Biotecnologia medicinal – Wikipédia, a enciclopédia livre

em cultura de tecidos in vitro de explantes de batata.

Biotecnologia médica, também conhecida como biotecnologia vermelha ou Sanitária e compreende as aplicações terapêuticas, diagnósticas, de saúde animal e de investigação clínica biológica.[1]

Actua nas seguintes áreas:

A biotecnologia medicinal é um caso específico na busca da junção das diferentes ciências biológicas com diferentes tecnologias para a produção de bens, produtos e serviços.

Utilização de microrganismos como biofábricas[editar | editar código-fonte]

Constitui-se na utilização de outras áreas da biotecnologia para investigar e descobrir novos fármacos(a partir do ambiente marinho, vegetal ou animal), cuja capacidade terapêutica para doenças conhecidas ou novas, seja interessante. Após a pesquisa e descoberta dos mesmos, é necessária a sua produção, que ocorre utilizando-se culturas celulares do microrganismo original ou de OGMs capazes de produzir o fármaco em questão, e seguinte extração da substância.[2]

Diagnóstico molecular e biosensores[editar | editar código-fonte]

Constitui-se na detecção de marcadores moleculares, presentes nos seres vivos que indiquem alguma característica do estado fisiológico do corpo (patologias e doenças, estados de tensão celular). Diferencia e evidencia o melhor tratamento, através da sua investigação. Entre os marcadores presentes encontram-se marcadores genéticos (variedades genéticas que predispõe a certas doenças, como o Câncer), proteínicos (enzimas que inibem genes ou estão defeituosas) ou moleculares (produtos secundários do metabolismo). Para isto utilizam-se microarrays (arrays ou biochips), tanto de genes como de proteínas, técnicas imuno-histoquímicas.[3]

Engenharia celular e de tecidos[editar | editar código-fonte]

Constitui-se na produção de células e tecidos que substituam a aqueles que estão degradados, perderam-se anatomicamente ou funcionalmente. Para isso utilizam o conhecimento da engenharia, cultivos celulares, células-mãe.[3]

Produção e proteínas recombinantes e anticorpos monoclonais[editar | editar código-fonte]

Constitui-se na utilização das células como ferramentas para produzir fármacos de forma barata e eficiente, sendo que os anticorpos monoclonais podem ser utilizados não só no tratamento como no diagnóstico.[3][4]

Terapia génica[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Terapia genética

Constitui-se na modificação do material genético das células (restrita à linhagem somática, pois a modificação em células da linhagem germinativa é totalmente proibida, de acordo com o artigo 6º da Lei da Biossegurança[5]), através dos conhecimento da engenharia genética, para aumentar, substituir, diminuir ou silenciar a expressão de verdadeiros genes e as suas respectivas proteínas resultantes, em pós de curar alguma doença ou característica fisiológica não desejada.[3]

Novos sistemas de administração de fármacos e vacinas[editar | editar código-fonte]

Constitui-se na utilização de nanotecnologia e no avanço da química, dispomos de novas formas de administrar fármacos e vacinas.[3]

Engenharia genética e farmacogenética[editar | editar código-fonte]

Consiste no estudo da distribuição e evolução da variabilidade genética entre os indivíduos de uma ou várias populações, o que correspondam, junto com as variáveis ambientais, a melhor resposta, a diferente forma de doenças e às diferentes terapias.[3]

Ensino[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Biotecnologia Medicinal
  2. Os OGM´s como biofábricas de medicamentos
  3. a b c d e f Biotecnologia Vermelha ou Sanitária (em português)
  4. «Diagnóstico de HIV». telelab.aids.gov.br. Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  5. «LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005». 24 de março de 2005. Consultado em 8 de dezembro de 2018 
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