Partido Popular Suíço – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura o partido político italiano, veja União dos Democratas-Cristãos e Democratas de Centro.
União Democrático do Centro
Partido Popular Suiço

Schweizeirische Volkspartei
Union Democrátique du Centre
Unione Democratica di Centro
Partida Populara Svizra
Partido Popular Suíço
Presidente Albert Rösti
Vice-Presidentes Thomas Aeschi,
Céline Amaudruz,
Oskar Freysinger
Membros no
Conselho Federal
Ueli Maurer,
Guy Parmelin
Fundação 22 de setembro de 1971
Sede Brückfeldstrasse 18 CH-3001, Berna, Suíça
Ideologia Nacionalismo[1]
Conservadorismo[2][3]
Populismo de direita[4][5][6]
Agrarianismo[7][8]
Liberalismo económico[3]
Euroceticismo[9]
Isolacionismo[10]
Oposição à imigração[11]
Conservadorismo social[12]
Espectro político Direita[13] a Extrema-direita[14][15][16][17]
Ala de juventude PPS jovem
Ala LGBT GaySVP[18]
Membros (2015) 90 000[19]
Conselho
Federal
2 / 7
Conselho
dos Estados
6 / 46
Conselho
Nacional
53 / 200
Executivos
Cantonais
25 / 154
Assembleias
Cantonais
539 / 2 609
Executivos
Comunais
151 / 1 146
Assembleias
Comunais
824 / 5 403
Cores Verde
Slogan Qualidade suíça, o partido da classe média
Página oficial
https://www.svp.ch/partei/

A União Democrática do Centro ou Partido Popular Suíço (em francês, Union démocratique du centre, UDC; em italiano, Unione Democratica di Centro, UDC; em alemão, Schweizerische Volkspartei, SVP, e, em romanche, Partida Populara Svizra, PPS, sendo que, nos dois últimos casos, a tradução literal é "partido popular suíço") é um partido político da Suíça, ideologicamente conservador e economicamente liberal.

História[editar | editar código-fonte]

Origem[editar | editar código-fonte]

Foi fundado em 1971, resultante da fusão do Partido dos Agricultores, Artesãos e Comerciantes, mais conhecido como Partido Agrário, com os partidos Democratas dos cantões de Glarus e Grisões.

Ascensão[editar | editar código-fonte]

Desde sua fundação até 1991, o SVP sempre teve sua votação na casa dos 11%, sendo sempre o quarto partido da Federação Suíça. Porém, a partir dos anos 1990, apoiado em um discurso mais contundente, o partido obteve ganhos extraordinários a cada eleição, até se tornar o maior partido em 2003 e obter a maior votação já alcançada por um partido político em toda história helvética, ao atingir 28,9% em 2007.[20]

Política[editar | editar código-fonte]

O SVP adere ao conservadorismo nacional, visando a preservação da soberania política da Suiça. Além disso, o partido promove o princípio da responsabilidade individual e é cético em relação a qualquer expansão dos serviços governamentais. Essa postura é mais evidente na rejeição da adesão da Suíça à União Europeia, a rejeição da participação militar no exterior, e pela rejeição dos aumentos nos gastos do governo com a previdência social e educação.

O discurso partidário concentra-se em questões de política externa, imigração e política de segurança interna, política fiscal e previdência social. Entre os opositores políticos, o SVP ganhou uma reputação como um partido que mantém uma postura linha-dura sendo constantemente, classificado como um partido de extrema-direita.

Economia[editar | editar código-fonte]

O SVP prega a redução da carga tributária e controle rígido dos gastos governamentais.

Imigração[editar | editar código-fonte]

A sua política de imigração tem por objetivo tornar mais rigorosas as leis de asilo e reduzir a imigração. O SVP alerta para o peso da imigração no sistema de bem-estar social e critica a alta proporção de estrangeiros entre os beneficiários de seguro da Assistência Social e outros programas sociais. Segundo a opinião do partido, o montante dessas prestações constituem desperdício de dinheiro dos contribuintes.

O SVP tem sido um feroz crítico do Islã, pregando a diminuição da imigração de muçulmanos para a Suiça. Em 2009, o partido propôs um plebiscito sobre a proibição da construção de minaretes. A proposta foi aprovada por 57% dos votantes.[21]

No ano seguinte, o SVP patrocinou o plebiscito que pedia a expulsão imediata de imigrantes condenados por crimes. A proposta foi aprovada por 53% dos eleitores.[22]

O partido é constantemente acusado, por seus adversários e pela imprensa, de ser xenofóbico. Mas defende-se, alegando que apenas combate os estrangeiros criminosos e aqueles que não querem se integrar à cultura helvética. A seu favor nesta questão, conta com uma atratividade cada vez maior entre jovens estrangeiros, os chamados secondos (denominação comum à segunda geração de estrangeiros).[23]

