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EDP Brasil
EDP Brasil
Razão social EDP - Energias do Brasil S.A.
Empresa de capital fechado
Slogan Uma Boa Energia
Atividade Energia
Gênero Sociedade anónima
Fundação 2 de agosto de 2000
Sede São Paulo,  Brasil
Proprietário(s) EDP - Energias de Portugal
Presidente Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas
Pessoas-chave Carlos Emanuel Baptista Andrade (Diretor Vice-Presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios)
Luiz Otavio Assis Henriques (Diretor Vice-Presidente de Geração e Transmissão)
Michel Nunes Itkes (Diretor Vice-Presidente de Distribuição)
Henrique Manuel Marques Faria Lima Freire (Diretor Vice-Presidente Financeiro)
Empregados 10.000, entre colaboradores diretos e terceirizados
Produtos Geração, Transmissão, Distribuição, Comercialização e Serviços de Energia Elétrica
Subsidiárias EDP São Paulo
EDP Espírito Santo
Enerpeixe
Valor de mercado Aumento R$ 10,304 bilhões (Mar/2019)[1]
Lucro Aumento R$ 1,272 bilhões (2018)[2]
LAJIR Aumento R$ 3,821 bilhões (2018)[2]
Faturamento Aumento R$ 12,863 bilhões (2018)[2]
Website oficial www.edp.com.br

A EDP Brasil é uma holding brasileira do setor elétrico. Ela detém investimentos no setor de energia, ativos de geração, distribuição, transmissão e comercialização em 11 estados: São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A capacidade instalada atual é de 2,9 GW e 24,7 TWh de energia distribuída.

Distribuição de energia[editar | editar código-fonte]

Em distribuição, o grupo controla integralmente a EDP São Paulo, com atuação em 28 municípios, que compreendem o Alto Tietê (exceto Arujá e Santa Isabel) e parte do Vale do Paraíba e Litoral Norte; e a EDP Espírito Santo, que atende 70 dos 78 municípios capixabas, totalizando 3,4 milhões de clientes nos dois estados.

Geração de energia[editar | editar código-fonte]

Em geração de energia, o grupo participa dos seguintes empreendimentos:

Histórico[editar | editar código-fonte]

1996[editar | editar código-fonte]

Chegada ao Brasil

  • Início das operações do Grupo EDP no Brasil, com a aquisição de uma participação minoritária na Cerj (que se tornou Ampla, e hoje se chama Enel).

1997[editar | editar código-fonte]

Geração

  • O Grupo EDP assume 25% da hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães (Lajeado), no Tocantins, realizando assim seu primeiro investimento na área de geração no país.

1998[editar | editar código-fonte]

  • Aquisição do controle da Bandeirante Energia, em conjunto com a CPFL, no âmbito do processo de desestatização do setor elétrico paulista.

1999[editar | editar código-fonte]

  • Aquisição de participação direta e indireta na Iven, veículo controlador da Escelsa e da Enersul.

2000[editar | editar código-fonte]

  • É criada a EDP Brasil S.A.
  • Início da construção da termelétrica Fafen, no pólo petroquímico de Camaçari (BA), em parceria com a Petrobras

2001[editar | editar código-fonte]

  • Aquisição, em leilão, da concessão para construir a usina de Peixe Angical (TO), com potência de 452 MW.
  • Cisão da Bandeirante Energia, com a saída da CPFL do capital social da empresa, que passa a ser controlada unicamente pela Energias do Brasil.

2002[editar | editar código-fonte]

  • Hidrelétrica Lajeado entra em operação plena, com potência de 902,5 MW.

2003[editar | editar código-fonte]

  • Retomada das obras de Peixe Angical, que passa a ter Furnas como sócia (40%) na Enerpeixe, com financiamento do BNDES e de um pool de bancos.
  • Como primeiro passo de sua reestruturação societária, a então EDP Brasil passa a deter o controle direto da Iven S.A. e, conseqüentemente, da Escelsa e da Enersul;

2004[editar | editar código-fonte]

  • Começa o Programa Eficiência, projeto de sinergias nas distribuidoras. 
  • Segunda fase da reestruturação societária, que prepara a migração dos acionistas minoritários das distribuidoras.
  • Venda da participação na Fafen para a Petrobras, como efeito da ausência de um ambiente regulatório adequado para as usinas termelétricas.

