Torneira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Uma torneira da década de 1960.

Uma torneira é uma válvula mecânica simples que se destina a regular (ou deter ou liberar) o fluxo de um fluido numa tubagem.

Uso[editar | editar código-fonte]

Nas habitações a torneira ou libera ou impede a saída da água em banheiros, cozinhas, área de serviço, etc.

Diferencia-se do registro de água por permitir a saída de água para fora do dispositivo, e não apenas controlar o fluxo e pressão desta para dentro de um imóvel.

Funcionamento de uma torneira.

Funcionamento[editar | editar código-fonte]

Animação de uma torneira pingando.

A torneira tem um corpo unido à tubagem de água ou do fluido a controlar, por onde se efectua a alimentação. No interior há um dispositivo de obturação que consiste num eixo roscado que, accionado por um manípulo acessível do exterior, permite abri-la ou fechá-la, tendo como consequência o afastamento ou a aproximação de um disco de borracha, mais recentemente de cerâmica por sofrer muito menor desgaste, que obstrui ou permite a passagem do fluido para o tubo de saída.

Torneira termostática[editar | editar código-fonte]

É uma torneira em que é possível regular a temperatura de saída da água rodando um manípulo. O tubo de saída é único não havendo separação entre água quente e fria. É uma torneira usada especialmente nas banheiras e nas cozinhas.

Torneiras automáticas / com sensor / eletrônicas[editar | editar código-fonte]

Torneiras que podem ter apenas o fechamento, ou a abertura e o fechamento automatizados. No primeiro caso existem dois sistemas que fazem a temporização da torneira, o sistema mecânico onde o usuário pressiona um botão liberando o fluxo da água e uma mola retorna este botão à posição inicial interrompendo o fluxo. O sistema eletrônico que reconhece o toque do usuário e aciona uma eletro-válvula que libera o fluxo de água por tempo pré-definido. Já as torneiras totalmente automatizadas são apenas eletrônicas. Através de um sensor de presença que reconhece a proximidade das mãos do usuário, sem a necessidade de contato, o que é higiênico, a eletro-válvula é acionada e libera o fluxo de água. Estas porém não são temporizadas mantendo o fluxo durante a presença do usuário e interrompendo imediatamente após sua ausência. As torneiras com sensor já são utilizadas há muitos anos em locais onde é imperativo manter a higiene, como Lavatórios Médicos e Barreiras Sanitárias, porém com o imperativo da economia de água, sua utilização tornou-se obrigatória em instalações sanitárias de alto tráfego de pessoas.

A primeira torneira eletrônica de que se tem conhecimento foi mostrada ao público em 1985, em uma feira de Ciências na cidade de Umuarama (PR). O aluno Anisio Rodrigues dos Santos, juntamente com sua equipe de sala de aula, recebeu o troféu de 1º colocado geral, em um evento onde participavam escolas de 19 municípios da região.


Torneiras elétricas[editar | editar código-fonte]

Existem também as chamadas "torneiras elétricas", que, para além do dispositivo da torneira propriamente dito, têm um aquecedor de água ligado à rede elétrica, proporcionando água quente, sendo utilizadas nomeadamente em locais de muito frio, e onde lavar louça com água fria pode se tornar uma atividade penosa. A utilização desses dispositivos como forma de aquecimento de água resultam em um elevado custo de energia elétrica, pelo que muitas residências estão adotando os painéis movidos a energia solar, como alternativa.

Referências gerais[editar | editar código-fonte]

  • Diversos, Lexicoteca-Moderna Enciclopédia Universal, Círculo de leitores, Tomo XVII, Lisboa: 1985
  • «Como consertar torneiras» 
  • HOUAISS, Antônio, Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa Tomo VI, Lisboa:Círculo dos Leitores, 2003, ISBN 972-42-3022-8