Guerra Iemenita de 1979 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Guerra Iemenita de 1979

Iêmen do Norte e do Sul
Data 24 de fevereiro - 19 de março de 1979
Local Fronteira Iêmen do Norte-Iêmen do Sul
Desfecho Acordo do Kuwait
  • Sem alterações territoriais
  • Nova promessa para unificar o Iêmen
Beligerantes
 Iêmen do Norte

Apoiado por:
 Arábia Saudita
 Jordânia
 Estados Unidos
 República da China
 Reino Unido

 Alemanha Ocidental
 Iêmen do Sul

Frente Democrática Nacional
Apoiado por:
 União Soviética
 Cuba
 Alemanha Oriental
 Tchecoslováquia

 Líbia
Comandantes
República Árabe do Iêmen Ali Abdullah Saleh Abdel Fattah Ismail
Forças
24,000

A Guerra Iemenita de 1979 foi um conflito militar breve entre o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul.[1] A guerra se desenvolveu a partir de uma ruptura nas relações entre os dois países após os presidentes de ambos serem derrubados em golpes. A hostilidade da retórica das novas lideranças de ambos os países aumentou, levando a combates fronteiriços de pequena escala, o que, por sua vez se transformou em uma guerra completa explodido em fevereiro em 1979. O Iêmen do Norte apareceu a beira de uma derrota decisiva,[2] contudo isto foi impedido por uma mediação bem sucedida na forma do Acordo do Kuwait de 1979, que resultou em forças da Liga Árabe sendo implantadas para patrulhar a fronteira Norte-Sul. Um acordo para unir os dois países também foi assinado, embora não fosse implementado. [3]

Conflito[editar | editar código-fonte]

O Iêmen do Sul foi acusado de estar fornecendo ajuda aos rebeldes no norte do país, através da Frente Democrática Nacional e cruzar a fronteira. [4]

Em 28 de fevereiro, as forças Iêmen do Norte e do Iêmen do Sul começaram a disparar de um lado para o outro da fronteira. [3] As força do Iêmen do Norte, lideradas por alguns oficiais radicais do exército, cruzaram a fronteira do Iêmen do Sul e atacaram várias aldeias. [3] O Iêmen do Sul, com o apoio da União Soviética, Cuba e Alemanha Oriental, respondeu invadindo o norte. [3] O Iêmen do Sul também foi apoiado pela FDN,[5] que estava no meio de combates em sua própria rebelião contra o governo do Iêmen do Norte.

Com a escalada da guerra, a Arábia Saudita e os Estados Unidos se apressaram para reforçar o armamento do governo do Iêmen do Norte. Citando a suposta agressão do Iêmen do Sul apoiado pelos soviéticos contra o Iêmen do Norte e a ameaça que poderia representar para a Arábia Saudita, aliado estadunidense; os Estados Unidos deram um grande passo para a assistência militar ao governo do Iêmen do Norte.[5]

Como parte disto, os Estados Unidos forneceram 12 aviões F-5E ao Iêmen do Norte, a fim de fortalecer o governo. No entanto, não havia pilotos no Iêmen do Norte treinados em voar no F-5E, e como resultado, os Estados Unidos e a Arábia Saudita providenciaram 80 pilotos de Taiwan, além de equipes de solo e unidades de defesa anti-aéreas enviadas para o Iêmen do Norte. [6]

A força-tarefa da Marinha dos Estados Unidos também foi enviada ao Mar da Arábia, em resposta à escalada de violência.[3] As forças do sul avançaram até a cidade de Taizz antes de se retirar. [7][8]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Acordo do Kuwait de 1979[editar | editar código-fonte]

Em março, os líderes do Iêmen do Norte e do Sul se reuniram no Kuwait para uma cúpula de reconciliação, em parte, à forte insistência do Iraque.[2] As negociações foram mediadas pela Liga Árabe. No âmbito do Acordo do Kuwait, as duas partes reafirmaram o seu compromisso com o objetivo e o processo de unificação do Iêmen, tal como tinha sido explicitado no Acordo de Cairo de 1972. O acordo de unificação foi particularmente resultado da pressão do Iraque, Síria e Kuwait, todos os quais defendiam um mundo árabe unificado a fim de melhor responder às questões decorrentes dos Acordos de Camp David, a invasão soviética do Afeganistão e a Revolução Iraniana. O trabalho para um projeto de constituição para um Iêmen unido prosseguiu ao longo dos próximos dois anos, no entanto a maioria das tentativas de implementar o espírito e a letra do acordo foram colocados em espera até 1982, e o fim da rebelião da Frente Democrática Nacional apoiada pelo Iêmen do Sul. [9]


Referências

  1. Burrowes, Robert, Middle East dilemma: the politics and economics of Arab integration, Columbia University Press, 1999, pages 187 to 210
  2. a b Burrowes, Robert D. (2010). Historical Dictionary of Yemen. [S.l.]: Rowman & Littlefield. p. 190 
  3. a b c d e Kohn, George C. (2006). «Dictionary of Wars». Infobase Publishing. p. 615 
  4. Hermann, Richard, Perceptions and behavior in Soviet foreign policy, University of Pittsburgh Pre, 1985, page 152
  5. a b Burrowes, Robert D. (2010). Historical Dictionary of Yemen. [S.l.]: Rowman & Littlefield. p. XXXII Chronology 
  6. «'Never' a wake-up call». Taipei Times. 15 de maio de 2010 
  7. Hoagland, Edward, Balancing Acts,Globe Pequot, 1999, page 218
  8. Interview with Al-Hamdani Middle East Research and Information Reports, February 1985
  9. Burrowes, Robert D. (2010). Historical Dictionary of Yemen. [S.l.]: Rowman & Littlefield. p. 219 


  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Yemenite War of 1979».