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Tom Dumoulin
Informação pessoal
Nome nativo Tom Dumoulin
Nascimento 11 de novembro de 1990 (33 anos)
Maastricht
Estatura 1.85 m
Cidadania  Países Baixos
Ocupação ciclista desportivo (en)
Prémios Dutch cyclist of the year, Cavaleiro da Ordem de Orange-Nassau, Dutch cyclist of the year, Dutch cyclist of the year, Dutch cyclist of the year, Dutch Sportsman of the year
Informação equipa
Equipa atual Team Jumbo-Visma
Desporto ciclismo
Disciplina estrada
Tipo de corredor Contrarrelógioista e escalador
Equipas profissionais
2011
2012-2019
2020-
Rabobank Continental
Argos/Giant/Sunweb
Team Jumbo-Visma
Maiores vitórias
Campeonatos internacionais:

Campeonato Mundial Contrarrelógio (2017)

Grandes Voltas
Giro d'Italia (2017)

GV - Camisolas complementares e etapas:
Giro d'Italia:
4 etapas
Tour de France:
3 etapas
Volta a Espanha:
Prêmio da combatividade (2015)
2 etapas

Voltas menores:
BinckBank Tour (2017)

Campeonatos nacionais:
Campeonato dos Países Baixos Contrarrelógio x4 (2014, 2016, 2017, 2021)

Página oficial
www.tomdumoulinofficial.com
Estatísticas
Tom Dumoulin no ProCyclingStats


Tom Dumoulin (Maastricht, 11 de novembro de 1990) é um ciclista de rota neerlandês, profissional desde 2011 e actual membro da equipa neerlandêsa Team Jumbo-Visma de categoria UCI WorldTeam.

Em 2017 foi segundo na Bicicleta de Ouro a melhor ciclista do ano.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Inícios[editar | editar código-fonte]

Em 2010, ganhou o Grande Prémio de Portugal e a contrarrelógio do Girobio. Ao final da temporada foi seleccionado para participar nos Campeonatos do mundo sub-23 em Melbourne, em Austrália. Ficou sétimo na prova contrarrelógio[2] e 80.º da prova em linha.[3]

A temporada de 2011 disputou-a com a equipa Rabobank Continental Team, filial da equipa UCI ProTeam Rabobank.[4] e em 2012 passou à equipa Argos-Shimano.[5] com o que ao ano seguinte obteve grandes resultados nacionais ao ser 3.º no Campeonato dos Países Baixos Contrarrelógio e 2.º no Campeonato dos Países Baixos em Estrada.

2014[editar | editar código-fonte]

O 2014 foi melhor ano até esse momento já que seu progresso em etapas contrarrelógio o levou a ser campeão de seu país. Também obteve outras vitórias como no Eneco Tour de 2014 e o Critérium Internacional e tem sido segundo em várias etapas desta especialidade como na Volta à Bélgica, a Volta à Suíça, o Tour de France, sendo superado só pelo campeão do mundo Tony Martin.

O feito maior da sua grande temporada, foi conseguir o terceiro posto na contrarrelógio individual no mundial de ciclismo de Ponferrada (Espanha).

2015[editar | editar código-fonte]

No entanto, foi 2015 no ano de sua explosão definitiva. Ganhou etapas contra o relógio na Volta ao País Basco e na Volta à Suíça na que também foi 3.º no geral final, mas seu rendimento viu-se muito melhorado na montanha.

No Tour de France foi 3.º na contrarrelógio inicial em seu país e dois dias depois teve que abandonar a corrida quando marchava no mesmo posto na geral devido a uma dura queda a caminho de Huy.

Devido a isto correu a Volta a Espanha. Na primeira etapa em linha já foi segundo em Caminito do Rei e na quinta se alçou como líder da classificação geral, já que perderia no dia seguinte em detrimento de Esteban Chaves. No entanto na nona etapa com final em alto, em Cimeira do Sol ganhou a etapa por adiante de Joaquim Rodríguez e Chris Froome e de novo vestiu-se com o maillot vermelho de líder da geral que aguentaria dois dias. Perdeu-o na etapa rainha da Volta em Andorra e nas etapas de alta montanha de Astúrias esteve sempre com os melhores até os últimos quilómetros, o que lhe fez não perder demasiado tempo e chegar à longa contrarrelógio de Burgos com tão só 1:50 de desvantagem sobre Joaquim Rodríguez, pelo que passou a ser considerado como o grande favorito para se levar a rodada espanhola. Aposta-las sobre o holandês não falharam e depois de fazer uma magnífica contrarrelógio se pôs o camisola vermelho e conseguiu a vitória de etapa, no entanto, Fabio Aru se manteve a só 3 segundos na geral. Conseguiu ampliar sua vantagem a 6 segundos na 19. ª etapa em Ávila com final num troço em pavé. Mas na penúltima etapa, seu máximo rival, Aru atacou a falta de 40 km para a meta e com a ajuda da equipa conseguiram deixá-lo atrás pelo que ficou relegado à 6.º posição da geral. Foi galardoado como o ciclista mais combativo da edição, o que lhe valeu para se subir ao pódio final em Madrid depois de sua grande atuação.

