Viola (futebolista) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Viola
Informações pessoais
Nome completo Paulo Sérgio Rosa
Data de nascimento 1 de janeiro de 1969 (55 anos)
Local de nascimento São Paulo, SP, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,78 m
canhoto
Informações profissionais
Clube atual aposentado
Posição centroavante
Clubes de juventude
Corinthians
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1988–1995
1990
1991
1995–1996
1996–1998
1998–1999
1999–2001
2001
2002–2003
2004
2005
2005
2006
2007
2008
2008
2009
2010
2011
2012
2012
2013
2013
2014
2015–2016
Corinthians
São José-SP (emp.)
Olímpia (emp.)
Valencia
Palmeiras
Santos (emp.)
Vasco da Gama
Santos
Gaziantepspor
Guarani
Bahia
Flamengo
Juventus-SP
Uberlândia
Duque de Caxias
Angra dos Reis
Resende
Brusque
Juventus-SP
Morrinhos
Pesqueira
Grêmio Osasco
Tanabi
Portuguesa Santista
Taboão da Serra
00283 00(105)
00010 0000(1)
00015 0000(1)
00037 000(12)
00066 000(37)
00063 000(49)
00116 000(32)
00024 000(12)
00047 000(18)
00025 000(10)
00008 0000(4)
00000 0000(0)
00000 0000(0)
00006 0000(2)
00001 0000(1)
00014 000(10)
00003 0000(1)
00007 0000(6)
00008 0000(2)
00000 0000(0)
00000 0000(0)
00003 0000(0)
00002 0000(1)
00000 0000(0)
00009 0000(9)
Seleção nacional
1993–1995 Brasil 00010 0000(3)

Paulo Sérgio Rosa (São Paulo, 1 de janeiro de 1969), mais conhecido como Viola, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como centroavante.[1]

Formado nas categorias de base do Corinthians, é o 16º artilheiro da história do clube, com 105 gols em 283 jogos. Seu apelido teve origem ainda na infância, devido à marca da primeira chuteira que usava para treinar.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Corinthians[editar | editar código-fonte]

Em 1988, na final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Guarani, o então aspirante Viola precisou jogar no lugar do titular Edmar. E aos cinco minutos do primeiro tempo da prorrogação, o atacante fez o gol que deu o título ao Timão.[3][4]

São José e Olímpia[editar | editar código-fonte]

Após este início marcante como profissional, Viola passou por uma má fase em sua carreira, chegando a ficar três meses em 1989 sem marcar um gol. A cobrança da torcida era muito grande, e Viola foi jogar no São José, depois no Olímpia.

Retorno ao Corinthians[editar | editar código-fonte]

Em 1992, mais experiente, voltou ao Corinthians, em um período que marcou parte da sua história na equipe alvinegra. Viola fez gols e conquistou títulos importantes no futebol brasileiro. Atuando pelo Timão, o atacante acumulou, em 1995, os títulos do Campeonato Paulista[5] e da Copa do Brasil. Disputou 143 jogos, marcou 49 gols e conquistou a torcida, com a objetividade e a efetividade que se espera de um bom artilheiro, o carisma e a referência, marcados principalmente pelas suas comemorações irreverentes. Foi nesta fase também que Viola obteve exposição internacional, jogando pelo Corinthians e sendo convocado para a Seleção Brasileira.

Valencia[editar | editar código-fonte]

A exposição internacional e a boa fase no time alvinegro paulista levou-o a ser contratado pelo Valencia, da Espanha, em 1995. Apesar de à época ter sido a contratação mais cara do clube (4 milhões de dólares), Viola não se adaptou à Europa. Bateu boca com o então capitão e ídolo valenciano Fernando Gómez e, por determinação do treinador Luis Aragonés, era o único atleta a não dividir quarto. Era ironicamente chamado pelos torcedores de Príncipe de Bel-Air, em referência à série The Fresh Prince of Bel-Air (transmitida no Brasil sob o nome de Um Maluco no Pedaço) pois, a exemplo do protagonista da atração, um rapper interpretado por Will Smith, vivia com um walkman nos ouvidos.[6]

