Tito Flávio Sabino (cônsul em 82) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Tito Flávio Sabino.
Tito Flávio Sabino
Cônsul do Império Romano
Consulado 82 d.C.
Morte 91 d.C.

Tito Flávio Sabino (em latim: Titus Flavius Sabinus; m. 91) foi um senador romano eleito cônsul em 82 com seu primo, o imperador Domiciano. Era neto de Tito Flávio Sabino, cônsul sufecto em 52, prefeito urbano de Roma na época de Nero e irmão mais velho de Vespasiano, e filho de Tito Flávio Sabino, cônsul sufecto em 69 e 72. Tito Flávio Clemente, cônsul em 95, era seu irmão.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 69, o "ano dos quatro imperadores", Sabino foi cercado no Capitólio com seu pai e seu avô pelos soldados de Vitélio. Seu avô foi morto, mas pai e filho fugiram quando este foi incendiado. Suetônio relata que a relação entre Sabino e Domiciano era extremamente tensa antes da ascensão dele ao trono, pois Domiciano via com grande desgosto que seu Sabino vestia seus escravos de branco, um direito que ele considerava prerrogativa do imperador e seus filhos[1]. Porém, o se desgosto certamente não era tão grande assim, pois Domiciano o escolheu para ser seu colega de consulado em 82.

Domiciano obviamente estava seguindo a mesma política de seu pai, que também nomeava parentes para os principais postos da burocracia civil enfatizando a proeminência da dinastia flaviana. Segundo Suetônio, certa ocasião, por volta de 91, um dos arautos do palácio o chamou, por engano, de imperador ao invés de cônsul, o que deu a Domiciano o pretexto que ele buscava para executá-lo[2]. Segundo Suetônio, o motivo real seria o amor de Domiciano por Júlia Flávia, esposa de Sabino, filha de Tito e, portanto, sobrinha de Domiciano[3].

Família[editar | editar código-fonte]

Sabino era casado com Júlia Flávia, filha de Tito e Márcia Furnila.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Lúcio Flávio Silva

com Lúcio Asínio Polião Verrugoso
com Marco Róscio Célio (suf.)
com Caio Júlio Juvenal (suf.)
com Lúcio Vécio Paulo (suf.)
com Tito Júnio Montano (suf.)
com Caio Cédio Nata Pinário (suf.)
com Tito Tecieno Sereno (suf.)
com Lúcio Carmínio Lusitânico (suf.)
com Marco Petrônio Umbrino (suf.)

Domiciano VIII
82

com Tito Flávio Sabino
com Lúcio Sálvio Otão Coceiano (suf.)
com Mânio Acílio Avíola (suf.)
com Públio Valério Patruíno (suf.)
com Lúcio Antônio Saturnino (suf.)
com Marco Lárcio Magno Pompeu Silão (suf.)
com Tito Aurélio Quieto (suf.)

Sucedido por:
Domiciano IX

com Quinto Petílio Rufo
com Marco Ânio Messala (suf.)
com Caio Físio Sabino (suf.)
com Lúcio Técio Juliano (suf.)
com Terêncio Estrabão Erúcio Homulo (suf.)
com Lúcio Calvêncio Sexto Carmínio Veto (suf.)
com Marco Cornélio Nigrino Curiácio Materno (suf.)


Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (em alemão) Rudolf Hanslik: Sabinus II. 15. In: Der Kleine Pauly (KlP). Vol. 2, Stuttgart 1967, col. 573.
  • (em alemão) Werner Eck: Flavius II 42. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 4, Metzler, Stuttgart 1998, ISBN 3-476-01474-6, Pg. 550–551.
  • Werner Eck: Senatoren von Vespasian bis Hadrian. Prosopographische Untersuchungen mit Einschluss der Jahres- und Provinzialfasten der Statthalter (= Vestigia. Band 13). Beck, München 1970, ISBN 3-406-03096-3, S. 51f.
  • Arnold Blumberg (org) (1995), os Grandes Líderes, Grandes Tiranos?: Contemporânea pontos de Vista dos Governantes do Mundo Que Fizeram História