2016[editar | editar código-fonte]

Tom Dumoulin

Participa em seu primeiro Giro d'Italia em onde teve uma brilhante atuação ganhando a contrarrelógio inicial e assim se converter no primeiro líder da corrida italiana, no entanto teve que abandonar na etapa 7 por uma doença.

Após ter tido sua participação no Giro participou nos Campeonatos Holandeses de Ciclismo em onde ganha a Campeonato dos Países Baixos de Ciclismo Contrarrelógio individual por adiante de Wilco Kelderman.

Depois mais tarde participa no Tour de France, em onde ganhou 2 etapas uma de montanha e outro em contrarrelógio individual, desafortunadamente lhe toca abandonar por uma fratura de cotovelo na etapa 18.

Mas a fratura não lhe impediu obter prata na contrarrelógio dos Jogos Olímpicos de Rio 2016.

2017: Giro de Itália e Campeão do Mundo Contrarrelógio[editar | editar código-fonte]

Dumoulin começou a sua temporada no Tour de Abu Dhabi, onde ficou em terceiro lugar na classificação geral (superado por Rui Costa e Ilnur Zakarin) após realizar uma boa atuação na única etapa montanhosa da corrida com chegada em Jebel Hafeet.

Ganhou o Giro d'Italia por adiante de rivais como Nairo Quintana e Vincenzo Nibali. Foi para ele seu primeiro triunfo numa grande volta por etapas, ganhando duas delas, uma contrarrelógio e outra de alta montanha. Ademais, converteu-se no primeiro holandês em ganhar o Giro.

Quatro meses mais tarde ganha o Campeonato Mundial Contrarrelógio, superando a corredores como Primož Roglič e Chris Froome, em Bergen, Noruega.
Ademais, meses antes tinha-se proclamado campeão da Holanda nesta mesma especialidade.

2018[editar | editar código-fonte]

No ano 2018 seguiu sendo de sucesso para Dumoulin, já que subiu ao pódio nas duas Grandes Voltas em que participou (Giro e Tour). Ficou 2.º em ambas por trás dos corredores do Sky, Chris Froome e Geraint Thomas, respectivamente. Dumoulin teve opções de ter ganhado as 2 provas, já que viu-se-lhe forte, sempre situado com os melhores e conseguiu ganhar uma etapa em ambas provas.

No Campeonato Mundial Contrarrelógio ficaria 2.º por trás de Rohan Dennis, a mais de 1 minuto.

2019[editar | editar código-fonte]

2019 foi um mau ano para Dumoulin. Depois de um bom quarto posto na Tirreno-Adriático, Dumoulin viu-se obrigado a retirar-se do Giro d'Italia por uma queda que danificou o joelho, não chegou a tempo ao Tour de France e se desentendeu de La Vuelta enquanto se resolvia seu contrato pelo Jumbo-Visma.

2020: Temporada marcada pelo COVID-19[editar | editar código-fonte]

Devido à pandemia por COVID-19, o começo da ano de 2020 atrasou-se até agosto.