Palmeiras[editar | editar código-fonte]

Tais problemas trouxeram-no de volta ao futebol brasileiro em 1996, desta vez para defender o Palmeiras. O jogador teve bons números pelo clube alviverde, disputando 66 partidas e marcando 37 gols.[7]

Santos[editar | editar código-fonte]

No dia 18 de março de 1998, Viola teve sua contratação oficializada pelo Santos por empréstimo, ao custo de R$ 700 mil.[8] O atacante marcou seu primeiro gol pelo clube no dia 11 de abril, numa vitória por 3 a 2 diante da Portuguesa, válida pelo Campeonato Paulista.[9] Viola balançou as redes cinco vezes na Copa do Brasil, ajudando o Santos a chegar até as semifinais.[10]

Foi campeão da Copa CONMEBOL do mesmo ano, onde foi autor de quatro gols, sendo o artilheiro do time.[10] O jogador terminou artilheiro do Campeonato Brasileiro,[11] onde marcou 21 gols.[10][12] Terminou o ano de 1998 com 31 gols.[10]

No ano seguinte,[13] ficou no Santos nas campanhas do quarto lugar no Paulistão, eliminação para o Goiás na Copa do Brasil e no vice do Rio-São Paulo, marcando um total de 18 gols.[10]

Vasco da Gama[editar | editar código-fonte]

Viola transferiu-se para o Rio de Janeiro no segundo semestre de 1999, para defender o Vasco da Gama. Marcou seu primeiro gol pelo cruzmaltino em São Januário, no jogo em que o clube venceu o Vitória por 3 a 1, em partida válida pelo Brasileirão daquele ano. No mesmo ano marcou um gol de bicicleta contra o Cruzeiro pela Seletiva da Libertadores.

Em 2008, atuando pelo Duque de Caxias, Viola adotou uma postura de respeito, lembrada pelos torcedores cruzmaltinos como demonstração de amor pelo Vasco. O atacante, que defendeu o time carioca de 1999 a 2001, prometeu que não comemoraria caso marcasse gol em cima de seu ex-clube. O time do jogador, veterano, foi derrotado por 2 a 0 em São Januário. Ao ser substituído, aos 30 minutos do segundo tempo, Viola foi ovacionado pelo torcedores vascaínos e chorou.

No Vasco, o jogador formou dupla de ataque com Edmundo e Romário, outros dois grandes ídolos do clube carioca.[14] Viola marcou 32 gols, conquistou a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro de 2000.

Retorno ao Santos e Gaziantepspor[editar | editar código-fonte]

Em 2001, voltou ao Santos para o Brasileirão, onde marcou 12 gols em 24 jogos pelo Peixe.[9][10]

Após não conquistar títulos, deixou o time para jogar no Gaziantepspor, da Turquia, em busca de independência financeira.

Guarani e outros clubes[editar | editar código-fonte]

De volta ao Brasil em 2004, ele defendeu o Guarani, mas não conseguiu impedir o rebaixamento do time de Campinas no Campeonato Brasileiro.

No ano seguinte, Viola foi contratado pelo Bahia como a estrela do clube na disputa da Série B de 2005. O atacante foi o jogador mais caro do elenco, ganhando cerca de 70 mil reais mensalmente, e tentou justificar o investimento, marcando gols importantes.[15] Porém, o seu esforço não foi suficiente para evitar o rebaixamento do clube para a Série C. Ainda em 2005, Viola transferiu-se para o Flamengo, confirmando os boatos que davam conta de negociações com o clube carioca.[16] O jogador foi contratado com a missão melhorar o desempenho do ataque rubro-negro, naquele momento o pior da competição.[17] Ironicamente, Viola não chegou a atuar pelo clube carioca.

