Canato de Bucara – Wikipédia, a enciclopédia livre

Canato de Bucara

Buxoro Xonligi • Canato de Bukhara • خانات بخار

15001745
17471785
Bandeira de guerra do Canato de Bucara
Bandeira de guerra do Canato de Bucara
Bandeira de guerra do Canato de Bucara

Mapa do Canato de Bucara c. 1600
Coordenadas de Bucara   39° 46' N 64° 26' E
Região Ásia Central
Capital Bucara
Países atuais  Uzbequistão
 Afeganistão
Cazaquistão
 China
Paquistão
Tajiquistão
Turquemenistão

Línguas oficiais persa, usbeque
Religião islão (sunismo e sufismo Naqshbandi)

Forma de governo monarquia
• 1500–1510  Maomé Xaibani
• 1758–1785  Abul Gazi Cã

Período histórico Idade Moderna
• 1500  Fundação da dinastia xaibânida
• 1505  Conquista de Samarcanda
• 1599  Fundação da dinastia jânida
• 1745  Conquista do canato pelo Afexárida Nader
• 1747  Restabelecimento do canato e fundação da dinastia Manguita
• 1785  Criação do Emirado de Bucara

População
 • 1902   2 000 000  (est.)

O Canato de Bucara (em persa: خانات بخارا; em usbeque: Buxoro Xonligi) foi um estado da Ásia Central[1] que existiu desde o segundo quarto do século XVI até ao fim do século XVIII. Bucara tornou-se a capital do breve Império Xaibânida[2][3] durante o reinado de Ubaide Alá Cã (r. 1533–1540). O canato alcançou a sua maior extensão e influência durante o reinado do penúltimo cã xaibânida, Abedalá Cã (r. 1577–1598).[4][5]

Nos séculos XVII e XVIII, o canato foi governado pela dinastia jânida (descendentes dos astracânidos).[6] Foram os últimos descendentes de Gengis Cã a governar Bucara.[6] Foi conquistado por Nader Xá, xá do Irão.[7] Depois da sua morte em 1747, o canato foi controlado por descendentes do emir usebeque Cudaiar Bi, pela posição ministerial de ataliq. Em 1785, o seu descendente, Xá Murade, formalizou a sucessão dinástica da família Manguita e o canato tornou-se parte do Emirado de Bucara.[8]

Dinastia xaibânida[editar | editar código-fonte]

Batalha entre o Ismail I da Pérsia e Maomé Xaibani
Ver artigo principal: Dinastia xaibânida

Durante o reinado de Abu Cair Cã (líder dos xaibânidas entre 1428 e 1468), a dinastia começou a consolidar as tribos dispersas Ozbeg (usbeques), primeiro na área à volta de Tiumen e do rio Tura e depois para sul na região do Sir Dária.[9] O seu neto Maomé Xaibani (governou entre 1500 e 1510), foi quem deu o nome à dinastia, conquistou Samarcanda, Herate,[10] Bactro[10] e Bucara,[10] findando desta maneira com as dinastia Timúrida e estabelecendo o Império Xaibânida de curta duração.[11] Depois da sua morte a mãos do Xá Ismail I,[12] foi sucedido por um tio, por um primo e por um irmão, dos quais os seus descendentes governariam o Canato de Bucara desde 1505 até 1598 e o Canato da Corásmia desde 1511 até 1695.[13]

Dinastia astracânida[editar | editar código-fonte]

A dinastia manguita (descendente dos astracânidas) governou o canato desde 1599 até 1747.[6] Iar Maomé e a sua família escaparam de Astracã depois desta cidade ter sido conquista pelos russos.[6] Teve um filho chamado Jani Maomé que teve dous filhos chamados da sua mulher, a qual era filha do último governante xaibânida.[14]

Referências

  1. Rasuly-Paleczek, Gabriele; Katschnig, Julia (1 de janeiro de 2005). Central Asia on Display: Proceedings of the VIIth Conference of the European Society for Central Asian Studies (em inglês). [S.l.]: LIT Verlag Münster. ISBN 9783825883096 
  2. Kantarci, Kemal; Uysal, Muzaffer; Magnini, Vincent P. (2014). Tourism in Central Asia: Cultural Potential and Challenges (em inglês). [S.l.]: CRC Press. ISBN 9781771880558 
  3. Hudson, William E. (2012). Global Issues 2012. Congessional Quarterly Inc (em inglês). [S.l.]: SAGE. ISBN 9781452226705 
  4. Middleton, John (1 de junho de 2015). World Monarchies and Dynasties (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 9781317451587 
  5. Gangler, Anette; Gaube, Heinz; Petruccioli, Attilio (1 de janeiro de 2004). Bukhara, the Eastern Dome of Islam: Urban Development, Urban Space, Architecture and Population (em inglês). [S.l.]: Edition Axel Menges. ISBN 9783932565274 
  6. a b c d Grousset, René (1 de janeiro de 1970). The Empire of the Steppes: A History of Central Asia (em inglês). [S.l.]: Rutgers University Press. ISBN 9780813513041 
  7. Bissell, Tom (18 de dezembro de 2007). Chasing the Sea: Lost Among the Ghosts of Empire in Central Asia (em inglês). [S.l.]: Knopf Doubleday Publishing Group. ISBN 9780307425249 
  8. Soucek, Svat (17 de fevereiro de 2000). A History of Inner Asia (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 9780521657044 
  9. Sicker, Martin (1 de janeiro de 2000). The Islamic World in Ascendancy: From the Arab Conquests to the Siege of Vienna (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 9780275968922 
  10. a b c Rene Grousset, The Empire of the Steppes, transl. Naomi Walford, (Rutgers University Press, 1970), 478.
  11. Svat Soucek, A History of Inner Asia, (Cambridge University Press, 2000), 149.
  12. ́goston, Ga ́bor A.; Masters, Bruce Alan (21 de maio de 2010). Encyclopedia of the Ottoman Empire (em inglês). [S.l.]: Infobase Publishing. ISBN 9781438110257 
  13. Ibbotson, Sophie; Lovell-Hoare, Max (15 de agosto de 2016). Uzbekistan (em inglês). [S.l.]: Bradt Travel Guides. ISBN 9781784770174 
  14. Bradley, D. L. (1 de março de 2015). Dictionary of Iran: A Shorter Encyclopedia (em inglês). [S.l.]: Lulu.com. ISBN 9781312825086 
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