The Authoritarian Personality – Wikipédia, a enciclopédia livre

The Authoritarian Personality (em português: Estudos sobre a personalidade autoritária) é um livro de sociologia de 1950 de Theodor W. Adorno, Else Frenkel-Brunswik, Daniel Levinson e Nevitt Sanford, pesquisadores que trabalham na Universidade da Califórnia, Berkeley, durante e logo após a Segunda Guerra Mundial.

The Authoritarian Personality "inventou um conjunto de critérios para definir traços de personalidade, classificou esses traços e sua intensidade em qualquer pessoa no que chamou de 'escala F' (F para fascista)".[1] O tipo de personalidade podem ser definidos por nove traços que se acreditava agruparem-se como resultado de experiências da infância.

Nove traços de personalidade[editar | editar código-fonte]

A escala F visa um perfil de personalidade autoritário e antidemocrático que torna uma pessoa suscetível à propaganda fascista. Os itens foram escritos de acordo com materiais de propaganda fascista, bem como dados de estudos e entrevistas com participantes etnocêntricos.[2]

  • Convencionalismo: Adesão aos valores convencionais.
  • Submissão autoritária: Em direção a figuras de autoridade dentro do grupo.
  • Agressão Autoritária: Contra pessoas que violam os valores convencionais.
  • Anti-Intracepção: Oposição à subjetividade e à imaginação.
  • Superstição e Estereotipia: Crença no destino individual; pensando em categorias rígidas.
  • Poder e Resistência: Preocupado com submissão e dominação; afirmação de força.
  • Destrutividade e cinismo: hostilidade contra a natureza humana.
  • Projetividade: Percepção do mundo como perigoso; tendência a projetar impulsos inconscientes.
  • Sexo: Muito preocupado com as práticas sexuais modernas.

Em vários grupos de participantes, a correlação item-total média foi de 0,33. A análise fatorial subsequente confirmou uma estrutura unidimensional desses subconjuntos de conteúdo de itens (Eysenck 1954, p 152, ref por Brown, p. 53). A primeira forma do F-Scale correlacionou 0,53 com AS, 0,65 com E e 0,54 com PEC. A escala foi revisada eliminando itens com baixa correlação item-total e/ou baixo valor preditivo dos escores AS e E. A forma revisada correlacionou-se em 0,75 a uma escala combinada AS/E e 0,57 à PEC. Etnocentrismo, antissemitismo e potencialidade para o fascismo estavam inter-relacionados entre si, assim como com o conservadorismo, embora não com tanta ênfase.

Embora criticado na época por preconceito e metodologia,[3][4] o livro foi altamente influente nas ciências sociais americanas, particularmente na primeira década após sua publicação: "Nenhum volume publicado desde a guerra no campo da psicologia social teve um impacto maior na direção do trabalho empírico real que está sendo realizado nas universidades hoje".[5]

Referências

  1. McCain, Robert Stacy. «Angelo Codevilla, Conor Friedersdorf and the Straussian Time-Warp - The American Spectator | USA News and PoliticsThe American Spectator | USA News and Politics». The American Spectator | USA News and Politics (em inglês). Consultado em 9 de setembro de 2022 
  2. Brown, Roger (2004). "The Authoritarian Personality and the Organization of Attitudes". In John T. Jost; Jim Sidanius (eds.). Political Psychology: Key Readings. Psychology Press. pp. 45–85. ISBN 978-1-84169-070-4
  3. Mangus A. R. (1954). "Studies in the Scope And Method Of 'The Authoritarian Personality' (Book)". Rural Sociology. 19 (2): 198–200.
  4. «the-authoritarian-personality-revisited». www.chronicle.com. Consultado em 9 de setembro de 2022 
  5. Glazer, Nathan. (1954). "New light on The Authoritarian Personality: A survey of recent research and criticism." Commentary 17 (March), pp. 289–297.