Dumoulin disputou o Dauphiné em vista a preparar-se para o Tour de France, ficando 7.º na classificação geral. Ao Tour chegou como colíder junto ao esloveno Primož Roglič, vigente campeão da Volta a Espanha, ainda que finalmente não apresentaria seu melhor nível e ficaria relegado como gregário de luxo de Roglič, e finalizaria 7.º, a mais de 7 minutos do vencedor final, Tadej Pogačar, e depois de assinar uma grande contrarrelógio o penúltimo dia, ainda que sem fazer com a vitória e a mais de 1 minuto do vencedor da etapa, o próprio Pogačar. A seguir, participaria no Campeonato do Mundo, onde poderia ter a oportunidade de se reivindicar como um dos melhores contrarrelógistas, e ser um dos favoritos na prova em estrada. No entanto, assinaria uma contrarrelógio, por abaixo das expectativas, terminado 10.º, a 1 minuto 14 segundos do vencedor, Filippo Ganna. Na prova em rota, protagonizaria um tímido ataque numas das cotas, ainda que finalizaria 14.º, a 53 segundos do vencedor, Julian Alaphilippe, ainda que sem opções de vitória. Após o mundial, apresentar-se-ia nas Ardenas para participar no Tríptico das Ardenas, que ficaria convertida em duo depois da cancelamento da Amstel Gold Race. Na Flecha Valona, abandonaria, depois de passar descolado na primeira passada pelo Muro de Huy, e na Liège-Bastogne-Liège, terminaria em 12.º, ainda que seria uma peça principal na vitória de seu colega Roglič, ao que ajudaria fazendo uma seleção na última cota.
Numas declarações prévias à Volta a Espanha, afirmaria que seu estado de forma durante e após o Tour, ia em aumento e que chegaria à Volta como co-líder do campeão do ano passado, Roglič, disposto a lutar pela vitória. No entanto, já na 1.ª etapa, perderia 51 segundos, terminando 16.º na etapa e na mesma posição na geral provisória, perdendo quase seguramente todas suas opções pessoais de lutar por ganhar a geral e tendo que sacrificar por seu líder, Roglič. Finalmente, abandona La Vuelta na 8.ª etapa, enquanto encontrava-se no posto 53.º da geral no momento de sua retirada.[6]

2021: Retirada temporária e prata olímpica[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2021 anunciou que deixava de competir de maneira temporária.[7] Em maio decidiu voltar à competição, competindo pela primeira vez na temporada na Volta à Suíça.[8]

Depois de participar na Suíça, proclamou-se campeão dos Países Baixos por quarta vez em sua corrida.[9] Após isso, participou nos Jogos Olímpicos de Tokio de 2020, participando nas modalidades de rota e contrarrelógio. Na prova em estrada finalizou em 44.º lugar, chegando o sucesso na prova de contrarrelógio, onde finalizou em segunda posição que lhe outorgava a medalha de prata.[10]

2022: Retirada definitiva[editar | editar código-fonte]

Em 3 de junho de 2022 anunciou que esse seria seu último ano como profissional.[11]

Palmarés[editar | editar código-fonte]

Resultados[editar | editar código-fonte]

Grandes Voltas[editar | editar código-fonte]

Corrida 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Giro d'Italia Ab. 1.º 2.º Ab. Ab.
Tour de France 41.º 33.º Ab. Ab. 2.º 7.º
Volta a Espanha Ab. 6.º Ab.

Voltas menores[editar | editar código-fonte]

Corrida 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Tour Down Under 4.º X X
Paris-Nice Ab. 12.º
Tirreno-Adriático 34.º 102.º 6.º Ab. 4.º
Volta à Catalunha Ab. X Ab.
Volta ao País Basco 40.º 29.º X
Volta à Romandia 68.º 5.º X
Critério do Dauphiné Ab. 7.º
Volta à Suíça 58.º 5.º 3.º Ab. X 41.º
BinckBank Tour 2.º 3.º 9.º 1.º 9.º

Clássicas, Campeonatos e J.O.[editar | editar código-fonte]

Corrida 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Strade Bianche 17.º 12.º 5.º 21.º
Milão-Sanremo 126.º 25.º 69.º 31.º 11.º
Volta à Flandres Ab.
Amstel Gold Race 46.º 62.º 20.º 26.º 91.º X 30.º
Flecha Valona 21.º Ab.
Liège-Bastogne-Liège Ab. 121.º 65.º 25.º 22.º 15.º 50.º 12.º
Clássica de San Sebastián 4.º X
Grande Prêmio de Quebec 2.º 49.º X X
Grande Prêmio de Montreal 6.º 28.º X X
Giro de Lombardia Ab. 18.º 43.º Ab. Ab.
J.O. (Rota) X Não disputado Ab. Não disputado 44.º ND
J.O. (CRI) X 2.º 2.º
Mundial em Estrada Ab. 22.º 11.º Ab. 25.º 4.º 14.º
Mundial Contrarrelógio 3.º 5.º 11.º 1.º 2.º 10.º
Países Baixos em Estrada 7.º 2.º 36.º 52.º 47.º 29.º Ab. 38.º
Países Baixos Contrarrelógio 7.º 3.º 1.º 4.º 1.º 1.º X 1.º 2.º

—: Não participa
Ab.: Abandona
X: Não se disputou

Equipas[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]