Legio XXI Rapax – Wikipédia, a enciclopédia livre

Legio XXI Rapax

Estela descoberta na Alemanha com uma inscrição da Legio XXI Rapax (CIL XIII, 8651).
País Império Romano
Corporação Legião romana (Mariana)
Missão Infantaria (com alguma cavalaria de apoio)
Criação 31 d.C. até 92 d.C.
Patrono Augusto
Mascote Capricórnio
História
Guerras/batalhas Guerras Cantábricas (25–19 a.C.)
Ano dos quatro imperadores (69)
Campanha germânica de Domiciano (83–85)
"Revolta de Saturnino" (89)
Campanha suevo-sármata de Domiciano (89-97)
Logística
Efetivo Variado ao longo dos séculos
Sede
Guarnições Castra Regina (31 a.C.–9)
Castra Vetera (9–43)
Vindonissa (43–70)
Mogoncíaco (70–92)

Legio XXI Rapax ("Vigésima-primeira legião Predadora") foi uma legião do exército imperial romano[1] criada em 31 a.C. por Augusto. Foi aniquilada em 92, durante uma rebelião dos sármatas da Panônia em 92. O símbolo desta legião era o capricórnio.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A XXI Rapax provavelmente foi uma das legiões criadas por Augusto para a guerra contra os cantábrios (31 a.C.) da Hispânia Tarraconense. A vigésima-primeira foi uma das cinco legiões utilizadas por Druso, o Velho, para sufocar uma revolta entre os récios entre 16 e 15 a.C. Acabou deslocada para Castra Regina (Ratisbona, Alemanha), capital da nova província da Récia.

Após o desastre militar da batalha da Floresta de Teutoburgo (9), na qual as legiões XVII, XVIII e XIX foram aniquiladas numa revolta dos queruscos, a XXI Rapax foi enviada como reforço para a Germânia Inferior. Neste período, partilhou a base de Castra Vetera (Xanten, Alemanha) com a V Alaudae. As duas se envolveram num motim em 14 d.C.[3] Em 43, foram mobilizados para Vindonissa (Windisch, Suíça), na Germânia Superior.

No ano dos quatro imperadores (69), assim como o resto do exército da Germânia, a XXI Rapax apoiou as ambições de Vitélio, o governador da Germânia, e marchou contra Roma. Vitélio acabou derrotado por Vespasiano, que encontrou nova tarefa para a legião: ajudar a subjugar a Revolta dos Batavos, que irrompera nos atuais Países Baixos, e liberar as quatro legiões cercadas por Caio Júlio Civil. No ano seguinte, a rebelião já havia terminado, mas a legião permaneceu na área e partilhou o acampamento de Mogoncíaco com a XIV Gemina.

Em 89, a XXI apoiou uma nova tentativa fracassada de golpe, desta vez durante a "Revolta de Saturnino" contra Domiciano. O caso acabou pouco depois, mas a confiança se quebrou e a legião foi deslocada para a Panônia, onde acabou aniquilada em uma revolta no baixo Danúbio contra os sármatas, provavelmente uma referência aos roxolanos, em 92.[4]

Referências

  1. Grandes Impérios e Civilizações: Roma - Legado de um império. 1.ed. Madri: Ediciones del Prado, 1996. pp.112 p.. 2 v. v. 1 ISBN 84-7838-740-4 (em castelhano)
  2. L.J.F. Keppie, Legions and Veterans: Roman Army Papers 1971-2000, p. 128 (em inglês)
  3. Tácito, Anais 1.45 (em inglês)
  4. Bennett, Julian (1997). Trajan: Optimus Princeps: a Life and Times (em inglês). [S.l.]: Routledge. p. 33. ISBN 9780415165242 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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