2005[editar | editar código-fonte]

  • Lançamento da identidade visual baseada no sorriso, em consonância com o acionista controlador em Portugal, e mudança do nome da empresa para Energias do Brasil.
  • Conclusão do processo de reestruturação societária.
  • Desverticalização dos ativos, com a segregação dos negócios de geração e distribuição.
  • Abertura do capital da companhia com oferta pública de ações no Novo Mercado da Bovespa e capitalização das dívidas em dólar da Escelsa, em uma operação de quase R$ 1,2 bilhão, a maior do gênero no ano.

2006[editar | editar código-fonte]

  • Conclusão das obras do aproveitamento hidrelétrico Peixe Angical, no Estado de Tocantins. O primeiro conjunto gerador da usina entrou em operação no mês de junho. A terceira e última turbina começou a funcionar em setembro, totalizando 472 MW de capacidade instalada.
  • Iniciada em outubro, a operação comercial da quarta máquina da hidrelétrica Mascarenhas, no Espírito Santo, adicionou 50 MW de capacidade instalada à usina.

2007[editar | editar código-fonte]

  • Lançamento do projeto Letras de Luz.
  • A Energias do Brasil adquire a usina termelétrica Pecém, no Ceará, em parceria com a MPX Mineração. Cada empresa detém 50% do empreendimento. A usina, que representa um investimento de US$ 1,3 bilhão, resultará num aumento de 35% na capacidade instalada do grupo, que no mesmo ano inaugura a PCH São João (29 MW) e lança a pedra fundamental da PCH Santa Fé (25 MW), ambas no Espírito Santo.

2008[editar | editar código-fonte]

  • A EDP e a EDP Renováveis criam subsidiária e acordam 1º investimento eólico no país: a aquisição da CENAEEL [3]
  • A EDP firma uma parceria estratégica com a Cemig para implantação de 500 MW em Minas Gerais e Espírito Santo.
  • Em 2008 a EDP continua apoiando o Projeto Letras de Luz, em parceria com Fundação Victor Civita, que tem como missão estimular o hábito da leitura entre crianças e adolescentes nos municípios da área de atuação da companhia, por meio de oficinas, apresentações teatrais e doações a bibliotecas.
  • A EDP e MPX firmam acordo para expansão da base do projeto da Usina Termelétrica Porto do Pecém, localizada no Estado do Ceará.
  • A EDP fecha parceria com a Turma do Bem, organização não-governamental que, por meio do projeto Dentista do Bem, reúne cirurgiões-dentistas dispostos a oferecer atendimento gratuito a crianças carentes da rede pública de todo o Brasil.
  • A EDP conclui troca de ativos com Grupo Rede adicionando 653 MW à sua capacidade instalada, ao assumir 73% do capital votante da Investco, empresa que opera a Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães (Lajeado), localizada no Rio Tocantins, e cede ao Grupo Rede a distribuidora Enersul.
  • A EDP foi escolhida como uma das 20 empresas-modelo em responsabilidade corporativa, pelo Guia Exame de Sustentabilidade.
  • Prêmio ISE - ações desenvolvidas na área de sustentabilidade pela EDP, levaram a empresa a permanecer pelo terceiro ano consecutivo na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa.
  • A EDP ganha Prêmio Época de Mudanças Climáticas que destaca as empresas que possuem políticas para tratar a questão das mudanças climáticas.

2009[editar | editar código-fonte]

  • A EDP inicia o processo de migração para a marca EDP através do Programa de Transformação Organizacional “Vencer”, que está inserido num movimento de fortalecimento do espírito e da cultura do Grupo em todo o mundo.
  • O nome EDP passa a constar, com destaque, em todas as empresas do Grupo no Brasil, numa alteração que vem no sentido de unir ainda mais o grupo em torno de uma visão e de valores comuns.
  • A EDP inicia um ciclo marcado pelo foco de investimento em Geração, pelo reforço da qualidade e eficiência na Distribuição e pela criação de mais valor na Comercialização e Gestão de Energia.
  • A EDP passa a ter nova assinatura da marca – EDP, uma boa energia.
  • A EDP realizou o fórum que reuniu especialistas em inovação e sustentabilidade.
  • As ações da EDP no país tiveram uma valorização mantendo o índice de sustentabilidade empresarial BM&F/Bovespa.
  • A EDP ganhou o selo A+, a maior certificação de qualidade da Global Reporting Initiative.
  • A Distribuidora ES e a Distribuidora SP, juntas, atingiram a marca de 21.313 GWh distribuídos; totalizando uma população de 7,8 milhões de pessoas.
  • As duas empresas investiram mais de 20 milhões de reais em Projetos de Eficiência Energética, beneficiando mais de 100 mil clientes residenciais de baixo poder aquisitivo, instituições beneficentes e hospitais públicos.
  • No Ceará, a continuidade das obras da termelétrica de Pecem; no Espírtito Santo, a inauguração da Usina de Santa Fé; no Tocantins, a conquista da renovação da licença de operação da Investco.
  • A EDP conquistou as certificações ISO 14.000 de gestão ambiental, na usina Enerpeixe e nas pequenas centrais hidrelétricas São João e Paraíso.
  • A EDP deu continuidade aos patrocínios de peças teatrais, apoiando e desenvolvendo projetos que formam jovens artistas, projetando filmes e vídeos para a população carente por meio do Festival do Minuto e do Vitória Cine Vídeo.