O último dia de 2005 e os primeiros de 2006, ficaram marcados pela sua detenção por porte ilegal de arma (uma espingarda).[18] Viola acabou passando três dias preso na Cadeia Pública de Barueri.[19] Entretanto, isso não impediu que o jogador mantivesse as negociações com o Juventus para a disputa do Campeonato Paulista.[20]

Em fevereiro de 2007, foi contratado pela UNITRI para jogar no Uberlândia o Módulo II do Campeonato Mineiro.[21] Após apenas dois gols e muita indisciplina, acabou dispensado do clube antes da fase final da competição.[22]

Voltou ao Rio de Janeiro em 2008, dessa vez para defender o Duque de Caxias no Campeonato Carioca. O jogador assinou um contrato de quatro meses e foi a principal contratação do clube, que voltou à primeira divisão do Campeonato Carioca.[23] No segundo semestre, o atacante acertou com o Angra dos Reis para disputar a segunda divisão do Campeonato Carioca.

Teve a sua a contratação anunciada pelo Resende, time da primeira divisão carioca, no dia 16 de dezembro de 2008. Viola, que foi apresentado no dia 9 de janeiro de 2009, teve uma passagem apagada pela equipe e começou a excursionar pelo país atuando em partidas de showbol.

No início de 2010, foi anunciado como o grande reforço do time do Brusque para a disputa do Campeonato Catarinense.[24] Já no dia 27 de junho, foi contratado pelo modesto Umuarama, do Paraná. Perdeu do Coritiba por 3 a 0 em memória do aniversário de 55 anos da cidade de Umuarama. No mesmo ano participou do reality show A Fazenda 3, da RecordTV.[25] Foi o sétimo eliminado da atração, com 76% dos votos, a maior taxa de rejeição da história do programa.[26][27]

Em 17 de janeiro de 2013, aos 44 anos, foi contratado pelo Grêmio Osasco.[28] No entanto, pela fraca campanha do clube na Série A2, logo encerrou seu contrato. No dia 12 de abril foi anunciado como novo reforço do Tanabi, do interior de São Paulo, para a disputa da Segunda Divisão Paulista.

Taboão da Serra e aposentadoria[editar | editar código-fonte]

No dia 26 de fevereiro de 2015, Viola assinou por cinco meses com o Taboão da Serra, de São Paulo, para disputar a Segunda Divisão Paulista (correspondente a quarta divisão).[29] Questionado sobre sua nova fase, o atacante declarou:

Viola estreou pelo Taboão no dia 25 de abril, em partida contra o Ecus, válida pela segunda rodada do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Logo na estreia, o veterano marcou seu primeiro gol pela nova equipe, o primeiro do jogo, na vitória por 2 a 1.[30]

Seleção Nacional[editar | editar código-fonte]

Foi chamado para participar da Seleção Brasileira que conquistou a Copa do Mundo FIFA de 1994 nos Estados Unidos.[31][32] Chegou a atuar na final contra a Itália por alguns minutos da prorrogação, mas não foi um dos batedores na disputa por pênaltis que garantiu o tetracampeonato do Brasil.[33][34]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Corinthians
Santos
Vasco da Gama
Seleção Brasileira

Artilharias[editar | editar código-fonte]

