Torcida Uniformizada do São Paulo – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Torcida Uniformizada do São Paulo (TUSP) foi uma torcida organizada do São Paulo Futebol Clube.

História[editar | editar código-fonte]

Criada no bairro da Mooca em 1939, pelo cardeal são-paulino Manoel Raymundo Paes de Almeida, com o nome de Grêmio São-Paulino, a Torcida Uniformizada do São Paulo foi uma torcida uniformizada do Brasil.[1]

O primeiro uniforme utilizado pelos integrantes era uma camisa branca com o distintivo do São Paulo ao centro do peito e, logo acima, um semicírculo com a inscrição "Grêmio São-Paulino".[1] Após a mudança de nome, passaram a utilizar uma camisa parecida com o uniforme número dois do clube.[2]

O ano em que a moeda caiu em pé[editar | editar código-fonte]

Na reunião que definiria o calendário do Campeonato Paulista de 1943, na sede da Federação Paulista, um dirigente do Corinthians havia afirmado que o encontro era desnecessário, já que o campeão seria definido através do cara ou coroa: cara, o campeão seria o Corinthians; coroa, o campeão seria o Palmeiras. Questionado sobre o São Paulo pelo representante tricolor, o dirigente corinthiano respondeu que se a moeda parasse em pé, o campeão seria o São Paulo, e se parasse no ar, a vencedora seria Portuguesa.[3] No último jogo do campeonato, contra o Palmeiras, o São Paulo segurou um empate sem gols e faturou o título.[4] Por conta desta conquista, o então Grêmio São-Paulino fez uma marcha à noite com um carro alegórico que continha uma moeda em pé, somente para ir buscar a Taça dos Invictos no prédio de A Gazeta Esportiva.[1]

A dissidência e o enfraquecimento[editar | editar código-fonte]

Em março de 1972 a TUSP fez a primeira excursão ao exterior para acompanhar os jogos contra o Cerro Porteño e Olimpia pela Libertadores da América. Oito ônibus foram fretados para esse fim e brindes foram levados para serem distribuídos. Todos arcaram com o custo do transporte e hospedagem. Após a primeira partida os torcedores comuns ficaram sabendo que a diretoria da TUSP se hospedou em hotéis quatro estrelas enquanto que o restante foi alojado em pensões e que os brindes levados estavam sendo vendidos.[2]

Na volta da excursão, alguns integrantes da TUSP, descontentes com as atitudes dos organizadores, resolveram formar uma nova torcida para o clube. Logo após, tomou forma concreta a criação de uma nova torcida durante um jogo no Pacaembu, e quando cerca de quarenta pessoas compactuaram com a ideia a Torcida Organizada Independente foi formada.[2] Muitos associados partiram, dessa forma, para a co-irmã e com isso a TUSP se enfraqueceu até se extinguir em 1995.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d LOYOLA BRANDÃO, Ignácio de (1994). São Paulo Futebol Clube. Saga de um Campeão (em português e inglês) 1ª ed. São Paulo: Editora DBA. 144 páginas. ISBN 8572340351 
  2. a b c «História» (em português). G.E.R.C. Tricolor INDEPENDENTE. Consultado em 4 de maio de 2009 
  3. E a moeda caiu em pé... São Paulo: Atar Editorial e Comercial. Revista Oficial do São Paulo (75). 28 páginas. Dezembro de 1993 
  4. GIACOMINI, Conrado (2005). São Paulo. Dentre os Grandes, és o Primeiro. 1 1ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro. 320 páginas. ISBN 8500015721 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]