesco.org. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  67. «Ritual dance of the royal drum». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  68. «Royal ballet of Cambodia - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  69. «Sbek Thom, Khmer shadow theatre - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  70. «Tugging rituals and games - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  71. «Polyphonic singing of the Aka Pygmies of Central Africa - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  72. «Baile Chino». unesco.org. Consultado em 23 de dezembro de 2015 
  73. «Kun Qu opera - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  74. «Guqin and its music - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  75. «Uyghur Muqam of Xinjiang - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  76. «Art of Chinese seal engraving - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  77. «China engraved block printing technique - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  78. «Chinese calligraphy - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  79. «Chinese paper-cut - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  80. «Chinese traditional architectural craftsmanship for timber-framed structures - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  81. «Craftsmanship of Nanjing Yunjin brocade - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  82. «Dragon Boat festival - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  83. «Farmers' dance of China's Korean ethnic group - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  84. «Gesar epic tradition - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  85. «Grand song of the Dong ethnic group - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  86. «Hua'er - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  87. «Manas - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  88. «Mazu belief and customs - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  89. «Nanyin - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  90. «Regong arts - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  91. «Sericulture and silk craftsmanship of China - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  92. «Tibetan opera - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  93. «Traditional firing technology of Longquan celadon - intangible heritage - Culture Sector - UNESCO». unesco.org. Consultado em 18 de dezembro de 2015 
  94. «Traditional handicrafts of making Xuan paper - intangible heritage - Cul