Wilhelm Ostwald – Wikipédia, a enciclopédia livre

Wilhelm Ostwald Medalha Nobel
Wilhelm Ostwald
Processo Ostwald
Nascimento 2 de setembro de 1853
Riga
Morte 4 de abril de 1932 (78 anos)
Leipzig
Sepultamento Grande Cemitério de Riga
Nacionalidade alemão
Cidadania Alemanha, Império Russo
Progenitores
  • Gottfried Ostwald
  • Elisabeth Ostwald
Cônjuge Flora Helene* Mathilde Ostwald (von Reyher)
Filho(a)(s) Wolfgang Ostwald, Walter Ostwald
Irmão(ã)(s) Eugen Heinrich Ostwald
Alma mater Universidade de Tartu
Ocupação químico, esperantista, inventor, professor universitário, idista, escritor, físico, filósofo, professor
Prêmios Nobel de Química (1909), Medalha Wilhelm Exner (1923)
Empregador(a) Universidade de Leipzig, Universidade Imperial de Dorpat, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Universidade Técnica de Riga
Orientador(a)(es/s) Carl Schmidt
Orientado(a)(s) Arthur Amos Noyes, Georg Bredig, Paul Walden, Frederick George Donnan
Instituições Universidade de Tartu, Universidade Técnica de Riga, Universidade de Leipzig
Campo(s) química, físico-química
Obras destacadas Processo de Ostwald, lei da diluição de ostwald, Ostwald ripening

Friedrich Wilhelm Ostwald (let. Vilhelms Ostvalds) (Riga, 2 de setembro de 1853Leipzig, 4 de abril de 1932) foi um químico e filósofo alemão, nascido na Letônia.

Considerado o pai da físico-química, recebeu o Nobel de Química de 1909, por seu trabalho sobre catálise. Também desenvolveu um processo de fabricação de ácido nítrico por oxidação do amoníaco.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estudou na Universidade de Dorpat (atualmente Universidade Estatal Tartu), graduando-se em 1875, e trabalhando como professor neste centro até 1881. De 1881 a 1887 foi professor do Instituto Politécnico de Riga. Em 1887 mudou-se para a Universidade de Leipzig, para exercer a função de professor de físico-química. Nesta última universidade foi fundado o Instituto Ostwald, primeiro instituto dedicado ao estudo da físico-química, que Ostwald dirigiu até 1906.

Em 1900 descobriu o processo de preparação do ácido nítrico a partir da oxidação do amoníaco, usando como catalisador a platina, facilitando a produção em massa de fertilizantes e explosivos para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial.[1] Este processo foi substituído pelo processo de Haber-Bosch, tornando a produção de amônia mais econômica.[1] Construiu um viscosímetro que atualmente ainda é utilizado para medir a viscosidade das soluções, denominado viscosímetro de Ostwald.[1]

Recebeu o Nobel de Química de 1909, por suas pesquisas sobre a catálise, princípios fundamentais que governam os equilíbrios químicos e velocidade das reações (cinética química).[2] Formulou a lei de Ostwald, que rege os fenômenos da dissociação dos eletrólitos nas dissoluções.

Propôs uma nova teoria da cor, defendendo a normatização das cores. Em 1920 montou em Dresden um laboratório destinado aos seus estudos. Destacou-se, além disso, como escritor e editor científico.

Obras[editar | editar código-fonte]

Entre suas obras destacam-se: Filosofía natural (1902) e Ciência da cor (1923).

No livro A energia (1910), Ostwald expõe sua doutrina monista do "energetismo", onde propõe que todas as dualidades modernas (corpo x mente / matéria x força) e todos os fenômenos da natureza podem ser sintetizados e expressos por transformações de energia. Não só os fenômenos físico-químicos, mas também os da biologia, da psicologia e da sociedade humana. Como um dos expoentes mais interessantes do positivismo, Ostwald rejeitou os conceitos de matéria e também o de átomo, como noções metafísicas não demonstráveis, afirmando que aquilo que os cientistas lidam diariamente em suas pesquisas não são objetos materiais, mas sim medições de como a energia se transforma.[3]

Publicações selecionadas[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Lehrbuch der allgemeinen Chemie. Leipzig: W. Engelmann, 1896–1903. (2 vols.)
  • Leitlinien der Chemie: 7 gemeinverständliche Vorträge aus der Geschichte der Chemie. Leipzig : Akad. Verl.-Ges., 1906.
  • The Scientific foundations of analytical chemistry London: Macmillan, 1908. OCLC 35430378
  • Colour science, London: Winsor & Newton, 1933. OCLC 499690961
  • The color primer: A basic treatise on the color system of Wilhelm Ostwald, New York, N.Y.: Van Nostrand Reinhold, 1969. OCLC 760593331
  • Electrochemistry: History and theory : Elektrochemie: Ihre Geschichte und Lehre. New Delhi: Amerind Publishing Co. 1980. OCLC 702695546
  • Lebenslinien. Eine Selbstbiographie von Wilhelm Ostwald. Zweiter Teil, Leipzig 1887–1905 (3 vols). (Klasing & Co., g.m.b.H., Berlin 1927.) Translated as Wilhelm Ostwald: The Autobiography by Robert Jack. Springer, 2017.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Fernandes, Carlos. «Biografia de Friedrich Wilhelm Ostwald». Só Biografias, UFCG. Consultado em 21 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 14 de Outubro de 2012 
  2. «Perfil no sítio oficial do Nobel de Química 1909». Prêmio Nobel. Consultado em 21 de janeiro de 2013  (em inglês)
  3. Pinguelli Rosa, Luiz (2006). Tecnociências e Humanidades. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 498 páginas 
  4. Wilhelm Ostwald: The Autobiography. Traduzido por Jack, Robert. [S.l.]: Springer. 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Ernest Rutherford
Nobel de Química
1909
Sucedido por
Otto Wallach
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