Corinthians
Santos

Referências

  1. Diogo Miloni. «Viola - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  2. «10 apelidos inusitados de jogadores brasileiros». 90min.com. 6 de outubro de 2016. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  3. «Em 1988, Viola marca o gol do título paulista do Corinthians contra o Guarani». ge. Consultado em 1 de março de 2024 
  4. «O nascimento de Viola, em 88». Terceiro Tempo. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  5. «Há 25 anos, Corinthians conquistava o Campeonato Paulista na despedida de Viola». Gazeta Esportiva. 6 de agosto de 2020. Consultado em 7 de abril de 2024 
  6. Luís Estevam Pereira, Viola, o paranoico, Revista Placar, Editora Abril, maio de 1996, págs.40-43
  7. «A passagem de Viola no Palmeiras». O Curioso do Futebol. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  8. «Santos acerta contratação de Viola». Folha de S.Paulo. 18 de março de 1998. Consultado em 28 de março de 2020 
  9. a b «Há 22 anos, Viola marcava seu primeiro gol com a camisa do Santos». Futebol Interior. 11 de abril de 2020. Consultado em 15 de janeiro de 2024 
  10. a b c d e f Lucas Paes (17 de dezembro de 2018). «As duas passagens de Viola pelo Santos». O Curioso do Futebol. Consultado em 15 de janeiro de 2024 
  11. «Elenco Brasileirão 1998 - Santos FC». Acervo Santista. 25 de julho de 1998. Consultado em 15 de janeiro de 2024 
  12. Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. Janeiro de 1999 
  13. Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. Fevereiro de 1999 
  14. «Romário, Viola, Edmundo e Túlio Maravilha teriam espaço no futebol atual?». Badalo. 22 de fevereiro de 2018. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  15. «Viola brilha e tira o Bahia da zona da morte na Série B». UOL. 19 de agosto de 2005. Consultado em 23 de julho de 2022 
  16. «Viola está na mira do Fla». ge. 16 de agosto de 2005. Consultado em 1 de março de 2024 
  17. «Flamengo contrata o atacante Viola». Virgula. 17 de agosto de 2005. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  18. «Preso em flagrante, Viola passa aniversário na cadeia». Folha de S.Paulo. 1 de janeiro de 2006. Consultado em 28 de março de 2020 
  19. «Jogador Viola é solto após três dias na cadeia». 3 de janeiro de 2006. Consultado em 17 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 28 de março de 2008 
  20. «Advogado de Viola deve pedir relaxamento da prisão nesta segunda». Gazeta do Povo. 1 de janeiro de 2006. Consultado em 28 de março de 2020 
  21. «Viola acerta com time mineiro». 2 de agosto de 2007. Consultado em 17 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 29 de março de 2008 
  22. «Viola é dispensado e não é mais jogador do Uberlândia Esporte». Consultado em 28 de março de 2020. Arquivado do original em 29 de março de 2008 
  23. Thiago Dias (3 de janeiro de 2008). «Com Viola, Duque de Caxias quer incomodar». ge. Consultado em 1 de março de 2024 
  24. «Brusque contrata veterano Viola, ex-Seleção Brasileira». GZH. 4 de janeiro de 2010. Consultado em 15 de fevereiro de 2023 
  25. «Conheça os participantes de 'A Fazenda 3'». VEJA. 29 de setembro de 2010. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  26. «Com 76% dos votos, Viola é o sétimo eliminado de "A Fazenda 3"». UOL. 19 de novembro de 2010. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  27. «"A Fazenda 3": Viola é eliminado». O Tempo. 19 de novembro de 2010. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  28. Luiza Oliveira (17 de janeiro de 2013). «Aos 44 anos, Viola assina com o Grêmio Osasco para jogar a Série A2 do Paulista». UOL. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  29. «Taboão da Serra anuncia contratação do atacante Viola». 7Segundos. 26 de fevereiro de 2015. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  30. «Aos 46 anos, Viola marca e Taboão vence o Ecus na quarta divisão de SP». ge. 25 de abril de 2015. Consultado em 1 de março de 2024 
  31. Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. Junho de 1994 
  32. «Por onde andam os jogadores campeões do mundo em 1994 pela Seleção Brasileira». GZH. 24 de abril de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  33. Leandro Stein (17 de julho de 2015). «E se Viola marcasse o gol que daria o tetra à Seleção?». Trivela. Consultado em 4 de dezembro de 2021 
  34. «Quem acertou e quem errou pênaltis na final da Copa do Mundo de 1994?». Goal.com. 25 de abril de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
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Artilheiro do Campeonato Brasileiro
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