Escola de Chartres – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Escola de Chartres ou Escola da catedral de Chartres foi uma escola catedral que funcionou na catedral de Chartres e que se tornou um importante centro de estudos na Europa medieval.

Seu ápice ocorreu nos séculos XI e XII, durante o chamado renascimento do século XII. Nesse período, segundo alguns historiadores, os grandes intelectuais da época, como Yves de Chartres, Gilbert de la Porrée, Bernard de Chartres,[1]Guillaume de Conches, Clarembaud d'Arras, Bernard Silvestre, Thierry de Chartres e Jean de Salisbury,[2] teriam sido ligados à escola, contribuindo para a fama da instituição.

Até a primeira metade do século XX, a Escola de Chartres era considerada pelos historiadores como a mais vigorosa expressão do espírito progressista do século XII. Mais recentemente (1965, 1970), contudo, R. W. Southern, em Medieval Humanism and Other Studies (Oxford, 1970), mostra que uma análise documental mais rigorosa não permitiria afirmar que houvesse mesmo essa supremacia. Para este autor, a escola de Chartres não seria diferente de numerosas outras escolas episcopais da época, e nada prova, até agora, que ela se tivesse distinguido por uma excepcional plêiade de mestres.[3] Suas características marcantes são segundo Boehner e Gilson[4] o cultivo das ciências naturais e a familiaridade com as literatura clássica.

Referências

  1. (em francês) Bernardo de Chartres (mort apr. 1126), Encyclopædia Universalis. Por Jean Jolivet.
  2. The Twelfth Century Arquivado em 23 de novembro de 2014, no Wayback Machine. University of Notre Dame
  3. «Chartres, école de (XIIe s.)». Por Jean Jolivet. Encyclopædia Universalis
  4. Boehner, Philotheus; Gilson, Etienne. História da Filosofia Cristã. Vozes, 2012

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