Wanita dan Satria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Wanita dan Satria
Wanita dan Satria
Índias Orientais Neerlandesas
1941 •  p&b •  
Gênero drama
Direção Rd Ariffien
Produção Ang Hock Liem
Elenco
Companhia(s) produtora(s) Union Films
Idioma indonésio

Wanita dan Satria (pronunciado: [waˈnita ˈdan satˈria]; lit. "A Mulher e o Herói") é um filme dramático de 1941 dirigido por Rd Ariffien, sendo produzido na antiga colônia das Índias Orientais Neerlandesas – atual Indonésia. Foi produzido pelo estúdio Union Films, onde supõe-se ser uma obra perdida e é composto pelo elenco de atores Djoewariah, Ratna Djoewita, Hidajat, Z. Algadrie e Moesa. Em seu enredo, o mulherengo Soedrajat faz mal-uso de seu status para ter a confiança de várias mulheres, que ao final é punido por sua conduta. Ao geral, a película foi bem avaliada pela crítica com resenhistas destacando sua representação sobre os problemas femininos em uma sociedade muçulmana.

Enredo[editar | editar código-fonte]

Soedrajat faz mau uso de seu alto status social para ter a confiança de várias mulheres, ao mesmo tempo torna-se herdeiro da fortuna de seu tio, apesar deste ter um filho, o gentil e nobre Soelarsa. O tio fica desapontado com este último, ao qual considera Soedrajat um homem melhor. Considerando-se de classe alta, ele não está disposto a associar-se com pessoas de classes inferiores. Ao mesmo tempo, Soedrajat se apaixona por uma bela jovem, Koestijah. Enquanto, Soelarsa dirige um caminhão em direção à sua aldeia, o mesmo salva a vida de Koestijah onde ambos acabam por se apaixonar. Ao convencer o pai da moça, Soedrajat fica responsável pelo casamento dos dois.

Durante o matrimônio, é exposta a verdade acerca de Soedrajat. Tarmini, uma de suas antigas conquistas, diz aos convidados sobre a natureza do noivo. Com raiva, Soedrajat atira em Tarmini, que faz sua última confissão. Então, seu pai vinga-se de Soedrajat.[a]

Produção[editar | editar código-fonte]

Ang Hock Liem foi o responsável pela produção de Wanita dan Satria para o estúdio Union Films. Sendo dirigido por Rd Ariffien, ex-teatrista e jornalista que havia feito sua estreia na direção em Harta Berdarah (1940).[1] O roteiro ficou a cargo de Saeroen, ex-jornalista que trabalhava na Union.[2]

O filme monocromático é protagonizado por Djoewariah, Ratna Djoewita, Hidajat, Z. Algadrie e Moesa.[3] Este último era o mais experiente: atuava desde 1938, estando na Union desde 1940.[4] Enquanto, Djoewariah estava na companhia desde a produção de Bajar dengan Djiwa (1940),[5] já Ratna Djoewita e Hidajat não haviam atuado em nenhum filme antes de 1941.[6]

Lançamento e recepção[editar | editar código-fonte]

O lançamento de Wanita dan Satria ocorreu durante o ano de 1941, no mês de agosto na cidade de Bandungue e em setembro em Surabaia,[7] sendo livre para todas as idades.[8] No mesmo ano, uma romantização da obra foi publicada pela Kolff-Buning, com sede em Joguejacarta.[9] A fim de atrair intelectuais indonésios, a equipe de marketing enfatizou acerca da formação (não teatral) dos atores; intelligentsias possuíam respeito pelos atores do teatro tradicional.[10]

Uma resenha do jornal Soerabaijasch Handelsblad, com sede em Surabaia, declarou que o filme "proporciona uma reprodução clara dos direitos precários das mulheres indonésias e motiva neutralidade de seus direitos na sociedade muçulmana".[b][2] Uma outra resenha do mesmo jornal afirmou que o filme "é cativante do início ao fim",[c] um que "o público de Surabaia certamente não deve perder".[d][11]

Legado[editar | editar código-fonte]

Após Wanita dan Satria, a Union produziu mais dois filmes;[12] nenhum deles dirigidos por Rd. Ariffien, que havia deixado a empresa.[13] Seguidamente, Saeroen ausentou-se da companhia — sendo contratado pela Star Film.[14] Djoewariah continuou atuando até a década de 1950, quando migrou para o teatro após uma série de papéis secundários.[5] Ratna Djoewita e Hidajat não seguiram mais com a carreira.[15]

Supõe-se que o filme esteja perdido; o antropólogo estadunidense Karl G. Heider afirma que todos os filmes indonésios produzidos antes de 1950 estão perdidos.[16] No entanto, JB Kristanto do Katalog Film Indonesia (lit. "Catálogo de Filmes Indonésios") acredita que algumas películas estão disponíveis nos arquivos da Sinematek Indonesia, e Brian denota que várias produções japonesas encontram-se no Serviço Informativo do Governo da Holanda.[17]

Notas e referências

Notas

  1. O enredo do filme é derivado de duas resenhas de jornais contemporâneos. Veja: "Soerabaijasch Handelsblad 1941, Sampoerna a" e "Soerabaijasch Handelsblad 1941, Sampoerna b".
  2. No riginal (em indonésio): "... geeft een duidelijk beeld van de wankele positie der Indonesische vrouw en motiveert den drang naar een vaster omlijning harer rechten In de Mohammedaansche maatschappij".
  3. No riginal (em indonésio): "... is van het begin tot het eind boeiend".
  4. No riginal (em indonésio): "... het Soerabaiasche filmpubliek beslist niet missen".

Referências

Obras citadas[editar | editar código-fonte]