Resultados Eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data CI. Votos % +/- Conselho dos
Estados
+/- Conselho
Nacional
+/-
1971 4.º 220 487
11,1 / 100,0
5 / 44
23 / 200
1975 4.º 192 053
9,9 / 100,0
Baixa1,2
5 / 44
Estável
21 / 200
Baixa2
1979 4.º 212 705
11,6 / 100,0
Aumento1,7
5 / 44
Estável
23 / 200
Aumento2
1983 4.º 217 166
11,1 / 100,0
Baixa0,5
5 / 46
Estável
23 / 200
Estável
1987 4.º 213 253
11,0 / 100,0
Baixa0,1
4 / 46
Baixa1
25 / 200
Aumento2
1991 4.º 243 268
11,9 / 100,0
Aumento0,9
4 / 46
Estável
25 / 200
Estável
1995 4.º 283 902
14,9 / 100,0
Aumento3,0
5 / 46
Aumento1
29 / 200
Aumento4
1999 1.º 440 159
22,6 / 100,0
Aumento7,7
7 / 46
Aumento2
44 / 200
Aumento15
2003 1.º 560 750
26,7 / 100,0
Aumento4,1
8 / 46
Aumento1
55 / 200
Aumento11
2007 1.º 672 562
28,9 / 100,0
Aumento2,2
7 / 46
Baixa1
62 / 200
Aumento7
2011 1.º 648 675
26,6 / 100,0
Baixa2,3
5 / 46
Baixa2
54 / 200
Baixa8
2015 1.º 740 954
29,4 / 100,0
Aumento2,8
5 / 46
Estável
65 / 200
Aumento11
2019 1.º 620 343
25,6 / 100,0
Aumento3,8
6 / 46
Aumento1
53 / 200
Baixa12

Eleições para o Conselho Federal[editar | editar código-fonte]

Data Conselheiros
Federais
+/-
1971
1 / 7
1973
1 / 7
Estável
1975
1 / 7
Estável
1977
1 / 7
Estável
1979
1 / 7
Estável
1982
1 / 7
Estável
1983
1 / 7
Estável
1984
1 / 7
Estável
1986
1 / 7
Estável
1987
1 / 7
Estável
1989
1 / 7
Estável
1991
1 / 7
Estável
1993
1 / 7
Estável
1995
1 / 7
Estável
1998
1 / 7
Estável
1999
1 / 7
Estável
2000
1 / 7
Estável
2002
1 / 7
Estável
2003
2 / 7
Aumento1
2006
2 / 7
Estável
2007
2 / 7
Estável
2008
1 / 7
Baixa1
2009
1 / 7
Estável
2010
1 / 7
Estável
2011
1 / 7
Estável
2015
2 / 7
Aumento1
2017
2 / 7
Estável
2018
2 / 7
Estável
2019
2 / 7
Estável

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Switzerland election: Victory for nationalist Swiss People's Party». Belfast Telegraph. 19 de outubro de 2015 
  2. Skenderovic 2009, p. 124: "... and prefers to use terms such as 'national-conservative' or 'conservative-right' in defining the SVP. In particular, 'national-conservative' has gained prominence among the definitions used in Swiss research on the SVP".
  3. a b Geden 2006, p. 95.
  4. Skenderovic 2009, pp. 9, 123–172.
  5. Mazzoleni, Oskar (2007), «The Swiss People's Party and the Foreign and Security Policy Since the 1990s», Ashgate, Europe for the Europeans: The Foreign and Security Policy of the Populist Radical Right, p. 223 
  6. Switzerland: Selected Issues (EPub). [S.l.]: International Monetary Fund. 10 de junho de 2005. pp. 97–. ISBN 978-1-4527-0409-8. Consultado em 19 de julho de 2013 
  7. Svante Ersson; Jan-Erik Lane (28 de dezembro de 1998). Politics and Society in Western Europe. [S.l.]: SAGE. pp. 108–. ISBN 978-0-7619-5862-8. Consultado em 17 de agosto de 2012 
  8. Aleks Szczerbiak; Paul Taggart (2008). Opposing Europe?: The Comparative Party Politics of Euroscepticism: Volume 2: Comparative and Theoretical Perspectives. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 70–. ISBN 978-0-19-925835-2 
  9. Alexandre Afonso. «What does the Swiss immigration vote mean for Britain and the European Union?». Political Studies Association 
  10. Skenderovic 2009, pp. 124, 131, 156, 168.
  11. «Anti-immigration SVP wins Swiss election in big swing to right». BBC News. 19 de outubro de 2015. Consultado em 19 de outubro de 2015 
  12. «Switzerland - Political parties». Norwegian Centre for Research Data. Consultado em 27 de março de 2019 
  13. «Political Parties». Swissinfo. 3 de fevereiro de 2011. Consultado em 12 de abril de 2016 
  14. (em francês) Marc Deleplace, Les discours de la haine : récits et discours de la passion dans la cité, Presses universitaires du Septentrion, 2009, page 321
  15. (em francês) Jean-Guy Prévost, L'extrême droite en Europe: France, Autriche, Italie, Editions Fides, 2004, page 11
  16. (em francês) Pierre Blaise et Patrick Moreau (dir.), « Suisse » et « UDC » Extrême droite et national-populisme en Europe de l'Ouest: analyse par pays et approches transversales, CRISP, Belgique, 2004
  17. (em francês) Marcel Burger, Gilles Lugrin, Raphaël Micheli et Stéphanie Pahud, « Linguistiques et manipulation. Le cas d'une campagne de l'extrême droite en Suisse »[ligação inativa], Suisse, laboratoire politique européen ?, ENS Editions, n°86 juillet 2006
  18. «Gruppe Gays in der SVP». gaysvp.ch. Consultado em 8 de maio de 2017 
  19. The Swiss Confederation — A Brief Guide. [S.l.]: Federal Chancellery. 2015. p. 18. Consultado em 14 de dezembro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 20 de dezembro de 2016 
  20. «Record poll win for Swiss right» 
  21. «Suíça aprova proibição dos Minaretes» 
  22. «Suiça aprova expulsão de imigrantes criminosos» 
  23. «Direita conservadora atrai cada vez mais estrangeiros» 
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