2010[editar | editar código-fonte]

  • Lançamento da pedra fundamental do parque eólico de Tramandaí (RS), com 70 MW de capacidade instalada.
  • Inauguração da 1ª rede de abastecimento de veículos elétricos, no ES.
  • Bolsa de Inovação é a mais nova ferramenta de inovação da EDP.
  • Encontro EDP apresenta uma nova forma de integrar, comunicar e comemorar as conquistas do ano.
  • 5 anos de IPO (Oferta Pública Inicial), com valorização das ações em mais de 100%.
  • Repotenciação da 3ª unidade geradora da UHE Mascarenhas (ES).
  • Inauguração do Centro de Operação da Geração, que comanda 14 usinas do ES e MS.
  • ClimaGrid, em parceria com o Inpe, monitorará dados de vento, chuva, vegetação, raios e temperatura.
  • University Challenge estimula estudantes a equilibrarem mundo acadêmico com corporativo.
  • Comercializadora inicia investimento na área de serviços.
  • Portal do Voluntariado facilita a vida dos voluntários.

2011[editar | editar código-fonte]

  • EDP leva mobilidade elétrica ao campus da USP.
  • Criação de uma política de patrocínio de projetos culturais e esportivos com investimento de R$ 1,4 milhão.
  • Aparecida torna-se a primeira cidade inteligente do Estado de São Paulo, com o projeto InovCity.
  • Aquisição da UHE Santo Antônio do Jari, com 373,4 MW, entre os estados do Pará e Amapá.
  • João Carlos Guimarães, diretor da Comercializadora, assume presidência do Conselho de Administração da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
  • Aumento de 21 MW de energia assegurada em Mascarenhas (ES) e Peixe Angical (TO).
  • EDP mantém certificação NBR ISO 9001:2008; Enerpeixe recertifica o SGI e PCH Paraíso e São João certificadas pela OHSAS 18001:2007.
  • EDP comemora 35 anos de história e lança nova marca: humana, sustentável e inovadora.
  • Oferta pública de ações teve demanda 4,5 vezes superior do que a oferta prevista; EDP arrecadou R$ 810,7 milhões com a venda de 13,79%.
  • Centro Integrado de Medição e InovCity consolidam dados de medição e reduzem as perdas não técnicas.
  • Comercializadora bate recorde de vendas desde 2001: 1168 MWm comercializados.
  • UHE Lajeado bate recorde ao alcançar a maior geração acumulada anual de sua história: 4.549.644 MWh.
  • EDP e China Three Gorges estabelecem parceria estratégica.

2012[editar | editar código-fonte]

  • Ana Maria Machado Fernandes assume o cargo de diretora-presidente da companhia.
  • Em Assembleia Geral Ordinaria e Extraordinária foi aprovada a proposta de desdobramento das ações ordinárias representativas do capital social da EDP Energias do Brasil, de forma que cada ação ordinária passou a ser representada por três ações de mesma espécie.
  • Repotenciação de 4 MW eleva capacidade instalada de UHE Mascarenhas (ES) para 193,5 MW, com última repotenciação prevista para 2013 atingindo potência total de 198,8 MW.
  • Anunciada a alienação da participação societária na prestadora de serviços de transmissão de energia Evrecy Participações Ltda., condicionada à obtenção de aprovação prévia da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.
  • Distribuidora SP demonstra a melhor evolução de desempenho de todo o setor; e ganha o Prêmio Abradee, a mais reconhecida premiação do setor de distribuição de energia elétrica do Brasil.
  • Em 01 de Dezembro de 2012, a Usina Termelétrica Porto do Pecém I recebeu autorização da ANEEL para iniciar a operação comercial da primeira unidade geradora, com capacidade instalada de 360 MW. Sendo a EDP detentora de 50% do projeto.

