Tibério Pláucio Silvano Eliano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tibério Pláucio Silvano Eliano
Cônsul do Império Romano
Consulado 45 d.C.
74 d.C.

Tibério Pláucio Silvano Eliano (em latim: Tiberius Plautius Silvanus Aelianus) foi um senador romano da gente patrícia Pláucia que serviu como cônsul sufecto para o nundínio de março a junho de 44 com Tito Estacílio Tauro Corvino e novamente, entre 13 de janeiro e fevereiro de 74, com o herdeiro de Vespasiano, Tito.[1] Ele era neto de Marco Pláucio Silvano, cônsul em 2 a.C., e sobrinho de Pláucia Urgulanila, a primeira esposa de Cláudio, por quem foi adotado.[2][3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Sabe-se que ele foi o pontífice que ofereceu a primeira oração quando a primeira pedra da construção do novo Capitólio foi lançada em 70.[4] Em algumas fontes antigas ele é chamado apenas de Pláucio Eliano, mas sabe-se através de inscrições que seu nome completo era Tibério Pláucio Silvano Eliano e que ele deteve vários importantes comandos militares durante sua carreira.[5]

Na época de Nero, Eliano serviu como legado imperial da Mésia entre 61 e 66 e governou a província com uma "política de ampla terra arrasada".[3] De lá, Eliano enviou carregamentos de trigo mésio para complementar o suprimento de cereais de Roma, possivelmente na crise provocada pelo grande incêndio de 64.[2] Por volta de 60, Eliano trouxe da região além do Danúbio para a Mésia "mais de 100 000 transdanúbios juntamente com suas esposas, crianças, chefes ou reis [e os assentou] para que pagassem tributos".[6]

Posteriormente, Eliano foi enviado para a Hispânia, que na época não tinha um governador provincial. Porém, em 69, o recém-empossado imperador Vespasiano quis nomear Eliano prefeito urbano de Roma no lugar de seu assassinado irmão, Tito Flávio Sabino. Como sabemos por sua inscrição funerária, Eliano foi na verdade reconvocado a Roma e Vespasiano propôs que ele recebesse a ornamenta triumphalia por seus serviços na Mésia, um gesto que deixava implícito o quão pouco generoso havia sido o governo de Nero.[2][4] O Senado votou em seguida pela aprovação da proposta de Vespasiano.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Caio Salústio Crispo Passieno II

com Tito Estacílio Tauro
com Públio Calvísio Sabino Pompônio Segundo (suf.)

Marco Vinício II
45

com Tito Estacílio Tauro Corvino
com Tibério Pláucio Silvano Eliano (suf.)
com Aulo Antônio Rufo (suf.)
com Marco Pompeu Silvano Estabério Flaviano (suf.)

Sucedido por:
Décimo Valério Asiático II

com Marco Júnio Silano Torquato
com Camerino Antíscio Veto (suf.)
com Quinto Sulpício Camerino Pético (suf.)
com Décimo Lélio Balbo (suf.)
com Caio Terêncio Túlio Gêmino (suf.)

Precedido por:
Domiciano II

com Lúcio Valério Cátulo Messalino
com Lúcio Élio Oculato (suf.)
com Quinto Gávio Ático (suf.)
com Marco Arrecino Clemente (suf.)
com Sexto Júlio Frontino (suf.)

Vespasiano V
74

com Tito III
com Tibério Pláucio Silvano Eliano II (suf.)
com Lúcio Júnio Quinto Víbio Crispo II (suf.)
com Quinto Petílio Cerial Césio Rufo II (suf.)
com Tito Clódio Éprio Marcelo II (suf.)
com Caio Pompônio (suf.)
com Lúcio Mânlio Patruíno (suf.)
com Cneu Domício Tulo (suf.)

Sucedido por:
Vespasiano VI

com Tito IV
com Domiciano III (suf.)
com Lúcio Pasidieno Firmo (suf.)


Referências

  1. Prosopographia Imperii Romani P 480.
  2. a b c Griffin, Miriam Tamara (2002). Nero: The End of a Dynasty. [S.l.]: Routledge. pp. 108, 116–118, 194. ISBN 0-415-21464-5 
  3. a b c Edwards, Stephen (2005). The Cambridge Ancient History. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 9, 24, 379. ISBN 0-521-26335-2 
  4. a b Tácito, Histórias iv, 53
  5. Smith, William (1867). «Aelianus, Plautius». In: Smith, William. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. 1. Boston: [s.n.] 29 páginas. ISBN 1-84511-002-1 
  6. Alan K. Bowman, Edward Champlin, Andrew Lintott. The Augustan Empire, 43 B.C.-A.D. 69. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]