Edviges Sofia da Suécia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Edviges Sofia
Princesa da Suécia
Edviges Sofia da Suécia
Retrato por David von Krafft
Duquesa Consorte de Holsácia-Gottorp
Reinado 12 de maio de 1698
a 19 de julho de 1702
Predecessora Frederica Amália da Dinamarca
Sucessora Ana Petrovna da Rússia
 
Nascimento 26 de junho de 1681
  Castelo das Três Coroas, Estocolmo, Suécia
Morte 22 de dezembro de 1708 (27 anos)
  Estocolmo, Suécia
Sepultado em Igreja de Riddarholmen, Estocolmo, Suécia
Nome completo Edviges Sofia Augusta
Marido Frederico IV, Duque de Holsácia-Gottorp
Descendência Carlos Frederico, Duque de Holsácia-Gottorp
Casa Palatinado-Zweibrücken (por nascimento)
Holsácia-Gottorp (por casamento)
Pai Carlos XI da Suécia
Mãe Ulrica Leonor da Dinamarca
Religião Luteranismo

Edviges Sofia Augusta da Suécia (Estocolmo, 26 de junho de 1681 - Estocolmo, 22 de dezembro de 1708) foi uma princesa da Suécia e duquesa-consorte de Holsácia-Gottorp. Era a filha mais velha do rei Carlos XI da Suécia e da sua esposa, a rainha Ulrica Leonor. Foi herdeira do trono sueco até à sua morte e regente do ducado de Holsácia-Gottorp em nome do seu filho menor de idade entre 1702 e 1708. Algumas fontes referem-se a ela como Sofia.

Princesa da Suécia[editar | editar código-fonte]

Após a morte da sua mãe, Edviges e os seus irmãos foram colocados sob o cuidado da sua avó. Devido à influência da sua avó, a princesa passou a ter opiniões anti-dinamarquesas.

Duquesa consorte[editar | editar código-fonte]

A 12 de maio de 1698, Edviges casou-se em Karlberg com o seu primo, o duque Frederico IV de Holsácia-Gottorp. O casamento foi arranjado como parte da política tradicional sueca de se aliar com a Holsácia contra a Dinamarca. Anteriormente, tinha-se esperado que o seu irmão se casasse com a irmã de Frederico, mas o futuro rei da Suécia recusou a ideia. O casamento realizou-se contra a vontade de Edviges e não foi feliz. A duquesa estava sempre desejosa de se juntar às festas que se realizavam frequentemente na corte do seu irmão antes do início da Grande Guerra do Norte em 1700, e passou grande parte da sua vida na corte sueca. Visitou a Holsácia em 1699 e ficou lá durante cerca de um ano, mas em 1700 regressou à Suécia onde estava no segundo lugar na linha de sucessão e era herdeira presumível. Vivia principalmente em Karlberg.

Regente[editar | editar código-fonte]

Edviges Sofia com o irmão, Carlos

Em 1702, Edviges Sofia ficou viúva e passou a ser a regente formal do seu filho ainda menor de idade, o duque de Holsácia-Gottorp. Contudo, continuou a passar grande parte do seu tempo na Suécia e raramente visitava a casa do falecido marido: deixou os assuntos de família a cargo do duque Cristiano Augusto de Holsácia-Gottorp, tio do marido, mas os assuntos de maior importância eram-lhe sempre entregues a ela. Na Suécia fazia os possíveis para que o seu filho fosse aceite como herdeiro do trono sueco e o "Partido Holsácia", como era chamado, era também o candidato mais favorável até à morte de Edviges em 1708. Como viúva, voltou a ser alvo de planos de casamento. Entre os candidatos encontravam-se o príncipe-herdeiro de Hanôver, futuro rei Jorge II da Grã-Bretanha, mas Edviges recusou casar-se novamente uma vez que na altura tinha um caso com um jovem nobre chamado Olof Gyllenborg. A relação era do conhecimento publico na corte e parece ter sido aceite por todos menos pela sua avó, a duquesa Edviges Leonor de Holsácia-Gottorp.

Durante o seu tempo como princesa na corte sueca, Edviges Sofia foi descrita como uma mulher bonita que se interessava por moda e a sua relação com o seu irmão, o rei Carlos, era muito profunda. Em julho de 1709, o seu irmão, que se tinha tornado recentemente um refugiado devido à catástrofe militar em Poltava e se encontrava longe, em Tighina (actual Moldávia) recebeu finalmente a notícia da morte de Edviges Sofia em Estocolmo em dezembro anterior. Inicialmente, Carlos recusou-se a acreditar e foi esta a única vez em que alguém o viu a chorar. Foi um acontecimento que nunca pensei ter a infelicidade de sobreviver e sofreu daquela dor que nunca me vai poder deixar completamente até que aqueles que se separaram se voltem a encontrar novamente.[1] O funeral e enterro oficiais de Edviges só se realizaram na Igreja de Riddarholm em 1718, após a morte de Carlos.

Edviges é provavelmente mais recordada pela sua correspondência com o irmão Carlos XIII, que passou grande parte da sua vida em campanhas militares no estrangeiro. Quando o rei morreu em 1718 sem deixar descendentes masculinos, o único filho da falecida princesa, o duque Carlos Frederico, era o próximo na linha de sucessão para o suceder. No entanto, a irmã mais nova do rei, Ulrica Leonor, juntou o apoio necessário para subir ao trono em vez dele.

Edviges Sofia era avó paterna do czar Pedro III da Rússia.

Descendência[editar | editar código-fonte]

Genealogia[editar | editar código-fonte]

Os antepassados de Edviges Sofia da Suécia em três gerações
Edviges Sofia da Suécia Pai:
Carlos XI da Suécia
Avô paterno:
Carlos X Gustavo da Suécia
Bisavô paterno:
João Casimiro de Zweibrücken-Kleeburg
Bisavó paterna:
Catarina da Suécia
Avó paterna:
Edviges Leonor de Holsácia-Gottorp
Bisavô paterno:
Frederico III de Holsácia-Gottorp
Bisavó paterna:
Maria Isabel da Saxónia
Mãe:
Ulrica Leonor da Dinamarca
Avô materno:
Frederico III da Dinamarca
Bisavô materno:
Cristiano IV da Dinamarca
Bisavó materna:
Ana Catarina de Brandemburgo
Avó materna:
Sofia Amália de Brunsvique-Luneburgo
Bisavô materno:
Jorge, Duque de Brunsvique-Luneburgo
Bisavó materna:
Ana Leonor de Hesse-Darmestádio
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Edviges Sofia da Suécia

Referências

  1. Carta de Carlos a Ulrica Leonor, citada em The Life of Charles XII 1960
Fontes[editar | editar código-fonte]
Edviges Sofia da Suécia
Casa de Palatinado-Zweibrücken
Ramo da Casa de Wittelsbach
26 de junho de 1681 – 22 de dezembro de 1708
Precedida por
Frederica Amália da Dinamarca
Duquesa Consorte de Holsácia-Gottorp
12 de maio de 1698 – 19 de julho de 1702
Sucedida por
Ana Petrovna da Rússia