Tito Júlio Máximo Manliano Broco Serviliano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tito Júlio Máximo Manliano Broco Serviliano
Cônsul do Império Romano
Consulado 112 d.C.

Tito Júlio Máximo Manliano Broco Serviliano (em latim: Titus Julius Maximus Manlianus Brocchus Servilianus) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de julho a setembro de 112 com Públio Estertínio Quarto.[1][2] Seu nome completo era Tito Júlio Máximo Manliano Broco Serviliano Aulo Quadrônio [Vero?] Lúcio Servílio Vácia Cássio Cam[ars].[3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

A primeira parte da carreira política de Manliano é conhecida a partir de uma inscrição encontrada em Nemauso em reconhecimento ao seu patrocínio de Calagurritanus, na Hispânia Citerior.[3] Seu primeiro posto foi entre os decemviri stlibus judicandis, um dos quatro comitês dos vigintiviri reservados para jovens que aspiravam entrar para o Senado Romano. Em seguida, serviu como sevir equitum Romanorum, um posto cuja missão era realizar a revisão anual dos equestres de Roma. Depois, Manliano foi tribuno da Legio V Macedonica, onde foi condecorado, provavelmente por sua atuação na campanha dácia de Domiciano (86-88).[4] A base da V Macedonica era a Síria durante o reinado de Domiciano, mas ela foi utilizada, inteira ou em parte (vexillatio), em Oescus em 81, para substituir a III Gallica.[5] Depois disto, Manliano foi questor na Hispânia Bética, um posto que lhe permitiu entrar para o Senado (adlectio). Em seguida foi edil curul e pretor.

Terminado seu mandato como pretor, Manliano foi nomeado juridicus na Hispânia Tarraconense e foi provavelmente durante este período que ele começou a formar sua rede de relacionamentos que levaram ao seu patrocínio de Calagurritanus. Em seguida, Manliano foi nomeado legado de duas legiões em sucessão, a I Adiutrix e a IV Flavia Felix, um feito raro durante o período imperial,[6] provavelmente por causa das guerras dácias de Trajano.[4] A inscrição de Nemauso termina neste ponto, mas, a partir de um diploma militar, sabemos que ele foi nomeado governador da recém-criada província imperial da Panônia Inferior, provavelmente de 107 a 111.[7]

Depois disto, Manliano foi cônsul em 112 e desapareceu dos registros históricos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Caio Calpúrnio Pisão

com Marco Vécio Bolano
com Tito Avídio Quieto (suf.)
com Lúcio Égio Márulo (suf.)
com Lúcio Otávio Crasso (suf.)
com Públio Célio Apolinário (suf.)

Trajano VI
112

com Tito Sêxtio Cornélio Africano
com Cneu Pinário Cornélio Severo (suf.)
com Lúcio Múmio Níger Quinto Valério Vegeto (suf.)
com Públio Estertínio Quarto (suf.)
com Tito Júlio Máximo Manliano Broco Serviliano (suf.)
com Caio Cláudio Severo (suf.)
com Tito Setídio Firmo (suf.)

Sucedido por:
Lúcio Publílio Celso II

com Caio Clódio Crispino
com Sérvio Cornélio Dolabela Metiliano Pompeu Marcelo (suf.)
com Lúcio Estertínio Nórico (suf.)
com Lúcio Fádio Rufino (suf.)
com Cneu Cornélio Úrbico (suf.)
com Tito Semprônio Rufo (suf.)


Referências

  1. Alison E. Cooley, The Cambridge Manual of Latin Epigraphy (Camrbidge: University Press, 2012), pp. 467ss
  2. Werner Eck, G. Paci, and E. P. Serenelli, "Per una nuova edizione dei Fasti Potentini," Picus 23 (2003), pp. 51-108
  3. a b CIL XII, 3167
  4. a b Valerie Maxfield, "The Dona Militaria of the Roman Army" (Durham theses, Durham University, 1972), p. 27
  5. Brian W. Jones, The Emperor Domitian (London: Routledge, 1992), p. 138
  6. Anthony Birley, The Fasti of Roman Britain (Oxford: Clarendon Press, 1981), pp. 18-20
  7. Eck, "Jahres- und Provinzialfasten der senatorischen Statthalter von 69/70 bis 138/139", Chiron, 12 (1982), pp. 345-350