2013[editar | editar código-fonte]

  • As ações da Companhia passaram a integrar o índice Bovespa.
  • Repotenciação de 4,5 MW eleva capacidade instalada de UHE Mascarenhas (ES) para 198,0 MW, dessa forma, finalizando o processo de repotenciação da usina.
  • Em 10 de maio de 2013, a Usina Termelétrica Porto do Pecém I recebeu autorização da ANEEL para iniciar a operação comercial da segunda unidade geradora, com capacidade instalada de 360 MW. Sendo a EDP detentora de 50% do projeto.
  • A Usina Enerpeixe conquistou o Selo Energia Sustentável - Certificação “OURO”, durante a Conferência “Brazil Energy Frontiers”, realizada no dia 03 de outubro de 2013, pelo Instituto Acende Brasil.
  • Em 06 de agosto de 2013, a UHE Cachoeira do Caldeirão recebe a licença de instalação para iniciar a construção do empreendimento.
  • Em 06 de dezembro de 2013, a EDP estabelece uma parceria com a China Three Gorges (“CTG”), para investimentos, em conjunto, no mercado de energia brasileiro. Adicionalmente, no âmbito da parceria, a Companhia venderá, após conclusão da transação prevista para ocorrer no 1º semestre de 2014, 50% de participação nos Empreendimentos Centrais Hídricas Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão.
  • Em 13 de dezembro de 2013 o Consórcio Terra Nova, constituído em parceria com a Companhia Furnas Centrais Elétricas S.A, vence no leilão A-5, realizado pela ANEEL, a concessão da Central Hídrica de São Manoel que será construída na divisa dos Estados do Mato Grosso e do Pará, no rio Teles Pires.
  • Ainda neste leilão, a EDP Renováveis Brasil, empresa em que a EDP detém 45% de participação, vende 45 MW médios de energia nova, por meio de quatro projetos de geração eólica: Aroeira, Jericó, Umbuzeiros e Aventura I, localizados no estado do Rio Grande do Norte.

2014[editar | editar código-fonte]

  • Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas assume o cargo de diretor-presidente da Companhia.
  • A Sra. Ana Maria Machado Fernandes ocupa o cargo de Presidente do Conselho de Administração, o Sr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração e o Sr. Miguel Dias Amaro é eleito como novo membro do Conselho de Administração da Companhia.
  • Assinado o Contrato de Compra e Venda para alienar 33,3% dos direitos de construção da UHE São Manoel para a CWEI Brasil, controlada integralmente pela China Three Gorges (operação sujeita à aprovação).

2015

  • Aqusição da APS (empresa de Eficiência Energética)

2016

  • Entrega da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão.
  • Aumento de capital de R$ 1,5 bilhão via emissão de novas ações.
  • A EDP Brasil arremata em Leilão de Transmissão da ANEEL um lote com 113 quilômetros de linhas e uma subestação de 150 MVA no Espírito Santo.

2017

  • Aquisição de 14,5% de participação no capital social da Celesc.
  • A EDP Brasil arremata quatro lotes de linhas de transmissão em leilão realizado em abril, configurando-se como a grande vencedora do certame em volume de investimentos. As obras envolvem a adição de 1.200 quilômetros de redes transmissoras ao sistema elétrico nacional nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Maranhão.

2018

  • Realização de Oferta Pública de Ações e aquisição de participação adicional da Celesc, totalizando 23,56% do capital social.
  • Entrega da UHE São Manoel.
  • Entrada em Operação Comercial da Linha de Transmissão no Espírito Santo com 20 meses de antecipação.
  • Alienação de Ativos de Geração - Costa Rica Energética, EDP PCH e Santa Fé.

2023

  • O grupo EDP, que detinha 56,05%[4] da EDP Brasil, lança uma OPA para a compra de 100% da empresa. O processo ficou concluido em agosto de 2023.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Bloomberg (30 de Março de 2018). «Valor de Mercado da EDP Brasil». Site da Bloomberg. Consultado em 29 de Março de 2019 
  2. a b c EDP Brasil (28 de Fevereiro de 2019). «Release 4T18 e 2018» (PDF). Site da EDP Brasil. Consultado em 29 de Março de 2019 
  3. «EDP Renováveis compra brasileira Cenaeel com Energias do Brasil». Estadao. 12 de junho de 2018 
  4. «Intenção da EDP em realizar um aumento de capital de mil milhões de euros». EDP. 2 de março de 2023. Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  5. «EDP conclui compra de 100% da EDP Brasil». Jornal de Negócios. 30 de agosto de 2023. Consultado em 17 de fevereiro de 2024