Coprocultura – Wikipédia, a enciclopédia livre

Coprocultura é o exame bacteriológico das fezes, geralmente humanas, muito utilizado em casos de gastroenterite adulta. A classificação das bactérias que podem provocar diarréia é a seguinte: bactérias invasoras e bactérias toxigênicas.[1][2] Após a colheita é realizado o plantio do material em um meio de enriquecimento ou um meio seletivo.

Colheita[editar | editar código-fonte]

A coprocultura é melhor realizada com fezes frescas, de preferência logo após sua emissão, evitando-se a contaminação com urina ou líquido do vaso sanitário. Todavia, um líquido conservador é bem-vindo. Se as fezes apresentarem muco, deve ser colhido uma amostra. É possível, também a colheita direta do reto com auxílio de um swab.[3]

Bactérias invasoras[editar | editar código-fonte]

São bactérias colonizadoras do tubo gastrointestinal. Podem produzir toxinas e evoluir atingindo outros locais. Exemplos: Shigella, Salmonella, Yersinia enterocolitica, Campylobacter jejuni e alguns sorotipos de Escherichia coli.[1]

Bactérias toxigênicas[editar | editar código-fonte]

Este tipo de bactéria, libera uma toxina para dissolver alimentos para sua nutrição, provocando assim, atividade patogênica no indivíduo. São exemplos de bactérias que produzem toxinas o Clostridium difficile, Clostridium perfringens, Vibrio parahaemolyticus, Staphylococcus aureus e Escherichia coli.[1]

Identificação bioquímica[nota 1][editar | editar código-fonte]

Provas de identificação rápida
Gênero Gás em glicose Lactose Manita Mobilidade Indol Citrato H2O Urease DA LDC
Escherichia +/- +/- + +/- + - - - - +
Aerobacter + +/- + + - + - - - +
Klebsiella + +/- + - - + - + - +
Hafnia + - + + - + - - - +
Citrobacter + +/- + + - + + - - -
Arizona + +/- + + - + + - - +
Salmonella + - + + - + +/- - - +
Shigella - - +/- - +/- - - - - -
Providence +/- - +/- + + + - - + -
Proteus +/- - - + + - + + + -

Referências

  1. a b c Otto, Miller; R. Reis Gonçalves. Atheneu, ed. Laboratório para o Clínico 8. ed. São Paulo: [s.n.] 
  2. Diagnósticos da América. «Cultura de fezes». Consultado em 2 de maio de 2009 
  3. Lima, A. Oliveira. Métodos de Laboratório Aplicados à Clínica. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Salmonella typhosa não usa citrato nem produz gás; Proteus rettgeri fermenta a manita, utiliza citrato e não produz H2O

Ver também[editar | editar código-fonte]