Ukiyo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Onnayu ("mulheres no banho").[1] Xilogravura ukiyo-e a cores de Torii Kiyonaga (1752-1815)

Ukiyo (浮世 "Mundo Flutuante"[2]?) descreve o estilo de vida urbano, especialmente aspectos da busca pelo prazer, do período Edo no Japão (1603-1867). A cultura do "mundo flutuante", desenvolvida em Yoshiwara, uma zona de meretrício em Edo (atual Tóquio) que tinha premissão para operar o shogunato, onde havia inúmeros bordéis, casas de chá (Chashitsu) e teatros kabuki, lugares frequentados pelos chonin, membros da crescente classe dos comerciantes da época.

A cultura ukiyo desenvolvida igualmente noutras cidades como Osaka e Kyoto, desenrolou-se em diferentes expressões artísticas como o ukiyo-e (浮世絵 "retratos do mundo flutuante"?) ou o ukiyo-zôshi (浮世草子 "livros do mundo flutuando"?), em que Ihara Saikaku foi o seu pioneiro.[3]

O termo é uma alusão irónica homófona do termo budista "mundo doloroso" (憂き世?), que fazia alusão a uma vida pessimista do mundo, sobre o plano terreno da morte e renascimento a partir do qual os budistas procuraram realizar.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. The Compact Nelson, Japanese-English Character Dictionary, Charles E. Tuttle Company, Tokyo 1999, ISBN 4-8053-0574-6
  2. El arte en el Japón Edo. El artista y la ciudad, 1615-1868, página 29. Volumen 13 de Arte en contexto. Christine Guth, Ediciones AKAL, 2009. ISBN 844602473X.
  3. La imagen política, página 286. Volumen 60 de Estudios de arte y estética, editor Cuauhtémoc Medina. UNAM, 2006. ISBN 9703218830.