Valdemar de Oliveira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Valdemar de Oliveira
Nome completo Valdemar de Oliveira
Nascimento 22 de maio de 1900
Recife, PE
Morte 18 de abril de 1977 (76 anos)
Recife - PE
Ocupação Médico
Cônjuge Esmeraldina Rosa Borges de Oliveira

Valdemar de Oliveira (Recife, 2 de maio de 1900Recife, 18 de abril de 1977) foi um médico, escritor, teatrólogo, ator e compositor brasileiro.[1][2]

Estudou piano com Olímpia Braga, Euclides Fonseca e Angéline Radévèse.[2]

Cursou Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia e Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife.[1][2]

Atuou como jornalista no Jornal do Commercio (Recife),[1] escrevendo e assinando colunas por 40 anos.[2]

Fez várias apresentações como pianista. Além do Recife, apresentou-se em outras cidades brasileiras e no exterior.[2]

O professor Potiguar Matos o definia com as seguintes palavras:

um apolíneo, na postura e nas ideias, um cético perdido nos trópicos, mas sem decepar as raízes profundas que o ligavam a sua terra.
Potiguar Matos[3]

Ele próprio se autodefinia, em versos:

Sete instrumentos toca, otimamente:
bacharel - ninguém nele confiou!
poeta - rimas faz, impunemente!
pianista - não toca mais, deixou...
professor - já faliu precocemente!
jornalista - coitado! fracassou!
Chofer, pode matar, até a gente
que outrora, como médico, poupou.
Como ator, foi-não-foi, lá se embaraça:
se quer fazer chorar, a gente ri,
ou soluça a plateia - se diz graça...
Coitadinho! O que tinha a dar já deu,
dentro do lema: "sem pensar em si"...
Mas quem será? Não é ninguém... Sou eu.

[3]

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

  • A musicotherapia: (cadeira de hygiene). [Salvador]: Imprensa Oficial, 1924.
  • Frevo, capoeira e "passo". Recife: Cia Ed Pernambuco, 1927.
  • Higiene. Recife: Livraria Universal, 1939.
  • Uma página da bravura pernambucana. Recife: Polícia Militar de Pernambuco, 1954.
  • O teatro brasileiro. Bahia: Universidade da Bahia, 1958.
  • Impressões de viagem: (Estados Unidos da América do Norte). Recife: Coleção Concordia, 1959.
  • Mário Melo. Recife: Imprensa Oficial de Pernambuco, 1959.
  • Caxias. Jaboatão: Comando Militar de Socorro, 1961.
  • Mundo submerso - memória. Recife: Imprensa Oficial, 1966 (primeira edição).
  • Eça, Machado, Castro Alves, Nabuco ... e o teatro. Recife: Imp. Universitária, 1967.
  • Olinda e sua data impartilhável. Olinda: Prefeitura Municipal de Olinda, 1970.
  • 208 crônicas da cidade. Recife: Gráfica Editora do Recife, 1971.
  • Valdemar setentão. Recife: Gráfica Editora do Recife, 1971.
  • Pernambuco e a independência. Recife: Governo do Estado de Pernambuco, 1973.
  • Quando eu era professor…. Recife: Universidade Católica de Pernambuco, 1973.
  • Um rotariano fala do Rotary. Recife: Rotary Club, 1974.
  • Oswaldo Cruz, paixão, glória e morte. Recife: Academia Pernambucana de Letras, 1974.
  • O capoeira: Um teatro do passado. Brasília, DF: MEC/FUNARTE, 1977.

Trabalhos publicados[editar | editar código-fonte]

Peças teatrais[editar | editar código-fonte]

  • Tem de casar, casa!
  • Os três maridos dela
  • Eva na política
  • Um rapaz de posição
  • Tão fácil, a felicidade…
  • Honra ao mérito
  • Aonde vais, coração?: comédia em 3 atos. Ed. do Grupo Gente Nossa. Recife: [s.n.], 1934.
  • Uma mulher inteligente
  • O menino do cofre
  • Mocambo: comédia social em 3 atos. Recife: Imprensa Oficial, 1940.
  • Zé Mariano
  • Soldados da retaguarda: comédia social em 3 atos. Recife: [s.n.], 1945.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Músicas[editar | editar código-fonte]

Instituições literárias e artísticas[editar | editar código-fonte]

Valdemar de Oliveira foi diretor do Teatro de Santa Isabel

Foi um dos criadores do Teatro de Amadores de Pernambuco, tendo construído o Nosso Teatro (hoje Teatro Valdemar de Oliveira), depois presidido pelo seu filho Reinaldo de Oliveira.[5]

Ocupante da cadeira 25 da Academia Pernambucana de Letras, exerceu a presidência da Academia entre 1950 e 1961, quando renunciou ao cargo, espontaneamente.[1]

Foi membro da Academia Brasileira de Música.[2]

Foi um dos fundadores da Regional pernambucana da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES-PE), tendo sido seu primeiro presidente, entre 1972 e 1973.

Foi um dos fundadores da Academia Pernambucana de Medicina.

Referências

  1. a b c d e «Valdemar de Oliveira». Consultado em 26 de agosto de 2022 
  2. a b c d e f «Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira». Consultado em 26 de agosto de 2022 
  3. a b Antonio Edson Cadengue (2018). «Reinaldo de Oliveira - do bisturi ao palco». Books Google. Consultado em 23 de maio de 2023 
  4. «discografia». Consultado em 26 de agosto de 2022 
  5. «Teatro Valdemar de Oliveira». Consultado em 26 de agosto de 2022 

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  • OLIVEIRA, Valdemar. Mundo submerso, 3.ed. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 1985.
  • PARAÍSO, Rostand. Academia Pernambucana de Letras - Sua história, v. 1. Recife: APL, 2006.
  • ARAÚJO, João; PEREIRA, Margarida; GOMES, Maria José. 100 anos de frevo: uma viagem nostálgica com os mestras das evocações carnavalescas. - Recife: Baraúna, 2007. ISBN 85-98152-42-0

Ligações externas[editar | editar código-fonte]