Ali Abdullah Saleh – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ali Abdullah Saleh
علي عبد الله صالح
Ali Abdullah Saleh
1.º Presidente do Iêmen
Período 22 de maio de 1990
a 25 de fevereiro de 2012
Vice-presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi
Sucessor(a) Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi[1]
Presidente do Iêmen do Norte
Período 18 de julho de 1978
a 22 de maio de 1990
Antecessor(a) Abdul Karim Abdullah al-Arashi
Sucessor(a) ele mesmo, como presidente do Iêmen
Vice-presidente do Iêmen do Norte
Período 24 de junho de 1978
a 18 de julho de 1978
Antecessor(a) Abdul Karim Abdullah al-Arashi
Dados pessoais
Nascimento 21 de março de 1942
Bait al-Ahmar, Reino do Iêmen
Morte 4 de dezembro de 2017 (75 anos)
Sanaa,  Iêmen[2]
Partido Congresso Geral Popular
Religião Islamismo zaidita
Profissão militar
Serviço militar
Anos de serviço 19582017
Graduação Marechal de campo

Ali Abdullah Saleh (Bait al-Ahmar, 21 de março de 1942Saná, 4 de dezembro de 2017) foi um político da República do Iémen.

Foi presidente da República Árabe do Iémen (Iémen do Norte), de 1978 a 1990 e do Iémen unificado, de 1990 a 2012. Em 1990, quando da unificação do país (que se tornou a atual República do Iémen), Saleh foi eleito presidente da nova republica, com 77,2% dos votos, e manteve-se no cargo até a eclosão da onda de protestos, durante a chamada Primavera Árabe.

Protestos no Iémen em 2011[editar | editar código-fonte]

Em 23 de abril de 2011, cerca de quatro meses após o ínício dos protestos no pais, o presidente Abdullah Saleh concordou em deixar o poder, após 32 anos no cargo.[3] Saleh aceitou o plano de transição elaborado por países da região do Golfo Pérsico, de maneira a encontrar uma saída pacífica para a crise política. O presidente entregou o cargo em 30 dias e nomeou um integrante da oposição para liderar um governo interino, até a realização de novas eleições presidenciais, programadas para o final de 2011. Pelo acordo estabelecido, Saleh, sua família e seus principais assessores recebem imunidade e não poderão ser processados.[4] O acordo deveria ter sido assinado no dia 30 de abril de 2011, mas Abdullah Saleh não quis assinar na posição de presidente. Conforme a oposição, Abdullah Saleh alterou o acordo, para ele assinar como líder partidário e não como presidente. Saleh foi o único ditador de um país árabe que não foi condenado á prisão perpétua após a sua renúncia, mas fugiu do país.

Morte[editar | editar código-fonte]

No dia 4 de dezembro de 2017, após um longo desentendimento entre os Houthis e militantes leais ao antigo governo de Saleh causado por um acordo que Saleh teria feito com a Arábia Saudita, membros dos Houthis atacaram o local onde Saleh morava em Sanaa, capital do Iêmen, e o mataram a tiros. Pouco depois, os Houthis divulgaram um vídeo no qual o cadáver de Saleh aparecia perfurado por tiros e ensanguentado.[2] Em nota, os houthis afirmaram que foi "a aliança de Saleh com os Emirados Árabes Unidos e com a Arábia Saudita que levaram ao humilhante destino que a vida de Saleh teve".[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

W. Day, Stephen (2012). Regionalism and Rebellion in Yemen: A Troubled National Union. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-1-1070-2215-7 

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Novo cargo
Presidente do Iémen
1990 - 2012
Sucedido por
Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi
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